ENASE 2007 A EXPANSÃO DA OFERTA E A SEGURANÇA DO ABASTECIMENTO TRANSMISSÃO DE ENERGIA: CENÁRIO ATUAL E EVOLUÇÃO DA REGULAÇÃO SETEMBRO DE 2007
SEGMENTO DA TRANSMISSÃO Dois mundos: Expansão / novas instalações Instalações antigas (mais de 80% do Sistema Interligado)
A TRANSMISSÃO NO NOVO MODELO Expansão através de leilões / autorizações Receita assegurada vinculada ao valor dos ativos Receita independe da quantidade de energia transportada Descontos da receita por indisponibilidades Reajuste anual da receita Revisão tarifária a cada 4 anos Captura de ganhos de eficiência para a modicidade tarifária
EXPANSÃO / NOVAS INSTALAÇÕES Negócio de sucesso Percepção de risco baixa Menores problemas com licenciamento ambiental Atraente para o capital privado Grande competição Deságios elevados
INSTALAÇÕES ANTIGAS ( EXISTENTES ) Instalações existentes no final de 1999 Concessões das Transmissoras tradicionais Constituem mais de 80% do Sistema Término da concessão em 2015 Problemas regulatórios / incertezas
IMPLANTAÇÃO DO NOVO MODELO Desverticalização dos negócios Tarifa de Suprimento (G+T) desdobrada em Tarifa de Geração e Tarifa de Transmissão Tarifa de Transmissão suficiente apenas para cobertura dos custos Remuneração negativa nos primeiros anos Blindagem da receita às revisões tarifárias periódicas Pecado original
PARCELA VARIÁVEL Mecanismo de penalização de indisponibilidades previsto nos CPST celebrados em 1999 (descontos sobre as receitas) Fatores de multiplicação da duração da indisponibilidade para cálculo do desconto: Kp = 10 para desligamentos programados Ko = 150 para outros desligamentos Induz a execução de serviços com equipamentos energizados e utilização de tecnologias mais caras, mesmo quando desnecessárias
RESOLUÇÃO Nº 270/07 Não prevê adicional de receita para as instalações antigas Penaliza cancelamento de desligamentos programados Considera como outros desligamentos os desligamentos programados de urgência Penaliza indisponibilidades causadas por fatores sobre os quais a concessionária não tem controle
RESOLUÇÃO Nº 270/07 Contraria o Decreto Nº 2.335/97 Contraria a Lei Nº 8.987/95 Ocasiona perda de receita estimada em 5% pela ANEEL Recurso Administrativo em andamento
MELHORIAS E REFORÇOS MELHORIAS são modificações que visam atualizar as instalações e atender os requisitos mínimos estabelecidos nos Procedimentos de Rede. A atribuição de receita vinculada às Melhorias deve ser avaliada por ocasião das revisões tarifárias.
MELHORIAS E REFORÇOS REFORÇOS são modificações ou substituições determinadas pela expansão do sistema (aumento de carga, substituição de equipamentos com capacidade superada etc.). Estas modificações devem ser executadas com prévia autorização da ANEEL, com a correspondente definição de receita.
RESOLUÇÃO Nº 158/05 Estabelece que alguns tipos de Reforços deverão ser implantados sem definição prévia de receita, contrariando o Contrato de Concessão e submetendo os dirigentes das Transmissoras ao risco de acusação de gestão temerária. Estão sendo implantados apenas os Reforços considerados essenciais, gerando um déficit de obras. Ação judicial em curso.
REVISÃO TARIFÁRIA PERIÓDICA Dispositivo previsto no Contrato de Concessão das Transmissoras tradicionais, a ser feita a cada 4 anos, com o objetivo de transferir para a modicidade tarifária os ganhos de eficiência / produtividade. A primeira revisão deveria ter sido feita em 2005 mas só foi feita em 2007, retroagindo a 2005. Não inclui as receitas das instalações antigas (cláusula de blindagem).
CRITÉRIOS IMPOSTOS PELA ANEEL Adoção do perfil plano para as receitas. Definição do custo de referência sem abertura da base de dados. Não inclusão do JOA no cálculo dos preços constantes do custo de referência. Índices de correção dos custos de AO&M incorretos. Critérios errados para o cálculo dos custos de administração para os novos investimentos. Adoção de relação irreal da relação capital próprio / capital de terceiros no cálculo do custo do capital.
RESULTADOS DA RTP Redução de 8 a 26% (17,65% na média) na receita das novas instalações das Transmissoras tradicionais. Redução de 1,9 a 6,5% (3,85% na média) na receita total das Transmissoras tradicionais. Recurso Administrativo em andamento.
TENDÊNCIAS PERCEBIDAS NA ANEEL Inflexibilidade. Indisposição sistemática da área técnica em relação aos argumentos das Transmissoras. Disposição em contrariar dispositivos legais e contratos em vigor. Restrições à participação dos Agentes nos processos e na interposição de recursos. Atitude da ANEEL gera insegurança / incerteza.
PRORROGAÇÃO DAS CONCESSÕES Os Contratos de Concessão das Transmissoras tradicionais, que têm vigência até 07.07.15, dispõem que os mesmos poderão ser prorrogados por até 20 anos por requerimento das Transmissoras ao Poder Concedente com 36 meses de antecedência. A ANEEL deverá responder aos requerimentos até 18 meses antes do término da vigência dos Contratos. As prorrogações serão subordinadas ao INTERESSE PÚBLICO, RELATÓRIOS TÉCNICOS DA ANEEL e REVISÃO DAS CONDIÇÕES CONTRATUAIS.
PRORROGAÇÃO DAS CONCESSÕES Quais serão os critérios para aprovação das prorrogações? Qual política de investimentos e de manutenção as Transmissoras tradicionais devem adotar? Qual será a política de governo com relação às Transmissoras estatais?
EVOLUÇÃO DO MODELO Novas Transmissoras Participação crescente no sistema Cada nova instalação corresponde a uma nova empresa Previsão de fusão de algumas das novas Transmissoras Transmissoras tradicionais Décadas de existência e inegável experiência Transferência gradual das atribuições para o ONS e a EPE
EVOLUÇÃO DO MODELO A concentração de todas as competências de operação, estudos e planejamento em órgãos centrais é conveniente para o País?