DECRETO Nº DE 18 DE DEZEMBRO DE O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, e
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- Amália Franca Santiago
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1 DECRETO Nº DE 18 DE DEZEMBRO DE Consolida os procedimentos para atestação de despesa, aplicação de multas contratuais e dá outras providências. O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, e CONSIDERANDO que o recebimento de mercadorias ou serviços é tarefa que pode trazer reflexos para a Administração Municipal, devendo ser estabelecidos critérios diferenciados de atestação, quando a entrega do material ou serviço exigirem tais procedimentos; CONSIDERANDO o disposto na Lei n 8.666, de 21 de jun ho de 1993, no tocante à multa de mora por atraso injustificado, como a decorrente da inexecução total ou parcial do contrato devem ser aplicadas na forma prevista no instrumento convocatório; CONSIDERANDO que a aplicação de sanções pelo descumprimento total ou parcial das obrigações por parte do licitante, adjudicatário ou contratado precisa ser regulada com o estabelecimento de alçadas que garantam o atendimento dos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa; e CONSIDERANDO o Decreto n , de 28 de novembro de 2002, D E C R E T A: DA ATESTAÇÃO Art. 1 A atestação da despesa é ato emitido pelo respon sável pelo recebimento do material, obra ou serviço nas condições contratadas. 1 A atestação sem ressalvas indicará que o recebimento se deu em condições satisfatórias para o serviço público. 1
2 2 A atestação será materializada através da assinatura de pelo menos dois servidores, com identificação dos nomes completos e matrículas. DOS ATESTADORES Art. 2 Os atestadores de despesas deverão ser designados po r ato do titular da Secretaria ou entidade da administração municipal contratante tendo as seguintes atribuições, dentre outras que entender necessárias: I) ter conhecimento de todas as condições de contratação, em especial das disposições constantes dos instrumentos convocatórios e dos termos do contrato, caso existam; II) examinar e analisar se o serviço está sendo executado ou o material/equipamento está sendo entregue de acordo com todas as condições de contratação; III) propor ao ordenador de despesa aplicação de penalidade ao fornecedor/prestador de serviço em caso de atraso, inexecução ou descumprimento das condições de contratação; IV) no caso de serviços continuados, propor ao titular da Secretaria ou entidade as providências que permitam a instauração de procedimentos para a nova contratação com antecedência de 90 dias; V) acompanhar a execução da despesa em todas as suas fases. Parágrafo único. As atestações referentes às despesas de Tecnologia da Informação deverão ser efetuadas, em conjunto, por responsáveis designados pelo titular: a) do Órgão Executivo do Sistema Municipal de Informática IPLANRIO, que responderão pela análise técnica do objeto entregue face ao contratado e pelo acompanhamento permanente das prestações de serviços; b) das secretarias ou entidades da administração municipal contratantes, que responderão pela análise administrativa do faturamento, sem prejuízo da análise da conformidade e liquidação administrativa da despesa, a ser procedida nos termos do art. 2 do Decreto n /2003. Art. 3 Os atestantes deverão ser, necessariamente, servido res do quadro permanente do Município do Rio de Janeiro. 2
3 DO PROCEDIMENTO Art. 4 Para que ocorra a atestação da despesa, o responsá vel deverá ter conhecimento das condições contratadas, especialmente no que se referir a preço, quantidade, projeto, especificação, projeto/planta, qualidade e prazo contratados. Parágrafo único. No caso de recebimento em órgãos descentralizados, a Diretoria de Administração ou órgão equivalente da Administração Direta e Indireta deverá fornecer os dados previstos no caput deste artigo ao órgão ou servidor responsável pela atestação. Art. 5 Os responsáveis pela atestação, em se tratando de prestação de serviços, deverão fazer o acompanhamento permanente da execução do contrato, verificando se a prestação do serviço está atendendo às condições contratadas. Art. 6 No caso de contratação de serviços com fornecimento de mão-de-obra, a Diretoria de Administração ou órgão equivalente na Administração Direta e Indireta deverá manter relação nominal das pessoas contratadas, bem como o local onde prestam serviços e o nome do responsável pelo controle da frequência do trabalho que deverá, obrigatoriamente, ser funcionário dos quadros da Prefeitura. Art. 7 As atestações, nos casos de prestação de serviços e/ou d e fornecimento de materiais de valor superior à modalidade de licitação convite, deverão ser confiadas a uma comissão de, no mínimo, três servidores. Art. 8 Na contratação de serviços ou na aquisição de mate riais que necessitem avaliações essencialmente técnicas, os ordenadores de despesas deverão designar comissão com, no mínimo, três servidores com conhecimento na respectiva área, que, além de apresentar parecer técnico sobre a qualidade dos serviços ou produtos adquiridos, será responsável pela sua atestação. Art. 9 Qualquer situação diferente daquela contratada ensejará o não recebimento do material, na suspensão do pagamento ou redução proporcional do valor da fatura, sob pena de apuração de responsabilidade administrativa. Parágrafo único. Quando ocorrer os casos citados no caput deste artigo, os servidores atestantes deverão comunicar imediatamente à administração da entidade 3
4 ou do órgão, para que sejam adotadas providências junto à contratada para a entrega das quantidades faltantes, bem como para a aplicação das medidas cabíveis. Art. 10. Nos casos de recebimento de material de entrega parcelada prevista em contrato, o documento fiscal deve contemplar a exata quantidade prevista para a etapa, observando-se o artigo anterior. Art. 11. Fica vedado o recebimento de documentos de crédito para garantia de entrega futura de materiais ou serviços, em substituição ao seu recebimento efetivo. DAS MULTAS Art. 12. No caso de ocorrer atraso injustificado na execução de contratos ou por inexecução total ou parcial do objeto do contratado, a aplicação de multas, bem como sua revisão, é de total responsabilidade e competência da autoridade contratante. 1 Dos atos de aplicação de multas caberá recurso, por pa rte dos contratados, à autoridade que determinou sua aplicação. 2 Nos casos de deferimento total ou parcial do recurso, a autoridade contratante deverá submeter à aprovação da CODESP. DOS PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA Art. 13. No caso da não observância do disposto neste Decreto, será aberta Tomada de Contas Especial por ato do Controlador Geral para apurar responsabilidades em relação à atestação indevida de faturas ou notas fiscais. Parágrafo único. Uma vez terminada a Tomada de Contas, as conclusões serão encaminhadas ao Prefeito com a sugestão das medidas administrativas a serem adotadas. Art. 14. A Auditoria Geral programará procedimentos de auditoria para avaliar a ocorrência de prejuízo para a administração pública, independente das atestações efetuadas quando do recebimento dos materiais, obras ou serviços e da aplicação ou não de penalidades por parte das autoridades contratantes. Parágrafo único. O programa de auditoria terá, entre outros, o objetivo de: 4
5 I identificar eventuais prejuízos por atrasos e inexecução total ou parcial de prestação de serviços, execução de obras ou entrega de materiais; e II produzir relatórios sistemáticos que identifiquem o tempo médio de permanência do processo de despesa em cada setor, mediante os seguintes informes: a) data da previsão de entrega do material, do serviço ou da obra; b) data do documento fiscal e sua validade; c) data da efetiva entrega; d) data da abertura do processo; e) data da entrada do processo na Controladoria Geral para liquidação da despesa; f) data da devolução para cumprimento de exigências; g) data da nova entrada do processo na Controladoria Geral para liquidação definitiva; h) data da liquidação da despesa; e i) data do pagamento. Art. 15. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial, os Decretos n s , de 20 de junho de 2003; , de 8 de novembro de 2005 e , de 13 de setembro de Rio de Janeiro, 18 de dezembro de de Fun dação da Cidade. EDUARDO PAES D. O RIO
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