Renováveis em Cabo Verde

Documentos relacionados
Energia e Desenvolvimento A situação de Cabo Verde: Evolução, Ganhos e Perspectivas

CABO VERDE. Estratégia Para a Energia Sustentável em

Estratégia e Política Energética do Governo de Cabo Verde

Economia Azul Plataformas Offshore e Oportunidades Oportunidades de Negócio e Investimento 26 Nov. 2012

Medida Solar Térmico 2009 Impulsionar a Eficiência Energética e a Economia Nacional

Energia Eólica. Desarrollo de servicios e industria nacionales en el nuevo mercado de generación eólica: El caso de Brasil

Programa de Incentivos aos Leilões de Energia e à Geração Distribuída do Governo de Pernambuco João Bosco de Almeida

OPORTUNIDADES. Cluster energético: oportunidades; horizontes; observatório, BejaGlobal; PASE

Energias Renováveis (ER) Sustentabilidade Económica e Ambiental

REDES COMUNITÁRIAS. Casos Internacionais. Stokcab Municipios de Estocolmo. MetroWeb Municipios de Milão

Revisão Regulamentar 2011

Consumo e geração de energia equilibrados

Regulamento do projeto "50 Telhados"

Geração Elétrica Total. Cenário de Referência (2007)

Regulamento do projeto "50 Telhados"

CONFERÊNCIA. Biomassa Financiar uma Fonte Limpa de Produção Energética FINANCIAMENTO DE CENTRAIS DE BIOMASSA. Lisboa, 7 de Julho de 2010

AGENDA. Da Globalização à formulação de uma estratégia de Crescimento e Emprego para a União Europeia.

ÍNDICE 1. QUEM SOMOS 2. A ENERGIA EM PORTUGAL 3. CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL

Sessão de Discussão Pública Compromisso para o Crescimento Verde

A VISÃO do ENERGYIN Motivos da sua criação & Objectivos

EDP. PREPARAR A ECONOMIA DO CARBONO Eficiência energética em alerta vermelho EMPRESA

Papel da Energia Alternativa na Política Energética do Brasil

Medida Solar Térmico 2009 A eficiência energética como dinamizador da economia

ISAQUE CHANDE COMISSÁRIO CONSELHO NACIONAL DE ELECTRICIDADE M. 15 a 17 de Novembro de 2011 Hotel Avenida Maputo Moçambique

PRÉMIO A SUA ENERGIA LIMPA O MELHOR TRABALHO DE FIM DE CURSO

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates

Dinâmicas de exportação e de internacionalização

PROMOTORES: PARCEIROS/CONSULTORES: FUNCIONAMENTO RESUMO

PROGRAMA DE APOIO À IMPLEMENTAÇÃO DE PROJECTOS DE PRODUÇÃO DE ENERGIA E DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. Selfenergy

OBJECTIVOS DA CASCAIS ENERGIA

Seminário sobre Energia Elétrica Luanda, 8 e 9 de Setembro de 2011

GRUPO ROLEAR. Porque há coisas que não podem parar!

tecnologias para o seu sucesso tecnologias de informação

As Auditorias Energéticas e a Gestão da Energia como fator de competitividade

ACTUALIZAÇÃO ANUAL DO PROGRAMA DE ESTABILIDADE E CRESCIMENTO: PRINCIPAIS LINHAS DE ORIENTAÇÃO. 11 de Março de 2011

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

minigeração # SINERGIAE Engineering for life...

EFIÊNCIA DOS RECURSOS E ESTRATÉGIA ENERGIA E CLIMA

1. (PT) - Diário Económico, 07/12/2012, Portuguesa Gesto Energy ganha planeamento energético de Angola 1

aumento da população mundial aumento da produtividade, sustentabilidade dos recursos e segurança alimentar Necessidades:

Painel Geração Renovável Energia Solar Fotovoltaica

Página Web 1 de 1. Ana Oliveira

INSERÇÃO DAS ENERGIAS ALTERNATIVAS RENOVÁVEIS NO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

Seminário Mercado Liberalizado de Energia

ENTERPRISE EUROPE NETWORK. Título: Empresa da Eslováquia certificada especializada na produção de painéis fotovoltaicos de alta qualidade.

O Projecto SMART-SPP: a visão do Município de Cascais

Nuno Vitorino Faro 22 Junho 2012

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

XIX CONGRESSO SOCIEDADE, TERRITÓRIO E AMBIENTE A INTERVENÇÃO DO ENGENHEIRO 19 e 20 de outubro de 2012

ENCONTRO DE MINISTROS DA AGRICULTURA DAS AMÉRICAS 2011 Semeando inovação para colher prosperidade

PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E ENERGIAS RENOVÁVEIS

Ligações às redes de energia eléctrica de instalações consumidoras (em vigor a partir de 12 de maio de 2013)

As soluções de Energia Solar EDP em autoconsumo, permitem à sua empresa produzir e consumir a sua própria eletricidade, e assim reduzir a fatura.

AUTOCONSUMO NA PERSPECTIVA DE CONSUMIDORES DOMÉSTICOS

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DO AMBIENTE DIRECÇÃO NACIONAL DE TECNOLOGIAS AMBIENTAIS PLANO ESTRATÉGICO DAS TECNOLOGIAS AMBIENTAIS

OUTLOOK Lisboa, 29 de Maio de Carlos Nuno Gomes da Silva

REFERÊNCIA Transporte Rodoviário Agenda Setorial 2012 Acompanhamento/Monitoramento da política pública de transporte rodoviário

Dia 27 de Maio Promoção Imobiliária e Sustentabilidade. Eng.º Gonçalo Costa. Alta de Lisboa

Comentários COGEN_PDIRT E 2014_2023.pdf

O papeldas novasfontes renováveis no crescimento económico- desafios

A MOBILIDADE URBANA E A SUSTENTABILIDADE DAS CIDADES. Opções da União Europeia e posição de Portugal

Powered by. Desenvolvimento

Universidade Eduardo Mondlane FACULDADE DE ENGENHARIA Departamento de Engª Mecânica

Utilização Racional de Biomassa Florestal Mitos e Realidades

Energia Alternativa - Uma Opção Viável para Equilíbrio da Oferta de Energia. Ricardo Pigatto Presidente São Paulo, 12 de setembro de 2007

Redução da Dependência Energética de Portugal Principal Desafio:

Empresas de diversos setores necessitam de produzir águas quentes no âmbito das suas atividades, como por exemplo:

ENERGIAS RENOVÁVEIS NO BRASIL MAIO 2010

Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga TRANSPORTE E LOGÍSTICA NO BRASIL VISÃO DO SETOR PRIVADO

A PMConsultores, é uma trusted advisor, empenhada em ser um agente de valor acrescentado e elemento diferenciador para a competitividade das PMEs.

Apoios comunitários Portugal 2020 JORNADA GNV

Dr. Henrique Relógio

República de Angola MINISTÉRIO DA ENERGIA E ÁGUAS

O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil. Mario Lima Maio 2015

PROJETO DE LEI Nº, DE 2011

Energias Renováveis, Regulação e Sustentabilidade

CAVACO S. RESPEITANDO A NATUREZA. Combustível de Biomassa

IRENA PROJECT NAVIGATOR WORKSHOP. Praia, 11 de Setembro de 2014

Medida Solar Térmico 2009 A eficiência energética como dinamizador da economia

Biblioteca Virtual. BIBLIOTECA VIRTUAL DA UNIVERSIDADE DO PORTO (BVUP) Plano de Actividades 2007

INOVAÇÃO E SOCIEDADE DO CONHECIMENTO

JPM Tecnologias para Energias Renováveis, SA. Filipe Fernandes

Voltar a explorar o mar

Como empresas e instituições financeiras juntaram esforços para avançar no financiamento de projetos sustentáveis no Brasil Maria Eugênia Taborda

CONFERIR UM NOVO SENTIDO À CIDADE

Portugal Eficiência 2015 Análise 2008

Iniciativa: RENEX South America Porto Alegre, 29 de Novembro de 2013

COMPETITIVIDADE E INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

COMPANY PRESENTATION Apresentação da Empresa

Galvão Energia Evolução das Fontes de Energia Renováveis no Brasil. V Conferência Anual da RELOP

Sobre a Contratação dos Parques Fotovoltaicos

Dotar o território de instrumentos de planeamento de gestão compatíveis com a preservação e conservação dos recursos;

ENERGIAS RENOVÁVEIS NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA Agostinho Figueira

ESTUDO DE VIABILIDADE

Programa de Desenvolvimento Rural

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por:

Ligações às redes de energia eléctrica. Setembro de 2011

Transcrição:

Promoção das Energias Renováveis em Cabo Verde III Conferencia da RELOP Rio de Janeiro 4 e 5 de Novembro 2010 Apresentação :Rito Évora Administrador ARE

Índice Porquê energias renováveis? Onde estamos? Projectos em curso Principais desafios

Porque Energias Renováveis? Características preferenciais para um País arquipelágico como Cabo Verde: Recursos endógenos, logo reduzem a dependência do exterior; Podem contribuir para amortecer o efeito da flutuação dos preços no mercado internacional; Recursos normalmente amigos do ambiente; Alguns destes recursos, como a energia eólica e solar são muito abundantes e estão disponíveis em todas as ilhas; Cabo Verde como País insular incorre a maiores custos de aprovisionamento do que os sistemas continentais interligados, por isso a substituição de fontes convencionais por fontes renováveis proporcionam maior valor acrescentado e reduzem a necessidade de compensaçõesextras; Actividades propiciadoras de integração social, permitindo em alguns casos gerar um maior numero de empregos locais;

0,25 Custo Combustivel l(e (Euros/kWh) 0,20 0,15 010 0,10 0,05 000 0,00 Custo Combustivel (ECV/kWh)

Onde estamos? O aproveitamento t daspotencialidades d renováveis é ainda reduzido apesar das excelentes condições existentes; Mas aposta mais agressiva no aproveitamento do potencial existente, com importantes projectos de produção eólica e foto voltaica em fase de conclusão; Novo decreto lei para a promoção e incentivo do aproveitamento das renováveis em fase de discussão e, Em curso a elaboração do plano de acção para a promoção das energias renováveis

Que Objectivos se pretende atingir? Maximizar a penetração das energias renováveis na matriz energética sem colocar em risco a sustentabilidade do sistema energético e a competitividade da economia no geral. Metas: 25% produção electricidade em 2010 50% em 2020?

4 Novos Parques Eólicos (28MW) 1º Produtor Independente Renovável Parceria Publico privada Infraco 60% Electra 25% GovCV 15% Contrato PPA negociado com a Concessionaria Take or Pay para volume mínimo Desconto tarifário para volumes acima do Take or Pay Conta Garantia de 6 meses de facturação avalizada pelo Governo Garantia MIGA (BM) contra risco País 2 Parques Foto voltaicos (Sal 2,5MW e Praia 5 MW) FinanciadospeloGoverno com recurso a linha de credito disponibilizada pelo Governo Português

O potencial eólico

Potencia Instalada (MW) Eólica Solar Diesel 110,4 83 28,9 2,1 0 7,2 2009 2012

100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Produção de Electricidade (MWh) 2009 2012 Produção Ter. 290.273 271.791 Solar 0 8.120 Eólica 4.661 77.862

Desafios Vertente Técnica Avaliar com maior rigor o potencial nacional das diversas fontes renováveis; Identificar e reservar zonas com alto potencial para projectos de energias renováveis zonas a utilização de zonas com alto potencial de renováveis; Não excluir à priori nenhum tipo de tecnologia mas Energia eólica como principal vector a desenvolver; Avaliar eventuais soluções de armazenagem de energia para permitir avançar na taxa de penetração; Mlh Melhorar a performance e qualidade d das redes de distribuição ib i em termos de integração e fiabilidade; Redução das perdas comerciais;

Formação/Reforço de capacidades Centros/programas multidisciplinares lidi i li de formação para permitir abordagem integrada do problema; projecto de centro de formação profissional, UNICV. Buscar sinergias com iniciativas regionais e internacionais de promoção das energias não convencionais (ex: Instalação do Centro de Pesquisa e Promoção de Energias Renováveis da CEDAO em Cabo Verde)

Desafios Vertente Económica Quadro regulamentar para incentivari e impulsionar i a iniciativa privada e parcerias publico privadas para investimento nasenergiasrenováveis; Mecanismos facilitadores de acesso ao financiamento; Explorar vertente ambiental (créditos de carbono) Estrutura de Incentivos fiscais e/ou outros de acordo com especificidades dos projectos/tecnologias, sem descurar a realidade Nacional;

Específicos da Regulação Regime remuneratório ói transparente e estável para a venda da energia produzida (feed in tariff?) Garantia de acesso à rede Contrato de compra e venda de longo prazo (15 anos) Preço fixados pela ARE com base no custo de produção ou custo evitado do combustível? regime especial paraa a micro produção direito de vender ao mesmo preço de compra da energia da rede?