SINTOMAS DE OBSTRUÇÃO URINÁRIA SECUNDÁRIOS À DOENÇA PROSTÁTICA



Documentos relacionados
Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

INFECÇÕES RECORRENTES DO TRATO URINÁRIO INFERIOR EM MULHERES

Mal formações do trato urinário. Luciana Cabral Matulevic

Radiology: Volume 274: Number 2 February Amélia Estevão

ANOMALIAS DO TRATO URINÁRIO UNIDADE DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA HC - UFMG BELO HORIZONTE - BRASIL

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

RADIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO

Saúde da Próstata. XXX Ciclo de Debate Município Saudável Envelhecimento Ativo. Claudio B. Murta

RASTREAMENTO DO CÂNCER DE OVÁRIO

ESTADIAMENTO PRÉ-TRATAMENTO DO CÂNCER DA PRÓSTATA CLINICAMENTE LOCALIZADO

Colégio Brasileiro de Radiologia Critérios de Adequação do ACR HEMOPTISE

PATOLOGIAS DA PRÓSTATA. Prostata

ESTADIAMENTO PRÉ-TRATAMENTO DO CARCINOMA INVASIVO DE CÉLULAS TRANSICIONAIS DA BEXIGA

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata

CPMG- SGT NADER ALVES DOS SANTOS CÂNCER DE PRÓSTATA PROF.WEBER

QUANDO SOLICITAR A RM DE PRÓSTATA COMO PARTE DO DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO? DR.PÚBLIO VIANA

Colégio Brasileiro de Radiologia Critérios de Adequação do ACR TRAUMA DE COLUNA

03/05/2012. Radiografia simples do abdome

INVESTIGAÇÃO RADIOLÓGICA DOS PACIENTES COM HEMATÚRIA

ORIENTAÇÕES SOBRE HIPERPLASIA BENIGNA DA PROSTATA

SCIH PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO - ITU

ESTADIAMENTO DE CARCINOMA RENAL

Manuseio do Nódulo Pulmonar Solitário

Megaureter: Diagnóstico e Tratamento

Diagnóstico das doenças da próstata

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

Tema: Uso do pet scan em pacientes portadores de câncer

Benign lesion of the biliary ducts mimicking Kastskin tumor

PROTOCOLOS RAIO-X CONTRASTADOS

Nota referente às unidades de dose registradas no prontuário eletrônico radiológico:

Diretrizes ANS para realização do PET Scan / PET CT. Segundo diretrizes ANS

COMPONENTE CURRICULAR - UROLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA - CRONOGRAMA DE ATIVIDADES PERÍODO: 8º DIA ATIVIDADE/AULA PROFESSOR

SEGUIMENTO PÓS-TRATAMENTO DE CÂNCER DE PRÓSTATA

Qual o tamanho da próstata?

RADIOGRAFIA ABDOMINAL. Profª Drª Naida Cristina Borges

DOENÇAS DA PRÓSTATA. P/ Edison Flávio Martins

17 de Outubro de Professor Amphilophio. Trato urinário inferior

DOENÇAS DA PRÓSTATA. Prof. João Batista de Cerqueira Adjunto DSAU - UEFS

EXAME POR IMAGEM PARA SEGUIMENTO DE CARCINOMA DE BEXIGA

III EGEPUB/COPPE/UFRJ

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA

XXIII CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA

Diagnóstico de endometriose

PACS. III Encontro Sul Brasileiro de Engenharia Clínica. Santa Casa de Porto Alegre, RS. 24 de Novembro de 2012

Diretrizes Assistenciais. Avaliação Clínica e Laboratorial do Candidato ao Transplante Renal com Doador Falecido

O Que solicitar no estadiamento estádio por estádio. Maria de Fátima Dias Gaui CETHO

Como escolher um método de imagem? - Dor abdominal. Aula Prá:ca Abdome 1

Prostatectomia para doença localmente avançada. José Milfont Instituto de Urologia do Rio de Janeiro

Resumo da Revisão da Literatura

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NA PIELONEFRITE AGUDA

Sessão Televoter Urologia

ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA

ATAQUE AGUDO DE DOR ESCROTA L (SEM TRAUMA, SEM ANTECEDENTE DE MASSA)

TÉCNICA EM RADIOLOGIA

Colégio Brasileiro de Radiologia Critérios de Adequação do ACR HEMATÚRIA

Um achado incomum durante um exame de ultrassom abdominal de

Arquivo criado por RH VIDA. Entendendo ser importante, solicitamos e conseguimos autorização para sua divulgação.

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA.

Porque se cuidar é coisa de homem. Saúde do homem

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Infecção do Trato Urinário. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio C Cotrim Neto-Médico Residente e Equipe Gipea

Prostatic Stromal Neoplasms: Differential Diagnosis of Cystic and Solid Prostatic and Periprostatic Masses

Um estudo da Universidade Stanford reforça o papel da finasterida, comumente usada contra a calvície, na prevenção ao câncer de próstata

Devemos fazer a triagem de Câncer de Próstata em pacientes com menos de 70 anos? Wilson Busato Jr

Serviço de Diagnóstico por Imagem serviço de ultrassonografia e radiologia

tract in children: lessons from the last 15 years Michael Riccabona Pediatr Radiol (2010) 40:

Abordagem do Paciente Renal F J Werneck

NOVO CONSENSO BRASILEIRO DE RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA POR MÉTODOS DE IMAGEM DR. HEVERTON AMORIM

CHUC Clínica Universitária de Radiologia

Rastreamento do câncer de pulmão

PARECER CFM nº 14/15 INTERESSADO: Sr. Newton de Souza Carneiro Realização de exame de ressonância magnética Cons. Aldemir Humberto Soares

Aparelho Gastrointestinal Dor Abdominal Aguda

CORE BIÓPSIA DE LINFONODOS AXILARES ATÍPICOS

TÍTULO: UTILIZAÇÃO DA MAMOGRAFIA PARA O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA MASCULINO

29/08/2011. Radiologia Digital. Princípios Físicos da Imagem Digital 1. Mapeamento não-linear. Unidade de Aprendizagem Radiológica

Humberto Brito R3 CCP

SUSPEITA DE MASSAS ANEXIAIS

Journal Club 23/06/2010. Apresentador: João Paulo Lira Barros-E4 Orientador: Dr. Eduardo Secaf

Copyright RHVIDA S/C Ltda.

CÂNCER DE ENDOMÉTRIO

Variação dos Custos Médicos Hospitalares VCMH/IESS Data-base - junho de 2010

AVALIAÇÃO DE DOR ABDOMINAL NO QUADRANTE INFERIOR ESQUERDO

LEVANTAMENTO DOS DADOS DOS ATENDIMENTOS ULTRASSONOGRÁFICOS DO SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO HV/EVZ/UFG

CONSULTA EM UROLOGIA - GERAL CÓDIGO SIA/SUS: Motivos para encaminhamento:

LOMBALGIA AGUDA - RADICULOPATIA

Manejo do Nódulo Pulmonar

O que é câncer de mama?

P R O S T AT E C T O M I A R A D I C A L L A P A R O S C Ó P I C A

Transplante de rim. Perguntas frequentes. Avitum

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP CAT Nº 040 / 2010

CÂNCER DE BOCA. Disciplina: Proteção Radiológica. Docente: Karla Alves Discentes: André Luiz Silva de Jesus Paloma Oliveira Carvalho

André Salazar e Marcelo Mamede CANCER PATIENTS: CORRELATION WITH PATHOLOGY. Instituto Mário Penna e HC-UFMG. Belo Horizonte-MG, Brasil.

Litíase urinária- Identificação dos grupos de risco e tratamento. Humberto Lopes UFJF II Encontro de Urologia do Sudeste - BH

RM MAMÁRIA: quando indicar?

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

URO-ONCOLOGIA( CÂNCER UROLÓGICO) A.Câncer de Pênis. Fernando da Rocha Camara

Papilomavírus Humano HPV

Transcrição:

Colégio Brasileiro de Radiologia Critérios de Adequação do ACR SINTOMAS DE OBSTRUÇÃO URINÁRIA SECUNDÁRIOS À DOENÇA PROSTÁTICA Painel de Especialistas em Imagem Urológica: Edward I. Bluth, Médico 1 ; Jeffrey H. Newhouse, Médico 2 ; William H. Bush, Jr., Médico 3 ; Peter L. Choyke, Médico 4 ; Syed Z. Jafri, Médica 5 ; Robert A. Older, Médico 6 ; Arthur T. Rosenfield, Médico 7 ; Carl M. Sandler, Médico 8 ; Arthur J. Segal, Médico 9 ; Clare Tempany, Médica 10 ; Martin I. Resnick, Médico 11. Resumo da Revisão da Literatura Os sintomas de obstrução urinária secundários a doença da próstata incluem hesitação, diminuição da força do jato urinário, gotejamento terminal, plenitude após micção e micção dupla (1). A hipertrofia prostática benigna é a causa mais comum de dilatação da próstata que exige uma intervenção. Estima-se que, por volta dos 80 anos de idade, 75% dos homens terão desenvolvido hipertrofia prostática benigna (1). Estima-se, também, que 10% de todos os homens acima de 40 anos de idade terão hipertrofia prostática benigna exigindo cirurgia antes de atingirem os 80 anos (2). Estima-se que, a cada ano, 400.000 homens passam por uma ressecção transuretral da próstata (RTU) (1). Outras causas de obstrução da saída da bexiga incluem estenose uretral, câncer de próstata, contratura do colo da bexiga e doença neurogênica. Muitos exames diagnósticos por imagem têm sido usados para avaliar pacientes com sintomas de obstrução vesical. Estes incluem raios-x simples, urografia excretora (UE), uretrografia, ultra-sonografia transabdominal e transretal, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) (1-19). Com o advento da reengenharia nos serviços de saúde, o uso seletivo dessas modalidades será exigido a fim de diminuir custos e praticar uma medicina eficiente e eficaz (15). A radiografia simples não pode ser usada para visualizar diretamente a próstata. Uma bexiga distendida pode ser visualizada como uma massa pélvica mas, a menos que existam informações disponíveis de quando o paciente urinou pela última vez, este achado tem um valor incerto. As calcificações prostáticas podem ser visualizadas e sempre indicam dilatação glandular se elas se estendem acima da sínfise púbica (18). Cálculos na bexiga podem também ser facilmente identificados. Em pacientes com câncer de próstata e metástases ósseas, as radiografias simples são uma ferramenta diagnóstica valiosa e barata. Oitenta por cento das metástases ósseas são osteoblásticas, e lesões mistas osteoblásticas/osteolíticas são vistas em outros 15% dos pacientes (18). Entretanto, a cintilografia óssea é muito mais sensível na identificação de metástases ósseas em seus estágios iniciais (18). O uso rotineiro da UE não é recomendado (3,10,11,15,17-19,21). Em pacientes que apresentam cálculos no raios-x simples, hematúria ou uma história atípica, entretanto, a urografia excretora pode se justificar (17,18). Não há nenhuma evidência de que pacientes com hipertrofia prostática benigna tenham uma incidência mais alta de cânceres renais assintomáticos do que a população geral no mesmo grupo etário; portanto, uma UE para buscar neoplasias ocultas não se justifica (3,21). Em um estudo prospectivo de 502 pacientes, Wasserman e colaboradores notaram cistos renais benignos em 10%, cânceres renais em menos de 1% e obstrução significativa do trato urinário em 2,6% (19). Quando os pacientes têm sintomas obstrutivos e insuficiência renal, a ultra-sonografia, mais do que a urografia excretora, é recomendada para avaliar a hidronefrose (18,21). Em pacientes com hidronefrose grave, a azotemia está quase sempre 1 Principal Autor, Ochsner Foundation Hospital, New Orleans, La; 2 Presidente do Painel, Columbia-Presbyterian Medical Center, New York, NY; 3 University of Washington School of Medicine, Seattle, Wash; 4 National Institutes of Health, Bethesda, Md; 5 William Beaumont Hospital, Royal Oak, Mich; 6 University of Virginia Medical Center, Charlottesville, Va; 7 Yale-New Haven Hospital, New Haven, Conn; 8 University of Texas-Houston, Houston, Tex; 9 Rochester General Hospital, Rochester, NY; 10 Brigham & Women s Hospital, Boston, Mass; 11 University Hospital of Cleveland, Cleveland, Ohio, American Urological Association. O trabalho completo sobre os Critérios de Adequação do ACR (ACR Appropriateness Criteria ) está disponível, em inglês, no American College of Radiology (1891, Preston White Drive, Reston, VA, 20191-4397) em forma de livro, podendo, também, ser acessado no site da entidade www.acr.org; e em português no site do CBR - Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem www.cbr.org.br. Os tópicos adicionais estarão disponíveis on-line assim que forem finalizados. Imagem Urológica 887 Obstrução urinária secundária

presente e a ultra-sonografia é indicada. Em resumo, embora não recomendado rotineiramente, o exame por imagem do trato urinário superior é indicado em pacientes com hipertrofia prostática benigna e também hematúria (incluindo microscópica assintomática), evidência laboratorial de insuficiência renal, história de infecção no trato urinário, urolitíase, cirurgia anterior do trato urinário ou doença renal congênita ou adquirida (21). A uretrografia retrógrada é valiosa para excluir estrituras uretrais, mas não avalia com precisão o tamanho da próstata. Como tal, ela não faz parte da avaliação de rotina de pacientes com prostatismo (18). A uretrocistografia miccional deve ser considerada apenas para homens com menos de 50 anos de idade com sintomas de obstrução do fluxo de saída (18). A ultra-sonografia pode ser usada para avaliar a próstata por via transabdominal (através da bexiga distendida) ou via transretal (USTR). A USTR é preferida pelos urologistas (21). O padrão de ultra-sonografia ainda é inespecífico para diferenciar lesões prostáticas malignas de benignas. A USTR é, entretanto, usada para orientar biópsias sistemáticas e dirigidas à lesão da próstata (21). Sugeriu-se que agentes de contraste de ultra-sonografia tornarão a aparência mais sensível e direcionarão melhor as biópsias para atingir um rendimento altamente positivo. No futuro, a ultra-sonografia tridimensional (3D) poderá provar o seu valor (22). Alterações secundárias à obstrução da saída da bexiga, tais como espessamento da parede da bexiga, são vistas melhor com a ultra-sonografia do que com a urografia excretora (4). O tamanho da próstata dilatada pode ser detectado com precisão pela ultra-sonografia (transabdominal) suprapúbica, USTR e ressonância magnética (RM) (4,12,21). Os exames por imagem de USTR e RM têm uma vantagem, em que a anatomia prostática interna é vista melhor e as informações relativas à proporção de tecido glandular para o estromal, na próstata, podem ser determinadas. Isto pode ser útil, no futuro, para a seleção de pacientes para opções específicas de tratamento (21,23). A identificação do tamanho da próstata é importante, já que ajuda a determinar o tipo de tratamento indicado. Julga-se que uma das complicações da ressecção transuretral da próstata, a sobrecarga de água, é resultado do tempo excessivo de operação devido ao tamanho da glândula. Em glândulas muito grandes, que podem ser medidas com ultra-sonografia pré-operatoriamente, um procedimento aberto pode ser preferido. A ultra-sonografia abdominal (suprapúbica) pode, também, ser usada para medir com precisão (mais ou menos 15%) o volume residual de urina em 90% dos pacientes (6,9). Entretanto, a cateterização é, provavelmente, o método menos dispendioso para avaliar com precisão a urina residual na bexiga. Em pacientes com azotemia, o sistema coletor dos rins deve ser examinado por imagem quanto à dilatação. Em pacientes com função renal normal, isto pode ser desnecessário. Entretanto, em um estudo de 128 pacientes, De Lacey e colaboradores relataram que a hidronefrose pode estar presente com resultados bioquímicos normais (10). A Clinical Practice Guideline da Agency for Health Care Policy and Research (AHCPR) declara que a realização de exames por imagem do trato urinário por US e UE não é recomendada, a menos que os pacientes sejam portadores de uma ou mais das seguintes condições: hematúria, infecção do trato urinário, insuficiência renal, história de urolitíase ou história de cirurgia no trato urinário (20). A TC não provou ser de muita valia na avaliação do aumento prostático benigno (16). Existem relatórios sobre o valor da RM na avaliação da próstata (8,14). A RM também é útil na avaliação do tamanho da próstata, embora outros procedimentos, menos caros, tais como a ultra-sonografia, sejam preferidos. Em resumo, em pacientes que têm função renal normal, mas sofrem os sintomas de prostatismo, a avaliação radiográfica deveria ser mínima. A ultra-sonografia é, ocasionalmente, desejável para estimar o tamanho da próstata antes da cirurgia. Se houver azotemia, o trato urinário superior definitivamente deve ser avaliado com ultra-sonografia quanto à presença de hidronefrose. Exceções Previstas Nenhuma. Imagem Urológica 888 Obstrução urinária secundária

Informação de Revisão Esta diretriz foi originalmente desenvolvida em 1995. Uma análise e uma revisão completas foram aprovadas em 1999 e 2001. Todos os tópicos dos Critérios de Adequação são revistos anualmente e, sendo necessário, são atualizados. Condição Clínica: Sintomas de Obstrução Urinária Secundários à Doença Prostática Variante 1: Função renal normal. Exame radiológico Índice de Comentários adequação US de bexiga 5 Mede urina residual pós-miccional. Se o resíduo é significativo, a avaliação do trato superior está indicada. Dá o tamanho prostático estimado. US renal 3 Grau de adequação pode ser alto na presença de urina residual. Avalia hidronefrose. Urografia excretora 3 Grau de adequação pode ser alto se a urina residual presente é significativa. Em pacientes com cálculo, hematúria ou história atípica, o estudo pode ser justificado. Raios-X de abdome supino 2 Outros estudos por imagens são mais úteis. Uretrografia retrógrada 2 Não estima o tamanho prostático. USTR 2 Uretrocistografia miccional 2 Considerar em homens com menos de 50 anos, com sintomas. RM da pelve 2 TC de abdome/pelve 1 Não é indicada. Escala dos critérios de adequação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1=menos apropriado 9=mais apropriado Imagem Urológica 889 Obstrução urinária secundária

Condição Clínica: Sintomas de Obstrução Urinária Secundários à Doença Prostática Variante 2: Uréia aumentada no sangue e/ou creatinina.* Exame radiológico Índice de Comentários adequação US de bexiga 8 Para avaliar urina residual e tamanho da próstata. US renal 8 Para avaliar hidronefrose. Raios-X de abdome supino 3 Para excluir cálculo. Pode ser usado em associação com ultra-som. Urografia excretora 2 Outros estudos avaliam melhor as mesmas estruturas. Uretrografia retrógrada 2 Não estima o tamanho prostático. USTR 2 Pode estimar o tamanho prostático por US transabdominal. Uretrocistografia miccional 2 Considerar em homens com menos de 50 anos, com sintomas. RM de pelve 2 TC de abdome/pelve 1 Não é indicada. Escala dos critérios de adequação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1=menos apropriado 9=mais apropriado * Refere-se também a critérios apropriados para insuficiência renal. Por exemplo, nos pacientes que tem testes de função renal elevados, mesmo após drenagem por sonda, a cintilografia renal deveria ser considerada. Imagem Urológica 890 Obstrução urinária secundária

Referências 1. O Brien WM. Benign prostatic hypertrophy. Am Fam Phys 1991; 44(1):162-171. 2. Kuo HC, Chang SC, Hus T. Predictive factors for successful surgical outcome of benign prostatic hypertrophy. Eur Urol 1993; 24(1):12 19. 3. Brooks AP. Prostatism, intravenous urography and asymptomatic renal cancer. Br J Urol 1988; 62(1):1-3. 4. Cascione CJ, Bartone FF, Hussain MB. Transabdominal ultrasound versus excretory urography in preoperative evaluation of patients with prostatism. J Urol 1987; 137(5):883-885. 5. Chancellor MB, Van Appledorn CA. Value of transrectal prostate ultrasonography pre-transurethral prostatectomy in screening for occult prostate carcinoma. Urology 1993; 41(6):590-593. 6. Griffiths CJ, Murray A, Ramsden PD. Accuracy and repeatability of bladder volume measurement using ultrasonic imaging. J Urol 1986; 136(4):808-812. 7. Henneberry M, Carter MF, Neiman HL. Estimation of prostatic size by suprapubic ultrasonography. J Urol 1979; 121(5):615-616. 8. Hricak H, Jeffrey RB, Dooms GC, Tanagho EA. Evaluation of prostate size: a comparison of ultrasound and magnetic resonance imaging. Urol Radiol 1987; 9(1):1-8. 9. Beacock CJ, Roberts EE, Rees RW, Buck AC. Ultrasound assessment of residual urine. A quantitative method. Br J Urol 1985; 57(4):410-413. 10. de Lacey G, Johnson S, Mee D. Prostatism: how useful is routine imaging of the urinary tract? Br Med J 1988; 296(6627):965-967. 11. Anderson JT, Jacobsen O, Strandgaard L. The diagnostic value of intravenous pyelography in infravesical obstruction in males. Scand J Urol Nephrol 1977; 11(3):225-230. 12. Roehrborn CG, Chinn HK, Fulgham PF, Simpkins KL, Peters PC. The role of transabdominal ultrasound in the preoperative evaluation of patients with benign prostatic hypertrophy J Urol 1986; 135(6):1190-1193. 13. Roehrborn CG, Peters PC. Can transabdominal ultrasound estimation of postvoiding residual (PVR) replace catheterization? Urology 1988; 31(5):445-449. 14. Schiebler ML, Tomaszewski JE, Bezzi M, et al. Prostatic carcinoma and benign prostatic hyperplasia: correlation of highresolution MR and histopathologic findings. Radiology 1989; 172(1):131-137. 15. Sage WM, Kessler R, Sommers LS, Silverman JF. Physiciangenerated cost containment in transurethral prostatectomy. J Urol 1988; 140(2):311-315. 16. Sukov RJ, Scardino PT, Sample WF, Winter J, Confer DJ. Computed tomography and transabdominal ultrasound in the evaluation of the prostate. J Comput Assist Tomogr 1977; 1(3):281-289. 17. Talner LB. Commentary. Routine urography in men with prostatism. AJR 1986; 147(5):960-961. 18. Talner LB. Specific causes of obstruction. In: Pollack HM ed. Clinical Urography. Philadelphia, Pa: WB Saunders; 1990:Chapter 56. 19. Wasserman NF, Lapointe S, Eckmann DR, Rosel PR. Assessment of prostatism: role of intravenous urography. Radiology 1987; 165(3):831-835. 20. McConnell BB, et al. Benign prostatic hyperplasia: diagnosis and treatment. AHCPR Publication No. 94-0582, February 1994. 21. Grossfeld GD, Coakley FV. Benign prostatic hyperplasia: clinical overview and value of diagnostic imaging. Radiol Clin North Am 2000; 38(1):31-47. 22. Hamper UM, Trapanotto V, DeJong MR, Sheth S, Caskey CI. Three-dimensional US of the prostate: early experience. Radiology 1999; 212(3):719-723. 23. Liney GP, Turnbull LW, Knowles AJ. In vivo magnetic resonance spectroscopy and dynamic contrast enhanced imaging of the prostate gland. NMR BioMed 1999; 12(1):39-44. Imagem Urológica 891 Obstrução urinária secundária

Imagem Urológica 892 Obstrução urinária secundária