ATIVO 1998 1 9 9 7 1998 1 9 9 7



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Transcrição:

CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO ( em milhares de Reais ) C O N T R O L A D O R A C O N S O L I D A D O ATIVO 1998 1 9 9 7 1998 1 9 9 7 CIRCULANTE Disponibilidades 269.084 1.095.146 658.575 1.677.670 Consumidores e revendedores - - 1.364.592 1.189.382 Financiamentos e empréstimos 3.209.119 4.136.815 2.066.968 2.960.657 Juros, comissões e taxas 515.279 753.805 168.342 467.457 Valores a receber - PND 138.359 128.706 138.359 128.706 Investimentos temporários 735.806 419.383 735.806 419.383 Recursos da União - usinas nucleares - - 936.061 734.520 Créditos tributários 110.433 15.400 504.536 230.561 Títulos e valores mobiliários 195.002 498.906 383.563 915.512 Almoxarifado - - 152.346 132.801 Remuneração dos investimentos 408.288 163.758 2.454 5.869 Devedores diversos - - 163.650 80.119 Outros 57.857 35.823 194.776 192.089 Despesas pagas antecipadamente - 46.328 20.798 82.843 5.639.227 7.294.070 7.490.826 9.217.569 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Financiamentos e empréstimos 17.833.429 24.364.215 5.091.718 9.184.331 Concessões a licitar - - 1.464.549 1.745.386 Recursos da União - usinas nucleares - - 1.654.628 1.531.070 Créditos renegociados - - 443.990 380.163 Títulos e valores mobiliários - 42.672 55.477 98.037 Outros 71.112 38.784 261.158 93.087 17.904.541 24.445.671 8.971.520 13.032.074 Adiantamentos para participação societária 1.596.603 1.171.611 4.653 3.976 19.501.144 25.617.282 8.976.173 13.036.050 PERMANENTE Investimentos Participação em empresas de energia elétrica Pela equivalência patrimonial 39.177.706 45.634.576-2.588.187 Pelo custo 3.982.670 1.331.523 4.076.319 1.331.523 Outros - - 376.606 444.572 43.160.376 46.966.099 4.452.925 4.364.282 Imobilizado 24.931 32.775 66.483.068 69.670.857 Diferido 4.635 214 758.594 801.300 43.189.942 46.999.088 71.694.587 74.836.439 68.330.313 79.910.440 88.161.586 97.090.058 As notas explicativas e os anexos I, II e III são parte integrante das demonstrações contábeis.

CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO ( em milhares de Reais ) C O N T R O L A D O R A C O N S O L I D A D O PASSIVO 1998 1997 1998 1997 CIRCULANTE Financiamentos e empréstimos 494.551 623.146 928.748 1.175.506 Conta de consumo de combustível 210.123 262.114 210.123 262.114 Fornecedores 12.272 5.367 751.479 553.556 Encargos de financiamentos e empréstimos 25.385 50.681 232.977 229.735 Empréstimo compulsório 128.678 122.310 128.678 122.310 Obrigações estimadas 6.415 8.882 142.704 202.908 Remuneração aos acionistas 740.089 1.471.535 742.815 1.471.895 Créditos do Tesouro Nacional 833.128-833.128 - Tributos e contribuições sociais 995.709 667.190 1.180.015 944.304 Provisões para contingências - - 1.835.527 1.330.371 Remuneração e ressarcimento - - 205.046 261.672 Outros 31.263 152.373 301.131 292.663 3.477.613 3.363.598 7.492.371 6.847.034 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Financiamentos e empréstimos 1.158.943 3.759.143 8.014.994 7.825.257 Reserva Global de Reversão 173.790 7.148.613 173.790 7.148.613 Empréstimo Compulsório 2.252.147 2.070.989 2.252.147 2.070.989 Tributos e contribuições sociais 817.635 1.517.102 1.620.835 2.854.803 Provisões para contingências 370.534 311.680 533.921 464.266 Remuneração e ressarcimento - - 136.549 136.912 Outros 83.994 92.440 326.355 112.732 4.857.043 14.899.967 13.058.591 20.613.572 Obrigações especiais - - 7.323.522 7.227.327 4.857.043 14.899.967 20.382.113 27.840.899 PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA EM CONTROLADAS - - 291.445 755.250 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social 14.431.473 17.989.729 14.431.473 17.989.729 Reservas de capital 22.716.098 22.701.421 22.716.098 22.701.421 Reservas de lucros 15.008.753 14.335.696 15.008.753 14.335.696 Lucros acumulados 7.360.683 6.559.267 7.360.683 6.559.267 59.517.007 61.586.113 59.517.007 61.586.113 Adiantamentos para aumento de capital 478.650 60.762 478.650 60.762 59.995.657 61.646.875 59.995.657 61.646.875 68.330.313 79.910.440 88.161.586 97.090.058 As notas explicativas e os anexos I, II e III são parte integrante das demonstrações contábeis.

CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO ( em milhares de Reais ) C O N T R O L A D O R A C O N S O L I D A D O 1998 1997 1998 1997 Reclassificado Reclassificado RECEITAS OPERACIONAIS Venda de energia elétrica - - 7.160.312 6.089.414 Subvenções - consumo de combustível - - 226.190 292.615 Acréscimo moratório sobre energia vendida - - 60.118 146.294 - - 7.446.620 6.528.323 Financiamentos e empréstimos: Juros, comissões e taxas 2.402.439 2.205.973 1.210.815 965.902 Variações monetárias líquidas 1.474.118 1.436.328 1.091.111 1.273.260 Equivalência patrimonial 166.193 798.379 124.439 131.751 Outras 119.593 25.839 212.618 97.764 4.162.343 4.466.519 10.085.603 8.997.000 DESPESAS OPERACIONAIS De financiamentos e empréstimos 494.174 664.456 680.185 859.881 Encargos financeiros - remuneração aos acionistas 469.676 153.561 469.676 222.219 Pessoal, material e serviços 134.017 103.973 1.395.749 1.316.485 Depreciação e amortização 6.136 4.425 1.971.027 1.592.299 PASEP e COFINS 52.207 42.541 164.213 138.494 Energia comprada para revenda - - 1.597.054 1.061.265 Compensação e ressarcimento - - 334.364 303.852 Combustível para produção de energia elétrica - - 381.875 411.274 Encargos de parcelamento de tributos 133.680 159.438 172.580 159.438 Provisões para contingências 46.136 45.373 359.510 189.311 Juros sobre capital próprio - 1.486.413-1.486.413 Outras 91.485 85.359 154.012 162.230 1.427.511 2.745.539 7.680.245 7.903.161 RESULTADO OPERACIONAL 2.734.832 1.720.980 2.405.358 1.093.839 RESULTADO NÃO OPERACIONAL 277.438 714.254 528.151 1.356.496 RESULTADO ANTES DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E DO IMPOSTO DE RENDA 3.012.270 2.435.234 2.933.509 2.450.335 Contribuição social (253.032) (146.289) (260.157) (183.195) Imposto de renda (761.760) (394.196) (644.895) (356.008) RESULTADO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 1.997.478 1.894.749 2.028.457 1.911.132 Participação minoritária - - (17.597) (19.333) Participação dos empregados nos lucros (3.300) (2.950) (16.682) - RESULTADO ANTES DA REVERSÃO DOS JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO 1.994.178 1.891.799 1.994.178 1.891.799 Reversão dos juros sobre o capital próprio - 1.486.413-1.486.413 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.994.178 3.378.212 1.994.178 3.378.212 LUCRO POR LOTE DE 1.000 AÇÕES 3,71 6,29 As notas explicativas e os anexos I, II e III são parte integrante das demonstrações contábeis.

CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ( em milhares de Reais ) RESERVAS DE CAPITAL RESERVAS DE LUCROS ADIANTAMENTOS CAPITAL COMPENSAÇÃO DE LUCROS A DIVIDENDOS LUCROS PARA AUMENTO SOCIAL INSUFICIÊNCIA DE OUTRAS LEGAL ESTATUTÁRIAS REALIZAR NÃO ACUMULADOS DE CAPITAL T O T A L REMUNERAÇÃO (a) (b) DISTRIBUÍDOS (c) Saldos em 31 de dezembro de 1996 17.989.729 18.541.088 4.160.333 828.003 7.034.321 3.696.418 1.075.152 6.264.188 55.352 59.644.584 Encargos financeiros (e) - - - - - - 105.082-5.410 110.492 Realização de reservas - - - - - (295.079) - 295.079 - Lucro líquido do exercício - - - - - - - 3.378.212-3.378.212 Destinação do resultado: Constituição de reservas - - - 168.911 1.722.888 - - (1.891.799) - - Remuneração aos acionistas - - - - - - - (1.486.413) - (1.486.413) Saldos em 31 de dezembro de 1997 17.989.729 18.541.088 4.160.333 996.914 8.757.209 3.401.339 1.180.234 6.559.267 60.762 61.646.875 Encargos financeiros (e) - - - - - - 223.944-11.529 235.473 Cisão Eletroger - AGE de 29 de janeiro de 1998 (3.558.256) - - - - - - - - (3.558.256) Estorno da CMC - Eletronuclear - - - - - - - (424.451) - (424.451) Incentivos fiscais - FINOR - - 14.677 - - - - - - 14.677 Recursos recebidos - UNIÃO - - - - - - - - 406.359 406.359 Realização de reservas - - - - - (1.096.062) - 1.096.062 - - Lucro líquido do exercício - - - - - - - 1.994.178-1.994.178 Destinação do resultado: Constituição de reservas (d) - - - 99.709 1.017.031 - - (1.116.740) - - Remuneração aos acionistas - - - - - - 428.435 (747.633) - (319.198) Saldos em 31 de dezembro de 1998 14.431.473 18.541.088 4.175.010 1.096.623 9.774.240 2.305.277 1.832.613 7.360.683 478.650 59.995.657 ( a) O estatuto prevê a destinação de 50% do lucro líquido para a reserva de investimentos e de 1% para a reserva de estudos e projetos. Em 1998, foram apropriados R$ 997.089 mil para a reserva de investimentos e R$ 19.942 mil para a reserva de estudos e projetos. (b) A realização dos lucros apropriados à reserva em anos anteriores, tem por base os dividendos recebidos no exercício e as depreciações e baixas de ativos. (c) Conforme item "9" da Norma de Execução Conjunta nº 20 de 10 de novembro de 1990, da Coordenadoria de Contabilidade do Tesouro Nacional. (d) Foi destinado para a reserva de dividendos não distribuídos o valor de R$ 428.435 mil, nos termos dos parágrafos 4º e 5º do artigo 202 da Lei 6.404/76. Adicionalmente, a parcela do lucro líquido do exercício não destinada, equivalente a R$ 129.805 mil, foi mantida em lucros acumulados, tendo em vista que a proposição de dividendos por valor superior ao mínimo obrigatório é incompatível com a situação financeira da companhia. (e) Os encargos financeiros se referem ao Decreto - lei n 326/91 e Decreto n 2.673/98. As notas explicativas e os anexos I, II e III são parte integrante das demonstrações contábeis.

CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO ( em milhares de Reais ) C O N T R O L A D O R A C O N S O L I D A D O 1998 1997 1998 1997 ORIGENS Das operações - lucro líquido do exercício 1.994.178 3.378.212 1.994.178 3.378.212 Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante líquido: Depreciação e amortização 6.136 4.425 1.971.027 1.592.299 Variações monetárias líquidas-longo prazo (1.484.869) (1.155.805) (848.158) (1.060.310) Ajuste dos investimentos pelo valor patrimonial (166.193) (798.379) (124.439) (131.751) Provisões de longo prazo 56.763 177.113 (1.712) (24.608) Participação minoritária no resultado - - 17.597 19.333 Remuneração de bens e direitos - capital próprio - - (282.386) (698.895) Encargos financeiros incidentes sobre o patrimônio líquido 235.473 110.492 235.473 110.492 Outras 31.964 8.063 104.297 189.700 673.452 1.724.121 3.065.877 3.374.472 De Acionistas 406.359-406.359 206.983 De Terceiros Financiamentos obtidos 504.200 85.841 1.582.317 2.383.338 Reserva Global de Reversão e Empréstimo Compulsório 1.417.672 2.139.587 1.417.672 2.139.587 Transferência do circulante para o exigível a longo prazo - 2.949 17.150 62.201 Transferência do realizável a longo prazo para o circulante 2.214.835 2.964.636 1.770.178 3.658.713 Redução de investimentos permanentes - 703.911-703.911 Redução do realizável a longo prazo - créditos de ITAIPU 612.102-612.102 - Outras 55.163-251.591 48.065 4.803.972 5.896.924 5.651.010 8.995.815 TOTAL DOS RECURSOS OBTIDOS 5.883.783 7.621.045 9.123.246 12.577.270 APLICAÇÕES Na aquisição de direitos e bens do imobilizado 15.479 2.239 2.911.714 1.759.000 Em financiamentos e empréstimos concedidos 3.514.911 2.260.337 1.595.514 1.575.731 Em participação em empresas de energia elétrica 702.550 167.958 752.856 867.366 Transferência do exígivel a longo prazo para o circulante 960.346 918.987 3.565.249 2.207.808 Remuneração aos acionistas 319.198 1.486.413 334.095 1.486.470 Transferência do circulante para o realizável a longo prazo 2.123.096 4.453.492 2.170.132 4.474.253 Outras 17.061 33.975 165.766 229.889 TOTAL DAS APLICAÇÕES 7.652.641 9.323.401 11.495.326 12.600.517 Redução do capital circulante (1.768.858) (1.702.356) (2.372.080) (23.247) Demonstração da variação do capital circulante: Ativo circulante: No início do exercício 7.294.070 8.350.878 9.217.569 8.561.522 No fim do exercício 5.639.227 7.294.070 7.490.826 9.217.569 Variação (1.654.843) (1.056.808) (1.726.743) 656.047 Passivo circulante: No início do exercício 3.363.598 2.718.050 6.847.034 6.167.740 No fim do exercício 3.477.613 3.363.598 7.492.371 6.847.034 Variação 114.015 645.548 645.337 679.294 Redução do capital circulante (1.768.858) (1.702.356) (2.372.080) (23.247) As notas explicativas e os anexos I, II e III são parte integrante das demonstrações contábeis.

CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 1998 E DE 1997 NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL A ELETROBRÁS é uma empresa de capital aberto, com ações negociadas em bolsas de valores, que participa da coordenação técnica, financeira e administrativa do setor de energia elétrica, através de suas atividades nas áreas de planejamento, engenharia e supervisão do sistema elétrico brasileiro, relacionamento e intercâmbio com a indústria, inclusive no plano internacional, promoção da melhoria de gestão empresarial, concessão de financiamentos e repasses de recursos, participação minoritária em novos projetos e coordenação econômica e financeira. Além dessas atividades, a ELETROBRÁS é acionista majoritário das empresas de geração de energia elétrica FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A., CENTRAIS ELÉTRICAS DO NORTE DO BRASIL S.A. ELETRONORTE e CIA. HIDRO ELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO CHESF, incluídas no Programa Nacional de Desestatização PND, da EMPRESA TRANSMISSORA DE ENERGIA ELÉTRICA DO SUL DO BRASIL S.A. - ELETROSUL e ELETROBRÁS TERMONUCLEAR S.A. - ELETRONUCLEAR. A função básica dessas controladas é a construção de usinas, o suprimento e a transmissão de energia elétrica. A empresa participa, também, na qualidade de acionista majoritário da LIGHT PARTICIPAÇÕES S.A. LIGHTPAR e, em regime de administração conjunta, da ITAIPU BINACIONAL.

Apresentamos, a seguir, informações gráficas sobre os principais indicadores de desempenho da ELETROBRÁS (controladora) no exercício, comparativamente com os do exercício anterior: Ativo Total Patrimônio Líquido R$ Milhões 90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 68.330 79.910 R$ Milhões 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 59.996 61.647 10.000 10.000 0 1998 1997 0 1998 1997 Resultado do Período Receita de Equivalência Patrimonial 4.000 3.500 3.378 4.000 3.500 R$ Milhões 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 1.994 R$ Milhões 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 166 798 0 1998 1997 0 1998 1997

Financiamentos a receber - circulante Financiamentos a receber - longo prazo 30.000 30.000 24.364 25.000 20.000 25.000 20.000 17.833 R$ Milhões 15.000 10.000 5.000 3.209 4.137 R$ Milhões 15.000 10.000 5.000 0 1998 1997 0 1998 1997 Financiamentos a pagar - circulante Financiamentos a pagar - longo prazo 4.000 4.000 3.759 3.000 3.000 R$ Milhões 2.000 1.000 494 623 R$ Milhões 2.000 1.000 1.159 0 1998 1997 0 1998 1997

NOTA 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS I - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS As demonstrações contábeis consolidadas contemplam as demonstrações da ELETROBRÁS e as de suas controladas mencionadas na Nota 1, elaboradas com base em 31 de dezembro de 1998. No exercício anterior, foram utilizadas demonstrações contábeis com base em 31 de outubro de 1997 para a ELETRONUCLEAR, em 30 de novembro de 1997 para FURNAS, CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL e LIGHTPAR e em 31 de dezembro de 1997 para ITAIPU BINACIONAL. Essas demonstrações contábeis foram elaboradas de conformidade com os critérios usuais de consolidação, entre os quais merecem destaque: a) eliminação dos investimentos da controladora nas empresas controladas, em contrapartida à sua participação nos respectivos patrimônios líquidos; b) eliminação de saldos a receber e a pagar intercompanhias; c) eliminação das receitas e despesas intercompanhias; d) destaque da participação dos acionistas minoritários no patrimônio líquido e no resultado das empresas controladas; As demonstrações contábeis da ITAIPU BINACIONAL que, a partir do exercício anterior, passaram a integrar as demonstrações contábeis consolidadas, são originalmente elaboradas em dólares norte americanos e convertidas, para efeitos de consolidação, para Reais à taxa de câmbio em 31 de dezembro de 1998 publicada pelo Banco Central do Brasil. Face à inexistência de resultados não realizados nas operações intercompanhias, o lucro e o patrimônio líquido na controladora são iguais aos do consolidado. II - DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DE ACORDO COM AS NORMAS DA LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA As demonstrações contábeis da ELETROBRÁS e de suas controladas foram elaboradas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações e disposições complementares da Comissão de Valores Mobiliários - CVM, consoante as práticas contábeis descritas a seguir: - Critérios gerais de avaliação a) os financiamentos e empréstimos a receber e respectivos encargos apropriados até a data do balanço, estão atualizados segundo os índices contratuais de atualização monetária e demonstrados no Anexo I às notas explicativas;

b) os materiais em estoque no almoxarifado estão registrados ao custo médio de aquisição; c) os investimentos decorrentes de participações societárias em controladas e na ITAIPU BINACIONAL estão avaliados pelo método de equivalência patrimonial, utilizando as mesmas datas-base referidas no inciso I; a contrapartida do ajuste decorrente dessa avaliação está computada no resultado do exercício e em lucros acumulados, conforme demonstrado no Anexo II às notas explicativas. As ações representativas da participação no capital social das controladas FURNAS, CHESF e ELETRONORTE, depositadas no Fundo Nacional de Desestatização - FND, estão mantidas no ativo permanente por representarem parte da atividade econômica no contexto do objetivo social da ELETROBRÁS e por preservar sua influência nos negócios e na administração dessas controladas. d) o imobilizado está registrado ao custo de aquisição ou construção. A depreciação é calculada pelo método linear, debitada parte ao resultado do exercício e parte ao custo das ordens em curso, em função da utilização dos bens. As controladas FURNAS e CHESF implantaram, facultativamente, no exercício de 1998 as novas taxas de depreciação definidas pela Resolução nº 002, de 24 de dezembro de 1997 da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, que determina que a depreciação seja calculada pela aplicação das taxas para cada bem ou instalação registradas nas Unidades de Cadastro UC, instituídas pela Portaria DNAEE nº 815, de 30 de novembro de 1994. A adoção dessa prática, não produziu efeitos significativos no resultado daquelas empresas. As demais controladas continuaram adotando em 1998 as taxas usuais de depreciação de 3% para geração hidráulica, 4% para distribuição e 5% para geração térmica, devendo implantar as novas taxas no próximo exercício; e) os financiamentos e empréstimos a pagar e os correspondentes encargos, apropriados até a data do balanço, estão atualizados pelos índices contratuais conforme demonstrado no Anexo III; f) os saques feitos pela ELETROBRÁS à Reserva Global de Reversão - RGR (vide Nota 14), destinados a empréstimos e financiamentos às concessionárias de energia elétrica, são registrados como exigibilidades. Sobre tais saques são computados juros de 5% ao ano, a partir da vigência da Lei n.º 8.631, de 04 de março de 1993; g) o Empréstimo compulsório, legalmente arrecadado através das contas de energia elétrica em favor da ELETROBRÁS, está registrado pelo valor do principal arrecadado, acrescido de atualização monetária e juros de 6% ao ano. Em decorrência da extinção da cobrança de Empréstimo compulsório, a partir de 1º de janeiro de 1994, conforme disposto na Lei n.º 7.181 de 20 de dezembro de 1993, a última arrecadação incidente sobre o consumo industrial ocorreu em fevereiro de 1994.

h) Impostos e contribuições: o Imposto de Renda Pessoa Jurídica foi calculado pelo regime de apuração do lucro real anual, sendo utilizada a alíquota de 15% e adicional de 10% sobre o lucro real; a Contribuição Social sobre o lucro foi calculada à alíquota de 8% sobre o lucro ajustado; Em decorrência da existência de lucros inflacionários em exercícios anteriores, a empresa mantém uma provisão para imposto de renda diferido, registrada no exigível a longo prazo, ajustada pelos créditos fiscais existentes. i) Reclassificações do ano anterior: A demonstração do resultado da controladora e do consolidado relativa ao exercício de 1997, foi reclassificada de forma a permitir uma melhor comparabilidade com o exercício atual, cabendo destacar que tais reclassificações não afetaram o resultado do exercício, bem como, não envolveram valores significativos. NOTA 3 - INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS A ELETROBRÁS, como credora e acionista minoritária de concessionárias estaduais de energia elétrica, negociou com os Estados da Federação (controladores daquelas empresas) a aquisição parcial de ações ordinárias, sem, no entanto, assumir o controle acionário. O objetivo fundamental dessas operações é o de permitir o equacionamento econômico-financeiro dessas empresas, mediante gestão compartilhada, objetivando a sua privatização. R$ mil CONTROLADORA E CONSOLIDADO 1998 1997 Centrais Elétricas de Rondônia S.A. - CERON 298.858 78.154 Cia. Energética do Piauí - CEPISA 120.004 120.004 Cia. Energética do Rio Grande do Norte - COSERN - 9.503 Empresa Energética de Sergipe S.A. - ENERGIPE - 3.209 Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. - CEMAT 5.925 5.925 Empresa de Energia Elétrica do Mato Grosso do Sul S.A. - ENERSUL - 9.780 Centrais Elétricas de Alagoas - CEAL 168.700 107.700 Centrais Elétricas do Acre - ELETROACRE 28.000 15.000 Centrais Elétricas do Pará S.A. - CELPA 114.319 70.108 735.806 419.383 NOTA 4 FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS A LONGO PRAZO - CESSÃO DE CRÉDITOS DE ITAIPU BINACIONAL

Em 29 de dezembro de 1998, foram celebrados contratos de confissão, renegociação de dívidas e cessão de créditos entre a União, ELETROBRÁS, CHESF e ELETRONORTE. Como decorrência dessas operações, a ELETROBRÁS cedeu à União créditos representados por financiamentos a longo prazo concedidos à ITAIPU, no valor de R$ 12.858.349 mil. A referida operação foi refletida contabilmente através de uma redução do realizável a longo prazo e de uma redução correspondente de exigibilidades a longo e curto prazos, não afetando, desta forma, os resultados da ELETROBRÁS. Os reflexos no balanço patrimonial são demonstrados a seguir: R$ mil CONTROLADOR CONSOLIDADO A Quitação de dívidas de médio e longo prazos - financiamentos em US$ 2.790.375 4.002.452 Quitação de dívidas a longo prazo - RGR 8.243.795 8.243.795 Quitação de dívidas a longo prazo - Tributos parcelados 612.102 612.102 Aumento de realizável a longo prazo - Financiamentos a controladas (*) 1.212.077-12.858.349 12.858.349 (*) Financiamentos concedidos às controladas ELETRONORTE R$ 946.935 mil e CHESF R$ 265.142 mil para quitação de dívidas de médio e longo prazo. NOTA 5 - RECURSOS DA UNIÃO - USINAS NUCLEARES a) Angra I Nos termos do Decreto nº 91.981, de 25 de novembro de 1985, são de responsabilidade da União os custos excedentes ao valor da opção hidrelétrica, acrescidos dos encargos financeiros, cujo montante, em 31 de dezembro de 1998, é de R$ 1.864.375 mil (1997 R$ 1.646.190 mil). b) Angra II e III Nos termos do art. 5º, do Decreto nº 86.250, de 30 de julho de 1981, os gastos realizados até 31 de dezembro de 1980, deverão ser reembolsados à ELETRONUCLEAR pelo Tesouro Nacional. Este valor está quantificado até 31 de dezembro de 1998 em R$ 726.314 mil ( 1997 - R$ 619.400 mil). A ELETRONUCLEAR passou a ter a responsabilidade da construção das usinas Angra II e III, arcando somente com os custos de construção limitados à alternativa hidrelétrica, conforme estabelecido pelo art 4º, do Decreto nº 86.250, de 30 de julho de 1981, sendo o excedente por conta da União. De acordo com a Lei nº 7.862, de 30 de outubro de 1989, a União é sucessora dos direitos e obrigações da

extinta NUCLEBRÁS, inclusive do contrato de financiamento para construção das Usinas Angra II e III, registrado como Obrigações Especiais (Ver Nota 12). c) Compensação de créditos Mediante despacho do Ministro de Estado da Fazenda em 20 de junho de 1994, relativo ao processo 17.944.000.269/94-83, a Secretaria do Tesouro Nacional procedeu a compensação de créditos decorrentes da Conta Resultados a Compensar - CRC, de FURNAS, objeto das Leis nºs 8.631 e 8.724/93, com dívidas de responsabilidade da União, bem como através da Portaria Interministerial nº 682, dos Ministros de Estado da Fazenda e de Minas e Energia, estando quantificado em 31 de dezembro de 1998 e de 1997, o valor de R$ 362.204 mil, que, em conformidade com o disposto na Lei nº 9.358/96, será devolvido à ELETRONUCLEAR e consequentemente repassado à FURNAS, após análise do Ministério da Fazenda. A parcela de R$ 225.558 mil, registrada como retificadora de Contas a Receber - Recursos da União, corresponde ao montante de CRC a ser revertido à FURNAS - Centrais Elétricas S.A. e, em 31 de dezembro de 1998 e de 1997 está composta da seguinte forma: R$ mil Compensação do Tesouro Nacional 362.204 Parcela para cobertura do fundo de descomissionamento de Angra I, transferido de Furnas no processo de cisão (72.816) Participação de Angra I no valor da CRC a securitizar (63.830) 225.558 d) Resumo dos créditos R$ mil 1998 1997 Angra I Angra II e III TOTAL TOTAL Ativo circulante - CRC - Moeda corrente 349.962 404.053 12.242 169.804 362.204 323.342 573.857 411.178

754.015 182.046 936.061 734.520 Realizável a longo prazo 1.110.360 544.268 1.654.62 8 1.531.07 0 1.864.375 726.314 2.590.68 2.265.59 e) Absorção pela União Federal dos custos excedentes Nos termos da Lei nº 9.358, de 12 de dezembro de 1996, a União Federal foi autorizada a reembolsar à ELETRONUCLEAR o valor correspondente ao custo excedente de geração nucleoelétrica pela usina de Angra I, determinado com relação ao custo de geração hidrelétrica por usina de semelhante capacidade, valores relativos aos investimentos complementares efetuados na usina de Angra I, a partir de 1º de janeiro de 1985, valores esses correspondentes aos gastos na construção das usinas de Angra II e III, até 31 de dezembro de 1980, e a proceder ao cancelamento do crédito que detém na qualidade de sucessora da Empresas Nucleares Brasileiras S.A. - NUCLEBRÁS, nos termos da Lei nº 7.862, de 30 de outubro de 1989. Em 9 de abril de 1997, foi criado pela Portaria Interministerial nº 80 um grupo de trabalho para apurar e certificar os valores a que se referem os artigos 1º, 2º e 4º da referida lei. Terminados os trabalhos, o grupo elaborou relatório, que foi encaminhado ao Ministério da Fazenda, onde se encontra até a presente data em fase de análise. Os reflexos da referida lei, caso fosse considerada a posição contábil da ELETRONUCLEAR em 31 de dezembro de 1998, seriam os seguintes: Artigo 1º da Lei nº 9.358/96 - redução de dívidas registradas no exigível, totalizando R$ 1.510.787 mil (1997 R$ 1.296.228 mil), devolução de títulos securitizados decorrentes da Conta de Resultados a Compensar - CRC, no valor de R$ 349.962 mil (1997 - R$ 349.962 mil), e reembolso de recursos próprios utilizados na quitação do serviço da dívida do empréstimo vencido no exercício de 1998, no valor de R$ 3.626 mil, bem como a liquidação do custo excedente de Angra I e seus custos complementares registrados em contas a receber no valor total de R$ 1.864.375 mil (1997 R$ 1.646.190 mil). Artigo 2º, da Lei nº 9.358/96 - redução de dívidas registradas no exigível totalizando R$ 714.072 mil (1997 607.158 mil) e devolução de títulos securitizados decorrentes da Conta de Resultados a Compensar - CRC no valor de R$ 12.242 mil (1997 12.242 mil), para liquidação dos gastos efetuados, com recursos próprios, até 31 de dezembro de 1980, na construção de Angra II e

III, registrados em contas a receber no valor total de R$ 726.314 mil (1997 619.400 mil). Artigo 4º, da Lei nº 9.358/96 - redução de obrigações especiais no valor de R$ 4.538.203 mil ( 1997 R$ 6.524.826 mil) relativo ao cancelamento do crédito que a União Federal detém, na qualidade de sucessora da extinta NUCLEBRÁS e correspondente ao custo excedente de construção de Angra II, em contrapartida de baixa equivalente no imobilizado em curso. NOTA 6 - CONCESSÕES A LICITAR O Governo Federal, através de Decreto de 12 de abril de 1995, em atendimento ao disposto nos termos dos artigos 43 e 44 da Lei n.º 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, extinguiu algumas concessões de serviço público para aproveitamento de potenciais hidráulicos, em virtude das obras correspondentes não terem sido iniciadas ou estarem paralisadas. Considerando que os valores registrados como investimentos (estudos e projetos), imobilizado (obras em andamento) e diferido (despesa de remuneração das imobilizações em curso) serão indenizados pelo Poder Concedente com os recursos das licitações, conforme determina o artigo 45 da Lei 8.987/95, os valores desses custos foram transferidos para o realizável a longo prazo. As concessões canceladas e os respectivos custos acumulados são apresentados a seguir: R$ mil CONSOLIDADO 1998 1997 FURNAS Sapucaia/Anta, Simplício, Itaocara e outras 143.052 150.264 CHESF Pedra do Cavalo, Itapebí e outras 287.228 287.228 ELETRONORTE Cachoeira Porteira, Santa Isabel e outras 1.034.269 1.041.665 GERASUL Ilha Grande, Campos Novos e outras - 266.229 1.464.549 1.745.386 NOTA 7 - INVESTIMENTOS R$ mil CONTROLADORA CONSOLIDADO 1998 1997 1998 1997

Participação em empresas de energia elétrica: Avaliadas por equivalência patrimonial (Anexo II): Em empresas controladas 39.117.271 45.578.741 - - Na ITAIPU BINACIONAL (*) 60.435 55.835 - - Na ELETROPAULO, através da LIGHTPAR (**) - - - 2.588.187 39.177.706 45.634.576-2.588.187 Avaliadas ao custo 3.982.670 1.331.523 4.076.319 1.331.523 Outros investimentos - - 376.606 444.572 43.160.376 46.966.099 4.452.925 4.364.282 (*) A ELETROBRÁS, nos termos do Decreto n 72.707/73, participa com 50% do capital da ITAIPU BINACIONAL, equivalente a US$ 50,000 mil. (**) Através da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de maio de 1998, a controlada LIGHTPAR reduziu seu capital, mediante a entrega, aos seus acionistas, de ações de sua propriedade de emissão de cada uma das quatro empresas oriundas da cisão da ELETROPAULO METROPOLITANA, BANDEIRANTE, EMAE e EPTE. A redução do capital foi feita à razão de 1,7 ação de cada uma das quatro empresas citadas para cada ação possuída da LIGHTPAR. Os correspondentes investimentos estão avaliados ao custo, em 31 de dezembro de 1998. NOTA 8 - ATIVO IMOBILIZADO R$ mil CONTROLADORA CONSOLIDADO 1998 1997 1998 1997 EM SERVIÇO Geração Hidráulica - - 41.130.272 41.783.819 Geração Térmica - - 1.086.068 3.458.809 Geração Termonuclear - - 1.108.357 1.053.541 Sistema de Transmissão - - 19.522.695 18.323.202 Redes de Distribuição - - 335.734 131.610 Outros 77.594 181.600 823.133 2.461.313 77.594 181.600 64.006.259 67.212.294 Depreciação e amortização (52.663) (148.825) (18.157.736) (17.536.959) 24.931 32.775 45.848.523 49.675.335 EM CURSO Geração Hidráulica - - 5.073.409 5.829.398 Geração Térmica - - 217.226 35.182 Geração Termonuclear - - 11.543.115 11.560.655

Sistema de Transmissão - - 3.513.946 2.204.535 Redes de Distribuição - - 53.424 3.927 Outros - - 233.425 361.825 - - 20.634.545 19.995.522 24.931 32.775 66.483.068 69.670.857 NOTA 9 - TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS R$ mil CONTROLADORA CONSOLIDADO Passivo Exigível a Passivo Exigível a circulante longo prazo circulante longo prazo Imposto de renda 1998 786.923 817.635 839.533 1.446.401 1997 425.033 1.002.507 507.176 2.064.998 Contribuição social 1998 201.396-218.944 61.553 1997 175.378 410.350 214.902 465.133 Pasep e Cofins 1998 7.390-22.836 27.859 1997 66.779 104.245 142.245 136.029 ICMS 1998 - - 12.677 29.891 1997 - - 22.894 16.556 Outros 1998 - - 86.025 55.131 1997 - - 57.087 172.087 Total 1998 995.709 817.635 1.180.015 1.620.835 1997 667.190 1.517.102 944.304 2.854.803 NOTA 10 - OBRIGAÇÕES ESPECIAIS R$ mil CONSOLIDADO 1998 1997 Angra II e III 6.618.143 6.524.862 Descomissionamento de Angra I 93.916 78.568 Reversões e Amortizações 102.267 104.296 Contribuições do Consumidor 25.577 27.166 Participação da União Federal 395.889 419.611 Doações e subvenções destinadas a investimentos 1.926 51.723 Outras 85.804 21.101 7.323.522 7.227.327

No saldo das obrigações com Angra II e III estão alocados os custos até 31 de agosto de 1988, da extinta NUCLEBRÁS, tendo em vista a passagem para ELETRONUCLEAR da responsabilidade da construção destas usinas. Em virtude de sua natureza, essas contas não representam obrigações financeiras efetivas e, dessa forma, não devem ser incluídas como exigibilidades para fins de determinação de indicadores econômico-financeiros. NOTA 11 - CAPITAL SOCIAL O capital social em 31 de dezembro de 1998 e de 1997 está representado por 537.502.520.880 ações. A distribuição do capital em 31 de dezembro de 1998 por principais acionistas e por espécies de ações é apresentada a seguir: QUANTIDADE DE AÇÕES Ordinárias % Pref. "A" Pref. "B" T O T A L % UNIÃO 264.328.120.835 58,41% - 17.593.018.18 0 281.921.139.015 52,45% BNDESPAR 67.919.945.996 15,01% - 71.237.780 67.991.183.776 12,65% F N D 22.810.794.898 5,04% - - 22.810.794.898 4,24% OUTROS 97.452.901.821 21,54% 73.460.000 67.253.041.37 0 452.511.763.550 100,00% 73.460.000 84.917.297.33 0 164.779.403.191 30,66% 537.502.520.880 100,00 % Do total das 164.779.403.191 ações em poder dos minoritários, 99.055.861.656 ações, ou seja, 60,11%, são de propriedade de investidores estrangeiros, sendo 61.599.890.803 ações ordinárias e 37.455.970.853 ações preferenciais da classe B. Dessa participação estrangeira, 34.996.758.000 ações ordinárias e 15.751.905.500 ações preferenciais da classe B estão custodiadas, lastreando o Programa de ADR do nível I. As ações da ELETROBRÁS não têm valor nominal. As ações preferenciais não têm direito a voto e não são conversíveis em ordinárias, entretanto, gozam de prioridade no reembolso do capital e na distribuição de dividendos, às taxas anuais de 8% no caso de ações de classe "A" (subscritas até 23 de junho de 1969) e 6% para as de classe "B" (subscritas a partir de 24 de junho de 1969). Em 31 de dezembro de 1998 o valor patrimonial, por lote de mil ações, é de R$ 110,73 (1997 - R$ 114,58), excluídos os adiantamentos para aumento de capital. NOTA 12 - REMUNERAÇÃO AOS ACIONISTAS De acordo com o previsto no estatuto da empresa, o dividendo mínimo obrigatório é de 25% do lucro líquido, ajustado nos termos da legislação societária, respeitada

a remuneração mínima de 8% do Capital Social para as ações preferenciais da classe "A" e 6% para as preferenciais da classe "B". A seguir, está demonstrado o lucro líquido ajustado, para efeito do cálculo da remuneração proposta aos acionistas: R$ mil 1998 1997 Lucro líquido do exercício 1.994.178 3.378.212 Reserva legal (99.709) (168.911) Reversão da reserva de lucros a realizar 1.096.062 295.079 Lucro líquido ajustado 2.990.531 3.504.380 Dividendos mínimos obrigatórios (25%) 747.633 876.095 Remuneração aos acionistas: Ações ordinárias 610.678 1.251.338 Ações preferencias A 158 252 Ações preferenciais B 136.797 234.823 747.633 1.486.413 Retenção de dividendos ações ordinárias ( ver item (d) na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido) (428.435) - 319.198 1.486.413 Remuneração bruta: Ações ordinárias - 1,5% do capital (1997-8,26 %) Ações preferenciais "A"- 8% do capital (1997-10,26%) Ações preferenciais "B"- 6% do capital (1997 8,26 %) R$ por lote de mil ações 1998 1997 0,40 2,76 2,15 3,43 1,61 2,76 NOTA 13 - ENTIDADES FECHADAS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA a) CONTROLADORA A ELETROBRÁS é patrocinadora da Fundação Eletrobrás de Seguridade Social - ELETROS, uma entidade jurídica sem fins lucrativos, que tem por finalidade complementar benefícios de aposentadoria e pensão a seus empregados, através de planos de benefícios e contribuições definidas. Estes planos de benefícios têm suas reservas matemáticas calculadas atuarialmente segundo o regime de capitalização e são revisados anualmente.

Na qualidade de patrocinadora-instituidora, a ELETROBRÁS contribui com uma parcela mensal equivalente a 2,091 vezes a parcela dos empregados participantes, acrescida de uma sobretaxa de administração de 15% do total da receita de contribuições previdenciárias referentes a seus empregados. As contribuições são debitadas em despesas administrativas, sendo em parte recuperadas (funcionários cedidos), totalizando, em 31 de dezembro de 1998, R$ 6.368 mil (1997- R$ 6.653 mil). As taxas de contribuições praticadas são as seguintes: 2,5% - até a metade do teto da previdência 5,0% - da metade do teto até o teto da previdência 10,5% - do teto da previdência até 3 vezes o teto 15,0% - acima de 3 vezes o teto da previdência para os participantes de regulamentos antigos. Adicionalmente, conforme previsto na legislação específica aplicável às entidades fechadas de previdência privada, a ELETROBRÁS registra em 31 de dezembro de 1998, um passivo para com a ELETROS no montante de R$ 97.723 mil (1997 - R$ 85.494 mil), que se destina à cobertura de ajustes procedidos nas reservas matemáticas. Esse montante foi renegociado em 23 de dezembro de 1994 e está apresentado no passivo circulante e exigível a longo prazo, sob o título de "Outros", estando sujeito a atualizações monetárias com base nas variações do IGP-M e juros de 8% a.a. sobre as parcelas a vencer e de 12% a.a. sobre as parcelas vencidas. As amortizações vêm sendo feitas em parcelas mensais a partir de 31 de janeiro de 1995, vencendo-se a última em 31 de dezembro de 2006. b) CONSOLIDADO As empresas controladas da ELETROBRÁS são patrocinadoras de suas próprias entidades de previdência privada que, também, têm por finalidade complementar benefícios de aposentadoria e pensão a seus empregados, através de planos de benefícios e contribuições definidas, que são: Fundação Real Grandeza FURNAS e ELETRONUCLEAR, Fundação FACHESF CHESF, Fundação ELOS ELETROSUL e Fundação PREVINORTE ELETRONORTE. No que se refere à Fundação Real Grandeza deve ser destacado que estão em curso estudos e discussões com as suas patrocinadoras FURNAS e ELETRONUCLEAR quanto à situação financeira do Plano de Benefício e a extensão das disposições estatutárias daquela entidade, entendendo a administração da ELETROBRÁS que, como decorrência, não existirão reflexos relevantes em suas demonstrações contábeis tomadas em conjunto. NOTA 14 - RESPONSABILIDADE POR AVAIS E GESTÃO DE RECURSOS

Em em 31 de dezembro de 1998 a ELETROBRÁS havia concedido R$ 318.136 mil em avais às suas controladas. A ELETROBRÁS é responsável pela gestão de recursos da Reserva Global de Reversão - RGR, que são aplicados na concessão de financiamentos ao setor elétrico, visando a expansão e melhoria do serviço, realização de programa de conservação de energia mediante projetos específicos e financiamento de programas de eletrificação rural. A ELETROBRÁS, também, é responsável pela administração dos recursos decorrentes da Utilização de Bens Públicos UBP, formados por contribuições dos Produtores Independentes de Energia Elétrica PIE. NOTA 15 - CONTINGÊNCIAS As empresas do Sistema ELETROBRÁS têm diversas ações em variados estágios de julgamento, apresentando a seguinte composição por natureza: R$ mil CONTROLADORA CONSOLIDADO 1998 1997 1998 1997 CIRCULANTE Trabalhistas - - 1.350.265 1.057.681 Tributárias - - 307.438 156.665 Cíveis - - 177.824 116.025 - - 1.835.527 1.330.371 EXÍGIVEL A LONGO PRAZO Trabalhistas 370.534 311.680 370.534 311.680 Cíveis - - 163.387 152.586 370.534 311.680 533.921 464.266 370.534 311.680 2.369.448 1.794.637 No que diz respeito às ações trabalhistas, o valor consolidado provisionado referente ao Plano Bresser ( Plano Econômico editado pelo Governo Federal em julho de 1987), em 31 de dezembro de 1998, é de R$ 1.650.084 mil (1997 - R$ 1.290.456 mil). NOTA 16 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS A Comissão de Valores Mobiliários - CVM, através da Instrução n.º 235, de 23 de março de 1995, estabeleceu mecanismo para divulgação, em nota explicativa, do valor de mercado dos instrumentos financeiros, reconhecidos ou não nas demonstrações contábeis.

Nas aplicações da ELETROBRÁS destacam-se, fundamentalmente, os empréstimos e financiamentos realizáveis a longo prazo e os investimentos nas empresas controladas e coligadas. Os empréstimos e financiamentos concedidos estão associados à função de agente de financiamento do setor elétrico nacional. Todos os empréstimos e financiamentos concedidos pela ELETROBRÁS, onde se destacam os concedidos à ITAIPU BINACIONAL, são remunerados em média a 8% a.a. De acordo com o estatuto da empresa, a ELETROBRÁS está restrita a conceder financiamento apenas a empresas concessionárias de serviço público de energia elétrica. Desta forma, a taxa de mercado (ou custo de oportunidade do capital da empresa) é por ela definida, levando em conta o prêmio de risco compatível com as atividades do setor. Na impossibilidade de buscar outras alternativas que não o próprio setor elétrico, o valor de mercado destes empréstimos corresponde ao seu valor contábil. Os investimentos são provenientes da função de holding exercida pela empresa, que controla quatro concessionárias geradoras: FURNAS, CHESF, ELETRONORTE e ELETRONUCLEAR e uma empresa de transmissão - ELETROSUL, cujas ações não são negociadas em bolsas de valores. Além disto, a ELETROBRÁS detém 50% do capital da ITAIPU BINACIONAL, o controle acionário da LIGHTPAR e participações minoritárias em concessionárias de energia elétrica. Em 31 de dezembro de 1998, a ELETROBRÁS possui investimentos minoritários em empresas de capital aberto, concessionárias de serviço público de energia elétrica, avaliados ao custo, no montante de R$ 3.457.687 mil, classificados no ativo permanente. Embora as ações dessas empresas sejam admitidas em negociação em bolsas de valores, seu reduzido volume de negócios não caracteriza a existência de um mercado ativo, conforme definido na Instrução CVM nº 235/96, bem como os preços praticados não representam, necessariamente, os valores que seriam obtidos na negociação de um volume significativo de ações, demonstrando, portanto, a inexistência de condições razoáveis para o estabelecimento de preços de mercado para esses ativos, de forma a permitir uma adequada comparação com os valores contábeis. No exigível a longo prazo, destacam-se os empréstimos e financiamentos e o Empréstimo Compulsório. Os empréstimos e financiamentos captados são compostos de financiamentos junto a agências internacionais (BID, BIRD, etc.). Desta forma, não é praticável descontá-los a uma taxa diferente da estabelecida no acordo da dívida. Os demais empréstimos são captados a taxas internacionais, fazendo com que o valor contábil seja igual ao de mercado. O Empréstimo compulsório, criado pela Lei 4.156/62, com o objetivo de gerar recursos para a expansão do sistema, recolhido junto a consumidores industriais, foi extinto pela Constituição Federal de 1988, definindo o prazo de 31 de dezembro de 1993 como data limite de recolhimento. Atualmente a ELETROBRÁS gerencia os estoques destes empréstimos, remunerando-os à taxa

de 6% a.a., com prazo de resgate definido. Portanto, dadas as suas restrições de aplicações, os saldos contábeis estão apresentados ao valor de mercado. Aa empresa não mantém operações referentes a contratos futuros e outros derivativos financeiros. NOTA 17 - REMUNERAÇÃO DE EMPREGADOS E DIRIGENTES A menor e a maior remuneração pagas a empregados, tomando-se por base o mês de dezembro de 1998, foram de R$ 737,80 e R$ 9.112,26, respectivamente, de acordo com a política salarial praticada pela ELETROBRÁS. O maior honorário atribuído a dirigentes, tomando-se por base o mês de dezembro de 1998, correspondeu a R$ 10.934,71. NOTA 18 - SISTEMAS DE PROCESSAMENTO DE DADOS ANO 2000 (Não auditado) A ELETROBRÁS iniciou, em 1996, providências para adaptar seus sistemas de processos e negócios, bem como sua infra estrutura de softwares objetivando seu correto funcionamento antes, durante e depois do ano 2000. Para tanto, desenvolveu um Plano composto de quatro fases: I - conscientização, II - levantamento preliminar, III - levantamento detalhado e IV - planejamento e implementação A Fase I visa apresentar o assunto aos gerentes e empregados da Empresa e apontar os riscos inerentes. A Fase II tem como objetivo fazer um dimensionamento do problema com vista a estimar prazos e custos envolvidos. A Fase III visa o detalhamento do trabalho a ser realizado e o seu planejamento. A Fase IV tem como objetivo promover as adaptações e testá-las. A ELETROBRÁS tem cerca de 9.000.000 de linhas de código de programas de computador, sendo que, com a contratação do Sistema de Gestão Integrada SAP/R3, em maio de 1998, cerca de 8.400.000 de linhas de código deixaram de ter que ser adaptadas, pois os sistemas dos quais elas faziam parte estão sendo substituídos pelo SAP/R3. Com isso, para a Fase IV restaram 600.000 linhas de código que serão adaptadas ao ano 2000 utilizando uma ferramenta de software desenvolvida pela CHESF. O prazo para conversão e testes é de três meses e os trabalhos estão previstos para serem iniciados em março de 1999. Como ação adicional, tendo por objetivo validar, utilizando uma metodologia padrão, as ações levadas a efeito pelas empresas do Sistema ELETROBRÁS, além de ITAIPU BINACIONAL, está planejada a promoção, no mês de março de 1999, de uma avaliação das medidas já tomadas, de forma integrada e simultânea no conjunto das empresas. Dessa avaliação, resultarão recomendações a serem

implementadas pelas empresas até a próxima avaliação prevista para ser realizada no mês de junho de 1999. Planejam-se ainda mais duas avaliações no segundo semestre de 1999. No que diz respeito aos Sistemas de Controle de Processos, foi dado início em agosto de 1998, nas empresas do Sistema ELETROBRÁS, na ITAIPU BINACIONAL e em outras empresas de energia elétrica, a diversas ações para o acompanhamento e troca de experiências para as adaptações necessárias, sob a coordenação da ELETROBRÁS e do Operador Nacional de Sistemas Elétricos ONS. Estão planejados, para os próximos meses de março e abril de 1999, testes da Operação Interligada simulando a passagem do ano de 1999 para 2000, tendo sido já realizados testes individuais em cada uma das empresas. Nessa ocasião, pretende-se que sejam identificados os problemas ainda existentes nas empresas que fazem parte da Operação Interligada e agilizadas as providências necessárias. Os gastos e investimentos relacionados com o referido projeto foram estimados em R$ 14.000 mil, já tendo sido incorridos cerca de R$ 6.900 mil deste valor. NOTA 19 EVENTOS SUBSEQÜENTES a) Liberação do controle cambial Em janeiro de 1999 ocorreram mudanças na política cambial até então adotada pelo Governo Federal, que resultaram na liberação do controle cambial, a partir do momento em que o Banco Central do Brasil decidiu não mais intervir no mercado de câmbio, efetuado anteriormente pelo sistema de bandas. Como conseqüência dessa decisão e da reação do mercado, ocorreu uma desvalorização do real para US$ 1: R$ 2,06 em 26 de fevereiro de 1999, resultando num efeito acumulado de aproximadamente 70% em relação a 31 de dezembro de 1998. No momento, não é possível estimar o efeito destes eventos na situação patrimonial e financeira da companhia, no resultado de suas operações e nas suas origens e aplicações de recursos. b) Reestruturação societária O Conselho Nacional de Desestatização CND, em 03 de fevereiro de 1999 através da Resolução CND nº 02/99, aprovou as operações de reestruturação societária, a título de ajuste prévio, para viabilizar a desestatização de FURNAS, ELETRONORTE e CHESF, cujos principais aspectos são descritos a seguir: FURNAS cisão parcial, com versão de parcelas do seu patrimônio, pertinentes às atividades de geração, em duas novas sociedades por ações, da seguinte forma:

Empresa I Ativos relativos às usinas hidrelétricas de Mascarenhas de Moraes, de Furnas, de L.C. Barreto, de Porto Colômbia, de Marimbondo, de Funil e os relativos às usinas térmicas de Santa Cruz, de Roberto Silveira e de São Gonçalo; Empresa II - Ativos relativos às usinas hidrelétricas de Itumbiara, Corumbá, Serra da Mesa, Manso, o contrato de compra de energia da Argentina e o contrato de compra de energia da usina térmica de Cuiabá. ELETRONORTE cisão parcial, com versão de parcelas do seu patrimônio, pertinentes às atividades de geração e transmissão de energia elétrica, em duas novas sociedades por ações, sendo uma de transmissão de energia elétrica e outra para geração compreendendo os ativos relativos à usina hidrelétrica de Tucuruí e à usina térmica de São Luís. CHESF - Cisão parcial, com versão de parcelas do seu patrimônio, pertinentes às atividades de geração e transmissão de energia elétrica, em três novas sociedades por ações, sendo uma para transmissão de energia elétrica e duas sociedades para geração da seguinte forma: Empresa I - Ativos relativos às usinas hidrelétricas de Xingó, de Sobradinho, de Boa Esperança, de Pedra, e de Funil e a usina térmica de Camaçari; Empresa II Ativos relativos ao complexo hidrelétrico de Paulo Afonso, às usinas hidrelétricas de Moxotó, de Araras e de Curema e à usina térmica de Bongi. ELETROBRÁS - Cisão parcial, com versão de parcelas de seu patrimônio, relativas à participação societária nas companhias de geração a serem criadas por FURNAS, ELETRONORTE e CHESF. As empresas cindidas da ELETROBRÁS serão, posteriormente, incorporadas pelas empresas de geração originadas das cisões das controladas. c ) Novos negócios - A ELETROBRÁS, em 12 de fevereiro de 1999, em conjunto com sua controlada LIGHTPAR, publicou aviso de fato relevante comunicando que o Excelentíssimo Senhor Ministro de Minas e Energia autorizou a ELETROBRÁS, em conjunto com suas controladas CHESF, ELETRONORTE, ELETROSUL e FURNAS, a coordenar o processo de escolha de novo sócio para a LIGHTPAR, em uma Sociedade de Propósito Específico SPE, que atuará no negócio de provimento de meios de transporte de sinais de informações.

ANEXO I CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. - ELETROBRÁS DEMONSTRAÇÃO DOS FINANCIAMENTOS E EMPRÉSTIMOS A RECEBER EM 31 DE DEZEMBRO (em milhares de Reais) CONTROLADORA CONSOLIDADO 1998 1997 1998 1997 PRINCIPAL PRINCIPAL PRINCIPAL PRINCIPAL LONGO LONGO LONGO LONGO ENCARGOS CIRCULANTE PRAZO ENCARGOS CIRCULANTE PRAZO ENCARGOS CIRCULANTE PRAZO ENCARGOS CIRCULANTE PRAZO CONTROLADAS MOEDA ESTRANGEIRA FURNAS 3.929 22.813 132.511 211.242 20.403 99.392 - - - - - - CHESF 11.154 148.074 633.344 15.383 312.841 594.338 - - - - - - ELETROSUL - - - 33 - - - - - - - - ELETRONORTE 3.431 4.030 184.066 2.043 6.576 11.249 - - - - - - ELETRONUCLEAR 311.692 7.967 902.374 43.206 4.906 836.144 - - - - - - ITAIPU - 653.243 5.705.034 2.107 1.209.934 17.098.277 - - - - - - 330.206 836.127 7.557.329 274.014 1.554.660 18.639.400 - - - - - - MOEDA NACIONAL FURNAS - 12.863 228.428 - - 189.815 - - - - - - CHESF 884 144.326 3.229.110 505 138.625 2.654.611 - - - - - - ELETROSUL - 2.700 4.809 826 26.557 483.198 - - - - - - ELETRONORTE 7.611 117.224 1.624.095 1.538 400 162.822 - - - - - - ELETRONUCLEAR 8.236 28.911 97.940 683 28.620 61.959 - - - - - - 16.731 306.024 5.184.382 3.552 194.202 3.552.405 - - - - - - OUTRAS MOEDA ESTRANGEIRA 2.259 46.224 60.907 278.502 1.832.166 107.237 2.259 46.224 60.907 269.720 2.404.870 7.188.679 MOEDA NACIONAL 166.083 2.020.744 5.030.811 197.737 555.787 2.065.173 166.083 2.020.744 5.030.811 197.737 555.787 1.995.652 168.342 2.066.968 5.091.718 476.239 2.387.953 2.172.410 168.342 2.066.968 5.091.718 467.457 2.960.657 9.184.331 T O T A L 515.279 3.209.119 17.833.429 753.805 4.136.815 24.364.215 168.342 2.066.968 5.091.718 467.457 2.960.657 9.184.331 Os financiamentos e empréstimos concedidos com recursos ordinários e setoriais estão sujeitos a encargos, cujas taxas variam entre 5% a 12% a.a., enquanto que os financiamentos repassados variam entre 3% a 10% a.a.