%~~1~j/ ~~~ 1.26.001.000163/2009-67, 1.26.006.000044/2010-06, 1.26.006.000033/2010-18, 1.26.006.000035/2010-15, 1.26.006.000009/2010-89 e outros. o, pelos Pracuradores da Republica signatarios, no exercicio de suas atribui90es constitucionais e legais, com fulcra nos arts. 127,129, inciso II, III da Constitui980 Federal, c/c os arts. 1,2,5, inciso I, "h", II, "d", III, "d", art. 6, VII, "a" e "b",xiv, "f' e XX da Lei Complementar no75/93, e CONSIDERANDO que 0 Ministerio Publico e institui980 permanente, essencial a fun980 jurisdicional do Estado, incumbindo-ihe a defesa da ordem juridica, do regime democratico e dos interesses socia is e individuais indisponiveis, conforme preceitua 0 art. 127, caput da CF/88; CONSIDERANDO que a Constitui980 Federal, em seu art. 129, inciso II, estabelece ser fun980 institucional do Ministerio Publico: "zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Publicos e dos servir;os de relevancia publica aos direitos assegurados nesta Constituir;ao, promovendo as medidas necessarias a sua garantia ", notadamente a A980 Civil Publica para prate980 do patrim6nio publico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, conforme artigo 129, incisos II e III, da Constitui980 Federal;
~~. CONSIDERANDO que 0 Ministerio Publico possui a incumbencia de defender os interesses sociais e individuais indisponiveis, alem dos direitos coletivos e difusos, dentre os quais, 0 direito ao meio ambiente; CONSIDERANDO que a Constitui<;ao da Republica estabelece que todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de usa comum do provo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Publico e a coletividade preserva-io para as presentes e futuras gera<;oes (art. 225, caput) a dever de CONSIDERANDO que uma expressao sobremaneira relevante do bem juridico meio ambiente consubstancia-se nas areas de preserva<;ao permanentes - APP's situadas no entorno dos rios, reservat6rios d'agua etc. CONSIDERANDO que 0 C6digo Florestal (Lei no4.771/65) define como area de preserva<;ao de permanente aquelas protegidas nos termos de seus arts. 2 Q e 3 Q, cobertas ou nao por vegetac;;ao nativa, com a fun<;ao ambiental de preservar os recursos hfdricos, a paisagem, a estabilidade geol6gica, a biodiversidade, a fluxo genico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar 0 bem-estar das popula<;oes humanas. CONSIDERANDO que 0 C6digo Florestal (Lei no4.771/65) estabelece como de preserva<;ao permanente, pelo s6 efeito dele, as florestas e demais formas de vegetac;;aonatural situadas ao longo dos rios au de qualquer curso d'agua desde a seu nivel mais alto em faixa marginal cuja largura minima sera de 500 (quinhentos) metros para as cursos d'agua que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; (Incluido pela Lei no7.803 de 18.7.1989) CONSIDERANDO que tramitam nesta Procuradoria da Republica os Inqueritos Civis Publicos no 1.26.006.000044/2010-06, 1.26.006.000033/2010-18, 1.26.006.000035/2010-15, 1.26.006.000009/2010-89, alem de outros, todos visando a apurar notfcia de ocupac;;ao irregular em area de preserva<;ao permanente (artigos 2 e 3 do C6digo Florestal) na faixa marginal do Rio Sao Francisco, nos Munidpios de Petrolina e Juazeiro;
CONSIDERANDO que referidos locais estao situados em area de preservac;ao permanente, n 4.771/65; definida como area protegida nos termos dos artigos 2 e 3 da Lei CONSIDERANDO que a Informac;ao Tecnica deste 6rgao ministerial da conta da existencia de diversas construc;6es localizadas nas areas de preservac;ao permanente em questao, fato que representa grave dano ambiental; CONSIDERANDO que constitui infrac;ao administrativa ambiental toda ac;ao ou omissao que viole as regras juridicas meio ambiente. de usa, gozo, promoc;ao, protec;ao e recuperac;ao do CONSIDERANDO que constitui ato de improbidade administrativa aquele que atenta contra as princfpios da administrac;ao publica, notadamente quando praticado visando fim proibido par lei au regulamento, par forc;a do art. 11 da Lei no8.429/92 CONSIDERANDO que a Lei no9.605/98 tipifica como crime, entre outras, a ac;ao de impedir au dificultar a regenerac;ao natural de florestas e demais formas de vegetac;ao A(artigo 48) e a ac;ao de construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do territ6rio nacional, estabelecimentos, obras au servic;os potencial mente poluidores, sem licenc;a au autorizac;ao dos 6rgaos ambientais competentes, au contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes (artigo 60); CONSIDERANDO que as concessionarias de servic;o publico estao igualmente obrigadas a observar os prindpios e obrigac;6es que norteariam a prestac;ao do servic;o pelo ente concedente e que, portanto, estao obrigadas a igualmente zelar pelo meio ambiente, bem como pelo cumprimento das normas ambientais;
~:I MINISTERIO PlJBLICO FEDERAL CONSIDERANDO que as concessionarias que exploram economicamente os serviyos de fornecimento de agua e energia eletrica sac responsaveis pelas alterayoes ambientais para as quais contribuiram, estando obrigadas a recuperayao do meio ambiente; CONSIDERANDO que a prestayao dos serviyos de energia eletrica e fornecimento de esgotamento sanitario e agua potavel nas referidas areas facilita a expansao irregular das ocupayoes; CONSIDERANDO a necessidade de adoyao de medidas visando a propiciar a contenyao da expansao das ocupayoes desordenadas existentes e, ainda, obstar a formayao de novas ocupayoes irregulares em areas de preservayao permanente, bem como nas insuscetfveis de ocupayao CONSIDERANDO que e atribuiyao do Ministerio Publico Federal expedir recomendayoes, visando a melhoria dos serviyos publicos e os de relevelncia publica, bem como 0 respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa Ihe cabe promover, a teor do disposto no art. 6, XX, da Lei Complementar n. 75/93; RESOLVE RECOMENDAR a Companhia de Energia Eletrica do Estado da Bahia e ao Servi90 Aut6nomo de Agua e Esgoto do Municipio de Juazeira que nao efetuem novas ligayoes de energia eletrica e agua potavel, exceto religayoes e aumentos de carga, em im6veis situados em areas de preservayao permanente do Rio Sao Francisco, definida nos artigos 2 e 3 do C6digo Florestal, (a faixa marginal de 500 metros a contar do nfvel mais alto do rio Sao Francisco), ressalvadas as hip6teses de interesse publico e social previstas no C6digo Florestal, devidamente reconhecidas pelo 6rgao ambiental competente em procedimento administrativo pr6prio no qual devera ser tambem examinada a falta de alternativa locacional e tecnica ao empreendimento, conforme previsto no art. 4 do C6digo Florestal. Com fulcra no artigo 8, 5, da Lei Complementar 75/93, fixamos 0 prazo de 10 (dez) dias uteis para a apresentayao de informa9ao sobre 0 cumprimento da medida
~~' recomendada, ou as raz6es para justificar 0 seu nao atendimento, sob pena de adoc;;ao das medidas judiciais cabfveis, entre elas 0 ajuizamento de ac;;aocivil publica visando a garantir a adequada protec;;ao do meio ambiente. 0 decurso do prazo sem res posta sera considerado como negativa de cumprimento das providencias recomendadas, para fins de adoc;;ao das providencias cabfveis. Junte-se c6pia desta recomendac;;ao em todos os procedimentos que tem por objetos a apurac;;ao de ocupac;;6es irregulares em APP. Encaminhe-se Publico Federal para ciencia. c6pia a 4 3 Camara de Coordenac;;ao e Revisao do Ministerio Petrolina/PE, 23 de fevereiro de 2011 ALFREDOckGONZAGA FALCAo