Reportagem - UCFD do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras



Documentos relacionados
Doentes crónicos complexos: Hospital São Francisco Xavier premiado pelos cuidados integrados

Fratura proximal do fémur: Ortogeriatria do HSFX com avaliação geriátrica global

USF do Mar (Póvoa de Varzim) determinada em continuar a ser referência na formação

Serviço de Medicina do Hospital S. Francisco Xavier aposta «fortemente» na formação dos assistentes e internos

Serviço de Medicina do HGO: trabalho multidisciplinar com doentes mais dependentes permite reduzir internamento

Educar para a saúde na diabetes: UCFD envolve cozinheiros de instituições sociais na Figueira da Foz

Hospital Pedro Hispano previne sequelas após internamento em cuidados intensivos

USF Foral apoia grávidas em Montemor-o-Novo com «Oficina mamã e papá»

Unidade de Diabetes do CHBM: Hospital de Dia dá apoio clínico e investe na formação

«Unidade dos afetos»: miniequipas ajudam a estabelecer uma relação mais próxima com os utentes

Centro Hospitalar do Oeste: médicas, enfermeiras e administrativas dançaram contra a diabetes

Consulta de Enfermagem de Ostomia Respiratória é a «concretização de um desejo»

Prescrever exercício físico para prevenir e controlar doenças crónicas

Centro Multidisciplinar de Dor do HGO: há 25 anos a tratar a dor crónica

Pioneiro do minibypass gástrico veio a Portugal: «um dia histórico para a cirurgia da obesidade»

USF Arco-Íris cuida da saúde mental na Amadora com o apoio de uma equipa hospitalar

USF Villa Longa: Equipa empenhada em «trabalhar na capacitação do doente»

30 anos depois, Unidade de Pé Diabético do CHP continua a ser referência nacional

Prescrição social: USF da Baixa quer melhorar a saúde dos utentes com medidas sociais

Mais de 25 mil cirurgias em ambulatório: Qualidade reconhecida internacionalmente

Farmácia da ULS Matosinhos reorganiza-se para servir melhor a população

Prioridades de capacitação em saúde da comunidade nos cuidados de saúde primários: um estudo com os ACES de Almada Seixal e Cascais

Sob o desígnio da competência, credibilidade, inovação, organização e capacidade de trabalho, o Centro de Referência de Oncologia Adultos de Cancro

Para mudar de página, por favor clique num dos cantos.

Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR) - SIADAP 1 - Ministério da Saúde

Projecto MobES, Mobilidade e Envelhecimento Saudável

Febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenite (PFAPA)

Perturbações do Comportamento Alimentar - Uma abordagem integrada com peso e medida

Estigma em Psiquiatria «mesmo entre os profissionais de saúde»

PROGRAMA de FORMAÇÃO CONTÍNUA em CUIDADOS CONTINUADOS e PALIATIVOS 2015

Hipertensão arterial pulmonar: Médicos internos aprendem com «iniciativa fundamental» da SPC

Medicina Física e de Reabilitação do CHAlgarve: A diferenciação e a aposta nos mais novos são a imagem de marca

Serviço de Oncologia Médica do CHP é referência para quatro tipos de cancro

SERVIÇO SOCIAL E A MEDICINA PREVENTIVA

PODER DA EQUIPA DE ENFERMAGEM PARA DETENÇÃO DE INDIVÍDUOS SOB TRATAMENTO PARA DOENÇA MENTAL EM REGIME DE INTERNAMENTO

ACES Almada Seixal Plano de Contingência local para Vagas de Frio

Promoção e proteção dos direitos das crianças. A utilidade de critérios, ou pilares concetuais, é

O Papel dos Psicólogos no Envelhecimento

Familiar cuidador: articulação de cuidados melhora transição do hospital para a comunidade

Telefonema de Acompanhamento Pós-alta à Criança e Família. A Luz Acompanha-te!

Diabetes Continua a aumentar no distrito - Retrato da Diabetes no distrito 19-Nov-2008

Papel das Unidades Básicas Casa da Gestante. II Encontro das Casas da Gestante do Rio Grande do Sul SES/RS Dezembro 2009

Pesquisa revela que um em cada 11 adultos no mundo tem diabetes

Endocrinologia e Nutrição. Infografia da Especialidade

Cancro da mama: Medicina Familiar «é fundamental no apoio psíquico da mulher e da família»

Carta de Direitos e Deveres do Cliente do Centro de Actividades Ocupacionais

Unidade de Endocrinologia e Diabetes (UENDO) Hospital Regional de Taguatinga (HRT) Secretaria de Estado de Saúde (SES) - DF

Presidir à Sociedade Portuguesa de Hipertensão «é uma experiência muito interessante»

Doente respiratório crónico: enfermeiro de reabilitação como «gestor de caso»

Serviço de Medicina Interna de Guimarães: «dar treino com autonomia responsável»

O Papel da Psicologia e dos Psicólogos na Natalidade e no Envelhecimento Activo

Guia de Acolhimento 1

Candidatura a Centros de Tratamento da Hipertensão Arterial Pulmonar

GUIA DO CRÉDITO CONSCIENTE

Integração O papel do Hospital na Comunidade

SEDE: Escola Superior de Enfermagem de Coimbra Contatos: Facebook: apecsp TM:

Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes

Mais formação em Geriatria, Dor e Cuidados Paliativos, «áreas médicas do futuro»

III Jornadas sobre Contratualização do Algarve

EDUCAÇÃO REVISÃO 2 REVISÃO 3

entendendo as diretrizes profissionais

PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE ATIVIDADE FÍSICA

Urgência do CHAlgarve: iniciativa de internos deu «ferramentas a quem está a começar»

O processo de contratualização nos CSP no Algarve em números

INTEGRAR + PROXIMIDADE + SAÚDE

1756. A Grã-Bretanha assumiu o comando total após a rendição das Ilhas Maurícios em 1812, o que foi formalizado em 1814 no Tratado de Paris.

«A Excelência no Hospital Público»

APDP vai celebrar 90 anos de «combate à diabetes» com um vasto programa de atividades

ESCOLA DE DIABETES DO SERVIÇO DE ENDOCRINOLOGIA, DIABETES E METABOLISMO. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

Envelhecimento + Ativo Sessões Informativas transfronteiriças sobre hábitos de vida saudável

O papel do nutricionista na medicina preventiva e na promoção da saúde

A Diabetes no Baixo Vouga. Panorama Nacional Helder Ferreira

CENTRO DE SAÚDE DE SERPA DIA NACIONAL DE COMBATE À OBESIDADE 19/5/2007

Luta contra a obesidade: USF Pró-Saúde lança projeto «Mulheres sem pausa»

Mostra de Projetos "Ser Gestante"

Levantamento de projetos locais no âmbito da alimentação saudável e atividade física

«A liberdade começa agora» alerta para a eficácia dos contracetivos de longa duração

TEXTO PARA MEMENTO TERAPÊUTICO FURP. Creme Caixa com 50 bisnagas embalagem com 10 g de creme na concentração de 1 mg/g.

Tema: Saúde Individual e Comunitária

Investigação em serviços de saúde

DETENÇÃO DE DOENTES QUE JÁ ESTÃO INTERNADOS

Guia prático de cuidados com o seu Seguro Saúde

Ortopedia e Traumatologia: Fernando Fonseca tomou posse como presidente da SPOT

Programa Nacional para a Diabetes. Orientações Programáticas

OBESIDADE E DISLIPIDEMIA NA INFANCIA E ADOLESCENCIA

Os Utentes no Serviço de Urgência: O Centro dos nossos Cuidados

ORGANIZAÇÃO. Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Hospital de Egas Moniz CHLO, EPE. Director: Carlos Vasconcelos

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REGIONAL

Pediatria do CHOeste promove «literacia em saúde mental nos adolescentes»

CONFERÊNCIA. Segurança nos cuidados de saúde pilar essencial da qualidade

Professores: Roberto Calmon e Thiago Fernandes

USF da Barrinha: a trabalhar «com a Comunidade e em prol da Comunidade»

NOTA TÉCNICA N. º 1/ACSS-POPH/2013

Capítulo. Alterações da Glicemia 18 e Diabetes Mellittus. Capítulo 18. Alterações da Glicemia e Diabetes Mellitus 1. OBJETIVOS

Transcrição:

2015-12-18 19:54:41 http://justnews.pt/noticias/reportagem-ucfd-do-aces-lisboa-ocidental-e-oeiras Reportagem - UCFD do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras A Unidade Coordenadora Funcional da Diabetes (UCFD) do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras trouxe melhorias na comunicação entre os cuidados de saúde primários e secundários, mas mantém-se a falta de recursos humanos e também materiais. Limitações que se espera não tragam complicações de maior no controlo da diabetes, nomeadamente nos casos mais delicados, como na diabetes gestacional, no pé diabético e na hiperglicemia intermédia. Um dos nossos cavalos de batalha`é o seguimento das mães que tiveram diabetes gestacional. Para José Guia, coordenador médico a nível hospitalar da UCFD Lisboa Ocidental e Oeiras e internista no Hospital São Francisco Xavier CHLO, devia existir um melhor acompanhamento das mulheres que tiveram diabetes na gravidez. São um grupo de risco, existindo boas probabilidades de virem a ser diabéticas mais tarde. O hospital tenta colmatar de alguma forma esta situação e todas as grávidas diabéticas recebem, na última consulta antes do parto, uma requisição de análise à tolerância da glicose oral. Esta prova, a realizar entre as 6 e 8 semanas após o parto, está prevista no Relatório de Consenso sobre Diabetes e Gravidez de 2011. É uma ferramenta essencial na reavaliação destas mulheres, no sentido de despistar hiperglicemias intermédias ou diabetes mellitus após quadro de diabetes gestacional. Também nesta altura se aplica o protocolo de atuação periparto, que inclui soros e insulinas para facilitar o controlo da doença no parto. Outras dificuldades sentidas no hospital prendem-se com o controlo do pé diabético e a educação para a saúde. O mesmo se passa nas unidades de saúde (USF e UCSP) do ACES Lisboa Ocidental e Oeiras que integram esta UCFD.

Rafic Nordin é o presidente do (PCCS) do ACES e coordenador da UCFD e refere que é essencial apostar numa abordagem multidisciplinar através do ensino, enfatizando os benefícios das alterações comportamentais e do estilo de vida, do controlo sistemático e regular do pé diabético, prevenindo futuras complicações, como amputações, e pelo rastreio oftalmológico, para deteção precoce e tratamento da retinopatia diabética, para se evitar a cegueira. Estes desafios, que fazem parte do quotidiano dos médicos e dos enfermeiros de família, podem ser mais facilmente enfrentados com o modelo UCFD, como refere Rafic Nordin. Tem facilitado muito mais a comunicação com os colegas do hospital, bastando, por vezes, um telefonema para alertar sobre alguma situação mais grave, como se de uma Via Verde`se tratasse. A preocupação pelo doente diabético sempre existiu, mas a UCFD veio melhorar a articulação entre os dois níveis de cuidados, o processo assistencial integrado e uma otimização dos indicadores de saúde, através do cumprimento de objetivos comuns dos CSP e do hospital. Acredito que este modelo vai contribuir para uma melhor eficiência através desta abordagem comum a um flagelo da sociedade atual que é a diabetes, frisa Rafic Nordin. José Guia concorda: Facilitou bastante a referenciação, existindo uma linha mais direta de comunicação entre cuidados secundários e primários. Além disso, passámos a falar todos a mesma linguagem e o doente tem acesso a cuidados mais uniformizados. A reportagem pode ser lida em formato de e-paper: Todos os doentes passam pelo médico, pela enfermeira e pela dietista Os casos mais delicados, como a diabetes tipo 1 e as grávidas diabéticas, quando encaminhados para o Hospital de São Francisco Xavier, são avaliados por um médico, uma enfermeira e uma dietista. A alimentação é fundamental no controlo da diabetes, daí que contemos com o apoio da dietista, que avalia cada pessoa na primeira consulta hospitalar. Um acompanhamento mais frequente nesta especialidade depende depois de cada caso clínico, explica José Guia. O coordenador médico começa sempre por ver os doentes e alertá-los para o que é a diabetes e as possíveis complicações, além de apostar no ensino. A educação para a saúde tem de ser feita por todos os profissionais, porque é sempre preciso repetir toda a informação sobre estilos de vida saudáveis, e não só, até que as pessoas entendam e ponham em prática os conhecimentos que adquiriram. No caso das grávidas, o ensino estende-se ao pai da criança, caso esteja presente na consulta. Muitas vezes estamos perante famílias com antecedentes muito fortes de diabetes e é preciso alertar a mãe e o pai para a Consel

necessidade de se adotarem estilos de vida saudáveis desde o útero, para que o filho tenha menos hipóteses de ser diabético. Quanto à adesão à terapêutica, o principal problema não está na grávida, como menciona Isabel Pita Grós, enfermeira da equipa alargada da UCFD a nível hospitalar. Como se trata de um filho, é rara a mulher que não faça o que dizemos. O problema coloca-se fora da gravidez, quando chegam casos de pessoas que estão descompensadas por não seguirem as indicações. Um dos possíveis obstáculos na adesão à terapêutica pode ser a cultura, mas a enfermeira acredita que no Hospital São Francisco Xavier se consegue resolver essa limitação. Existem cada vez mais imigrantes, com outras culturas e hábitos alimentares radicalmente diferentes, mas é possível fazer educação para a saúde, respeitando as suas tradições. Quanto à comunicação, também não há problema, porque arranja-se sempre um tradutor. A maioria fala inglês, temos uma colega que fala bem o francês e vamos ajudando-nos uns aos outros, consoante cada caso. Como a zona de abrangência do hospital engloba muitos imigrantes, Isabel Pita Grós já está habituada a este tipo de situações e garante que nunca se deixa de falar seja com quem for. Há uns tempos, tivemos o caso de uma senhora indiana que não sabia uma única palavra de português e quem a ajudou foram os pais de uma colega do serviço, que são indianos. Relativamente à UCFD, a enfermeira acredita que é um bom modelo, que facilita a referenciação, principalmente em casos de descompensação. E dá um exemplo: Se um colega da USF recebe um doente com uma lesão complicada no pé, que exige uma intervenção rápida, em vez de o encaminhar para a Urgência e de esperar os trâmites habituais do processo de referenciação, basta telefonar-nos e resolvemos a situação. Falta de recursos humanos limita educação para a saúde nos CSP Maria José Vazão, uma das enfermeiras representantes da UCFD no ACES, também concorda que o modelo UCFD agiliza o contacto entre instituições de saúde. Apesar de sempre se ter dado importância ao acompanhamento do doente diabético, Maria José Vazão acredita que este novo percurso vai melhorar os cuidados prestados. Existe uma uniformização de cuidados, contactos mais permanentes com os colegas. Como nos CSP se verifica, sobretudo, o acompanhamento de diabéticos tipo 2, predomina o caso do doente idoso que descobriu, entretanto, que sofre de diabetes ou aquele que já o é há muitos anos. A educação para a saúde não é fácil, sendo difícil mudar determinados hábitos de vida já muito enraizados, refere Maria José Vazão.

A enfermeira salienta que, além do excesso de peso e obesidade, o pé diabético ainda é um problema muito grave. Afirma que é preciso apostar mais na prevenção do pé e, nas consultas, é necessário ensinar as pessoas a observarem frequentemente os pés em busca de lesões, visto que, por vezes, a sensibilidade pode estar diminuída". Na sua opinião, "importa alertar para a importância de prevenir essas mesmas lesões, evitando os objetos cortantes (usar lima de cartão para cortar as unhas é uma boa alternativa) e procurando o calçado adequado, assim como ensinar a combater o aparecimento de fungos e calosidades, com uma higiene e hidratação adequada dos pés. Um trabalho que não é fácil, sublinha, pela resistência habitual à mudança de comportamentos, mas também devido à falta de disponibilidade de tempo por parte da equipa para fazer educação para a saúde. Além do ensino individual na consulta, a enfermeira gostaria de apostar mais em ações de educação para a saúde em grupo e na prevenção primária, identificando as pessoas de risco para poder prevenir a diabetes tipo 2, ao invés de apenas a tratar quando já está instalada. A especialista considera ainda que seria também de extrema utilidade se pudessem existir nutricionistas e podologistas nos ACES, trabalhando em conjunto com médicos e enfermeiros no controlo da pessoa com diabetes. O regresso aos cuidados de saúde primários verifica-se quando o doente já está controlado e acontece sem problemas, a não ser, por vezes, alguma resistência de quem já é seguido no hospital há muitos anos, devido à relação estabelecida com os profissionais que acompanham o caso. Pé diabético é catastrófico O pé diabético continua a ser a grande dor de cabeça dos profissionais de saúde. E, no futuro, todos concordam que é preciso diminuir o número de amputações, nomeadamente, as major. No ACES, temos sempre em atenção o pé, que pode comprometer a vida de uma pessoa, além dos custos associados a esta comorbilidade, aponta Rafic Nordin. José Guia corrobora e relembra que o pé diabético é catastrófico, explicando porquê: Só quem não viveu esta realidade como profissional de saúde, doente ou familiar é que pode achar que se trata de uma situação simples. As pessoas podem ser amputadas, deixar de trabalhar. E acrescenta: Além do sofrimento que acarreta, existem custos económicos importantes em (re) internamentos, amputações, tratamentos, baixas médicas e reformas antecipadas. A solução, no seu entender, tem duas vertentes: Antes de mais, o médico e o enfermeiro têm de observar o pé e dos

fazer o ensino, caso contrário, o doente não vai ter em atenção se tem algum problema. Segundo, devem existir os recursos necessários. Para o endocrinologista e responsável médico da UCFD, é importante equipar os CSP com monofilamentos, micromotores e diapasões, sendo a presença de podólogos essencial, reforça. O ideal seria também apostar em palmilhas, que previnem o aparecimento de problemas maiores e ajudam na cicatrização. Contudo, tem dúvidas que a sua aquisição venha a ser considerada uma prioridade, face aos custos inerentes. No meu serviço, a minha colega e eu comprámos um diapasão que custa apenas 70 euros Se não se aposta num diapasão, quanto mais em palmilhas, desabafa o médico. Aumento da hiperglicemia intermédia Outra situação que também se revela preocupante, segundo José Guia, é a hiperglicemia intermédia, que tem aumentado, como revela o Relatório do Observatório Nacional da Diabetes. Temos de conhecer estes casos o quanto antes, para se poder intervir e evitar as complicações associadas à diabetes. Rafic Nordin concorda: Os CSP são os que mais responsabilidade acabam por ter nesta área, porque acompanhamos os doentes desde que nascem. É preciso apostar no rastreio e estar atento à hiperglicemia intermédia. Ela pode surgir, por exemplo, em mulheres que tiveram diabetes gestacional. Para já, a prescrição da análise à tolerância da glicose oral após o parto é uma forma de nos CSP se continuar a dar atenção a este grupo de risco. Mas tanto Rafic Nordin como José Guia acreditam que ainda há muito trabalho a fazer em termos de prevenção e diagnóstico precoce. Reportagem publicada no Jornal Médico de dezembro. Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)