3.2 Companhias de seguros



Documentos relacionados
3.2 Companhias de seguros

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DA ATIVIDADE SEGURADORA

RELATÓRIO AGREGADO DO SECTOR SEGURADOR

Relatório de evolução da atividade seguradora

Relatório de evolução da atividade seguradora

Relatório de evolução da atividade seguradora

FIMAP AEP / GABINETE DE ESTUDOS

Relatório de evolução da atividade seguradora

ESTATÍSTICAS DO EMPREGO Região Norte (NUTS III)

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO AGREGADO DO SECTOR SEGURADOR

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

RELATÓRIO DA ATIVIDADE SEGURADORA

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

REUNIÃO DO CONSELHO NACIONAL DE SUPERVISORES FINANCEIROS. do dia 17 de Junho de 2011

3. Evolução do Mercado Segurador e de Fundos de Pensões

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

PRODUTO INTERNO BRUTO REGISTOU UMA QUEBRA DE 1,1% EM VOLUME

RELATÓRIO DA ATIVIDADE SEGURADORA

COMUNICADO. O Resultado Líquido Consolidado da CGD em 2002 atingiu 665 milhões de euros, sendo superior ao de 2001 em 1,7%.

BOLETIM ANUAL DA ACTIVIDADE SEGURADORA

Relatório & C o n t a s 2010

BOLETIM ANUAL DA ACTIVIDADE SEGURADORA

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

BOLETIM ANUAL DA ACTIVIDADE SEGURADORA

Capítulo 2 Supervisão e Estabilidade do Sistema Financeiro

BA Balanço Social 2014

Comentário de desempenho 3T15

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE SEGURADORA

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE SEGURADORA

RELATÓRIO DA ATIVIDADE SEGURADORA

Comunicado dos resultados

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ECONOMIA PORTUGUESA

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

Divulgação dos resultados 1º trimestre de (não auditado) 80 ANOS A investir na indústria

AGRICULTURA, PECUÁRIA E INDÚSTRIA TRANSFORMADORA RELATÓRIO DE CONJUNTURA

COMUNICADO. Resultados do Exercício 2013/14

BOLETIM ANUAL DA ACTIVIDADE SEGURADORA

Conjuntura da Construção n.º 29. Contas Nacionais Trimestrais revelam quebra de 15% do investimento em Construção no 1º trimestre de 2009

Estatísticas do Turismo 2001

ARTIGOS GPEARI-MFAP. Economia dos EUA e Comparação com os períodos de e Clara Synek * Resumo

Taxa de. Montante milhares de euros. cedência Ramo Vida ,3% ,6% ,7% cedência

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 1º TRIMESTRE 2009 (NÃO AUDITADOS)

ALTRI, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Conjuntura da Construção n.º 32. Apesar do dinamismo observado nas Obras Públicas, Dados do INE confirmam crise grave na Construção

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

RESSEGURO. Volume de negócios

ATIVIDADE DO JOGO ONLINE EM PORTUGAL 1º TRIMESTRE DE Relatório 1º Trimestre

Apresenta-se, a seguir, no Quadro n.º III.1, a Evolução da Receita Interna face ao PIB, no período de 2000 a 2005.

Proveitos Operacionais da Reditus aumentam 11,0% no 1º semestre de 2012

EBITDA da Reditus aumenta 48% no 1T07

1. POPULAÇÃO RESIDENTE

Standard Bank, SARL Relatório do Conselho de Administração sobre os Resultados Financeiros à data de 31 de Dezembro de 2006

BA Balanço Social 2012

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL INDIVIDUAL/CONSOLIDADA (Não Auditada) 1º Trimestre 3º Trimestre Início: 01/03/2005 Fim:30/09/2005

RELATÓRIO DA ACTIVIDADE SEGURADORA 2000

2013 Relatório e Contas

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

Receitas Internacionais da Reditus aumentam 22,4% em 2014

Período de referência: Início: º Trimestre 3º Trimestre 5º Trimestre (1) Fim:

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

ÍNDICE. NOTAS EXPLICATIVAS Metodológica e Fontes Estatísticas.. 3 Conceitos...3 Sinais Convencionais... 6 Siglas e Abreviaturas...

Proveitos Operacionais da Reditus aumentam 9,7% nos primeiros nove meses de 2012

SECTOR AGRO-ALIMENTAR

Empresários mais confiantes no futuro da Construção

Proveitos Operacionais da Reditus atingem 10,2 milhões de euros no 1º trimestre de 2017

ALTRI, SGPS, S.A. Sociedade Aberta. Informação financeira anual

COMÉRCIO INTERNACIONAL DE BENS RESULTADOS PROVISÓRIOS 1 ANO 2014

Síntese Mensal da Contratação Pública

SETEMBRO 2015 ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES 2014 / 2015 SEGUROS EM PORTUGAL PANORAMA DO MERCADO SEGURADOR 14/15

Resultados Consolidados 3º Trimestre de 2013

Hotelaria com aumentos nas dormidas e proveitos

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Telefone Fixo. Serviço Móvel. Acesso à Internet

IRC opção pelo regime simplificado

Caderno de Economia e Negócios AHRESP

DORMIDAS NOS ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS E VIAGENS TURÍSTICAS DOS RESIDENTES EXIBIRAM QUEBRAS EM 2002

INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA

Proveitos Operacionais da Reditus atingem 88,4 milhões de euros de nos primeiros nove meses de 2015

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

Síntese Mensal da Contratação Pública

Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Lisfundo

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

Gabinete de Apoio ao Consumidor. Relatório Anual do Fundo de Garantia Automóvel Ano de Banco de Cabo Verde

Síntese Mensal da Contratação Pública

Evolução Recente dos Mercados de Fundos de Investimento

COFINA, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

Margem de EBITDA atinge 14,5% no 1º trimestre de 2018

Portaria n.º 1458/2009. de 31 de Dezembro

EXPOCOSMÉTICA 2012 AEP / GABINETE DE INFORMAÇÃO ECONÓMICA

DORMIDAS NOS ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS E VIAGENS TURÍSTICAS DOS RESIDENTES REGISTARAM QUEBRAS EM 2003

Resultados 3º Trimestre de 2011

Imposto Industrial Lei n.º 19/14 de 22 de Outubro

Análise de Conjuntura

Os números do Mercado Imobiliário Residencial em 2016

Transcrição:

como, por exemplo, do investimento em infra-estruturas de grande envergadura, do papel da RAEM como plataforma de serviços entre o Interior da China e os países de língua portuguesa, assim como da estratégia de desenvolvimento mais equilibrada e sustentável por parte do Governo Central e do Governo da RAEM. No entanto, incertezas como o impacto das medidas de saída tomadas pelos bancos centrais ainda podem provocar alguma volatilidade no mercado financeiro. Os bancos devem desenvolver esforços no sentido de melhorar os respectivos processos de gestão do risco e os controlos internos, de modo a poderem lidar com o ambiente operacional em mudança, bem como para estarem melhor preparados para enfrentar as oportunidades e desafios no futuro. 3.2 Companhias de seguros A actividade seguradora na RAEM, até ao final de 2009, era exercida por 23 seguradoras, dedicando-se 11 ao ramo vida que, cumulativamente, proporcionam serviços de gestão aos fundos privados de pensões e as restantes 12 à exploração dos ramos gerais. Em relação a 2008 verificou-se a redução de uma seguradora dos ramos gerais, devido à conclusão do processo de running-off, tendo a respectiva autorização sido revogada em Novembro do ano em análise. No que respeita à localização da respectiva sede social, as seguradoras autorizadas a exercer a actividade são maioritariamente sucursais de seguradoras com sede no exterior, representando interesses de 6 países e, ainda, a RAEHK, sendo 8 seguradoras constituídas localmente. O sector segurador, em finais de Dezembro de 2009, empregava 407 trabalhadores, o que equivalia a um decréscimo anual de 2,6%. Quanto à colaboração indirecta, estavam registados 2.997 mediadores de seguros, dos quais 72,7% eram agentes individuais, 24,4% como angariadores de seguros e os restantes eram agentes em nome colectivo (2,1%) e corretores (0,8%). Em termos do número de licenças concedidas aos mediadores de seguros acima referenciados, representavam na globalidade 4.110 autorizações, sendo 2.756 licenças para mediação de seguros do ramo vida e 1.354 para os ramos gerais. Em 2009, o sector segurador comercializou produtos que geraram uma receita de MOP3.260,4 milhões, ou seja, 5,4% inferior QUADRO II.17 EVOLUÇÃO DOS PRÉMIOS BRUTOS, 2007-2009 (10 3 Patacas) 2007 2008 2009 Valor % Valor % Valor % Vida 2.253.975 28,6 2.547.740 13,0 2.331.999-8,5 Ramos gerais 972.873 34,1 897.687-7,6 928.351 3,4 Total 3.226.848 30,2 3.445.427 6,8 3.260.350-5,4 Nota: Valores provisórios para 2009. 99

2 ao volume da produção bruta do ano anterior, revelando a repercussão da crise financeira mundial. Como aspectos mais salientes da evolução global do sector no ano de 2009 deve-se destacar o sector do ramo vida local que, contrariamente aos anos anteriores, registou taxa de crescimento negativa, com 8,5%. No que se refere ao sector dos ramos gerais, apesar do abrandamento da economia da RAEM, devido à suspensão das obras de construção do sector imobiliário, registou, no ano em apreço, um acréscimo de 3,4% contra o -7,6% do ano precedente. A produção bruta do ramo vida, atingiu MOP2.332,0 milhões, correspondendo a 71,5% do total da facturação do mercado segurador, tendo os ramos gerais arrecadado uma quota de 28,5%, traduzido em termos absolutos MOP928,4 milhões. o maior incremento com uma taxa de 7,1%, a que correspondia 27,1% do total de prémios deste sector. O ramo acidentes de trabalho registou uma taxa de crescimento de 3,5%, com MOP194,9 milhões de produção, representando uma quota de 21,0%, idêntica à do ano anterior, situando- -se na terceira posição, logo seguido pelo ramo automóvel, com MOP132,5 milhões alcançados, mantendo-se na quarta posição, com uma quota ligeiramente superior à do ano transacto, ou seja, 14,3% contra 14,1%. Finalmente, o ramo marítimo-carga, a componente menos relevante no contexto da carteira de prémios do mercado segurador de Macau, em termos de evolução registou um decréscimo de -21,1%, sendo a sua quota de apenas 1,2%, equivalente a MOP11,0 milhões, contra os 1,5% em 2008. Analisando a produção bruta dos ramos gerais, à excepção do ramo marítimo- -carga, verificou-se que quase todas as modalidades de seguro tiveram taxas de crescimento positivas, embora na classe das unidades, traduzindo, desta forma, a recuperação da evolução deste sector. Em termos de evolução, o ramo diversos com uma produção de MOP337,8 milhões contra MOP333,9 milhões do ano anterior, registou um acréscimo de 1,2% em relação a 2008, continuando ainda, em termos de posicionamento, na liderança, com a quota de 36,4%, quando, em 2008, era de 37,2%. Seguia-se o ramo incêndio, com MOP252,2 milhões, o qual foi o ramo com Em 2009, as indemnizações brutas do sector segurador atingiram o total de MOP1.645,0 milhões, quando, em 2008, foram de MOP1.563,2 milhões. Desse montante global cerca de 79,6% foram suportados pelo ramo vida, ou seja, MOP1.309,0 milhões e os remanescentes, contabilizados em MOP336,0 milhões, a pertenceram aos ramos gerais. Comparando com o ano precedente, as indemnizações, na sua globalidade, revelaram melhorias ao registar, em 2009, 5,2% contra 44,2% em 2008, sendo de destacar os ramos gerais que, para além de terem melhorado na evolução dos prémios brutos, por outro lado, teve comportamento favorável ao conseguir registar, no ano em apreço, um

decréscimo de 17,0% contra 14,1% de 2008, no que respeita às indemnizações brutas. Como resultado dessa evolução global, a taxa de sinistralidade do sector segurador situou-se em 50,5% contra 45,4% do ano anterior, ou seja, um acréscimo de 5,1 pontos percentuais. A evolução do sector dos ramos gerais registou uma evolução mais propícia, em relação ao ano transacto, tendo o ramo acidentes de trabalho arrecadado a fatia de MOP120,9 milhões, uma quota de 36,0% do total das indemnizações processadas pelos ramos gerais, logo seguido pelo ramo diversos, com 35,6%, traduzindo um valor de MOP119,8 milhões. Contudo, o ramo automóvel, tradicionalmente o mais gravoso, registou, no ano em apreço, uma quota de 27,3%, correspondendo a MOP91,6 milhões, tendo-se posicionado no terceiro lugar, enquanto que o ramo incêndio situou-se no quarto lugar com apenas MOP4,2 milhões e um peso de 1,2%. Por último, o ramo marítimo-carga registou um balanço negativo de MOP0,5 milhão. Em termos de resultados finais do sector, em 2009 totalizaram MOP422,6 milhões, representando um acréscimo de 339,9% em relação ao ano anterior. Apesar de se ter constatado uma fraca performance na evolução dos prémios brutos, a actividade seguradora alcançou, mais uma vez, um resultado de exploração negativo de 140,1%, no entanto, graças aos proveitos diversos (líquido) que contabilizava MOP827,5 milhões, se tiveram um comportamento muito favorável, quando comparado com o ano anterior, conseguiu superar o resultado negativo de exploração. 101

2 GRÁFICO II.23 COMPOSIÇÃO DOS PRÉMIOS BRUTOS (RAMOS GERAIS) 2008-2009 (%) 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Number of autonomous units 2008 2009 Acidentes de trabalho Incêndio Automóvel Marítimo-carga Diversos GRÁFICO II.24 COMPOSIÇÃO DOS INDEMNIZAÇÕES BRUTAS (RAMOS GERAIS) 2008-2009 (%) 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Number of autonomous units 0 2008 2009 Acidentes de trabalho Incêndio Automóvel Marítimo-carga Diversos 102

QUADRO II.18 EVOLUÇÃO DOS RESULTADOS DO SECTOR SEGURADOR, 2007-2009 2007 2008 2009 Valor Variação % Valor Variação % Valor Variação % (10 3 Patacas) Prémios brutos 3.226.848 30,2 3.445.427 6,8 3.260.350-5,4 Proveitos de serviços prestados 15.126 32,0 17.071 12,9 14.340-16,0 Custos técnicos 3.210.858 37,1 3.042.451-5,2 3.082.295 1,3 Resultado de reeseguro cedido 186.087-14,9 243.919 31,1 272.255 11,6 Resultado técnico -154.971 119,0 176.128 -- -79.860 -- Encargos de gestão 311.761 9,1 344.752 10,6 325.078-5,7 Resultado de exploração -466.732 31,0-168.624-63,9-404.938 140,1 Proveitos diversos (líquido) 846.109 46,4 264.675-68,7 827.490 212,6 Resultado do exercício 379.377 71,4 96.051-74,7 422.552 339,9 Nota: Valores provisórios para 2009. 103