O MODELO DO SETOR ELÉTRICO DEVE SER AMPLAMENTE DEBATIDO

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Transcrição:

O MODELO DO SETOR ELÉTRICO DEVE SER AMPLAMENTE DEBATIDO Nem bem secou a tinta da nova logomarca das empresas Eletrobras, que segundo a diretoria da holding foi idealizada para projetar o Grupo no mercado internacional de ações, vem aí uma nova reestruturação organizacional e societária. Neste momento de muito burburinho e de pouca explicação, há de se perguntar: Quais foram as reais vantagens da inserção da holding Eletrobras na Bolsa de Valores de Nova York? O que as empresas subsidiárias, como a Eletrosul, por exemplo, que é de capital fechado (não tem ações negociadas em Bolsa), ganhou com isto? Quantas horas de trabalho tem se utilizado na empresa para dar informações e mais informações, preencher relatórios e mais relatórios, pagar consultorias e mais consultorias para atender essa nova realidade? Está na hora de se fazer uma análise bem apurada desse processo. O que se percebe é que não se tem estrutura e nem pessoal suficientes para dar conta das demandas do setor elétrico e isto tende a se agravar com os programas de incentivo à demissão. Antes de mais nada é preciso ter bem claro do Governo Federal e dos órgãos competentes qual papel está reservado para as empresas do grupo Eletrobras na expansão do setor. Será o de protagonista, ou o de coadjuvante? Segundo o Canal Energia, o Plano Nacional de Energia - PNE 2050 (revisão do Plano 2030) deve sofrer atraso e ficar pronto só em março de 2014. Informa ainda, que a EPE já fez estimativas macroeconômicas e agora está partindo para a questão da demanda. Já aconteceram algumas reuniões no MME e com os setores petroquímico, siderúrgico e de cimento. Quando será discutido amplamente o atual modelo do setor elétrico com os outros agentes da sociedade, com as outras partes interessadas? Os números comprovam que os que sempre ganharam, continuam ganhando. A Plataforma Operária e Camponesa para Energia, da qual participam expressivas entidades do meio sindical e de movimentos sociais tem buscado insistentemente um diálogo com o governo Dilma. Infelizmente, a conversa não tem ultrapassado os limites da sala de reuniões do Ministro da Secretaria da Presidência, Gilberto Carvalho; fato que se repetiu no leilão do pré-sal, onde a proposta das entidades para suspensão do leilão e um debate mais profundo na sociedade sobre tema de relevância nacional (o petróleo) foi totalmente ignorada. PLANO DE REESTRUTURAÇÃO DA ELETROBRAS Na 328ª reunião do Conselho de Administração da Eletrosul, dia 18 de outubro, na sede da Empresa, o representante dos trabalhadores no CA propôs a inclusão do ponto Manifesto dos Conselheiros Eleitos do Grupo Eletrobras. Na oportunidade, chamou a atenção do Colegiado e dos demais participantes da reunião para documento que é composto de 23 tópicos: O Plano de Reestruturação Organizacional e Societária da Eletrobras deve ser objeto de amplo debate, razão pela qual, os conselheiros eleitos se comprometem a discutir propostas e contribuições trazidas pelos trabalhadores, e solicitam a realização de reuniões com os diretores, demais conselheiros, consultores contratados e com as entidades representativas da categoria eletricitária.

Se não há espaço para um diálogo franco e aberto sobre o modelo do setor elétrico em geral, cuja proposta de mudanças já foi entregue à presidenta Dilma pela Plataforma de Energia, seria um descalabro se a implementação de propostas de alteração organizacional e societária da Holding Eletrobras ocorressem sem nenhum diálogo com os Conselhos de Administração, Diretorias das empresas, Representações dos trabalhadores e os empregados. Mais absurdo ainda é continuar tomando decisões que impactam diretamente na vida dos empregados e suas famílias sem levá-los em consideração, configurando um total desrespeito aos trabalhadores em dissonância com uma política de Gestão de Pessoas consequente e humana. Essas questões que são inerentes ao mundo do trabalho interferem diretamente na vida laboral. Afinal são os números que produzem as pessoas, ou as pessoas que produzem os números? Neste sentido, o representante dos trabalhadores no CA da Eletrosul também fez questão de destacar na última reunião do Conselho outro item do Manifesto: Os representantes dos trabalhadores devem participar de todas as discussões e deliberações do Conselho de Administração, sem cerceamento à sua legítima atuação nos assuntos que lhe são mais afins, apelidados de conflituosos ante os interesses da empresa. A Lei 6404/1976, no seu artigo 156, prevê que compete ao próprio conselheiro manifestar seus possíveis conflitos de interesse, e por isso os conselheiros discordam do disposto no artigo 2 da Lei 12.353/2010 e artigo 8º da Portaria 026/11 do MPOG. Como exemplos do cerceamento à participação dos conselheiros eleitos, citamos a exclusão do representante dos empregados em assuntos previdenciários (Fundação ELOS...) e trabalhistas (Pano de Carreira...). Fica a pergunta: Quem estaria mais habilitado para ajudar no encaminhamento desses pontos no CA, dos que aqueles que realmente conhecem a realidade dos empregados e da própria empresa? REESTRUTURAÇÕES NA ELETROSUL DESRESPEITA TRABALHADORES Causou perplexidade aos conselheiros eleitos da Eletrosul, e naturalmente aos demais empregados da empresa, o relato de um trabalhador lotado no Centro Regional de Manutenção e Apoio à Operação de Guarapuava, em nome dos demais colegas do CRGUA. O anúncio de restruturação para aquela área, assim como para a área do Centro Regional de Manutenção e Apoio à Operação de Erechim - RS, sem qualquer discussão com os empregados depõe contra a imagem da Eletrosul, conturba o ambiente de trabalho trazendo apreensão e insegurança para todo o quadro de pessoal. Dino e Wanderlei manifestam repúdio ao ocorrido, prestam solidariedade aos colegas, além de parabenizá-los pela coragem de expor os fatos através de carta encaminhada às entidades sindicais. Além disso, os representantes dos empregados no CA solicitarão da diretoria da Eletrosul maiores informações a respeito e querem saber ainda o que está se planejando para as demais áreas da Empresa. AÇÃO CIVIL PÚBLICA DO MPT O conselheiros representantes dos empregados também solicitarão na próxima reunião do Conselho de Administração, prevista para ocorrer dia 22/11/2013, esclarecimentos à diretoria da Eletrosul sobre a ação movida recentemente pelo Ministério Público do Trabalho contra a Empresa. Essa iniciativa objetiva propiciar que todos os conselheiros se inteirem do que vem ocorrendo e possam contribuir na busca de uma saída para o impasse, decorrente da nova política de operação.

AÇÃO ARTICULADA DENTRO E FORA DO CONSELHO Os conselheiros eleitos da Eletrosul estiveram em contato com o conselheiro Zé Maria, eleito pelos trabalhadores da Petrobras. Dino e Wanderlei expressaram ao conselheiro da Petrobras, total comprometimento do Coletivo dos Conselheiros Eleitos das Empresas Eletrobras ao Projeto de Lei 6051/2013. Este projeto busca superar as limitações impostas aos representantes dos trabalhadores pela Lei 12.353/2010. Seu conteúdo foi elaborado pelo conselheiro Zé Maria. O referido PL foi subscrito pelos deputados federais Fátima Bezerra PT/RN, Luiz Alberto PT/BA, Fernando Ferro PT/PE, Vicentinho PT/SP e Alice Portugal do PC do B/BA. Os conselheiros eleitos na Eletrosul também contataram e solicitaram apoio ao presidente da Câmara Federal, Deputado Henrique Eduardo Alves PMDB/RN, bem como ao relator da respectiva comissão que trata do tema, Deputado Isaias Silvestre PSB/MG. Dado os interesses em disputa no Congresso Nacional, não se alimenta nenhuma ilusão de que isto se resolva num curto espaço de tempo. No entanto, é uma iniciativa que coloca o tema para debate entre os parlamentares podendo render frutos em favor dos empregados e das próprias empresas. Ante os desafios colocados para o setor elétrico brasileiro que precisa ser enfrentado corajosamente por todos os segmentos que ainda defendem a energia como um bem público, diante das barreiras que ainda impedem à plena participação dos trabalhadores nos temas que mais lhe são afeitos, seja de forma direta ou através de suas instâncias de representação, os conselheiros eleitos na Eletrosul têm buscado se articular dentro e fora do Conselho por compreenderem que não há salvadores no plano individual. Os avanços só serão obtidos com o envolvimento efetivo de todos. Exemplo disto, foi a participação dos empregados da Eletrosul na atividade que resultou na suspensão da Assembleia de Acionistas convocada para aprovar alterações estatutárias que prejudicariam os trabalhadores e a Empresa. Assim, os conselheiros Dino e Wanderlei, vêm desenvolvendo suas ações que não se limitam a debater e encaminhar os pontos de pauta nas reuniões no CA. Cada tema tratado pelos conselheiros eleitos são levados para o coletivo do CA após contato com os profissionais envolvidos em cada área, para que os conselheiros tenham os subsídios necessários para embasamento das discussões. Na visão dos representantes dos trabalhadores no CA, há que se estimular os trabalhadores a exercerem também o seu poder, a sua representatividade enquanto parte imprescindível da Empresa. Os empregados, a diretoria, os conselheiros de administração não são entes abstratos. Partes integrantes do que se denomina Eletrosul, podem ajudar a construir na diversidade, na divergência de opiniões, com respeito mútuo, uma empresa onde seus aspectos econômicos e financeiros estejam mais centrados nos interesses da sociedade e na valorização do ser humano. Abraços e até a próxima edição Dino e Wanderlei Como de praxe, divulgamos a seguir as atas das reuniões 325 e 326 do Conselho de Administração, relembrando que as mais recentes serão divulgadas assim que estiverem devidamente registradas nos órgãos competentes. ATAS