TERMO DE REFERÊNCIA SERVIÇOS NÃO CONTINUADOS (não alterar os campos em cinza) TR nº MODALIDADE TEMA PROCESSO SELETIVO CONTEXTUALIZAÇÃO/ JUSTIFICATIVA



Documentos relacionados
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - MDA SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL - SDT ACORDO DE EMPRÉSTIMO FIDA Nº

CONTEXTUALIZAÇÃO/ JUSTIFICATIVA

INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR)

TERMO DE REFERÊNCIA (TR)

TERMO DE REFERÊNCIA. 1. Justificativa

TERMO DE REFERÊNCIA (TR)

Contrata Consultor na modalidade Produto

EDITAL PROPES Nº 02/2015

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO

Contrata Consultor na modalidade Produto

Contrata Consultor na modalidade Produto

TERMO DE REFERÊNCIA. 1. Justificativa :

EDITAL DE SELEÇÃO DE PESSOAL CONTRATAÇÃO DE ASSESSOR TÉCNICO COTAÇÃO ELETRÔNICA Nº 03/2016 -

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE CONSULTORIA ESPECIALIZADA (PESSOA FÍSICA) Contrato por Produto Nacional

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO NÚCLEO DE ESTUDOS AGRÁRIOS E DESENVOLVIMENTO RURAL PCT FAO UTF/BRA/083/BRA

Qualificação das Práticas de Cuidado a partir das Portas de Entrada do SUS 14/5/2018 TERMO DE REFERÊNCIA

Projeto Movimento ODM Brasil 2015 Título do Projeto

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE GESTÃO, ARTICULAÇAO E PROJETOS EDUCACIONAIS

Ministério do Desenvolvimento Agrário GABINETE DO MINISTRO <!ID > PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 2, DE 24 DE SETEMBRO DE 2008 Institui o

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) - TECN MCT 1 VAGA

INSTITUTO ELO AMIGO PROGRAMA UMA TERRA E DUAS ÁGUAS (P1+2)

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA A PROGRAMAS ESPECIAIS

IICA/BRA/09/005 TERMO DE REFERÊNCIA MODALIDADE: PRODUTO CARGO A

Qualificação das práticas de cuidado a partir das portas de entrada do SUS 26/3/2018 TERMO DE REFERÊNCIA

Numero do Documento:

I. mínimo de 3 (três) anos para o mestrado; II. mínimo de 4 (quatro) anos para doutorado

PROCESSO SELETIVO N PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOAL

Seleção de Serviços. m?edit_requested=true

TERMO DE REFERÊNCIA Para contratação de pessoa física. Assistente local

RELATÓRIO PROJETO COMPETITIVIDADE E MEIO AMBIENTE FASE DE ORIENTAÇÃO (fevereiro 2002 a 2004) MMA/SQA/GTZ/MERCOSUL

1- FORMAÇÃO MÍNIMA 2 - EXIGÊNCIAS Médico Veterinário

Edital FAPEAL N o 001/2009 PROGRAMA ESPECIAL DE BOLSAS

EDITAL N 03/2009 SELEÇÃO DE PESSOAL

Programas Março de 2014

EDITAL GC Nº 001/2018 Seleção para Contratação de Consultoria Especializada em Gestão e Monitoramento do Projeto Pessoa Jurídica - MEI

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA CONSELHO ACADÊMICO DE PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO Nº 03/2014

COREMU/COREME. Edital 002/2015 Edital conjunto da COREMU/CEULP e COREME/FESP-Palmas, TO

a) No Projeto d) Em sua residência b) No Escritório da UNESCO e) Outros c) No Escritório Antena

EDITAL N 05/2010 SELEÇÃO DE PESSOAL

SELEÇÃO PÚBLICA DE PESSOAL DOCENTE EDITAL N 04/2016

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA SELEÇÃO DE TUTOR A DISTÂNCIA EDITAL N. 04/2016

PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA VOLUNTÁRIO PIC DIREITO/UniCEUB EDITAL DE 2016

ANEXO II PROJETO DE MELHORIA DO ENSINO MÉDIO NOTURNO REGULAMENTO CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

EDITAL DE SELEÇÃO SIMPLIFICADO Nº 2/2016

Seminário Internacional Trabalho Social em Habitação: Desafios do Direito à Cidade. Mesa 2: AGENTES PÚBLICOS, NORMATIVOS E DIREÇÃO DO TRABALHO SOCIAL

EDITAL PF no. 005/2015 CONVOCAÇÃO DE INTERESSADOS À SELEÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA TÉCNICA ESPECIALIZADA PESSOA FÍSICA

EDITAL Nº023/2013 PROGRAD/CIPEAD

EDITAL DE SELEÇÃO DE CURRICULUM PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (N. 001/2017)

FUNDAÇÃO DE AMPARO AO ENSINO E PESQUISA

Apoio ao Transporte Escolar para a Educação Básica - Caminho da Escola. Concessão de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID

I- DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

PROGRAMA PROREDES BIRD RS TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE CONSULTORIA INDIVIDUAL ESPECIALIZADA EM ANÁLISE DE SISTEMAS NA ÁREA DA EDUCAÇÃO

TERMO DE REFERÊNCIA REF.:

Processo Seletivo Público Nº 001/2012

TERMO DE REFERÊNCIA Edital nº 10/2016 Modelo de Gestão do CRSFN

COMISSÃO DE FUNDO, ORÇAMENTO E RECURSOS PÚBLICOS. 28 ª Reunião Ordinária 13/08/2015

Edital para seleção de orientadores e bolsistas de iniciação tecnológica e inovação para o período de

EDITAL PF no. 002/2015 CONVOCAÇÃO DE INTERESSADOS À SELEÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA TÉCNICA ESPECIALIZADA PESSOA FÍSICA

Objetivo Geral: Objetivos Específicos:

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO UNIRIO PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E CULTURA - PROExC

PROCESSO SELETIVO N PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOAL

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE CONSULTOR POR PRODUTOS

Norma CNEN para. Concessão de Bolsas no País

FOME ZERO. VI Encontro Nacional dos Coordenadores Estaduais e Centros Colaboradores em Alimentaçã. ção CGPAN/MS/Brasília

O BNDES no Apoio a APLs de Baixa Renda 28/10/2009

RESOLUÇÃO/CONSUNI Nº05/2012. Regulamenta os Cursos de Pós- Graduação Lato Sensu. RESOLVE

INSTITUTO REGIONAL DA PEQUENA AGROPECUÁRIA APROPRIADA-IRPAA CNPJ (MF) / EDITAL N 02/2009

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

UNIVERSIDADAFEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO

TERMO DE REFERÊNCIA SERVIÇOS NÃO CONTINUADOS (não alterar os campos em cinza) TR nº MODALIDADE TEMA PROCESSO SELETIVO CONTEXTUALIZAÇÃO/ JUSTIFICATIVA

ELEIÇÕES 2012 DIRETRIZES DO PROGRAMA DE GOVERNO DO CANDIDATO JOSÉ SIMÃO DE SOUSA PARA A PREFEITURA DE MANAÍRA/PB ZÉ SIMÃO 45 - PREFEITO

CAPÍTULO III DO FINANCIAMENTO

Campus Recife e de Núcleos do Centro Acadêmico do Agreste, indicados no

FICHA PROJETO - nº 226-MA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA PRO-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CENTRO DE EDUCAÇÃO

1 Os contratos de que tratam o caput serão por prazo determinado, com duração de 12 (doze) meses, podendo ser renovado por prazo de igual período.

PROGRAMA DE BOLSAS DE FORMAÇÃO ACADÊMICA MODALIDADE: MESTRADO E DOUTORADO EDITAL Nº. 11/2015

PROGRAMA DE PERMANÊNCIA DA UNIR AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO PORTO VELHO EDITAL Nº 05 / 2012 / PROCEA

EDITAL N. 03, DE 08 DE JULHO DE 2015

TERMO DE REFERÊNCIA. Número de vagas: 01 (uma). Nome da Vaga: Especialista em Acolhimento com avaliação/classificação de risco e vulnerabilidades.

por instituição de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação, ou outro documento com mesmo valor legal; 3 (três) anos, no mínimo, de experiência

CONTEXTUALIZAÇÃO/ JUSTIFICATIVA

TERMO DE REFERÊNCIA (TOR) PARA CONSULTOR EM PRODUÇÃO DE MATERIAIS DE APOIO PEDAGÓGICO - 44

PROCESSO SELETIVO 2012/1 EDITAL UFRGS Nº 1

TERMO DE REFERÊNCIA. 1. Objetivo da Seleção

DECANATO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

Ato de autorização Portaria Ministerial nº 1009 de 11 de dezembro de 2015, publicada no D.O.U. no dia 14/12/2015.

EDITAL N 021/RIFB DE 27 DE MAIO DE SELEÇÃO 2016/2 SELEÇÃO PARA CURSOS SUPERIORES DE GRADUAÇÃO PELO SiSU (SISTEMA DE SELEÇÃO UNIFICADA)

TERMO DE REFERÊNCIA. Desenvolvimento do curso de formação de consultores

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO PROEX EDITAL Nº. 08/2016-PROEX/IFRN

Brasil Sem Miséria RURAL

INÍCIO E TÉRMINO DAS AULAS. Início das aulas: 20/09/2014 Término das aulas: dezembro de 2015.

Indicadores e o ciclo de políticas públicas

A República Federativa do Brasil

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA EDITAL Nº 067/DDP/2016, de 21 de março de 2016.

TERMO DE REFERÊNCIA. Número de vagas: 01 (uma). Nome da Vaga: Especialista em Gestão da Clínica e Organização do Cuidado..

Transcrição:

TERMO DE REFERÊNCIA SERVIÇOS NÃO CONTINUADOS (não alterar os campos em cinza) TR nº MODALIDADE TEMA PROCESSO SELETIVO TR_05_2015_PDHC Produto Mobilização e Gestão Social Parecer Nº 00558/2015/CONJUR-MDA/CGU/AGU, de 08.07.2015 e Despacho nº 00791/2015/CONJUR-MDA/CGU/AGU, de 16.07.2015, amparados na Portaria MDA FUNDAMENTO LEGAL nº 47/2014, de 11 de julho de 2014 e compatibilização com as Diretrizes e Contratações e Aquisições do FIDA, vinculadas ao Acordo de Empréstimo FIDA Nº CONTEXTUALIZAÇÃO/ JUSTIFICATIVA 2000000436 e Empréstimo Fiduciário Nº 2000000437. A partir de 2003 o desenvolvimento rural no Brasil incorporou à formulação de um novo enfoque territorial integrado, em contraponto aos enfoques setoriais tradicionais. Essa nova abordagem foi endossada pelo Ministério da Integração Nacional, pelo Ministério do Desenvolvimento Social, e pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT). Na sua estratégia o Governo Federal definiu como prioridade o aumento da eficácia e cobertura de políticas para reduzir a pobreza e as desigualdades mediante uma melhor articulação das políticas. Foram investidos grandes volumes de recursos orçamentários em políticas e programas para reduzir a pobreza e as desigualdades e fortalecer a participação da sociedade civil na formulação e implementação das políticas. Em 2008, foi criado o Programa Territórios da Cidadania, sob a coordenação da SDT, tendo como objetivo promover o desenvolvimento econômico e o acesso universal a programas básicos, mediante uma estratégia de desenvolvimento territorial sustentável. Nesse novo arranjo os territórios são constituídos por conjuntos de municípios vizinhos que têm características econômicas e ambientais comuns, e também uma identidade e coesão social e cultural. O principal instrumento de ação desta política é o Colegiado Territorial, integrado por representantes de organizações das três esferas governamentais (municipal, estadual e federal) e da sociedade civil. Os Colegiados têm responsabilidades de planejar e articular ações dos diversos atores presentes nos territórios e promover um monitoramento e controle participativos sobre programas e políticas públicas. Apesar dos impactos positivos das políticas e estratégias adotadas pelo Governo Federal para reduzir a pobreza e as desigualdades, grande parte da população, em particular no Nordeste semiárido ainda é afetada. Nessa região a alta incidência de pobreza está relacionada em parte com as dificuldades das famílias para se adaptar às características naturais da zona semiárida: chuvas insuficientes e irregulares, altas temperaturas o ano todo, alta evapotranspiração e solos superficiais e pedregosos. Além disso, a região tem uma longa história de problemas estruturais como a concentração da terra, a dificuldade no acesso a água e um acesso difícil à educação. Contudo, a região semiárida também tem potencial, e a primeira fase do Projeto Dom Helder mostrou várias lições sobre sua maximização. O Projeto Dom Helder Camara (PDHC) teve início em 2001, por intermédio de parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). Em sua primeira fase o Projeto atuou em oito territórios da cidadania, sendo eles: Sertão do Apodi, no estado do Rio Grande do Norte; Inhamuns/Crateús e Sertão Central no estado do Ceará; Cariri Ocidental no estado da Paraíba; Sertão do Pajeú e Sertão do Araripe, no estado de Pernambuco; Serra da Capivara, no estado do Piauí; e Alto Sertão Sergipano, no estado de Sergipe, beneficiando diretamente 15.021 famílias. Alinhado com a política de desenvolvimento territorial da SDT o Projeto Dom Helder Camara atuou nos Territórios da Cidadania de forma integrada com os Colegiados e Comitês Territoriais. O Projeto implementou ações referenciais de combate à pobreza e apoio ao desenvolvimento rural sustentável no semiárido do Nordeste, com base nos princípios da agroecologia e de convivência com o semiárido, articulando às dimensões sociopolíticas, ambientais, culturais, econômicas e tecnológicas e por processos participativos de planejamento, gestão e controle social. Ao longo de sua atuação se consolidou, fundamentalmente, pela adoção de metodologias inovadoras, de alternativas de produção e de tecnologias apropriadas às características da população e condições do semiárido. Também se destacou por desenvolver uma proposta de Assessoria Técnica Permanente, multidimensional, diferenciada, concebida como uma ação contínua e sistêmica, focada 1

nas demandas, objetivos e áreas de resultado de interesse das famílias beneficiárias, possibilitando dessa forma o acesso a políticas e programas públicos dos agricultores familiares e grupos vulneráveis (mulheres, jovens e comunidades tradicionais). A experiência do Projeto Dom Helder Camara demonstrou que é possível uma contribuição importante às políticas públicas, experimentando novas metodologias e alternativas de produção em menor escala que podem se tornar referência para a formulação de políticas públicas, e facilitando o acesso da população a políticas e programas públicos. A segunda fase do Projeto Dom Helder Camara (PDHC), da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), também resultante de um acordo de empréstimo entre a República Federativa do Brasil e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA), propõe-se contribuir para a redução da pobreza rural e das desigualdades no Nordeste semiárido por meio de ações para: a) fortalecer a articulação de políticas e programas públicos; b) melhorar o acesso da população rural a políticas e programas públicos; c) gerar inovações úteis para melhorar a produção e a renda dos beneficiários e que possam ser usadas como referências para melhorar as políticas e programas públicos; d) fortalecer as capacidades das comunidades e assentamentos e suas organizações para acessar as políticas e programas públicos, para participar dos processos de desenvolvimento ao nível dos seus territórios, e para gerir seus sistemas produtivos de forma sustentável nas suas diferentes dimensões (social, econômica, ambiental e institucional); e) promover a geração e aumento da renda das famílias a partir da abordagem agroecológica que melhore a convivência com o semiárido e gere oportunidades para o acesso a mercados em condições favoráveis; e, f) contribuir para a redução das desigualdades de gênero, geração, raça e etnia. A área de abrangência do Projeto incluirá um total de 129 municípios, localizados nos oito Territórios da Cidadania, da primeira fase, incluindo também o Território do Alto Sertão Alagoano, no estado de Alagoas. Dos 129 municípios contemplados, 77 foram atendidos durante a primeira fase do Projeto. Os municípios selecionados revelam características associadas à concentração da pobreza e elevada desigualdade, expressas nos seguintes indicadores: menor Índice de Desenvolvimento Humano - IDH territorial; maior concentração de beneficiários/as do Programa Bolsa Família; maior concentração de agricultores/as familiares e assentados/as da reforma agrária; maior concentração de populações tradicionais, quilombolas e indígenas; baixo dinamismo econômico, segundo a tipologia das desigualdades regionais constantes da Política Nacional de Desenvolvimento Regional, do Ministério da Integração Nacional; convergência de programas de apoio ao desenvolvimento de distintos níveis de governo; e maior concentração de municípios de menor IDEB - Índice de Desenvolvimento de Educação Básica. A seleção das comunidades rurais a serem incorporadas no Projeto também vai dialogar com parte desses critérios. O público-alvo do Projeto é composto por agricultores familiares, assentados da reforma agrária, comunidades tradicionais (indígenas e quilombolas) com especial atenção a mulheres e jovens. Na segunda fase do projeto aproximadamente 27.000 famílias serão beneficiárias de assessoria técnica (15.000 receberão serviços provenientes dos contratos com fundos do projeto e outras 12.000 por intermédio dos contratos a serem efetuados pela Secretaria da Agricultura Familiar - SAF e INCRA, inclusive os do Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF). Entretanto, para que as lições aprendidas na primeira fase possam ser aproveitadas, e para que alguns experimentos inovadores tenham prosseguimento, o Projeto continuará atendendo a 30% das famílias atendidas na primeira fase, pelo menos durante os três primeiros anos. No início da segunda fase do Projeto, estão previstas as seguintes ações: Contratação da equipe do Projeto; Elaboração do Planejamento Operativo Anual com as famílias beneficiárias; Seleção das novas famílias; Prestação de Assessoria Técnica para as famílias da segunda fase; Instalação da nova Unidade de Coordenação Territorial - UCT do Território do Alto Sertão Alagoano; e, Organização com os Comitês Territoriais/ Colegiados Territoriais da seleção das famílias a serem liberadas para a assistência técnica pública. Considerando esse conjunto de ações, o Projeto Dom Helder Camara necessitará contar com uma equipe de consultores especializados. Nesse contexto, o apoio do Projeto Dom Helder Camara é fundamental para contribuir com as ações para a redução da 2

pobreza rural e das desigualdades no Nordeste semiárido, junto aos Colegiados e Planos Territoriais e às estratégias da SDT/MDA para o desenvolvimento sustentável dos territórios rurais. Para tanto, busca-se qualificar estas ações por meio da contratação de consultoria técnica especializada, voltada para execução das atividades da segunda fase do Projeto, relacionadas a fortalecer os processos de mobilização para gestão social nos territórios. OBJETIVOS DA CONSULTORIA ENQUADRAMENTO Fortalecer os processos de mobilização para gestão social nos territórios, visando: Aprimorar os critérios para orientar a seleção das equipes de mobilizadores territoriais; Organizar e sistematizar metodologias para qualificar a formação das equipes de mobilizadores territoriais; Organizar e sistematizar as demandas das famílias beneficiárias em todos os territórios de atuação do Projeto para o acesso às políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável do semiárido, e as metodologias dos processos de aprendizagem para fortalecimento da gestão de organizações de representação sindical e social das famílias beneficiárias do Projeto, visando o desenvolvimento das ações da 2º fase do PDHC. Objetivo Imediato: Fortalecer a mobilização para gestão social nos territórios do Projeto Dom Helder Camara, visando aprimorar os processos de seleção e formação de mobilizadores sociais; qualificar as demandas das famílias para o acesso as politicas públicas de desenvolvimento sustentável do semiárido; e, apoiar a gestão das organizações sindicais e sociais das famílias beneficiárias do Projeto. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES 1. Organizar e sistematizar diretrizes e metodologias para qualificar as ações relacionadas à mobilização para gestão social no planejamento anual das famílias beneficiárias em todos os territórios da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara. 2. Organizar, analisar e sistematizar as demandas dos Planos Territoriais Anuais das famílias beneficiárias dos territórios do Projeto Dom Helder Camara, relacionadas ao fortalecimento da mobilização para gestão social. 3. Organizar e sistematizar diretrizes e metodologias para orientar a seleção das equipes de mobilizadores territoriais para a segunda fase do Projeto Dom Helder Camara. 4. Apresentar subsídios técnicos e metodológicos para promover a capacitação das equipes de mobilização para gestão social que atuarão em todos os territórios da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara. Essas equipes terão a responsabilidade de mobilizar as famílias beneficiárias para participarem ativamente em atividades do próprio projeto e em instituições que tomam decisões sobre políticas no âmbito local e territorial. 5. Organizar e sistematizar as demandas das famílias beneficiárias em todos os territórios de atuação do Projeto para o acesso às políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável do semiárido. 6. Organizar e sistematizar metodologias, e processos de aprendizagem voltados ao fortalecimento da gestão de organizações de representação sindical e social das famílias beneficiárias do Projeto. 7. Apresentar subsídios técnicos e metodológicos para a produção de relatórios de atividades e indicadores relacionados ao fortalecimento da mobilização para gestão social nos territórios de atuação do Projeto Dom Helder Camara. 8. Realizar visitas técnicas para levantar subsídios para a elaboração dos produtos contratados. 9. Participar de reuniões e apresentar o resultado dos produtos junto aos gestores do Projeto Dom Helder Camara quando solicitado. 3

Produto 1: Documento técnico contendo proposta de instrumentos para qualificar as ações relacionadas a mobilização para gestão social no planejamento das famílias beneficiárias em todos os territórios, para o primeiro ano da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara. Produto 2: Documento técnico contendo proposta de instrumentos para organizar, analisar e sistematizar as demandas dos Planos Territoriais das famílias beneficiárias, relacionadas ao fortalecimento da mobilização para gestão social, para o primeiro ano da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara. Produto 3: Documento técnico contendo proposta de instrumentos para orientar a seleção das equipes de mobilizadores territoriais para o primeiro ano da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara. Produto 4: Documento técnico contendo proposta de instrumentos para promover a capacitação das equipes de mobilização para gestão social que atuarão em todos os territórios no primeiro ano da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara. Produto 5: Documento técnico contendo proposta de instrumentos para organizar e sistematizar as demandas das famílias beneficiárias em todos os territórios de atuação do Projeto para o acesso às políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável do semiárido. PRODUTOS ESPERADOS Produto 6: Documento técnico contendo proposta de instrumentos para organizar sistematizar metodologias, e processos de aprendizagem voltados ao fortalecimento da gestão de organizações de representação sindical e social das famílias beneficiárias do Projeto. Produto 7: Documento técnico contendo proposta de instrumentos para qualificar a participação das equipes de mobilização para gestão social no planejamento das ações das famílias beneficiárias em todos os territórios, para o segundo ano da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara. Produto 8: Documento técnico contendo proposta de instrumentos para organizar, analisar e sistematizar as demandas dos Planos Territoriais das famílias beneficiárias, relacionadas ao fortalecimento da mobilização para gestão social, para o segundo ano da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara. Produto 9: Documento técnico contendo proposta de instrumentos para orientar a seleção das equipes de mobilizadores territoriais para o segundo ano da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara. Produto 10: Documento técnico contendo proposta de instrumentos para promover a capacitação das equipes de mobilização para gestão social que atuarão em todos os territórios no segundo ano da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara. Produto 11: Documento técnico contendo proposta de instrumentos para o exame/ revisão anual das metas, marcos e indicadores definidos no marco lógico do relatório de desenho do Projeto, relacionados ao fortalecimento da mobilização para gestão social nos territórios. Produto 12: Documento técnico contendo análise das ações planejadas e executas no primeiro ano e no decorrer do segundo ano, da segunda fase do Projeto Dom Helder Camara, relacionadas ao fortalecimento da mobilização para gestão social nos territórios. 4

FORMAÇÃO EXPERIÊNCIA Forma de cálculo: 1 (um) ponto por ano de atuação profissional, com pontuação máxima de 10 (dez) pontos. A pontuação será baseada na análise da descrição das atividades de cada experiência profissional constantes do CV apresentado pelo candidato. Graduação em Ciências Agrárias ou Ciências Sociais Aplicadas ou Ciências Humanas. 1ª FASE (caráter eliminatório e classificatório) QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS, A SEREM INFORMADAS NO CURRÍCULO. Será desclassificado o candidato que não atingir o tempo mínimo de experiência. Observações: - Não serão consideradas experiências em estágios; - Docência e trabalhos voluntários, somente serão considerados quando houver ligação com trabalhos práticos e/ou de pesquisa e dentro da experiência requerida; Experiência mínima de 7 (sete) anos em desenvolvimento rural sustentável no semiárido. - Fica desclassificado o candidato que não atingir o tempo mínimo de experiência exigido no TR. EXPERIÊNCIA DESEJÁVEL Forma de cálculo: 1 (um) ponto por ano de experiência, com pontuação máxima de 5 (cinco) pontos. A pontuação será baseada na análise da descrição das atividades de cada experiência profissional constante do CV apresentado pelo candidato. No Projeto Dom Helder Camara na sua primeira fase, e em espaços de diálogo sobre políticas públicas em diferentes níveis (territorial, estadual e nacional) e em projetos e ações voltadas para mobilização para gestão social. PÓS-GRADUAÇÃO (TEMPO MÍNIMO EXIGIDO) Com Especialização: 5 anos Com Mestrado: 4 anos 5

Possuindo o candidato as qualificações de pós-graduação, o tempo mínimo exigido de atuação profissional altera-se para os anos respectivamente indicados na tabela ao lado. Observações: É adotada a seguinte pontuação na fase de avaliação curricular: Com Doutorado: 2 anos - Especialização: 1 ponto; - Mestrado: 2 pontos; - Doutorado: 3 pontos. 2ª FASE (caráter classificatório) TEMAS A SEREM ARGUIDOS NA FASE DE ENTREVISTAS (PONTUAÇÃO MÁXIMA: até 20% dos pontos máximos possíveis. Esta fase se baseará na análise dos critérios descritos, por gestor especialista na área técnica afeta ao TR, a partir de suas percepções sobre o desempenho do candidato) 1. Conhecimento sobre Desenvolvimento Rural no semiárido brasileiro; 2. Conhecimento sobre o papel e a dinâmica dos Colegiados e Conselhos Territoriais; 3. Conhecimento e experiência em articulação federativa, diálogos com a sociedade civil organizada, com instrumentos de planejamento participativo, acompanhamento de projetos e programas voltados para a agricultura familiar e sistemas informatizados de monitoramento e avaliação; 4. Conhecimento sobre projetos, políticas e ações relacionadas ao desenvolvimento do semiárido do Nordeste. 5. Capacidade de comunicação: domínio dos temas, clareza das ideias e argumentação; 6. Disponibilidade para dedicação ao trabalho e viagens. O candidato deverá apresentar os documentos abaixo relacionados: 3ª FASE (caráter eliminatório e classificatório) APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA a) Cópia autenticada da comprovação da escolaridade e dos títulos informados no currículo (diplomas de graduação, pós-graduação, mestrados, doutorados, declarações, etc.); b) Comprovação de inscrição na Previdência Social; c) Declaração assinada negativa de vínculo estatutário e empregatício com a Administração Pública Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal, direta ou indireta, bem como de empregados de suas subsidiárias e controladas; e, d) Comprovação de cada experiência profissional relacionada no currículo apresentado; d.1) A comprovação da experiência por meio de declaração deverá demonstrar também a legitimidade do declarante para assiná-la; d.2) No caso de carteira de trabalho, anexar declaração do empregador que descreva atividades desempenhadas. 6

INSUMOS DESCRIÇÃO DE CUSTOS (SE HOUVER) VALOR DO CONTRATO PRAZO DE EXECUÇÃO SEDE DOS TRABALHOS NOME DO SUPERVISOR APROVAÇÃO DOS PRODUTOS INFORMAÇÕES ADICIONAIS Passagens e diárias de acordo com disponibilidade financeira do projeto. PRODUTO VALOR (R$) CRONOGRAMA DE ENTREGA (MÊS) FORMA DE PAGAMENTO % 1 19.699,20 Mês 2 10% 2 15.759,36 Mês 4 8% 3 15.759,36 Mês 6 8% 4 15.759,36 Mês 8 8% 5 15.759,36 Mês 10 8% 6 15.759,36 Mês 12 8% 7 15.759,36 Mês 14 8% 8 15.759,36 Mês 16 8% 9 15.759,36 Mês 18 8% 10 15.759,36 Mês 20 8% 11 15.759,36 Mês 22 8% 12 19.699,20 Mês 24 10% TOTAL: 196.992,00 (CENTO E NOVENTA E SEIS MIL, NOVECENTOS E NOVENTA E DOIS REAIS). 24 (vinte e quatro) meses. Recife - PE, com disponibilidade para viagem em todo o Território Nacional. GERALDO FIRMINO DA CARGO DO SILVA SUPERVISOR DIRETOR - PROJETO DOM HELDER CAMARA GERENTE ADMINISTRATIVO PROJETO DOM HELDER CAMARA 1. Serão considerados cursos de Pós-graduação lato sensu em nível de Especialização aqueles com no mínimo 360 horas de carga-horária, em conformidade com o Art. 5º da Resolução nº 01, de 08 de junho de 2007, da Câmara de Educação Superior do Ministério da Educação. 2. O Processo de Seleção é composto de 3 (três) fases: a) Primeira Fase: eliminatória e classificatória, consistente na avaliação curricular realizada por Comissão de Seleção, com base nos requisitos estabelecidos no edital perfazendo 80% (oitenta por cento) da pontuação total; b) Segunda Fase: classificatória e eliminatória, consistente na entrevista realizada por ao menos dois servidores da área técnica interessada, com base nos critérios estabelecidos no edital, perfazendo 20% (vinte por cento) da pontuação total, realizada com os 5 (cinco) primeiros colocados por vaga da Primeira Fase; e, c) Terceira Fase: eliminatória e classificatória, consistente na averiguação da comprovação pelo candidato das informações constantes no currículo selecionado na Primeira Fase. 3. A comissão de seleção analisará apenas os currículos que estiverem em conformidade com o modelo estabelecido no Anexo I da Portaria MDA nº 47/2014. 4. Adverte-se, que segundo a Lei nº 9.610/98 e demais normativos que tratam de direitos autorais fica proibida a reprodução de textos de terceiros, somente admitida na forma e limites autorizados por essa mesma Lei Ordinária, e desde que seja realizada em qualquer caso a remissa à obra e declarada à respectiva autoria, quando esta for de conhecimento público. 7