T., acima identificados. ACÓRDÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO N 018.2012.001.881-9/001 Comarca de Guarabira



Documentos relacionados
VISTOS, relatados e discutidos os autos da Apelação Cível, acima descrita: RELATÓRIO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores PAULO GALIZIA (Presidente), ANTONIO CELSO AGUILAR CORTEZ E TERESA RAMOS MARQUES.

ACÓRDÃO AP Fl. 1. DESEMBARGADORA MARIA DA GRAÇA RIBEIRO CENTENO Órgão Julgador: Seção Especializada em Execução

Acorda a Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, por unanimidade, em DAR PROVIMENTO AO RECURSO.

VALDECIR SOARES DOS SANTOS MINISTÉRIO PUBLICO A C Ó R D Ã O

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA GAB. DES. ROMERO MARCELO DA FONSECA OLIVEIRA

VISTOS, relatados e discutidos os autos

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores J. B. FRANCO DE GODOI (Presidente) e JOSÉ MARCOS MARRONE.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

JF CONVOCADO ANTONIO HENRIQUE CORREA DA SILVA em substituição ao Desembargador Federal PAULO ESPIRITO SANTO

AGRAVO EM EXECUÇÃO SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL - REGIME DE EXCEÇÃO COMARCA DE JAGUARÃO

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GABINETE DO EXMO. DES. MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº ( ) COMARCA DE GOIÂNIA AGRAVANTE:

PRIMEIRA TURMA DE CÂMARAS CÍVEIS REUNIDAS MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL Nº 63096/ CLASSE II COMARCA DE POXORÉO

JUSTIÇA ELEITORAL TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL

@ (PROCESSO ELETRÔNICO) GAVA Nº (Nº CNJ: ) 2017/CÍVEL

Supremo Tribunal Federal

VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ANDERSON BAGE FONTOURA A C Ó R D Ã O

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

A C Ó R D Ã O Nº XXXXXXXXX (N CNJ: XXXXXXXXXXXX) COMARCA DE VIAMÃO T.T.T.T... K.K.K... AGRAVANTE AGRAVADO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

1 te-vet PODER JUDICIÁRIO DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA. VISTOS, relatados e discutidos estes autos, em que são partes as acima identificadas:

Superior Tribunal de Justiça

AGRAVANTE: JILSAINE APARECIDA SOARES RELATOR: Juiz Gil Francisco de Paula Xavier Fernandes Guerra (Substituindo o Des.

I - Trata-se de apelação cível interposta contra sentença (ref. mov. 28.1) prolatada em ação de transcrição de assento de casamento, autos nº

AG Nº AG/M S P 102 A C Ó R D Ã O

SUMÁRIO. (Gerado automaticamente pelo sistema.) Doc. 1-23/06/ RELATÓRIO Pagina 2. Doc. 2-07/07/ VOTO Pagina 5

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

A C Ó R D Ã O. ACORDA, em Turma, a Terceira Câmara Civil do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais, NEGAR PROVIMENTO.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. AGRAVO REGIMENTAL NO MANDADO DE SEGURANÇA N CLASSE 22 a - CRISSIUMAL - RIO GRANDE DO SUL.

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº Nº ( ) COMARCA DE GOIÂNIA AGRAVANTE : MARIA SILVANIA LEITE BARROS

Apelante: Otacília Lourenço Rodrigues da Silva

Ordem dos Advogados do Brasil Seção do Estado do Rio de Janeiro Procuradoria

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL

PODER JUDICIÁRIO. São Paulo, 27 de abril de REBOUÇAS DE CARVALHO RELATOR

Tribunal Regional Federal da 3ª Região

RECURSO ADMINISTRATIVO Nº

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores NEVES AMORIM (Presidente) e JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores ELLIOT AKEL (Presidente sem voto), ARALDO TELLES E ROMEU RICUPERO.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

Supremo Tribunal Federal

VISTOS, relatados e discutidos os autos acima

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

LACB Nº /CÍVEL

A C Ó R D Ã O Nº XXXXXXXXX (N CNJ: XXXXXXXXXXX) COMARCA DE PORTO ALEGRE V.J.S... M.P... AGRAVANTE AGRAVADO

Ministério Público do Estado do Amazonas Procuradoria Geral de Justiça 2ª Procuradoria de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Registro: ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

07ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro ( ) E M E N T A

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Nº COMARCA DE SÃO GABRIEL A C Ó R D Ã O

A C Ó R D Ã O. ACORDA, em Turma, a Nona Câmara Cível do Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais NEGAR PROVIMENTO.

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PROCESSO: RO

DLDT Nº (N CNJ: ) 2014/CRIME AGRAVO EM EXECUÇÃO. VISITA POR

ES FADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DF JUSI IÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Vistos, relatados e discutidos os autos.

VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS

DO RIO DE JANEIRO 2ª CÂMARA CRIMINAL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Vistos, relatados e discutidos os autos.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

MARCIAL LUCAS GUASTUCCI A C Ó R D Ã O

VISTOS, RELATADOS e DISCUTIDOS estes autos, em que são

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores GOMES VARJÃO (Presidente), NESTOR DUARTE E ROSA MARIA DE ANDRADE NERY.

Superior Tribunal de Justiça

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL ACÓRDÃO N 193 ( )

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

R E L A T Ó R I O E V O T O

Nº COMARCA DE GUAÍBA A C Ó R D Ã O

Supremo Tribunal Federal

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 24ª REGIÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores FELIPE FERREIRA (Presidente sem voto), RENATO SARTORELLI E VIANNA COTRIM.

3 o. PODER JUDICIÁRIO Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. 'SfPS tf* *W. o: o.

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 23796/ CLASSE II COMARCA CAPITAL

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

JUSTIÇA ELEITORAL TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL

Transcrição:

ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gab. Des. Genésio Gomes Pereira Filho ACÓRDÃO AGRAVO DE INSTRUMENTO N 018.2012.001.881-9/001 Comarca de Guarabira RELATOR: Des. Genésio Gomes P. Filho AGRAVANTE: Pedro Paulo Soares de Andrade ADVOGADO: José Gouveia Lima Neto AGRAVADO: Município de Cuitegi CONSTITUCIONAL e ADMINISTRATIVO Agravo de Instrumento Servidor em estágio probatório Concessão de licença remunerada para realização Mestrado Faculdade da Administração Pública Observância ao interesse do ensino e à dotação orçamentária Ausência dos requisitos autorizadores Desprovimento do Agravo de Instrumento. Consoante art. 34, parágrafo único da Lei n 158/98 que dispõe sobre o Plano de Carreira e Remuneração do Magistério Público de Cuitegi, a licença para aprimoramento profissional é uma faculdade e não um dever da administração municipal, a depender de dotação orçamentária e desde que não haja prejuízo aos alunos, vez que a referida licença, nos termos do mencionado dispositivo legal, "poderá ser concedida por ato do Chefe do Executivo Municipal, respeitando o interesse do ensino e o orçamento específico". VISTOS, relatados e discutidos os autos T., acima identificados. ACORDAM os integrantes da Eg. Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, negar provimento ao Agravo

, de Instrumento, à unanimidade, nos termos do voto do relator e da certidão de julgamento de fl. 146. RELATÓRIO Pedro Paulo Soares de Andrade interpôs Agravo de Instrumento com pedido de atribuição de efeito suspensivo nos autos do Mandado de Segurança com Pedido Liminar, impetrado pelo agravante em face do Prefeito do Município de Cuitegi, com o fim de lhe ser concedida a licença remunerada para aprimoramento profissional. Aduz que foi aprovado no Mestrado Profissionalizante (PROFMAT), do Programa de Pós Graduação em Matemática do CCEN-UFPB, em regime integral, iniciado em março do corrente ano, porém, teve seu pedido indeferido pela administração municipal, em virtude de se encontrar em estágio probatório, bem como pela carência de professores e por não ter dotação orçamentária. Pede a concessão do pedido liminar para que seja deferida a licença remunerada para aperfeiçoamento profissional, nos termos da legislação municipal vigente (lei n 158/98). Pedido liminar indeferido às fls. 77/78. Conforme certidão de fl. 85, não foram prestadas as informações pelo juízo a quo, tampouco houve resposta do agravado. Instada a se pronunciar, a d. Procuradoria de Justiça opinou pelo desprovimento do Agravo (fls. 86/89). Informações prestadas pelo magistrado de primeiro grau (fls. 93/94), com juntada de documentos (fls. 96/141). É o relatório. VOTO Cuida-se de Agravo de Instrumento com pedido de atribuição de efeito suspensivo, interposto nos autos do Mandado de Segurança com Pedido Liminar também impetrado pelo ora agravante, ern face do Prefeito do Município de Cuitegi, com o fim de lhe ser concedida a licença remunerada para aprimoramento profissional. Extrai-se dos autos que o agravante foi aprovado no Mestrado Profissionalizante (PROFMAT), do Programa de Pós Graduação em Matemática do CCEN-UFPB, em regime integral, iniciado em março deste ano, porém, teve seu pedido de licença remunerada indeferido pela Administração Municipal, sob o argumento de que ainda se encontra em estágio probatório, ademais, não haveria professor que pudesse substituí-lo.

Por fim, que não há dotação orçamentária. Como afirmado na ocasião da análise do pedido liminar, consoante art. 34, parágrafo único da Lei n 158/98 que dispõe sobre o Plano de Carreira e Remuneração do Magistério Público de Cuitegi, a licença para aprimoramento profissional é uma faculdade e não um dever da administração municipal, a depender de dotação orçamentária e desde que não haja prejuízo aos alunos, vez que a referida licença, nos termos do mencionado dispositivo legal, "poderá ser concedida por ato do Chefe do Executivo Municipal, respeitando o interesse do ensino e o orçamento especifico". (grifamos) De fato, o agravante é servidor público ainda em estágio probatório, o que, a princípio, inviabilizaria a concessão da licença pretendida. Embora a lei municipal seja omissa quanto à estabilidade do servidor como condição para deferir a licença para aperfeiçoamento profissional, a LC n 58/2003 (lei que trata do regime público dos servidores civis do Estado da Paraíba) é expressa e se aplica aos municípios nos casos de lacunas da lei. Prescreve o art. 20, 4 0 da referida lei estadual: "ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e o afastamento previstos no art. 82, incisos I a IV, e art. 91, bem assim, o afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Estadual". O mencionado art. 91 trata de mandato eletivo. Por sua vez, o art. 82 prevê os casos em que a licença remunerada, poderá ser concedida aos servidores em estágio probatório. São eles: I - por motivo de doença em pessoa da família; II por motivo de afastamento do cônjuge ou do companheiro; III para o serviço militar; IV- para atividade política". Por fim, ressalte-se que a concessão de licença de servidor que ainda não cumpriu o prazo do estágio probatório não se trata de ato discricionário da Administração, pois a lei prescreve, taxativamente, todas as hipóteses em que é possível a concessão de licença ao servidor não estável. Ademais, a lei municipal é clara (art. 34) quanto à faculdade da Administração Pública quanto à concessão desta licença, não sendo, pois, um dever do ente público, o qual deve ter em vista ainda o interesse do ensino e orçamento. Neste sentido, a LC 58/2003 assevera: Art. 88 - Como dispuser legislação específica, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, sem prejuízo da respectiva remuneração, para participar de curso de capacitação, treinamento, reciclagem e aperfeiçoamento.

Sendo assim, impossível conceder o direito perseguido pelo agravante, mormente por meio do presente recurso. Instrumento. Isto posto, nego provimento ao Agravo de É como voto. Presidiu a Sessão o Exmo. Sr. Des. Genésio Gomes Pereira Filho. Participaram do julgamento, o Exmo. Des. Genésio Gomes Pereira Filho, Dr. João Batista Barbosa, Juiz Convocado para substituir o Exmo. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos e o Exmo. Des. Saulo Henriques de Sá e Benevides. Presente ao julgamento a Dra. Jacilene Nicolau Faustino Gomes, Procuradora de Justiça. Sala de Sessões da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, João Pessoa, 22 de outubro de 2012. CÁ_ Des. Gen io Gome Relator eira Filho

TRIBUNAL DE JUSTIÇA Diretoria Judiciária Regturado r r