O SÃO FRANCISCO. Editorial. Nesta Edição



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ÓRGÃO DOS FUNCIONÁRIOS DA FACULDADE DE DIREITO DA USP ANO VI N. 13 Jan/Fev/Mar/2011 Nesta Edição Editorial: Apres entação d o n o vo Coordenador Destaque: Jeannette Antonios Maman, uma homenagem Homenagem aos Funcionários Demitidos pela USP Crônica: Definição de Saudade Reminiscências Franciscanas Saúde: Osteoporose Utilidade Pública: R e c i c l a n d o V a l o r e s : Honestidade O desafio da Gestão de Pessoas Dicas: Nossa Língua Portuguesa Introdução à Informática III AA Emergências Variedades: Eu Indico: Isla Margarita?Quem sou eu?: Antonio Augusto Machado de Campos Neto Reconstituindo Nossa História: Carlos Fernando de Azevedo Sá O que se Faz?: Setor de Comissões Aniversariantes do Trimestre Agenda Cultural ISSN: 1983 862X Tiragem: 500 exemplares 01 02 02 03 04 05 06 06 07 08 08 09 10 10 11 11 12 Os interessados em publicar matérias deverão encaminhá-las ao Serviço Técnico de Imprensa, Sala 110 - Prédio Anexo I (impressa e em arquivo.doc), ou pelo e-mail: jsf.fd@usp.br. Editorial A convite do corpo de funcionários da Faculdade de Direito da USP, formulado pela Comissão de Publicação do jornal e pelo Serviço de Imprensa, assumo as responsabilidades de representar o corpo docente desta Casa na empreitada de publicação do jornal O São Francisco. A profunda alegria em receber e aceitar o convite soma-se à responsabilidade em colaborar para que tais páginas possam servir como instrumento de aproximação entre os diversos setores do Largo de São Francisco, informando o corpo administrativo sobre questões imediatas de seu interesse, mas também servindo como espaço para o aprofundamento do debate a respeito das questões estruturais que envolvem a Faculdade de Direito, a Universidade, a educação pública e toda a sociedade. É preciso passar em vista e reafirmar princípios que nos norteiam. A diferença entre funções, experiências e habilidades não apaga a profunda igualdade que nos une a todos. Funcionários, professores e alunos não podem ser tratados como peças que tenham mais ou menos a dizer a respeito dos destinos de nossa Casa. Suas experiências distintas e suas perspectivas próprias, a partir de suas circunstâncias, são justamente o que enriquece a possibilidade de uma ação viva, dinâmica e constante em favor da construção de novos rumos institucionais. Dar voz qualificada aos funcionários é reconhecer sua valiosa contribuição para repensar a Universidade. Nas Unidades mais tradicionais da USP, o abismo que separa o corpo docente do administrativo é causa de uma profunda mazela de relacionamento. O professor, não se sentindo funcionário, não se sentindo trabalhador, assume uma postura individualista em face dos rumos da própria instituição na qual atua. Privilegiando uma carreira profissional de maior projeção fora dos quadros docentes, sente-se responsável individual pelo seu sucesso, despreocupando-se das lutas políticas que fazem parte necessária da Educação pública brasileira. Neste sentido, nos últimos anos, ressalvadas exceções, os funcionários da USP têm se notabilizado por uma consciência estrutural a respeito dos problemas da própria instituição muito maior que aquele da média do corpo docente e mesmo discente. A preocupação imediata do ensino como consumo suficiente para rumos instrumentais de profissionalização tem tornado a média da luta discente atrelada a pleitos de curta abrangência. O docente, assentado sobre uma ideologia de profissional liberal e mais sensível à convivência e à camaradagem com o próprio poder institucional, tem encontrado maior dificuldade em postular reflexões e ações estruturais a respeito da própria Universidade. O corpo administrativo, também premido por tais contingências, e muitas outras até mesmo mais graves, tem, no entanto, na boa continuidade da vida universitária o atrelamento de sua própria evolução profissional. Não é de espantar, portanto, uma maior politização de parcelas do corpo de funcionários que do corpo docente. No futuro, a história dará reconhecimento a essa chama que se manteve acesa por luta do corpo administrativo da Universidade, lembrando, é claro, a existência de cizânias internas à vida política dos funcionários e também reconhecendo a valorosa resistência de parcelas de alunos e professores conscientes e atuantes. Por essa razão, deve-se pensar na Universidade a partir de uma totalidade. Substituindo na função de Coordenador ao querido amigo, o Professor Eduardo Bittar, que sempre bem impulsionou a representação deste jornal, saúdo a comunidade acadêmica do Largo de São Francisco. Que estas páginas escrevam esclarecimento e verdade que conduzam à abertura de caminhos à Universidade. E que a Universidade e a sociedade se encontrem em prol de um mundo transformado, justo e melhor. Alysson Leandro Mascaro Professor do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito

2 Destaque JEANNETTE ANTONIOS MAMAN, UMA HOMENAGEM A Professora Jeannette Antonios Maman, do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito, completa um ciclo de sua contribuição à Universidade, aposentando-se compulsoriamente neste mês de abril de 2011. Professora de Filosofia do Direito, humanista, sensível às causas sociais, a justa homenagem dos funcionários ao seu trajeto se faz necessária. Foi aluna e orientanda de doutorado de Aloysio Ferraz Pereira, que iniciou as reflexões heideggerianas no Largo de São Francisco. Na vida universitária, notabilizou-se por compartilhar dos horizontes dos movimentos sociais. Feminista, ligada aos grupos de resistência, foi uma das poucas, dentre os docentes desta Academia, a estar sempre ao lado dos funcionários nas greves gerais realizadas e sempre até o seu final. Funcionários, alunos e professores progressistas reconhecem seus méritos de luta política, quase sempre contrastante com a maioria da própria Instituição. Na greve de 2000, lá estava ela nos bancos de frente O Moço, junto ao Professor Alaôr, além de ter paralisado suas aulas e solicitado aos alunos que aderissem à greve. Alysson Leandro Mascaro, Professor do DFD, assim se exprime: Quando aluno de graduação desta Casa, Jeannette Antonios Maman foi minha professora de Filosofia de Direito. Tive a honra de ter sido seu assistente por muitos anos. Pensadora aguerrida, altamente crítica, catalisou uma geração de jovens estudantes num momento de apogeu do conservadorismo e do neoliberalismo. Suas reflexões repousam sobre uma mirada existencial de longa capacidade e abrangência. No campo da teoria, perfilhouse ao lado de uma leitura do direito não-tecnicista. Seus estudos, baseados em Heidegger, buscaram captar a hermenêutica da situação existencial. Não se pode pensar o direito a partir de abstrações, mas sim de sua vida concreta, situacional, contraditória e rica de possibilidades. Nas palavras da Professora Lidia Reis de Almeida Prado, amiga e colega no DFD: colega de Departamento de Jeannette Antonios Maman há muitos anos, venho testemunhando a enorme dedicação por ela conferida aos estudantes, durante a sua longa e fértil atividade de magistério. A professora faz parte daquele rol de raros mestres, para quem dar aula não é apenas cumprir a tarefa institucional de transmitir um conteúdo programático engessado, mas sim, influir de modo decisivo na formação integral dos alunos, despertando-os para a contínua busca de uma existência com liberdade. Algumas palavras de Jeannette aos funcionários administrativos da Velha Academia: A gentileza das equipes da Revista e do Jornal O São Francisco me fizeram sair do casulo silencioso que precede a minha aposentadoria. É assim que aqui falo a vocês. Aposento-me, mas não os deixo. Continuarei meu trabalho de professora, orientadora e colaboradora. Estarei nas suas fileiras, tentando despertar alunos e comover professores. Quero agradecer a todos e a cada um, sem vocês nosso trabalho não seria possível. Um curto diálogo caracteriza minha presença entre vocês. Estava eu no elevador dos professores, com dois funcionários, quando um deles me perguntou: A senhora é do Sindicato não é? O outro, um pouco desconcertado, disse: Não. Ela é professora. Ao que eu acrescentei: Mas é como se eu fosse... Estamos do mesmo lado! Sinto por todas as coisas que sabemos estarem em curso. Sentimos um pouco a nossa fraqueza, mas é preciso resistir e ter atitudes resolutas. Conviver com vocês foi gratificante, na sempre calorosa troca dos mais humanos sentimentos. Agradeço muito, muito, a todos. Nomeá-los seria correr o risco de pecar por falta, se a memória falhar. A cada um de vocês, os que aqui continuam, os que se aposentaram ou se foram, meu forte abraço. Humanista, sensível, é, além de jurista e filósofa, artista plástica. Seus quadros já mereceram muito destaque nos setores especializados. Após sua aposentadoria, permanecerá com o vínculo imediato de orientação de alunos de pós-graduação, tanto no mestrado quanto no doutorado. Ao corpo de funcionários da Casa, será sempre uma valiosa e importante conselheira, que agora recebe, de todos, justa homenagem. Da Redação HOMENAGEM AOS FUNCIONÁRIOS DEMITIDOS PELA USP É difícil homenagear pessoas. Quando se pretende falar de uma pessoa individualmente, a tarefa se mostra mais tranquila. Todavia, de maneira coletiva fica mais difícil. Entretanto, tentar é a alternativa que se mostra mais correta. O serviço público cumpre relevante papel para o desenvolvimento do País, visto ter por finalidade atingir os objetivos do Estado, ou melhor, da sociedade brasileira e nessa trilha, importa breve referência ao fato de que são os funcionários que colocam em movimento as engrenagens do aparelho administrativo. No contexto da Universidade de São Paulo, os servidores públicos que dedicaram parte de suas vidas, desempenhando seu trabalho em prol da instituição merecem homenagens, pois ajudaram na construção de uma universidade melhor. Estes assumiram a condição de funcionário público, cumprindo seus deveres, cuja função, por vezes, não se restringiu apenas ao simples cumprimento de suas atribuições. A estes funcionários, cujo labor foi desempenhado com presteza e eficiência, o nosso respeito pela importância de cada um na construção da história desta Instituição.

3 Destaque Interessa ostentar a estes funcionários, a nossa especial gratidão pela sua colaboração, pelo trabalho que realizaram com dedicação, pois no decorrer do exercício de suas funções pautaram-se pelos princípios da confiança, da virtude e da competência. Assinale-se a notável importância desses profissionais para o funcionamento harmônico do serviço público prestado no âmbito desta Universidade. A estes, pela relevância de sua contribuição para as melhores conquistas da instituição durante anos, nosso reconhecimento. Ademais, o nosso carinho a estes que prestaram sua contribuição, de forma ética, que desempenharam com esmero suas funções, que honraram o cargo de servidor público, visando sobretudo alcançar os objetivos institucionais, que, se verificado deve ser o objetivo da sociedade como um todo. A fonte de energia motivadora destes funcionários foi a de ter como recompensa - ao final do dia de trabalho - a satisfação do dever cumprido; portanto, válido ter sempre em mente a relevância do serviço que prestaram à Universidade. Ora, é singela e sincera a presente homenagem - todavia necessária, porque justa e merecida, mormente aos funcionários recentemente desligados da Universidade com o escopo de promover a valorização destes e de todos os demais funcionários da Universidade, com votos de motivação e renovação em suas vidas. Por derradeiro, cabe ressaltar o agradecimento às horas de trabalho dedicadas à Universidade; no esmero de suas funções eles carregam a certeza de terem honrado o cargo de servidor público. Além disso, neste território viveram momentos de alegria e outros momentos nem tão alegres, porém compartilhados com colegas e amigos. Conforme salienta o conferencista Tadeu Comerlato: Ser Servidor Público é ver mais do que os olhos vêem; ouvir mais do que os ouvidos ouvem; sentir mais do que o coração sente. O serviço público é mais que uma simples profissão: é uma missão. Neurilene Gomes (Imprensa) Crônica DEFINIÇÃO DE SAUDADE Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além. Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano! Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção. Tio, disse-me ela às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida! Indaguei: E o que a morte representa para você, minha querida? Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos; com elas, eu procedia exatamente assim.) É isso mesmo. Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira! Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou a visão e a espiritualidade daquela criança. E minha mãe vai ficar com saudades emendou ela. Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei: E o que saudade significa para você, minha querida? Saudade é o amor que fica! Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica! Meu anjinho já se foi há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu. Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa.

4 Crônica Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno. ATITUDE É TUDO!!! Seja mais humano e agradável com as pessoas. Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha. - Viva com simplicidade. - Ame generosamente. - Cuide-se intensamente. - Fale com gentileza. - E, principalmente, não reclame! Dr. Rogério Brandão (Médico oncologista) Texto encaminhado por Maíra Cunha (Biblioteca) REMINISCÊNCIAS FRANCISCANAS Eu o incluo na galeria das grandes personalidades da História da Academia de Direito: o Professor Catedrático Manoel Pedro Pimentel, titular da cadeira de Direito Penal. À Turma de 1969, ingressantes do ano anterior, o privilégio de tê-lo, no segundo ano, orientador dessa disciplina fascinante. Nesse período, o Catedrático se tornara secretário da Segurança Pública do Estado. Os bedéis, enfatizando o senhor Paulo, eram orientados a providenciar, antes do início das aulas do Catedrático, um copo que brilhava de água mineral. Particularmente, não perdia por nada sequer uma aula do Professor Pedro Pimentel. Na turma, a colega Reni de Oliveira que sempre preferia sentar-se ao meu lado. Certa vez, a então moça - que no fundo era uma das mais velhas da ala feminina - resolvera sair rapidinho entre os intervalos das aulas; voltou rapidinho também, portando um saco plástico transparente... e no seu interior um peixinho dourado, mas bem dourado mesmo, semelhante ao metal nobre, o ouro. Delicadamente, colocou-o no copo que brilhava. O bedel já havia, cuidadosamente, posicionado o copo rigorosamente centrado em pires; este, esbranquiçado como neve: superlimpo! Lembro que a sala, em formato de arena no terceiro andar do Prédio histórico, fez com que a moça, que não era tão moça, Reni, afobada e atropelando toda a fileira conseguisse se acomodar. E ao meu lado! A posição da localização Crônica desta determinada fileira, na qual ambos nos encontrávamos junto aos demais acadêmicos era a última. Sendo a última fileira, assistíamos de maneira confortável às aulas e ainda vendo com privilégio a presença de professores a dissertar matérias doutrinárias. Não estávamos em uma Escola qualquer; já naquela época a Academia de Direito do Largo de São Francisco era a terceira melhor Faculdade de Direito do mundo! As estrelas jurídicas brilhavam tanto no interior das Arcadas quanto no Exterior; neste elenco, o Professor Manoel Pedro Pimentel que, ao entrar na cátedra esbanjando sua marcante personalidade, tentou se acomodar. Todavia, ao perceber o peixinho dourado pulando desesperadamente dentro do copo d água, fizera com que o Professor se sentisse totalmente desconfortado. As lentes do Professor eram escuras, nos moldes do modelo RayBan, as quais tornaram-se embaçadas, mesmo porque se sentira ofendido. E respeitosamente solicitou que o autor daquela façanha se levantasse, alegando que caso isso se sucedesse nenhuma repercussão aconteceria, dada a curiosidade do Catedrático em conhecer a autoria daquela brincadeira. Mas o cheio de graça que não teve graça alguma não se apresentara. As gargalhadas iniciais silenciaram imediatamente. A paciência se esgotara, quando o prazo de cinco minutos acabou. O autor que tivesse posto o peixinho dourado no copo d água teve a chance de nesses cinco minutos se apresentar, o que não aconteceu. Muitas vezes olhei para a Reni de Oliveira. A moça, que era uma das mais velhas da turma das acadêmicas, se recusara terminantemente a assumir a autoria! E o Catedrático Pedro Pimentel recusara a dar aula nesse dia; chocado saiu da sala. Tive a chance de perguntar a ela o porquê de não se apresentar. Ela não respondeu: chorou de vergonha. A felicidade ou a sorte dela era que somente eu havia visto a sua façanha, embora compartilhada com a acadêmica Giselda Maria Fernandes Novaes, porque éramos confidentes desde o ano anterior. Aliás, a Giselda estava única e exclusivamente preocupada com o destino do peixinho dourado. Criou o maior problema com o senhor Paulo, bedel, para que entregasse a ela o pequeno dourado e tratou de devolvê-lo ao aquário que ficava no Largo de São Francisco, em frente da velha Academia. Uma cena marcante na vida acadêmica, mas muito mais com relação à Reni de Oliveira foi a de saber que ela se suicidara; claro que não foi pelo motivo de ter posto um peixinho dourado num copo d água do Catedrático Manoel Pedro Pimentel. Mas essa história - que Deus a tenha Reni - nunca mais vou esquecer! Em tempo, em 1974 fui classificado para o Mestrado e o querido e saudoso Catedrático Manoel Pimentel como orientador na área de Direito Penal, após rigorosa entrevista que dela dezenas de colegas participaram para número pequeno de vagas. Antonio Augusto Machado de Campos Neto (Imprensa)

5 Saúde OSTEOPOROSE O melhor remédio é a prevenção A Osteoporose é uma doença óssea bastante comum que, segundo a Federação Nacional de Associações de Pacientes e de Combate à Osteoporose, atinge uma a cada três mulheres e um a cada cinco homens com idade média de 50 anos. É uma doença que se caracteriza pela diminuição da massa óssea; os ossos ficam ocos, finos e, portanto muito frágeis e suscetíveis à fratura. Muito silenciosa, demora a se manifestar e geralmente só é diagnosticada após a ocorrência de fraturas ou existência de dores, o que significa que a doença já está em estado avançado. Para compreendermos o quanto essa doença é grave e antes de falarmos do diagnóstico, do tratamento e da prevenção, é melhor entendermos qual a importância do osso em todo o conjunto que é nosso corpo. Aparentemente simples, o osso tem funções complexas e vitais e assim como tudo em nosso organismo está em constante renovação. Junto com os músculos, o osso é responsável pelos movimentos, armazenamento e liberação de vários minerais no sangue; produção de células sanguíneas (hemácias e plaquetas), armazenamento de triglicérides (reserva de energia). É nele que fica depositada a maior quantidade de cálcio existente em nosso organismo, cerca de 99%. Todo esse sistema esquelético, composto de 206 ossos, na fase adulta, tem funções muito importantes em nosso organismo: protege os órgãos vitais como o cérebro, o coração e os pulmões, funcionando praticamente como uma armadura; armazena minerais e íons; com a ajuda dos músculos possibilita a mobilidade do corpo e produz células sanguíneas. Mas o que provoca o aparecimento da Osteoporose? Embora existam dúvidas quanto às causas do aparecimento da Osteoporose, a forma como ela se desenvolve é bastante clara. Como já dissemos anteriormente, o osso é um material que está constantemente se renovando e é o equilíbrio dessa atividade que garante que ele continue forte e saudável. Desde o útero até aproximadamente 25 anos essa renovação costuma ser equilibrada, ou seja, a absorção do osso chamado velho (atividade osteoclástica) e formação do osso novo (atividade osteoblástica) são relativamente iguais. Até essa idade atingimos o nível máximo da densidade óssea, o que significa que geramos mais osso do que perdemos. Geralmente, após os 30 anos, o processo se inverte e passamos a perder mais massa óssea do que produzir. Quando essa perda é muito acentuada desenvolveu-se a Osteoporose. Embora exista o costume de relacionar a doença às mulheres, a Osteoporose pode afetar também homens e até crianças. Nas mulheres a perda da densidade óssea começa a se manifestar a partir da pré-menopausa, pois é nessa fase da vida que acontece a diminuição da produção de estrogênio, hormônio responsável pela fixação de cálcio nos ossos. Para os homens a idade avançada e o sedentarismo são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento da doença. Em ambos os casos ela pode ser classificada como primária (tipo I e II) ou secundária e raramente significam risco de morte. A Osteoporose primária, tipo I, aparece na fase pósmenopausa e a do tipo II ou senil está diretamente relacionada ao envelhecimento, e ambas atingem frequentemente a coluna, o colo do fêmur, o pulso e as vértebras. Já a secundária pode surgir devido a processos inflamatórios, alterações hormonais, como o hipertireoidismo; doenças renais, gastrointestinais e pulmonares; hereditariedade, sedentarismo, imobilização prolongada, consumo de álcool ou uso excessivo de algumas medicações que contenham corticóides, heparina e vitamina A. Existem dois tipos de Osteoporose pediátrica: a Forma Infantil Maligna (FIM) é muito grave quando é herdada de ambos os pais. Pode ser diagnosticada ao nascer e normalmente leva ao óbito e a Forma Intermediária (FI) atinge crianças menores de 10 anos, é menos grave que a FIM, mas é muito mais agressiva que a forma adulta. É importante lembrar que em todos esses casos os doentes estão sujeitos a fraturas. Quanto ao diagnóstico, a Densitometria Óssea é o exame mais utilizado, porém existem outros como: a Ultraonometria óssea, o RX, a Histomorfometria e provas laboratoriais também são exames que auxiliam na detecção da doença. Além dos exames clínicos devem-se levar em conta alguns fatores que podem ser responsáveis pela perda de massa óssea para se chegar a um diagnóstico, que são os seguintes: raça branca, vida sedentária, menopausa, idade, baixa estatura, fratura espontânea prévia, hereditariedade e alergia à lactose. Portanto, é indicado que: mulheres na fase da menopausa, pessoas com mais de 65 anos ou quem sofre fraturas espontâneas, realizem pelo menos uma vez por ano um exame para diagnóstico e prevenção da Osteoporose. Por ser uma doença praticamente irreversível, o melhor mesmo é se dedicar à prevenção. O que é muito simples. Alimentação saudável rica em cálcio: mineral encontrado em derivados do leite, vegetais verde-escuro, amêndoas e peixes; a ingestão de vitamina D (importante para a absorção do cálcio); atividades físicas moderadas e banhos de sol são essenciais para prevenir o aparecimento da doença e amenizar seus efeitos. Não esquecendo que o cigarro, o álcool, o sedentarismo e até o excesso de café podem significar um agravante para quem faz parte do grupo de risco. Após o diagnóstico positivo o tratamento deverá ser feito à base de ingestão de cálcio e vitamina D, atividade física e alimentação balanceada, reposição hormonal (para as mulheres na pré-menopausa) e a critério médico a indicação de medicamentos específicos que auxiliam na reabsorção de cálcio. Diagnosticada a doença deve-se evitar os riscos de fraturas, principal causa de mortes decorrentes da Osteoporose, pois a calcificação do osso é muito lenta e em alguns casos a cirurgia é necessária. A recuperação exige longo período de repouso, o que pode acarretar outros problemas à saúde do paciente. Portanto, se o diagnóstico de Osteoporose for positivo tomem os seguintes cuidados: - retirem os tapetes da casa para evitar acidentes; - não usem ceras, pois elas tornam o piso muito escorregadio; - diminuam a ingestão de café e bebidas alcoólicas; - reduzam drasticamente o uso de cigarros; - fiquem atentos ao tipo de calçado a ser usado; - cuidem da alimentação; nunca é tarde para aprender a comer melhor; - protestem, nossas calçadas são verdadeiras armadilhas prontas para causarem acidentes; - pratiquem exercícios físicos de acordo com a recomendação de seu médico; e - ame muito, sorria mais e perdoe sempre, isso faz com que tudo em nosso corpo funcione melhor. Saúde! Ana Rita Alves Meneses Lima (Imprensa)

6 Utilidade Pública Reciclando Valores: HONESTIDADE Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade. (Sócrates) E continuamos nossa saga em busca dos valores perdidos por essa sociedade líquida, superficial e materialista que nos governa. É uma tarefa difícil caminhar na contramão da história, resgatando valores quando somos incentivados e quase obrigados a perdêlos. Desde a infância se é levado mentir, a culpar e julgar os outros, pois assumir a responsabilidade de um ato equivocado significa ser castigado. Portanto, a desonestidade cresce par e passo com a irresponsabilidade, gestando cidadãos deficientes cívicos. E assim, chamamos desonestos os ladrões, os corruptos e corruptores, os políticos, os usurpadores do poder, os exploradores, os etc. e tal, esquecendonos de que o mundo é um reflexo de nós mesmos. O que está lá fora está também dentro de nós e por isso existe. Não é a ocasião que faz o ladrão, mas sim a predisposição de roubar e a impunidade de que tanto se fala não é da Justiça brasileira ou de que país seja. A impunidade é da nossa própria consciência, da nossa falta de ética e escassez de valores morais. Praticam-se rotineiras desonestidades que de tão comuns não são mais vistas como desonestas. Porém, o que as difere das grandes desonestidades é tão somente o montante ou a proporção do golpe. Colar em uma prova, comprar gabaritos em concursos, sonegar impostos, tentar beneficiar-se das brechas da lei, subornar o guarda de trânsito (ou se deixar subornar), colocar as multas em nome de outras pessoas para não perder a carteira de habilitação, dirigir alcoolizado, dirigir acima da velocidade permitida, aproximar-se das pessoas com segundas intenções, manipular pessoas para tentar levar vantagem, vender ou comprar votos (isso inclui votar por interesses pessoais e não pelos coletivos), cobiçar homem ou mulher comprometidos, trair a outra parte, mentir ao chefe quando chega atrasado, mentir aos pais ou esses aos filhos... Enfim, uma infinidade de pequenos atos, mas que têm a mesma raiz. O vocábulo Honestidade remete-nos a um rosário de termos que os dicionários relatam como: honradez, dignidade, probidade, decoro, decência..., mas no âmago do termo o que realmente significa ser honesto? Honestidade não se restringe a ser leal com o outro, visto que seja este apenas o enfoque social dessa virtude. Mas até que ponto somos honestos conosco mesmos, subjugados que estamos a conceitos e preceitos externos, impostos de fora para dentro, a fim de que sejamos aceitos como seres normais? Ser honesto consigo mesmo é ser autêntico, é não criar uma falsa imagem para agradar, para ser aceito ou para não enfrentar o julgamento do outro. Mas quem de nós pode ser autêntico sem ferir dogmas, preceitos e preconceitos sociais e, ou, religiosos? Quem de nós tem a coragem de sustentar ser o que é e enfrentar um exército de detratores, juízes e donos de uma verdade relativa que nos foi imposta ao longo dos séculos? O problema é que, ao sermos obrigados a ser desonestos socialmente - portanto, sendo desonestos com nossa própria essência -, mutilamos nossa alma, nossa verdade interna, e nos tornamos um conjunto de máscaras que se mostra de acordo com a conveniência. Em casa somos uma máscara; no trabalho somos outra; no convívio social outra; outra mais nos relacionamentos afetivos... No final de tudo, perdemos a noção de quem realmente somos, perdemos o centro de equilíbrio, o que nos fere profundamente, ainda que não nos demos conta disso. E essa ferida é exposta em forma de doenças físicas e, ou, psíquicas. Somos parte de um sistema consumista, imediatista, competitivo e superficial que nos obriga a sermos desonestos com tudo e com todos, por uma questão de sobrevivência. Não podemos ser coerentes com nossa forma de pensar nem de sentir, somos constantemente obrigados a falar ou agir em desacordo com o que está dentro de nós, porque temos uma competição cotidiana a vencer. Assim, nos tornamos marionetes e reféns de uma rede de verdades relativas ditadas de uma fonte externa e em desacordo com nossa essência. Enlouquecemos. É o que se vê por aí... Felizes? Jamais. Apenas imbuídos de ilusões de felicidade e ansiedades que descarregamos nos divãs de analistas, nos antidepressivos e nos vícios de toda sorte. Conceição Vitor (Imprensa) O DESAFIO DA GESTÃO DE PESSOAS A palavra gestão significa um conjunto de tarefas, de atividades de planejamento, organização e controle, no qual os recursos (financeiros, humanos, materiais e tecnológicos) que a organização dispõe são alocados de forma a atingir os objetivos predeterminados. Este texto trata especificamente do gerenciamento de um tipo de recurso sob responsabilidade dos gestores, e que tem sido um dos maiores desafios para administração: as pessoas. O conceito de Gestão de Pessoas é atual. Surgiu após o significativo impacto da Revolução Industrial, onde

O SÃO SÃO FRANCISCO ANO ANO VI VI -- N. N. 13 13 77 Utilidade Pública o progresso deste setor possibilitou a valorização do ser humano no âmbito organizacional, pois era necessário buscar equilíbrio entre empresa e subordinado. E qual é o papel do superior (chefia) no alcance deste equilíbrio? Incentivar os seus funcionários a trabalhar em prol do alcance dos objetivos organizacionais e a procurar aprimoramento intelectual, profissional e pessoal. Atualmente, o ambiente empresarial é repleto de transformações, concorrência acirrada, incertezas e dificuldades. E, sobretudo, para a Gestão de Pessoas, surge um cenário extremamente desafiante. Quem ocupa posição de liderança, muitas vezes, precisa tomar decisões difíceis em prol da sobrevivência da empresa no mercado. Seguem abaixo alguns dos desafios enfrentados pelos gestores de pessoal: - demissão de colaboradores devido à redução de despesas e gastos; - contratação de mão- de- obra qualificada e com múltiplas competências, que auxilie a empresa a se manter atuante e competitiva; - treinar e capacitar o funcionário, fazendo com que ele esteja a par das tendências do mercado; - estimular a gestão do conhecimento e a capacidade de adaptação às mudanças; - aplicar a administração participativa, estreitando relacionamento com seu subordinado e entendendo suas idéias e expectativas; - interligar objetivos organizacionais com objetivos pessoais; - proporcionar programas de qualidade de vida aos funcionários; - descentralização da área de Recursos Humanos; - inserir o ser humano como ferramenta essencial no alcance do sucesso empresarial; - aprimorar o plano de carreira da empresa e implantar programas de benefícios como forma de compensação e contribuição aos resultados atingidos; - tornar-se conhecedor das ferramentas de tecnologia de informação que facilitem a gestão de pessoal; - fazer com que administração de recursos humanos sempre esteja inserida no planejamento estratégico da organização; - incentivar a criação de uma empresa socialmente responsável. Para concluir, após o detalhamento do conceito de Gestão de Pessoas e seus respectivos, percebe-se a sua relevância e sua contribuição para que as empresas se mantenham fortes, atuantes e capazes de atender às necessidades de um mercado cada vez mais mutante e exigente. Amanda Vieira Ferrari (Secretaria de Pós-Graduação) Dicas NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA Leitor, opine se está correta a frase "Clique aqui e confira as obras que você pode concorrer". O problema reside na expressão "que você pode concorrer" onde o "que" é pronome relativo (e, assim, pode ser substituído por quais). O pronome relativo depende totalmente da regência do verbo ao qual se liga. Desse modo, se vai ou não haver preposição antes do pronome, ou qual vai ser essa preposição, tudo depende do verbo que está sendo completado por ele. Vejam-se os seguintes exemplos: a) "Editou-se uma lei em que acreditamos, com que simpatizamos e por que lutamos" (assim se diz, porque o correto é acreditar em, simpatizar com e lutar por); b) "Fazer da aplicação da lei a arte de distribuir justiça é o ideal a que aspiramos, com que simpatizamos e em que nos comprazemos" (e isso porque se diz aspirar a, simpatizar com e comprazer-se em). Exs.: a) "Atualmente, os meios de que dispomos..."; b) "Fui traído pelos amigos em quem mais confiava"; c) "... em relação àquele a quem devia respeito e admiração"; d) "É um monumento de que todos os brasileiros se orgulham" (dispor de, confiar em, dever respeito e admiração a, orgulhar-se de). Com essas observações, anota-se que quem concorre, concorre a. Se há um auxiliar, não varia a regência do verbo: quem pode concorrer, pode concorrer a. "Clique aqui e confira as obras que você pode concorrer" (errado); II) "Clique aqui e confira as o- bras a que você pode concorrer" (correto). Cf. SILVA, A. M. de Sousa e. Dificuldades Sintáticas e Flexionais. Rio de Janeiro: Organizações Simões Editora, 1958, p. 230-233. Colaboração enviada por Fabiana Natália (Diretoria) Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia... Pois o triunfo pertence a quem se atreve (Charles Chaplin)

8 Dicas INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA - III MEMÓRIA RAM O que seria isso? Abreviação do inglês Random Access Memory, ou traduzindo: Memória de Acesso Aleatório. É a memória principal de um computador, usada pelo processador para armazenar o que está sendo processado. Ou seja, se você está digitando um texto no Word, ou uma planilha no Excel, ou jogando paciência, você está utilizando a memória RAM, ela é a memória de trabalho, ela que vai determinar quais atividades o processador poderá executar. Ela é volátil, ou seja, os dados são apagados ao desligarmos o computador. Para não perdermos as informações fazemos recurso de outros tipos de memórias, as memórias de massa, como por exemplo: Disco Rígido (HD), DVD s, CD s, Pendrives, Disquetes, etc. Carlos Morimoto, criador do Linux Kurumin, tem uma frase interessante: Para compreender a diferença entra a memória RAM e a memória de massa, você pode imaginar uma lousa e uma estante cheia de livros com vários problemas a serem resolvidos. Depois de ler nos livros (memória de massa) os problemas a serem resolvidos, o processador usaria a lousa (a memória RAM) para resolvê-los. Assim que um problema é resolvido, o resultado é anotado no livro, e a lousa é apagada para que um novo problema possa ser resolvido. Ambos os dispositivos são igualmente necessários (in Manual de Hardware Completo 3º ed. - Carlos E. Morimoto página 18). Eu tenho outro exemplo, você tem um compromisso inadiável, bem no dia em que na TV vai passar algo imperdível: O jogo do Corinthians. Você se desespera, mas precisa realmente ir nesse compromisso. O que faz? Resolve gravar o jogo. Aonde? Na TV? Só se sua TV tiver um HD (disco de gravação) interno, o que é raro; há TV s com esse recurso, mas são a grande minoria das TV s. Onde gravaria então? Se você tiver um antigo equipamento de VHS (vídeo K7), ou um gravador de DVD, acoplado a sua TV, poderia fazer essa gravação. Precisa também da fita Dicas de VHS, ou a mídia de DVD e fazer a programação do aparelho para o horário do jogo. Isso porque sua TV é como se fosse a memória RAM, não guarda as informações que passam por ela. O disco de DVD é sua memória de massa que guarda as informações. E o leitor e gravador de DVD é o seu Drive. Quando volta para casa, não quer nem saber quem ganhou, vai assistir ao jogo; mas, onde você gravou? Na Globo!? Não, você gravou em um DVD. A Globo não é uma memória de massa. O disco de DVD sim! Ao dar um PLAY, a informação é enviada para a TV e o Timão entra em jogo. No caso do computador, a informação encontrada no CD, DVD, pendrive, ou outra memória de massa, quando executada, através de dois cliques, ou com a tecla ENTER, sobre ele selecionado, faz com que o arquivo seja carregado na memória RAM, onde através do aplicativo designado para ele, faz-se a leitura do mesmo. Os sistemas operacionais podem ainda utilizar uma parte do disco rígido, como se fossem memória RAM, o nome desse recurso é Memória Virtual. Esse recurso serve para ajudar caso a memória RAM esteja sendo muito utilizada, mas torna o processo muito mais lento, porque a memória RAM é muito mais rápida que o disco rígido. É normal sua máquina estar lenta e um técnico dizer que precisa de mais memória, pois esta é a memória RAM. AA EMERGÊNCIA Joel Simberg (Informática) O SAMU Serviço de A- tendimento Móvel de Urgência lançou a idéia de se cadastrar em celulares o número da pessoa a ser contatada em caso de emergência, cujo nome deverá ser precedido do código AA. As letras AA são para que esse contato apareça sempre em primeiro lugar na lista de contatos. Tal procedimento facilita a atuação do serviço de emergência na localização de parentes ou responsáveis pelas pessoas acidentadas. Maiores informações: http://www.samu192.com.br Sugestão de Nádia Ferreira Lima (Biblioteca)

9 Variedades EU INDICO: ISLA MARGARITA Se voares pelas correntes certas, não precisarás bater asas. (autor Desconhecido) Para quem quiser conhecer e se aventurar em novos horizontes, eu indico mais um paraíso, do qual tive o prazer de desfrutar em minhas férias de 2010. O mar caribenho é, para muitos, um sonho distante, talvez pelo percurso ou pelo valor da viagem, mas nessa coluna, definitivamente, demonstrarei que não é bem assim. O sonho é mais do que possível e acessível a todos os bolsos. Decidi conhecer Isla Margarita. Uma ilha na América do Sul pertencente à Venezuela, situada no mar do Caribe, a nordeste de Caracas, a capital do país, e habitada por cerca de 420 mil pessoas. É um dos principais destinos turísticos da Venezuela, conhecido por sua beleza natural, rodeada de belas praias e paisagens deslumbrantes. É um excelente local com o melhor da natureza para reconfortar a alma, onde tudo é perto. Para fazer essa viagem não é necessário visto, porém, o passaporte é indispensável para adentrar na terra de Hugo Chávez, e então, comprar uma passagem de avião até Boa Vista (Roraima) ou Manaus (Amazonas) e depois uma passagem na rodoviária pela empresa Eucatur com destino a Puerto La Cruz, na Venezuela. O valor é de R$ 200 reais, neste caso, partindo de Manaus; mas se preferir ir direto para Boa Vista, a passagem custará R$110 reais. O tempo de viagem é de aproximadamente 20hs. Durante o trajeto, pode-se cambiar dólares ou reais pela moeda venezuelana (Bolívares fuertes) na Rodoviária de Pacaraima (cidade fronteiriça entre Brasil e Venezuela). A cotação é de um dólar para 8000 bolívares e um real para 4000 bolívares (para não se confundir, corte os três zeros finais). Note que nosso dinheiro vale quatro vezes mais, portanto, com 500 dólares você é uma figura importante, com 1000 dólares você é rei na ilha. Que seja sempre sol/ que tenha sempre som/ que mesmo sendo só/ não seja solidão. (Forasteiro desconhecido) Chegando à cidade de Puerto La Cruz, há duas opções até a ilha caribenha: Em um vôo de 35 minutos ou em 4hs pelo ferry-boat. A propósito, um navio bem confortável pelo preço de 80 bolívares (cerca de R$ 20 reais) e pronto, você está no caribe venezuelano. Pegue um autobus ou um táxi para Porlamar (centro comercial da ilha). Variedades Embora o país seja controlado pelo regime socialista, não há com que se preocupar em relação ao Exército venezuelano (conhecidos como Caballas), mesmo porque a ilha faz parte da oposição ao Gorverno, tornando-se um paraíso, além das belas praias, também, para o consumo. Podese adquirir produtos importados originais de diversas marcas famosas com a redução de até 75% do seu valor de mercado. A cota para gastar é de 4000 dólares, bem diferente do Paraguai, que é de 300 dólares. Para tanto, há um shopping chamado Sambil, com tudo que se queira comprar, mas não deixe de conhecer neste mesmo lugar, o Hard Rock Café Margarita, um bar famoso em todo mundo e bem barato (uma dose de Jack Daniels sai por cerca de R$ 5 reais). O amor é o desejo das coisas belas. (Anônimo) O povo venezuelano, como na maioria dos outros lugares, adora os brasileiros, mas diferente do que pensamos, o esporte preferido deles é o beisebol. Apenas, evite hablar sobre política, pois é um assunto delicado com divisão de opiniões, e que por fim, não nos diz respeito. A Venezuela é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, portanto o transporte é bem barato. Com apenas 4Bfs (1 real), você irá a qualquer parte da ilha, ou se preferir, com cerca de 60Bfs (R$15 reais) diversos táxis circulam pelo bairro, como Landau, Galaxi, Impala, Mustang, entre outros, onde carros antigos e novos se misturam pelas calles da ilha. Quanto à hospedagem, há hotéis bons e baratos com diárias de 120Bfs (R$30 reais) com ar condicionado e tv a cabo. Eu indico o Hotel Canadá na calle Igualdad, em Porlamar, sem luxo, porém limpo e seguro. Com relação às praias, você não pode deixar de conhecer destinos como: Playa Parquito, Punta Arena, Manzanino, Yaque e Juan Griego, porém, caso queira se aprofundar ainda mais nas águas caribenhas, vá até um bairro chamado La Isleta e pegue uma lancha por 40Bfs (R$10 reais) com destino a Isla de Coche, que é simplesmente, um lugar fascinante. Para encrementar essa coluna, citarei algumas gírias do vocabulário venezuelano que aprendi durante a viagem: Chévere: bueno, agradable: legal em português Bolos: diminutivo de bolívares (moeda nacional ) Gozar um puyero: disfrutar, divertirse, sentir placer Bucear: paquerar em português Brahmear: tomar cerveja Curda ou birra: cerveja Pinga: órgão sexual masculino Pato, raro o maricón: gay Con ratón: com ressaca em português Miércoles: mierda Estar pelado: sin plata, ou seja, sem dinheiro, estar duro em português Polar o nacional: cervejas venezuelanas Dica de mochileiro Não se preocupe em hablar,pois, naturalmente você irá desenvolver seu portunhol e, afinal, o grande centro de comunicação não está na cabeça, mas no coração; portanto, faça do amor seu guia permanente, e tudo de bom há de vir em suas mãos. Frank Lima Barreto

10 Variedades?QUEM SOU EU? RECONSTITUINDO NOSSA HISTÓRIA Chefe do Serviço Técnico de Imprensa e Propaganda a partir de 1992, ANTONIO AUGUSTO MACHADO DE CAM- POS NETO está na USP como funcionário desde 1973. Digo isso porque como aluno ele passou mais cinco anos de sua vida acadêmica entre os arcos das Arcadas. Foi nas Arcadas que, em 2008, sagrou-se ganhador do Prêmio Spencer Vampré, na qualidade de servidor. Além de Editor da Revista da Faculdade de Direito, em sua escalada profissional, no período noturno, trabalhou também como redator do jornal Folha de S. Paulo, jornal O Estado de S. Paulo, Editora Sarvier (área médica) e Revista Visão. Bacharel em Direito, Letras e Jornalismo (Universidade de São Paulo e Cásper Líbero), Antonio Augusto apresenta uma vivência de muitas facetas. - Escritor: autor do livro O Menino de Olhos Azuis, em 1996, prefaciado pelo Professor Eduardo Carlos Bianca Bittar. Autor também de vários artigos publicados na Revista da Faculdade de Direito, entre eles O Direito dos Animais, A Ch aria Muçulmana, Direito Natural e Direito Justo, A Filosofia Espírita, O Judaísmo. Direito Talmúdico, Intoxicação por Maconha traficante e usuário, etc. - Autor e ator de teatro: atuou, inclusive, no Teatro XI de Agosto, da Faculdade de Direito, destacando-se com a peça Você quer fazer vestibular? em 1968. - Professor: ex-professor de Filosofia Espírita da Federação Espírita do Estado de São Paulo. Ler é seu passatempo predileto, mas não deixa de freqüentar teatro e cinema. Viaja muito, mesmo quando não tenho boas condições financeiras, e a Europa é quase sempre o seu destino. Em dias de folga, adora levar a passear seus três cães: me ajuda a relaxar por completo. Cachorros são amigos leais, dos meus cães, dois são pretos; uma verdadeira 'senzala' está comigo pelas ruas do bairro! Conta-nos que morou um ano nos EUA, Newark, New Jersey, onde presenciou o presidente Bush recolher cocô do seu cachorro. No Brasil, qualquer pessoa criticaria, mas o que eles têm e aqui falta é a humildade. Tenho orgulho de ser brasileiro e com tantas pessoas que vi neste mundo, cheguei à conclusão de que o povo mais belo é o brasileiro. Da Redação Carlos Fernando de Azevedo Sá Nascido em Cruzeiro/SP, em 21 de março de 1920, o Professor CARLOS FERNANDO DE AZEVEDO SÁ foi aluno da 46ª Turma da Faculdade de Direito da USP, onde foi colega do grande jurista Papaterra Limongi e na qual, posteriormente, exerceu a docência por longos anos. Na Faculdade de Direito da Universidade de Madri, especializou-se em Direito Tributário, no ano de 1969. Iniciou a docência nos cursos preparatórios como assistente do Professor Romeu Ferraz e, mais tarde, do Professor Antonio Delfim Neto. Exerceu a profissão por 31 anos, sempre na área de Direito Tributário, tendo ministrado aulas também na FEA/USP. Fora das Arcadas, advogou e exerceu o cargo de Procurador Municipal por mais de 30 anos, passando antes pela autarquia municipal denominada Montepio. Dois hobbies principais marcaram seus anos de juventude. O primeiro deles era jogar futebol, integrando o time de várzea Éden da Liberdade Futebol Clube. Jogou também no time principal da Faculdade de Direito. Relembra com saudade quando fez parte da Caravana Artística da Faculdade de Direito, como crooner, e com a qual viajou muito, fazendo apresentações. Seu segundo hobbie era viajar. Deu a volta ao mundo duas vezes e passou um bom tempo na Espanha. Como morava no Edifício COPAN, sua vida social foi bastante intensa pelo convívio artístico do local. Hoje, o Professor Carlos Fernando vive com sua irmã Míriam, também professora aposentada, no bairro do Jabaquara. Da Redação

11 Variedades O QUE SE FAZ? Setor de Comissões O Setor de Comissões é responsável por secretariar a Comissão de Pesquisa e a Comissão de Cultura e Extensão Universitária, ambas formadas por docentes eleitos na Congregação da Faculdade de Direito. Entre outras atribuições essas duas comissões são responsáveis por traçar diretrizes para Pesquisa, bem como Cultura e Extensão Universitária no âmbito da Unidade, de acordo com as orientações estabelecidas pelos Colegiados Superiores. Entre as atividades comuns nas duas comissões estão: Redação e publicação de editais, deliberações, convocações, ofícios, comunicados, etc; Redação e expedição de toda a correspondência da área, e/ou dos presidentes das comissões; Elaboração de pauta/ata e de todo material para as reuniões das comissões, assim como a expedição de todo o material objeto de suas deliberações; Atendimento e suporte aos alunos, docentes e departamentos no que se refere às atividades de pesquisa e de cultura e extensão. As atribuições específicas de cada comissão são: - Na Comissão de Pesquisa, através das diretrizes da Pró-Reitoria de Pesquisa, a secretaria é responsável por todo processo de inscrição, seleção e cadastramento dos alunos aprovados no Programa de Bolsas de Iniciação Científica; abertura e supervisão dos processos do Programa de Pós-Doutorado; credenciamento, supervisão e atualização dos Grupos de Pesquisa da Faculdade; encaminhamento dos processos para atribuição dos créditos na disciplina optativa Atividade de Pesquisa, que através da nova grade (2008) permite aos alunos de graduação a obtenção de créditos nas atividades de pesquisa. - Na Comissão de Cultura e Extensão Universitária a secretaria é responsável pelo cadastro dos cursos de difusão, especialização e atualização, bem como organiza todo processo de inscrição e seleção dos mesmos. É o Setor de Comissões que emite as listas de presença, cadastra as notas e freqüência dos cursos no sistema; também é responsável pelo processo de inscrição, seleção e cadastramento dos alunos aprovados no Programa de Bolsas Aprender com Cultura e Extensão ; encaminhamento dos processos para atribuição dos créditos aos alunos de graduação aprovados na disciplina optativa Atividade de Cultura e Extensão. Além disso, no Programa A Universidade e as Profissões, o Setor organiza as visitas monitoradas à Faculdade de Direito e a Feira de Profissões que acontece anualmente na Cidade Universitária, direcionados aos alunos de cursinhos e do Ensino Médio. O Setor de Comissões está localizado no 1º andar do prédio anexo. Alessandra S. Pereira (Setor de Comissões) ANIVERSARIANTES DO TRIMESTRE Janeiro Funcionário (Setor) Dia Viviane Pitanga (Setor de Copa) 01 Marinalva Pacheco Ribeiro de Lima (Biblioteca) 03 Regina Maria Pereira dos Santos (Biblioteca) 06 Nildo Florentino da Silva (Segurança) 10 Ademar Guerra (Audiovisual) 12 Gabriela Giacomini de Almeida (Biblioteca) 13 Márcia Benedito Martins (Seção Arquivo e Museu) 19 Silvania Ramos de Brito Silva (Serviço de Pessoal) 21 Luciano Medeiros (Compras) 28 Maria da Conceição Vitor (Imprensa) 28 Rosemeire Bonoto (Biblioteca) 29 Eduardo Franzoni (Audiovisual) 31 Fevereiro Funcionário (Setor) Dia Maria Aparecida Mariano da Silva (Biblioteca) 03 Eliana Aragaki Rodrigues (Apoio Acadêmico) 07 José Antonio de Araújo (Audiovisual) 08 Mario Sergio de Oliveira e Silva (DEF) 09 Hidelino Viveiros da Paixão (Segurança) 10 Emerson Leocádio (Informática) 11 Antonio Augusto Machado de Campos Neto (Imprensa) 16 Guaraciaba de Barros Juk (Biblioteca) 17 Jorge Luis Magalhães da Silva Braggio (Administração) 19 Maria de Lourdes da Silva Bastos (CCInN) 19 Armando Gangi da Silva (Biblioteca) 20 Milton Jorge da Silva (Manutenção) 23 Tobias Amancio Siqueira (Almoxarifado) 24 Yara Regina Martins (Serviços Gerais) 24 Março Funcionário (Setor) Dia Jéssica Maria Martins Silva (S. Contabilidade) 01 Edilene Domingos das Neves Luciano (Tesouraria) 05 Neide Ferreira Lima da Silva (DPC) 07 Geraldo Claudio de Oliveira Filho (Arquivo e Museu) 08 Matheus Roberto de Sá (Biblioteca) 10 Aluizio Henrique Filho (Segurança) 12 Uimara Ines de Artiaga Kristensen (Com. Graduação) 13 Maria Lucia Santos de Lima Castro (S. de Alunos) 14 Leila de Souza (Licenciada DPM) 17 Joedilson Barbosa Silva (Segurança) 18 Andrea Maria Lopes de Oliveira (Informática) 19 Alexandre de Alencar Banho (Pós-Graduação) 21 Elias Honorio da Silva (Audiovisual) 21 Maria Aparecida de Souza Sizilio (Pós-Graduação) 21 Frank Lima Barreto (Setor de Compras) 25 Ana Rita Alves Meneses de Lima (Imprensa) 27 Maria da Paixão Marques de Queiroz (Biblioteca) 29 Renison Ribeiro Santos (Biblioteca) 29 Sidney Ulisses Souza de Moraes (Almoxarifado) 29 Cristiana Fátima Ferreira de Miranda (DTB) 30 FELIZ ANIVERSÁRIO!

12 Agenda Cultural TEATRO Estréia no dia 26 de março, no Teatro Alfa, a peça Evita, com direção na versão do musical da Broadway de Jorge Takla, que ano passado dirigiu O Rei e Eu. As letras originais do musical são de Andrew Lloyd Weber e Tim Rice. O papel principal tem a interpretação de Paula Capovilla e o personagem masculino central, Juan Perón, está ensaiado pelo ator Daniel Boaventura. Os ingressos podem ser adquiridos a partir do dia 21 de fevereiro ao preço de R$40 a R$185. Teatro Alfa: WWW.ingressorapido.com.br. SHOW Completando 80 anos, o lendário Cauby Peixoto escolheu um repertório de músicas clássicas e se apresenta até o final de maio no Bar Brahma, localizado na Avenida São João, 677. O cantor solta a voz em Sampa, de Caetano Veloso, New York, New York, de Frank Sinatra e Como uma onda no mar, de Lulu Santos e Nelson Motta. Segundas-feiras, 22h30. Ingressos, R$70 a R$80. CINEMA Um dos mais aplaudidos e reconhecidos atores do cinema internacional é Colin Firth ( Simplesmente Amor, 2003, e Mamma Mia!, 2008). Na verdade, começou a ser reconhecido a partir da série Orgulho e Preconceito, em 1995, pela BBC, no papel de Mr. Darcy que, por sua vez, o inspirou para interpretar Mark Darcy no filme intitulado O Diário de Bridget Jones, de 2001, Colin Firth também foi elogiado com personagem gay em Direito de Amar, de Tom Ford, 2007, interpretando um professor universitário que perde o namorado em acidente de carro. Agora, interpreta o Rei George VI, da Inglaterra que aceita um tratamento pouco convencional para curar sua gagueira. O filme intitula-se O Discurso do Rei (The King s Speech) e foi prêmio Oscar de melhor filme. No elenco, Geoffrey Rush, que concorreu como ator coadjuvante e Helena Bonham Carter como atriz coadjuvante. Estreou no dia 28 de fevereiro. Indicado ao Oscar de melhor filme estreou em São Paulo Cisne Negro ( Black Swan ). No thriller psicológico Nina, interpretada por Natalie Portman, é uma bailarina que depois de ganhar o papel protagonista na peça O Lago dos Cisnes começa a sofrer pressão da mãe obcecada, do diretor artístico que muito exige da dançarina e da colega rival, fazendo com que ela tenha inúmeras alucinações. No elenco, Mila Kunis e Vincent Cassel. MUSEU O Museu AfroBrasil hospeda cerca de 4 mil obras ligadas à cultura negra por meio de gravuras, pinturas, esculturas, peças etnológicas e fotografias. Em comodato, a iniciativa de Emanoel Araújo (ex-curador da Pinacoteca do Estado de São Paulo) que cedeu mais de mil obras de sua coleção particular ao Museu. O Museu fica no Parque Ibirapuera, Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, Avenida Pedro Álvares Cabral s/n. GRÁTIS. De terça a domingo, das 10h00 às 17h00. Haroldo de Campos foi um dos fundadores do afamado Grupo Noisgrandes, de poesia concreta. Ele é o homenageado na primeira edição do Programa Ocupação, cuja retrospectiva traz obras e documentos do poeta. Casa das Rosas, Avenida Paulista, 37, Bela Vista. E Itaú Cultural, Avenida Paulista, 149, Bela Vista. Visitas monitoradas. Terça a domingo, das 10h00 às 22h00. O Museu da Língua Portuguesa, Estação da Luz, Praça da Luz, apresenta a primeira mostra dedicada a um autor português, Fernando Pessoa. A exposição ( Fernando Pessoa, Pluralismo como o Universo ) é formada por imagens, textos e raridades como a primeira edição de Mensagem. O visitante é recebido por cinco cabines em que são projetados trechos e poemas do autor. Há também exibições de vídeos e em um deles a imagem de mar retirada do filme Limite, de Mário Peixoto. Terça a domingo, das 10h00 às 17h00. Antonio Augusto Machado de Campos Neto (Imprensa) Expediente FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Diretor: Professor Titular Antonio Magalhães Gomes Filho Vice-Diretor: Professor Titular Paulo Borba Casella Assistência Acadêmica: Eloide Araújo Carneiro Assistência Administrativa:.Maria Cristina Giorlano de Moraes Diretoria do Serviço de Biblioteca e Documentação: Andréia Terezinha Wojcicki Chefia Técnica de Imprensa: Antonio Augusto Machado de Campos Neto Conselho Editorial Coordenador: Professor Associado Alysson Leandro Barbate Mascaro Editora: Maria da Conceição Vitor (DRT: 24456) Revisores: Antonio Augusto Machado de Campos Neto Neurilene Gomes da Silva Diagramação: Maria da Conceição Vitor Layout: Ana Rita Alves Meneses Lima Demais Membros: Amanda Vieira Ferrari Dalva Veramundo Bizerra de Souza Fábio Silveira Molina Joel Simberg Vieira Leonardo Franco Martin Elival da Silva Ramos Eunice Aparecida de Jesus Prudente Janaína Conceição Paschoal Umberto Celli Júnior Redação: Largo São Francisco, 95-1º andar -Sala 110 Anexo I - CEP: 01005-010 -São Paulo/SP Tel.: 3111-4114 - E-mail: jsf.fd@usp.br