www.editoraferreira.com.br AMOSTRA DA OBRA Alessandra S. da Gama ECA Esquematizado 2ª edição

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Transcrição:

AMOSTRA DA OBRA www.editoraferreira.com.br Alessandra S. da Gama ECA Esquematizado 2ª edição

Sumário Graduada em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Psicologia Clínica pelo IFEN e em Psicologia Jurídica pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), Alessandra de Saldanha da Gama atua como psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e de Petrópolis, tendo sido aprovada em primeiro lugar nos dois concursos. É também professora de cursos preparatórios e coordenadora do site www.concurseirodasaude.com.br. Agradecimentos IX Apresentação XI Prefácio XIII Introdução XV Estatuto 1 Anexo 1 Lei 12.318, de 26 de agosto de 2010 227 Anexo 2 Resolução 131, de 26 de maio de 2011 231 Glossário 235 Exercícios 239 Gabarito 338 Referências bibliográficas 345 Nota sobre a autora II III Amostra da obra

Estatuto Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e da outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Livro I PARTE GERAL Título I Das Disposições Preliminares Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Definição importante: A Doutrina da Proteção Integral consiste em garantir a crianças e adolescentes, sem exceção, os direitos à sobrevivência, ao desenvolvimento pessoal e social e à integridade física, psicológica e moral, com a criação e articulação de um conjunto de políticas e ações em quatro grandes áreas: Políticas Sociais Básicas, Assistência Social, Proteção Especial e Garantia de Direitos. Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos e, adolescente, aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se, excepcionalmente, este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. (grifo nosso) 1 Amostra da obra

01. (Conselheiro Tutelar) Para efeitos do Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, considera-se: a) Criança, a pessoa com até 13 (treze) anos de idade completos; b) Adolescente, a pessoa entre 12 (doze) e 21 (vinte e um) anos de idade; c) Criança, a pessoa com até 12(doze) anos de idade incompletos, e adolescente a pessoa entre 12(doze) e 18(dezoito) anos de idade; d) Criança, a pessoa com até 12(doze) anos de idade completos, e adolescente a pessoa entre 14(quatorze) e 18(dezoito) anos de idade. Gabarito: C Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Ampliando o conhecimento: Este caput tem fundamento constitucional baseado no artigo 227 da Constituição Federal. Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Memorize os direitos mencionados no artigo 4º com essa dica: VALLE PESC(A)R CD V Vida, A alimentação, L lazer, L Liberdade, E esporte P profissionalização, E educação, S saúde, C cultura (A) R respeito C convivência familiar e comunitária, D dignidade. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Ampliando o conhecimento: A punição referida neste artigo ocorrerá segundo os ditames do Estado, o que significa, dentre outros aspectos, a possibilidade de responsabilização administrativa, civil e até mesmo criminal, conforme o caso. Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. Alessandra S. da Gama 2 3 Amostra da obra

Título II Dos Direitos Fundamentais Capítulo I Do Direito à Vida e à Saúde Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Art. 8º É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal. 1º A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do Sistema. Saiba que: A rede de serviço do SUS (Sistema Único de Saúde) deve ser organizada de forma regionalizada e hierarquizada, permitindo um conhecimento maior dos problemas de saúde da população de uma área delimitada. 2º A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na fase pré-natal. 3º Incumbe ao poder público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz que dele necessitem. Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas à medida privativa de liberdade. Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: I manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos; II identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade administrativa competente; III proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém- -nascido, bem como prestar orientação aos pais; IV fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato; V manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe. Art. 11. É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. Parágrafos acrescentados pela Lei 12.010 (Lei Nacional de Adoção) 4º Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal. 5º A assistência referida no 4º deste artigo deverá ser também prestada a gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção. Caput com redação determinada pela Lei 11.185/09. Esta lei explicita o direito ao atendimento integral à saúde de crianças e adolescentes. 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializado. 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos, próteses e Alessandra S. da Gama 4 5 Amostra da obra

outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. Definição importante: Responsável é a pessoa que não sendo nem pai nem mãe, e mesmo não assumindo o encargo em juízo, adquire a responsabilidade de zelar pela criação e educação da criança ou adolescente, suprimindo-lhe suas necessidades básicas. Nesta ampla interpretação, incluem-se o tutor, o curador e o guardião legal e de fato. Não se confunde com a noção de representante legal, que é munido do poder familiar, e, portanto, somente localizado na figura do pai ou mãe ou do tutor. Veja como o assunto foi cobrado em concursos anteriores: 02. (Conselheiro Tutelar) O direito à vida e à saúde de crianças e adolescentes no Brasil, é um dos direitos fundamentais previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Sobre este assunto analise as afirmativas abaixo e assinale a opção CORRETA: I A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. II O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade. III Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos. a) Apenas a opção I está correta; b) Apenas as opções II e III estão corretas; c) Apenas as opções I e III estão corretas; d) Todas as opções estão corretas. Gabarito: D Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus- -tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. Fique atento! O Conselho Tutelar a ser comunicado é o da respectiva localidade do evento. Não havendo Conselho Tutelar na localidade, deve a comunicação ser feita ao Juiz da Infância e da Juventude. 03. (Agentes de Proteção) Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão: a) obrigatoriamente comunicados a Vara da Infância e Juventude; b) obrigatoriamente comunicados ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança ou Adolescente; c) obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências. d) facultativamente comunicados a Defensoria Pública. e) comunicados ao serviço social da Vara da Infância e Juventude. Gabarito: C Parágrafo acrescentado pela Lei 12.010 Parágrafo único. As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude. Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a Alessandra S. da Gama 6 7 Amostra da obra

população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos. Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias. Capítulo II Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade. Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos: I ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; II opinião e expressão; III crença e culto religioso; IV brincar, praticar esportes e divertir-se; V participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação; VI participar da vida política, na forma da lei; VII buscar refúgio, auxílio e orientação. Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. 04. (Agente de Proteção) O direito ao respeito previsto no art. 17 do ECA assegurado as crianças e adolescentes consiste na: a) inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente; b) participação da vida política na forma da lei; c) busca de refúgio, auxílio e orientação; d) igualdade de condições para acesso e permanência na escola; e) participação na vida familiar e comunitária sem discriminação. Gabarito: A Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. 05. (Comissário de Menores) Em decorrência do suposto desaparecimento de um relógio na escola, os alunos de uma turma foram obrigados a permanecer na sala até que fosse revelado o culpado. Depois de um longo tempo, em clima de muito desgaste, o segurança foi chamado e as crianças obrigadas a tirar a roupa para serem revistadas e nem precisa dizer que o relógio não foi encontrado. Este fato, relatado pela dra. Rosângela Zagaglia, em artigo intitulado Crimes contra crianças e adolescentes, causou grande constrangimento, vexame e humilhação às crianças. A atitude dos responsáveis pela instituição constituiu flagrante violação: a) do Código Civil. b) do projeto político pedagógico da escola. c) do código de ética profissonal dos educadores. d) dos artigos 17 e 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente. e) das normas de funcionamento das instituições que atendem a crianças e adolescentes. Gabarito: D Alessandra S. da Gama 8 9 Amostra da obra

Capítulo III Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária Seção I Disposições Gerais Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. Ampliando o conhecimento: Este artigo se refere ao princípio da responsabilidade parental e encontra-se alinhado ao artigo 229 da CF. Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. Definição importante: Família substituta: Ocorre quando uma criança ou adolescente é assumido por uma família em regime de guarda, tutela ou adoção. Parágrafo acrescentado pela Lei 12.010. 1º Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. Definição importante: Acolhimento familiar: Trata-se de uma medida protetiva aplicável única e exclusivamente pelo Juiz da Vara da Infância e da Juventude nos casos necessários e de forma excepcional e provisória diante da impossibilidade de manutenção da criança e adolescente em família natural e extensa. O acolhimento familiar consiste em encaminhar a criança ou adolescente aos cuidados de uma pessoa singular ou a uma família acolhedora. Tem como objetivo precípuo a integração da criança e do adolescente em meio familiar, no qual possa receber os cuidados adequados às suas necessidades e bem-estar, bem como a educação necessária ao seu desenvolvimento integral. Este acolhimento tem como características a provisoriedade e transitoriedade: é provisório porque só subsiste por um espaço de tempo enquanto o juiz está decidindo o destino da criança ou adolescente; é transitório porque pode ser via de acesso ao posterior acolhimento institucional. Parágrafos acrescentados pela Lei 12.010. 2º A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária. 3º A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em programas de orientação e auxílio, nos termos do parágrafo único do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser Alessandra S. da Gama 10 11 Amostra da obra

a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência. Definição importante: Poder familiar: é conjunto de poderes legalmente outorgados aos pais sobre a pessoa e bens dos filhos. A extinção da utilização do termo pátrio-poder, substituído pelo termo Poder Familiar (pela Lei 12.010/09), decorre do princípio da plena isonomia entre os gêneros ou igualdade na chefia familiar, assim ganhando a família um caráter democrático. Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais. Ampliando o conhecimento: Ainda sobre a incumbência dos pais, veja o que preconiza o art. 1.634 do Código Civil: Art. 1.634. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: I dirigir-lhes a criação e educação; II tê-los em sua companhia e guarda; III conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; IV nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; V representá-los, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o consentimento; Ampliando o conhecimento: (cont.) VI reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; VII exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição. Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do poder familiar. 06. (Assistente Social) A falta ou carência de recursos materiais dos pais que possa inviabilizar cumprimento do dever de sustento dos filhos: a) exige a intervenção direta da autoridade judicial; b) é causa suficiente para colocação das crianças ou adolescentes em adoção; c) não constitui motivo suficiente para a perda ou suspensão do poder familiar; d) autoriza a formação de procedimento para declaração de situação irregular pelo Ministério Público; e) é motivo suficiente para procedimento de internação em abrigo. Gabarito: C Parágrafo único. Não existindo outro motivo que por si só autorize a decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída em programas oficiais de auxílio. Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22. Alessandra S. da Gama 12 13 Amostra da obra

Ampliando o conhecimento: Os casos previstos no Código Civil (Lei 10.406/2002) são mencionados em seu artigo 1.638. Vejamos o que dispõe este artigo: Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que: I castigar imoderadamente o filho; II deixar o filho em abandono; III praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; IV incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente. O procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar está disposto no art. 155 desta lei. Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação. Saiba que: No caso de apenas um dos pais ter efetuado o reconhecimento, a guarda será fixada para o que tiver reconhecido. Se ambos tiverem reconhecido, a guarda será fixada para aquele que melhor atender aos interesses da criança ou do adolescente. Neste último caso, a fixação da guarda ocorre por decisão judicial. O direito ao nome se insere no conceito de dignidade da pessoa humana. Seção II Da Família Natural Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. Definição importante: Família natural: Comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. Abrange a família constituída pelo casamento civil, a originada da relação estável (concubinato) e a formada por qualquer dos genitores e seus filhos. A menção natural possui o escopo de se contrapor à família substituta. Parágrafo acrescentado pela Lei 12.010. Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes. Veja como o assunto sobre Família Natural foi cobrado em concursos anteriores: 07. (Conselheiro Tutelar) Analise as assertivas a seguir sobre Família Natural e indique a alternativa CORRETA: I Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. II Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer que seja a origem da filiação. III O reconhecimento da paternidade efetuado pelo pai, somente poderá acontecer após o nascimento com vida da criança. a) Apenas as alternativas I e II são corretas; b) Apenas as alternativas II e III são corretas; c) Apenas a alternativa II é correta; d) Apenas a alternativa III é correta. Gabarito: A Alessandra S. da Gama 14 15 Amostra da obra

Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça. Ampliando o conhecimento: O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, ou seja, somente pode ser exercido pelo filho, representado ou assistido; é também indisponível, posto que não se pode renunciá-lo; e, por fim, imprescritível, uma vez que pode ser exercido a qualquer momento, sem que incida a prescrição. 08. (Agentes de Proteção) Quanto ao direito de reconhecimento do estado de filiação é correto afirmar: a) é direito disponível; b) não pode ser exercido contra os herdeiros dos pais; c) é direito prescritível; d) é direito personalíssimo; e) As alternativas a e b estão corretas. Gabarito: D Subseção I Disposições Gerais Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei. Lembre-se: A família substituta é aquela que se forma a partir da impossibilidade, mesmo que momentânea, da criança ou do adolescente permanecer junto à sua família natural. A criança é assumida em regime de Guarda, Tutela ou Adoção. 09. (Comissário da Infância e Juventude) A colocação de criança ou adolescente em família substituta far-se-á mediante: a) guarda, tutela ou adoção; b) abrigo, advertência aos pais ou suspensão do poder familiar; c) liberdade assistida ou orientação e apoio sociofamiliar; d) semiliberdade ou apoio socioeducativo em meio aberto; e) liberdade vigiada ou internação. Gabarito: A Seção III Da Família Substituta Fique atento! Esta seção, que trata do tema Família Substituta, é bastante solicitada em questões de concursos! Parágrafo com redação determinada pela Lei 12.010. 1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada. * Redação anterior do dispositivo alterado: 1º Sempre que possível à criança ou o adolescente deverá ser previamente ouvido e a sua opinião devidamente considerada. Alessandra S. da Gama 16 17 Amostra da obra

Saiba que: Essa nova redação qualificou a escuta da criança ou do adolescente que deve ser ouvido/a pela equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão. Parágrafo com redação determinada pela Lei 12.010. 2º Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência. * Redação anterior do dispositivo alterado: 2º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida. Fique atento! A partir do aniversário de 12 anos, o adolescente já tem o seu consentimento como determinante e vinculante em relação ao seu futuro no seio de uma família substituta. Parágrafos acrescentados pela Lei 12.010. 3º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida. 4º Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais. (cont.) 5º A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar. 6º Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é ainda obrigatório: I que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal; II que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma etnia; III a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista, no caso de crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso. Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a pessoa que revele, por qualquer modo, incompatibilidade com a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar adequado. Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá transferência da criança ou adolescente a terceiros ou a entidades governamentais ou não governamentais, sem autorização judicial. Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção. Alessandra S. da Gama 18 19 Amostra da obra

10. (Comissário da Infância e Juventude) Casal estrangeiro residente ou domiciliado fora do país deseja formular pedido de colocação em família substituta. O ECA somente autoriza: a) guarda; b) tutela; c) visitação; d) abrigo; e) adoção. Gabarito: E Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo, mediante termo nos autos. Mais uma questão sobre o assunto família, cobrado em concursos anteriores: 11. (Assistente Social) O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reconhece a família como o espaço privilegiado na história da humanidade onde se aprende a ser e a conviver. Acerca da interpretação dos dispositivos do ECA em relação à família, assinale a opção correta. a) A criança e o adolescente têm o direito de viver em sua família natural e apenas excepcionalmente devem ser criados e educados em família substituta. b) Como cabe aos pais a responsabilidade pelo sustento dos filhos, uma situação de carência de recursos materiais é motivo concreto para que eles percam o poder familiar. c) Na aplicação das medidas de proteção, o ECA prioriza o afastamento da criança e do adolescente da convivência familiar, para se evitar a influência que esta possa exercer sobre os filhos. d) Os atos infracionais são interpretados pelo ECA como o fim de um processo educativo malsucedido realizado por uma família incompetente. Gabarito: A Autora: Alessandra de Saldanha da Gama Ano: 2013 Edição: 2ª ISBN: 978-85-7842-259-2 Páginas: 368 Alessandra S. da Gama 20

AMOSTRA DA OBRA www.editoraferreira.com.br O livro Estatuto da Criança e do Adolescente Esquematizado, da psicóloga Alessandra de Saldanha da Gama, tem o objetivo de auxiliar o estudante na compreensão do Estatuto da Criança e do Adolescente, que, recentemente, sofreu inúmeras alterações devido ao advento da Lei Nacional de Adoção. Além de destacar as alterações e modificações impostas, a autora comenta os temas mais relevantes da matéria, apresentando também alguns conceitos fundamentais, como os da proteção integral, adoção, tutela, guarda compartilhada, família substituta e família natural, entre outros. A fim de subsidiar a fixação da matéria, este estudo contempla ainda questões de provas de concursos que permeiam toda a legislação e mais 300 exercícios inéditos sobre o Estatuto e suas alterações. Sem dúvida, trata-se de obra de grande valia para os estudantes, ainda em seus primeiros passos no Direito, para aqueles outros que se preparam para concursos públicos e para operadores do Direito de Família, na qualidade de obra de consulta rápida e objetiva, escreve o promotor de justiça militar Sergio S. G. Junior. www.editoraferreira.com.br