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Transcrição:

1 9 8 4-7 2 4 6 DOI: 10.5965/1984724616322015001 http://dx.doi.org/10.5965/1984724616322015001 Editorial Temos o prazer de apresentar o novo número da Revista, periódico editado quadrimestralmente em formato eletrônico pelo Centro de Ciências Humanas e da Educação FAED, da Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC. Trata-se do Dossiê Estado, violência e sociedade: questões contemporâneas. Queremos registrar que este dossiê foi inspirado nas conferências realizadas por ocasião da II Semana de Ciências Sociais, ocorrida em 2015, no âmbito do Centro de Ciências Humanas e da Educação/Faed, na Universidade Estadual de Santa Catarina. O objetivo da II Semana de Ciências Sociais da Faed foi o de promover o debate, com renomados pesquisadores, sobre questões tão candentes na sociedade contemporânea. É notório o cenário político e econômico permeado por crises, sejam elas de magnitude estrutural, observadas pelas imposições do capital que a tudo mercantiliza em detrimento da vida, seja pelas disputas políticas que tensionam as relações entre Estado e sociedade. Neste sentido, elegeu-se como foco de discussões os temas relativos ao Estado e os tensionamentos entre as políticas de governo e seus limites conjunturais, a relação do Estado, a sociedade civil e os movimentos sociais organizados em torno de direitos universais e a ação repressora deste Estado. Nesse cenário se destacam também as mobilidades contemporâneas como expressão de um processo social complexo que envolve a busca por condições de vida menos degradantes, tanto em nível nacional quanto internacional e as questões que colocam para políticas públicas. Os artigos contemplam diferentes dimensões das relações entre Estado, violência e sociedade. No primeiro artigo, intitulado Migração e deserção na Polícia Militar de Minas Gerais, a questão do território é abordada por meio da experiência migratória de Revista. Florianópolis, v. 16, n. 32, p. 01 05, set./dez. 2015. p.1

policiais militares. Com base na constatação de que um elevado número de deserções da PM teve por motivação a emigração para os Estados Unidos, Sueli Siqueira e Luciovane Lopes relacionam a cultura emigratória da região de Governador Valadares à questão da territorialidade. Uma vez que esses policiais partiram de um território de emigração, os autores indagam como a sua experiência migratória se traduz em nova percepção do território. O segundo artigo, Violência do estado ao magistério no Paraná e mais de cem anos de solidão do magistério brasileiro, de autoria de Tatiana Pires Escobar, Julia Siqueira da Rocha e Ione Ribeiro Valle, trata da questão específica da violência do Estado contra os profissionais da educação. Para além da face mais visível da violência física (a que ficou explicitada em 29 de abril de 2015, no massacre em praça pública que chocou o país, perpetrado por policiais militares sob ordens do governador), as autoras procuraram relacionar outras formas de violências, evidenciando um sistema que, ao desqualificar a profissão docente, impõe limites à educação das jovens gerações das classes desfavorecidas e reforça as desigualdades sociais. O artigo A guerra de baixa intensidade contra as comunidades zapatistas de Chiapas México, de Leandro Cisneros, discute a tensão entre guerra e política, tendo como base o conflito político-militar no sudeste de Chiapas-México contra as comunidades rebeldes autônomas zapatistas. O processo que envolveu o Estado mexicano na redefinição do conceito de guerra, trazendo a noção de guerra de baixa intensidade, é analisado pelo autor como uma reação à redefinição de luta social proposta anteriormente pelas/os zapatistas, no que se conhece como guerra de redes sociais. Também se referindo ao tema migrações, o artigo de Gabrielle Louise Soares Timóteo discute os direitos fundamentais dos trabalhadores imigrantes. Como as disposições de Projeto de Lei que busca instituir uma nova Lei de Migrações no Brasil não garantem os direitos trabalhistas pois assenta-se na distinção entre imigrantes registrados e não registrados. A argumentação da autora é desenvolvida a partir da constatação da inconstitucionalidade dessa distinção. Revista. Florianópolis, v. 16, n. 32, p. 01 05, set./dez. 2015. p.2

A violência contra as populações indígenas no Brasil contemporâneo é abordada no artigo de Clovis Brighenti a partir do conceito de colonialidade do poder, proposto pelo sociólogo peruano Aníbal Quijano. Por meio dele, é analisada a violência institucional que culmina com o que autor designa como sendo epistimicídio, ou a eliminação das práticas e saberes indígenas. Partindo da compreensão de que a violência é principalmente institucional, são discutidas no artigo as ações e omissões do Estado brasileiro, traduzidas na não demarcação dos territórios indígenas, na implantação de obras de cunho desenvolvimentista que afetam esses povos e nos assassinatos e invasões de terras indígenas. Como demanda contínua, temos dois artigos que integram esta edição: Legislação ambiental e urbanística no Brasil: o caso Costão Santinho Resort em Florianópolis/SC de autoria, de Gabriel Bertimes Di Bernardi Lopes e, o artigo Periodização econômica e Abaetetuba (PA) a partir de sua configuração espacial de autoria, de Madson Quaresma Correio, Daniel Sombra Correio e Alegria Leite, que abordam questões relativas a transformações socioespaciais no Costão do Santinho e como a legislação ambiental tem limite para proteger a natureza. O segundo artigo trata dos ciclos econômicos em Abaetetuba, demonstrando aspectos reveladores das rupturas que deixaram marcas distintas no seu território a partir das políticas de desenvolvimento e integração no contexto amazônico, iniciadas em meados do século XX. A tradução trazida para este número da Revista Percursos é de autoria da socióloga Isabel Pauline Georges. O artigo, que deu base à conferência de abertura da IIª Semana de Ciências Sociais da UDESC (2015), intitulado O outro lado da formalização do trabalho do care no Brasil, analisa três casos relativos à figura do trabalho do care (emprego doméstico, as empreendedoras de moral e diferentes categorias de agentes de execução do Estado). Por meio do estudo desses três casos, Isabel Georges procura articular as transformações do lugar da informalidade com a questão de gênero. Buscando superar abordagens dicotômicas, a autora questiona o papel do Estado nesse quadro de indefinição das fronteiras dos territórios do trabalho, do emprego, da assistência, do formal e do informal, do legal e do ilegal. Revista. Florianópolis, v. 16, n. 32, p. 01 05, set./dez. 2015. p.3

A Revista Percursos nos brinda ainda com uma entrevista com Frei Betto, a qual foi realizada por ocasião do I Seminário Migrações Contemporâneas e Direitos Fundamentais de Trabalhadores e Trabalhadoras em Santa Catarina. Este evento foi organizado pelo Observatório das Migrações de Santa Catarina vinculado à Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina (MPTSC), Pastoral do Migrante de Florianópolis, Grupo de Apoio a Imigrantes e Refugiados de Florianópolis (GAIRF) e Comissão de Direitos Humanos da ALESC; e contou com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC) e do Ministério Publico do Trabalho. Nela, o conhecido escritor e militante de causas sociais, coloca suas posições sobre várias questões relacionadas ao fenômeno migratório no mundo contemporâneo, discorrendo sobre as migrações internacionais, a xenofobia e a violência contra os migrantes e a forma como a imprensa trata do tema. A revista conta ainda com a resenha do livro Educação de Jovens e Adultos: sujeitos, saberes e práticas, organizado por José Rubens Jardilino e Regina Araújo, que reúne diversos artigos que retratam os estudos e experiências do grupo de pesquisa Foprofi Formação e Profissão Docente, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). A autora da resenha, Adriana Regina Sanceverino, professora da Universidade da Fronteira Sul, apresenta os resultados alcançados pelo grupo nesse livro que trata de tão importante questão educacional. Finalizando esta edição da Percursos, o ensaio de Thaís França, #PrayforParis: e agora, quem entra e quem sai?, oferece uma reflexão sobre os atentados de Paris, em 13 de novembro de 2015. A autora privilegia o debate sobre os efeitos e consequências que esse acontecimento pode ter para a governação da diversidade na Europa e no mundo, considerando sobretudo as questões que envolvem as diferenças religiosas, étnicas, raciais e de nacionalidade. A autora destaca que num contexto de criminalização, culpabilização e intolerância com os refugiados, a reivindicação por um maior controle de fronteiras reforça as posições ultraconservadoras no cenário político europeu. Revista. Florianópolis, v. 16, n. 32, p. 01 05, set./dez. 2015. p.4

Lembramos que a revista prioriza a divulgação da produção acadêmica de caráter interdisciplinar, objetivando atender às demandas das diversas áreas do conhecimento, fortalecendo o debate sobre diversos temas já consolidados e emergentes na área de ciências humanas. Gostaríamos, por fim, de destacar que a partir desta edição contamos com a participação dos Programas de Mestrado Profissional em Ensino de História e do Programa de Pós-graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Socioambiental, o que amplia o alcance e os diálogos teóricos e metodológicos da Revista. A Comissão Editorial e os organizadores do dossiê Estado, violência e sociedade: questões contemporâneas agradecem aos que colaboraram com seus artigos nesta edição e convida a todos/as para que fortaleçam o debate acadêmico com a divulgação de pesquisas concluídas e em andamento, resenhas, ensaios e entrevistas. Boa Leitura! Francisco Canella, Gláucia de Oliveira Assis e Paulo Jose Duval da Silva Krischke Organizadores do Dossiê Gláucia de Oliveira Assis e Mariléia Maria da Silva Editoras-Chefe. Universidade do Estado de Santa Catarina UDESC Centro de Ciências Humanas e da Educação - FAED Revista Volume 16 - Número 32 - Ano 2015 revistapercursos@gmail.com Revista. Florianópolis, v. 16, n. 32, p. 01 05, set./dez. 2015. p.5