SISTEMA DE INFORMAÇÃO DOS NÚCLEOS DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA SINAI NO MUNICÍPIO DE SOBRAL.



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Transcrição:

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DOS NÚCLEOS DE APOIO A SAÚDE DA FAMÍLIA SINAI NO MUNICÍPIO DE SOBRAL. Autora :Suzana Lourdes Ferreira Frota - Frota, S.L.F. - Secretaria da Saúde e Ação Social de Sobral/ Escola de Formação em Saúde de Família Visconde de Sabóia Co-autores : José Henrique Linhares - Linhares, J.H. - Secretaria da Saúde e Ação Social de Sobral/ Escola de Formação em Saúde de Família Visconde de Sabóia; Maria do Socorro Sousa Melo - Melo,M.S.S. - Secretaria da Saúde e Ação Social de Sobral INTRODUÇÃO: O município de Sobral constitui cenário de referência para a região nordeste do Brasil baseado na sua singularidade e inovações do seu modelo tecnoassistencial de saúde. Trata-se de um município do sertão nordestino, que dista 220 km de Fortaleza, capital do Estado do Ceará, com predominância do clima tropical semi-árido e com uma população estimada de 186mil habitantes (censo demográfico 2000 IBGE), sendo esta predominantemente urbana. Atualmente, a estratégia Saúde da Família neste município é expressa pelo seguinte desenho: 48 equipes de Saúde da Família atuando com 410 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e, 40 Equipes de Saúde Bucal e 06 Núcleos de apoio a Saúde da Família compostos pelas categorias de Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Nutricionista, Educador Físico, Assistente Social, Farmacêutico e Psicólogo, médico Ginecologista obstétrico e Pediatra que estão inseridos nos 28 Centros de Saúde da Família, 15 deles situados na sede e 13, nos distritos. Em se tratando de Saúde da Família, as ações e serviços de saúde o município de Sobral configura- se como objeto privilegiado de estudos e construção da integralidade em saúde. As instituições de saúde configuravam-se como um espaço de construção de novas práticas, materializando a integralidade como princípio, o direito e o serviço na atenção e cuidado à saúde (Pinheiro e Luz, 2003). Assim é que, dentro do escopo de apoiar a inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e ampliar a abrangência, a resolutividade, a territorialização, a regionalização, bem como a ampliação das ações da Atenção Primaria a Saúde (APS) no Brasil, o Ministério da Saúde criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), mediante a Portaria GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008 (Brasil,2009). O processo de implantação das equipes

interdisciplinares em Sobral foi revisto, buscando adequar-se a essa nova proposta. Desse modo, buscou-se promover uma articulação entre a política nacional e a experiência vivida no município de incorporação de outras categorias profissionais na ESF. As novas reflexões sobre as práticas de saúde integral encontravam um espaço privilegiado para a reflexão e a construção dessa nova práxis: os territórios da Saúde da Família. As visitas ao território apontavam sempre uma nova realidade, novos problemas de saúde, novas articulações da comunidade, descobertas de aspectos culturais da comunidade até então não identificados. Isso instigava os profissionais a acompanharem a dinâmica do território, tendo de construir ou reconstruir novas formas de pensar as ações em saúde. De acordo com Unglert (1999), esse território apresentava-se em permanente construção, representando muito mais do que um espaço geográfico: um espaço com um perfil demográfico, epidemiológico, administrativo, tecnológico, político e social que o caracteriza. Segundo Villarosa (1993) o território é assimétrico (grifo de autor), uma vez que as necessidades de saúde não se distribuem de forma homogênea dentro dele. Neste contexto, um dos desafios do NASF na ESF era criar um sistema de informação para o registro e o planejamento de suas ações. Muitas atividades realizadas pelos profissionais da saúde na ESF não eram registradas nos sistema de informação do Sistema Único de Saúde no SAI SUS ou eram registradas superficialmente como: ações desenvolvidas por outros profissionais de saúde, registradas no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). Assim, não era possível identificar pelo SIAB nem pelo SIA qual as ações desenvolvidas pelo profissionais do NASF e dos residentes. Esse registro não tinha utilidade alguma para o monitoramento ou a avaliação, limitando o processo de planejamento em saúde dos profissionais. Uma das dificuldades encontradas no processo de trabalho do NASF foi a ausência de um sistema de informação que contemplasse o registro de atividades executadas por esses profissionais. Neste sentido, a Coordenação dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF), junto com os residentes da Escola de Formação m Saúde Da Família Visconde de Sabóia (EFSFVS) e os profissionais do setor de infortamática da Prefeitura Municipal de Sobral adotou uma política ousada, a fim de envolver os profissionais dos distintas categorias profissionais para uma elaboração de um sistema de informação que pudessem ser contempladas os registros das ações desses profissionais, uma atuação conjunta e dinâmica. O produto deste trabalho resultou na produção de ações e serviços que são a base de todo o processo de trabalho das equipes do NASF do município de Sobral. OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é registrar

as atividades dos profissionais dos NASF, contribuir para organização, avaliação e o planejamento das rotinas de suas ações. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Na atenção à saúde, as informações são imprescindíveis para o atendimento individual e coletivo, podendo gerar políticas específicas para a formulação de planos e de programas, contribuindo no apoio aos processos de gestão (Mota e Carvalho, 2003). A informação é ainda em uma ferramenta essencial para a operacionalização e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), na perspectiva de avaliação, monitoramento e planejamento das ações. A partir do reconhecimento da importância da informação em saúde, das limitações do sistema do município e da necessidade de melhorar o planejamento e entendendo que a informação representa um espaço importante para o desenvolvimento e produção de saúde, foi elaborado em 2004 um instrumento de coleta de dados que contém perfil epidemiológico da população assistida, registro de atividades e procedimentos realizados, encaminhamentos como também agravos de notificação, faixa etária da população assistida e problemas de saúde ou sociais encontrados nos territórios c para a elaboração do fluxo das informações, processamento, definição de indicadores, análise, discussão e divulgação dos relatórios gerados pelo sistema.. Depois da criação do instrumento, foi desenvolvido o software em Sistema Operacional Linux, linguagem de programação PHP, banco de dados PostgreSql e acomodado em um servidor web Apache descrito como Sistema de Informação dos NASF. A informação deve ser precisa, completa e recebida com regularidade (Moraes e Santos, 2001). O gerenciamento do sistema de informações no nível municipal deveria ocorrer próximo do acontecimento do evento, possibilitando o emprego de técnicas de controle para melhorar a qualidade da informação (Almeida e Alencar, 2000). Desse modo, a coleta de dados e o preenchimento do instrumento são realizados pelos profissionais e enviados mensalmente para a Secretaria da Saúde do município de Sobral onde os dados coletados são colocados no sistema de informação gerando mensalmente relatórios sobre as atividades realizadas pelos profissionais nos territórios. IMPACTOS: A partir da utilização do SINAI, os profissionais do NASF estão realizando o monitoramento de suas ações e o planejamento de suas atividades baseados nos dados coletados por este sistema, traduzindo nas necessidades reais de planejamento, programação, execução e análise de ações e serviços. No que se refere à produção e à disseminação do conhecimento, o SINAI disponibiliza dados para pesquisas e contribuiu na definição do papel específico de cada categoria na Estratégia Saúde da

Família. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Acreditamos que a incorporação deste instrumento junto à rotina de trabalho dos profissionais do NASF constituiu produto de bastante relevância no planejamento de indicadores e programação das ações desenvolvidas, assim como no acompanhamento do plano de ação das diversas categorias que compõem o NASF. Pretende-se com este projeto contribuir ainda mais com a produção de conhecimento visando à implantação de estratégias que facilitem a melhoria do processo de trabalho em saúde pública e justifique a implementação e pactuação de novos indicadores de ações e serviços de modo satisfatório e coerente com a realidade local. Neste sentido, observamos que este sistema está garantindo a produção de informações epidemiológicas necessárias para o processo de controle, avaliação e planejamento de ações desses profissionais na Estratégia Saúde da Família. Acreditamos que o SINAI contribuiu para a definição de ações gerais e específicas das categorias que compõem os Núcleos, bem como na construção de uma política de integração de diversas categorias profissionais no Saúde da Família. Um dos principais desafios do sistema é garantir a confiabilidade das informações e a construção de indicadores sociais, de saúde e integralidade. Acreditamos que seja necessário desenvolver mecanismos de avaliação da cobertura, da acessibilidade, da eficácia, da efetividade e do impacto das ações dessas novas categorias na ESF.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ALMEIDA, M. F.; ALENCAR, G. P. Informações em saúde: necessidade de introdução de mecanismos de gerenciamento de sistemas. Informe Epidemiológico do SUS. v. 4 n. 1, p. 241-249, 2000. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno da Atenção Básica n.27. MS, 2009 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria N 154/GM de 24 de janeiro de 2008. Diário Oficial da União. Brasília: MS, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno da Atenção Básica n.27. MS, 2009 MORAES, I. H. S.; SANTOS, S. R. F. R. Informações para gestão do SUS: necessidades e perspectivas. Informe Epidemiológico do SUS, v. 10, n. 1, p. 49-56, 2001 MOTA, E.; CARVALHO, D. M. Sistema de Informação em Saúde. In: ROUQUAYROL, M. Z.; ALMEIDA FILHO, N. de. Epidemiologia e saúde. Rio de Janeiro. MEDSI: Guanabara Koogan, 2003. p. 605-628. UNGLERT, C. V. S. Territorialização em sistemas de saúde. In: MENDES, E. V. Distrito sanitário: o processo de social de mudanças das práticas sanitárias do Sistema Único de Saúde. Rio de Janeiro: ABRASCO, 1999. p. 221-235. VILLAROSA, F. N. A estimativa rápida e a divisão do território no distrito sanitário: manual de instruções. Brasília, DF: Organização Panamericana da Saúde: Organização Mundial de Saúde, 1993. (Série Desenvolvimento de Serviços de Saúde, 12).