ANO XXIV - 2013-1ª SEMANA DE DEZEMBRO DE 2013 BOLETIM INFORMARE Nº 49/2013 IPI VENDA A VAREJO DENTRO DO ESTABELECIMENTO - MOMENTO DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR DO IPI... Pág. 277 ICMS - ES SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA - INFORMAÇÃO DE RECEITAS JUNTO AO DAS... Pág. 278 LEGISLAÇÃO ES LEI Nº 10.128, de 26.11.2013 (DOE de 27.11.2013) - Realização De Tatuagem Em Menores De 16 (Dezesseis) Anos... Pág. 280
IPI VENDA A VAREJO DENTRO DO ESTABELECIMENTO Momento da Ocorrência do Fato Gerador do IPI Sumário 1. Introdução 2. Novo Posicionamento da RFB 3. Integra do Parecer Normativo Nº 1, de 28 de Maio de 2013 1. INTRODUÇÃO Neste boletim será abordado o momento da ocorrência do fato gerador do IPI em se tratando de produto exposto à venda a varejo dentro do estabelecimento industrial. 2. NOVO POSICIONAMENTO DA RFB Com a publicação do Parecer 01/2013, fica revogado o entendimento exarado no Parecer 08/1970. Assim, no caso de produto exposto à venda a varejo dentro do estabelecimento industrial, entende a RFB que o fato gerador do IPI dar-se-á na saída do produto do estabelecimento industrial ou no momento da sua venda quanto aos produtos objeto de operação de venda que forem consumidos no interior do estabelecimento. 3. INTEGRA DO PARECER NORMATIVO Nº 1, DE 28 DE MAIO DE 2013 Parecer Normativo nº 1, de 28 de maio de 2013 DOU de 13.8.2013 IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS IPI. VENDA À VAREJO. FATO GERADOR. SAÍDA DO PRODUTO OU MOMENTO DA VENDA. No caso de produto exposto à venda a varejo dentro do estabelecimento industrial, o fato gerador dar-se-á na saída do produto do estabelecimento industrial ou no momento da sua venda quanto aos produtos objeto de operação de venda que forem consumidos no interior do estabelecimento. Dispositivos Legais: Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010, Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados RIPI/2010, arts. 35, II, 36, XI, e 408. Relatório Cuida-se da atualização do Parecer Normativo CST nº 8, de 1970, que, embora tenha vigorado até a presente data, faz referências a norma já modificada ou revogada. 2. No caso em questão, analisa-se o momento da ocorrência do fato gerador na hipótese de estabelecimento industrial realizar vendas a varejo dentro do próprio estabelecimento. Fundamentos 3. Desde a alteração 1ª do art. 1º do Decreto-lei nº 400, de 28 de dezembro de 1968, que suprimiu a alínea "b" do inciso I do art. 5º da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, o fato gerador do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na venda a varejo não é mais o momento em que o estabelecimento industrial expõe o produto para venda. 4. A partir de então, passou-se a adotar, nesses casos, a regra geral de incidência do imposto, qual seja, a saída do produto do estabelecimento industrial, conforme disposto no inciso II do art. 35 Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010, Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados RIPI/2010, in verbis: Art. 35. Fato gerador do imposto é: II - a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial. 5. Lembre-se que há, ainda, previsão de ocorrência do fato gerador no momento da venda quanto aos produtos objeto de operação de venda que forem consumidos dentro no estabelecimento, nos termos do art. 36 do RIPI/2010: Art. 36. Considera-se ocorrido o fato gerador: IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS ESPÍRITO SANTO DEZEMBRO - 49/2013 277
XI - no momento da sua venda, quanto aos produtos objeto de operação de venda que forem consumidos ou utilizados dentro do estabelecimento industrial. 6. Caso o estabelecimento industrial possua seção de venda a varejo isolada das demais, com perfeita distinção e controle dos produtos saídos de cada uma delas, ser-lhe-á permitido emitir uma única nota fiscal, no fim do dia, relativa às vendas diárias da seção de varejo, conforme art. 408 do RIPI/2010: Art. 408. Nos estabelecimentos industriais ou equiparados a industrial, que possuírem seção de venda a varejo isolada das demais, com perfeita distinção e controle dos produtos saídos de cada uma delas, será permitida, para o movimento diário da seção de varejo, uma única nota fiscal com destaque do imposto, no fim do dia, para os produtos vendidos. Conclusão 7. Diante do exposto, conclui-se que, no caso de produto exposto à venda a varejo dentro do estabelecimento industrial, o fato gerador dar-seá na saída do produto do estabelecimento industrial ou no momento da sua venda quanto aos produtos objeto de operação de venda que forem consumidos no interior do estabelecimento. 8. Fica revogado o Parecer Normativo CST nº 8, de 1970. À consideração do Coordenador-Substituto do GT-IPI. Rui Diogo Lousa Borba Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) Fundamentos Legais: Os citados no texto. ICMS - ES SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Informação de Receitas Junto ao DAS Sumário 1. Introdução 2. Cálculo da Substituição Tributária 3. Informação das Receitas junto ao Das 3.1 Na condição de substituído tributário 3.2 Na condição de substituto tributário 4. Exemplos de Lançamentos 1. INTRODUÇÃO Conforme previsto no art. 13, inciso XIII, da Lei Complementar nº 123, de 2006, deverá ser recolhido à parte do Simples Nacional, dentre outros, o ICMS devido nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária. Desta forma, o presente trabalho visa esclarecer aos assinantes a forma de aposição das receitas decorrentes de operações com mercadorias sujeitas à substituição tributária, pelos contribuintes optantes pelo Simples Nacional. 2. CÁLCULO DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Nas operações com mercadorias sujeitas à substituição tributária, o substituto tributário optante deverá recolher à parte do Simples Nacional o ICMS devido por substituição. O ICMS próprio, por sua vez, deverá ser recolhido dentro do Simples Nacional. Em relação ao ICMS devido por responsabilidade tributária, em decorrência do disposto nos artigos 13, 6º, e 77, 4º e 5º, da Lei Complementar nº 123, de 2006, com redação da Lei Complementar nº 128, de 2008, a partir de 01/01/2009 o valor do imposto devido por substituição tributária corresponderá à diferença entre: a) o valor resultante da aplicação da alíquota interna do ente detentor da competência tributária sobre o preço máximo de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou sugerido pelo fabricante, ou sobre o preço a consumidor usualmente praticado ou, ainda, avaliado por meio da aplicação de uma margem de valor agregado; e b) o valor resultante da aplicação, sobre o valor da operação ou prestação própria do substituto tributário, qual seja; aquele correspondente à alíquota interna ou interestadual, conforme o caso, na hipótese de operações realizadas a partir de 01/08/2009. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS ESPÍRITO SANTO DEZEMBRO - 49/2013 278
3. INFORMAÇÃO DAS RECEITAS JUNTO AO DAS As receitas decorrentes de operações com mercadorias sujeitas à substituição tributária, pelos contribuintes optantes pelo Simples Nacional serão informadas no aplicativo de cálculo observando-se as regras expostas a seguir: 3.1 Na condição de substituído tributário: Comércio - As receitas correspondentes à revenda de mercadorias sujeitas à substituição tributária deverão ser informadas no aplicativo de cálculo como revenda de mercadorias COM substituição tributária. Notas: - Neste caso não haverá valor a recolher de ICMS próprio referente às receitas que se enquadrem nesta condição. - Contribuinte substituído é aquele que não é responsável pela retenção do imposto devido que já foi destacado em etapa anterior. 3.2 na condição de substituto tributário: Comércio Atacadistata - As receitas correspondentes à revenda de mercadorias sujeitas à substituição tributária deverão ser informadas no aplicativo de cálculo como revenda de mercadorias SEM substituição tributária ; Indústria - As receitas correspondentes à venda de mercadorias por ela industrializadas sujeitas à substituição tributária deverão ser informadas no aplicativo de cálculo como venda de mercadorias industrializadas SEM substituição tributária. Notas: Neste caso haverá valor a recolher de ICMS próprio referente às receitas que se enquadrem nesta condição. - Contribuinte substituto é aquele que é responsável pelo pagamento do imposto devido nas etapas subsequentes. - O contribuinte substituto deverá recolher o imposto de responsabilidade própria por dentro do SN, sendo que o imposto devido de responsabilidade por substituição tributária será calculado nos termos das demais empresas não optantes do SN e recolhido em guia própria (ver Pergunta 6.3). 4. EXEMPLOS DE LANÇAMENTOS Seguem exemplos que ilustram as duas formas de lançamento abordadas nesta matéria: a primeira refere-se a informação prestada por contribuinte substituto tributário e segunda refere-se a informação prestada por substituído tributário. Exemplo 01: A indústria, na condição de contribuinte substituto, informará receita com venda de mercadorias industrializadas SEM substituição tributária. Desta forma, o aplicativo de cálculo gerará o valor do ICMS próprio devido naquelas saídas. O valor de ICMS devido referente à responsabilidade por substituição tributária será calculado nos termos das demais empresas não optantes e recolhido pela indústria em Guia Nacional de Recolhimento GNRE ou em guia própria do estado de localização do destinatário das mercadorias. Exemplo 02: Uma farmácia adquire medicamentos da indústria para revenda. O ICMS devido nas operações de saída de mercadorias desta farmácia já foi recolhido em etapa anterior pela indústria ou empresa atacadista que está na condição de substituto tributário. No aplicativo de cálculo a farmácia informará revenda de mercadorias COM substituição tributária. Desta forma, o aplicativo de cálculo não gerará valor a recolher referente ao ICMS naquelas saídas. Fundamento Legal: Os citados no texto. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS ESPÍRITO SANTO DEZEMBRO - 49/2013 279
LEGISLAÇÃO ES REALIZAÇÃO DE TATUAGEM EM MENORES DE 16 (DEZESSEIS) ANOS ALTERAÇÃO LEI Nº 10.128, de 26.11.2013 (DOE de 27.11.2013) Altera o artigo 1º da Lei nº 5.536, de 15.12.1997, que proíbe a realização de tatuagem em menores de 16 (dezesseis) anos. O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º O artigo 1º da Lei nº 5.536, de 15.12.1997, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 1º Os estabelecimentos comerciais, profissionais liberais, ou qualquer pessoa que aplique tatuagens permanentes em outrem, ou coloque adornos, tais como brincos, argolas, alfinetes, que perfurem a pele ou ombro do corpo humano, ainda que a título não oneroso, ficam proibidos de realizar tais procedimentos em menores de 16 (dezesseis) anos, sem expressa autorização judicial. 1º Os jovens entre 16 (dezesseis) e 18 (dezoito) anos só poderão realizar tais procedimentos na presença dos pais ou responsável, mediante autorização por escrito, com assinatura reconhecida em cartório. 2º Excetua-se do disposto neste artigo a colocação de brincos nos lóbulos das orelhas." (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Palácio Anchieta, em Vitória, 26 de novembro de 2013. José Renato Casagrande Governador do Estado IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS ESPÍRITO SANTO DEZEMBRO - 49/2013 280