Palavras-chave: Acadêmicos. Planejamento. Recursos financeiros.



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Transcrição:

FINANÇAS PESSOAIS: UM ESTUDO DE CASO COM ACADÊMICOS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA FACULDADE LUTERANA RUI BARBOSA FALURB DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON PR ARAUJO, Gabriela Sabrine Rauber Discente do curso de graduação em Ciências Contábeis, na Faculdade Luterana Rui Barbosa FALURB, de Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail: gabii.sabrine@hotmail.com DOMINGOS, Gracielle. Discente do curso de graduação em Ciências Contábeis, na Faculdade Luterana Rui Barbosa FALURB, de Marechal Cândido Rondon, PR. E-mail:gracielledomingos@hotmail.com THOMAS, Jorge André. Docente da Faculdade Luterana Rui Barbosa - FALURB, de Marechal Cândido Rondon, PR. Discente do Mestrado Profissional em Administração pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE. E-mail: jorgeandrethomas@gmail.com Resumo Este estudo teve por objetivo analisar a relação existente entre acadêmicos do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Luterana Rui Barbosa FALURB, do município de Marechal Cândido Rondon PR, com o controle financeiro pessoal. Para seu alcance, teve-se como objetivos específicos, avaliar qual o método preferido para um controle financeiro pessoal e identificar quais são os produtos de investimento para a economia de recursos financeiros. A pesquisa se caracteriza como descritiva e exploratória, em que para o alcance do objetivo, utilizou-se de questionários, os quais foram aplicados a 239 acadêmicos. Os resultados da pesquisa permitem inferir que 71% dos acadêmicos costumam realizar o controle de suas finanças e procuram realizar economias para futuros investimentos, sendo que a maioria, 56% utiliza a caderneta de poupança como meio de investimento. Conclui-se que das mulheres entrevistadas, a grande maioria compromete mais da metade de sua renda mensal com obrigações a pagar, já entre os 87 homens entrevistados, poucos comprometem a mesma porcentagem de sua renda mensal com obrigações a pagar. Constatou-se que o maior conhecimento sobre conceitos da educação financeira influencia na diminuição do endividamento entre os acadêmicos, mas não se exclui possibilidades de que dívidas sejam assumidas. Pode-se afirmar que o planejamento financeiro pessoal é um conjunto de instrumentos e técnicas

que possibilita aos acadêmicos o auxílio quanto a decisão de onde e como alocar seus recursos financeiros. É disponibilizado como anexo deste trabalho, uma planilha para que todos que ache necessário utilizem para realizar o controle financeiro pessoal. Palavras-chave: Acadêmicos. Planejamento. Recursos financeiros. Área Temática: Contabilidade Financeira e Finanças 1 Introdução A contabilidade tem por objetivo fornecer às empresa relatórios úteis para administradores gerenciá-los e através destes tomarem as decisões que melhor se enquadram à situação. Porém, a contabilidade não está somente destinada às empresas, pessoas jurídicas, mas também às pessoas físicas, famílias e a todos quanto necessitam de um planejamento de seus orçamentos mensais (HOSS et al, 2012). É de grande importância que uma família e até mesmo indivíduos possuam suas receitas e despesas controladas e saibam todos os meses onde e como estão sendo gastos ou investidos suas receitas. Para isso utiliza-se a mesma ferramenta da contabilidade, porém de uma forma diferenciada. Neste trabalho, o tema consiste em evidenciar a funcionalidade das finanças pessoais, tendo como objetivo geral investigar qual a relação existente entre um acadêmico do curso de graduação em Ciências Contábeis da Faculdade Luterana Rui Barbosa FALURB, do município de Marechal Cândido Rondon - PR, com o controle financeiro pessoal. Para o alcance do objetivo geral, tem-se como objetivos específicos: analisar os métodos preferidos no momento de se controlar as finanças pessoais; identificar se os acadêmicos procuram investir seus recursos financeiros e propor uma planilha para o controle financeiro, que poderá servir como modelo para todos quantos se interessarem em ter um planejamento pessoal. Muitas pessoas, incluindo acadêmicos que já estão inseridos na área da contabilidade, não sabem como ao menos um planejamento financeiro ocorre, quais são seus benefícios e o que pode trazer de vantagem na descoberta da possibilidade de economia de recursos, ou até mesmo uma melhor forma de investimentos, seja em poupança, aplicações, entre outros. (SOUZA e TORRALVO, 2015).

A pesquisa se justifica por abranger o tema de finanças pessoais, que consiste em um assunto relativamente importante não somente para acadêmicos, dos mais diversos cursos, mas também para o público em geral. Segundo Hoss et al (2012, p. 10), a falta de planejamento e controle da vida financeira das pessoas, normalmente, leva-as a endividarem-se, dificultando ainda mais a sua situação. No Brasil, a educação financeira ainda é pouco explorada, é praticamente inexistente disciplinas relacionadas à gestão financeira pessoal em cursos regulares, faculdades e MBA s. (SOUZA e TORRALVO, 2015). Devido a isso, faz-se necessário o estudo das finanças pessoais, para contribuir com a criação de novas pesquisas voltada à área de educação financeira. A pesquisa é dividida em duas seções: uma teórica e outra prática. Na seção teórica, foi realizado um levantamento bibliográfico, com uso de livros, artigos científicos e sites da internet da área estudada, enquanto que na seção prática, aplicou-se um questionário para 239 acadêmicos do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Luterana Rui Barbosa FALURB. As questões abordaram a forma do planejamento financeiro individual, sendo cinco questões para identificar o perfil socioeconômico dos entrevistados e doze questões para cumprir os objetivos específicos, em que tais respostas serão apresentadas em tabelas para demonstrar o resultado obtido. 2 Desenvolvimento As finanças consistem em um tema que envolve um planejamento financeiro das pessoas ou famílias para que com isso seja possível organizar a vida financeira, atingir objetivos e traçar metas. Para Char et al (2012, p. 31-32), [...] o planejamento financeiro pode ser entendido como um processo de formulação de estratégias para auxiliar famílias a gerenciarem seus assuntos financeiros e, dessa forma, atingirem objetivos. A gestão financeira ou o planejamento familiar estabelece uma forma organizada de controlar seus bens ou valores que formam o patrimônio familiar, trazendo benefícios e garantindo uma tranquilidade financeira do indivíduo (CAMARGO, 2007). Nesse aspecto, é fundamental controlar o que se ganha e o que se gasta para haver um equilíbrio financeiro. Cerbasi (2004) afirma que o ganho de capital das pessoas não depende exclusivamente daquilo que se ganha, porém da forma que se gasta. Para Char et al (2012), pode-se explicar diversas razões para implantar e monitorar um planejamento financeiro pessoal. Uma delas consiste num planejamento

financeiro, em que a pessoa estará mais apta para atingir seus objetivos que envolvem recursos financeiros, além de possuir uma maior garantia da proteção de seu patrimônio. Quando se planeja financeiramente, tem-se uma preocupação maior para quando ocorram situações inesperadas, pois provavelmente se terá uma reserva para emergências. No planejamento financeiro é importante que se possa compreender o limite que pode-se gastar, sem que se comprometa as receitas em relação ao padrão de vida no futuro. Conforme Cerbasi (2004), a falta de um planejamento ou o uso de forma incorreta, pode causar desarmonia e conflitos entre indivíduos. Ao longo do desenvolvimento das pessoas, os gastos tendem a aumentar, devido a isso [...] é indispensável que o planejamento financeiro seja utilizado em todas as fases do desenvolvimento humano (SANTOS, 2014, p. 25). O Instituto de Estudos Financeiros IEF (2015), afirma que ter um orçamento escrito e organizado representa apenas uma parte necessária para se ter um bom planejamento financeiro que satisfaça as pessoas, sendo que muitas começam a elaborar um orçamento, mas desistem pensando não ser necessário. Conforme as palavras do IEF (2015), um orçamento escrito indica a existência de um maior interesse pela sua utilização e fornece informações de melhor qualidade. Se o orçamento não está escrito (apenas na memória da pessoa), fornecendo-lhe informações sem uma maior precisão, sua efetiva utilidade será bem menor. Durante o processo de orçamento doméstico, é importante que os indivíduos saibam separar suas receitas das despesas. De acordo com o Conselho Regional de Contabilidade do Estado da Bahia CRC/BA (2015), as receitas correspondem a todos os recursos financeiros que o indivíduo recebe em um determinado período de tempo, como: salários, recebimentos de aluguéis, mesadas, pensão, benefícios sociais, entre outros e, as despesas, por sua vez, são todos os gastos que esse indivíduo consome em um determinado período de tempo, sendo separadas em fixas, variáveis e eventuais: Ainda conforme o CRC/BA (2015) as despesas fixas são as que ocorrem todos os meses podendo ser previstas, como: aluguel, contas de energia elétrica e água, segurança, saúde, escola, entre outros; as despesas variáveis não ocorrem todos os meses, variando de acordo com a necessidade pessoal, como: compra de roupas, combustível, transporte, academia, entre outros, e as despesas eventuais não são programadas, porém, deve haver uma reserva para quando ocorrê-las, como: tratamentos médicos, remédios, viagens, manutenção de veículos, entre outros.

É importante que as pessoas separem os recursos financeiros para que não haja um gasto além do que se ganha, pois de acordo com Teixeira (2005, p. 11), a maneira como a família administra seus recursos também afeta sua qualidade de vida, por serem os recursos escassos. O endividamento e a educação financeira são dois assuntos que andam juntos, pois permite às pessoas consumirem produtos e serviços financeiros de uma maneira que reduza o descumprimento de obrigações com terceiros (PINHEIRO, 2008). Conforme Marques e Frade (2004), o endividamento é um saldo devedor, em que o indivíduo utiliza recursos de terceiros para fins de consumo. Quando há um planejamento financeiro, evita-se que as despesas se tornem maiores que os recursos e também, diminui-se a necessidade da utilização de recursos de terceiros para pagamento de tais despesas ou até mesmo para consumos desnecessários. Uma situação mais grave é o sobre-endividamento das pessoas, que ocorre quando os indivíduos necessitam de empréstimos ou financiamentos para pagarem dívidas sobre dívidas (MARQUES e FRADE, 2004). Na maioria dos casos, o endividamento das pessoas ocorre quando não se aplicam em suas vidas financeiras, um planejamento de seus orçamentos. Com isso ocorre um gasto além do que se pode pagar, gerando dívidas e dificuldade para se conseguir quitá-las sem que se recorra a outros fatores para o cumprimento de suas obrigações. A dificuldade financeira, o desemprego, atrasos de salários, redução de renda, má fé e comprometer a renda com despesas supérfluas, são itens que se agravam em períodos de crise econômica no país (FIORENTINI, 2004). Neste sentido, torna-se indispensável a todas as pessoas físicas a adoção de um bom planejamento, para evitar que ocorram processos inesperados, causando o endividamento de tais e complicando cada vez mais sua vida financeira. É de grande valia que as pessoas separem ao menos uma parte de seus recursos financeiros e o invistam de alguma maneira para utilizarem dele em benefícios próprio no futuro (CARNEIRO e MATIAS, 2011). Para Cerbasi (2004), o investimento se conceitua em multiplicar os recursos financeiros, mesmo que seja para benefícios a curto ou longo prazo. O autor afirma também que há diversas formas para se aplicar os ganhos, sendo que cada uma dessas formas de investir possui um objetivo, cabendo às pessoas analisarem a melhor forma, atentando-se à sua necessidade momentânea. Assim, até o mais simples investimento

pode se tornar poderoso, basta que seja analisada pelo investidor a melhor maneira para a situação desejada. Entre elas está a Caderneta de Poupança que é a maneira de aplicação mais tradicional, não possuindo limite de aplicação. É mencionada pelos investidores como a mais conservadora, já que é isenta de imposto de renda. Tem um baixo rendimento, porém, por sua segurança é o investimento mais procurado pelas pessoas, sendo indicada para todos que possuem pouco recurso para investimentos (CERBASI, 2008). Referente a Previdência Privada Macedo Jr. (2007, p. 96), afirma que os fundos de previdência são um tipo de fundo de investimento, com a diferença de que seus recursos destinam-se especificamente à acumulação de renda para a aposentadoria. Esse investimento pode ser em um fundo fechado, o qual é destinado a funcionários de empresas, na qual esta participa como patrocinadora do fundo, contribuindo com uma parte para o funcionário. Já os fundos abertos estão disponíveis a qualquer pessoa. O Certificado de Depósito Bancário (CDB), conforme Macedo Jr. (2007), é um título de renda fixa, de forma que quando comprado, há um empréstimo de dinheiro para o banco que paga uma taxa de juros pelo empréstimo. Por se tratar de uma renda fixa, o grau de risco é baixo. A forma de aplicação, os prazos, condições de remuneração e a liquidez são todas definidas no ato da aplicação. Quanto maior o valor investido e maior sua permanência, mais altas são as taxas de juros. As Ações são investimentos de renda variável e devido a isso, possuem um alto grau de risco. São conceituadas por Halfeld (2004), como títulos negociáveis que representam uma parcela mínima do capital de determinada empresa. Uma das maiores vantagens é que por ser um investimento de risco elevado, o ganho desse investimento também pode ser alto, como também, apresentar prejuízos. Para isso, sugere-se que se compre ações quando o valor estiver em baixa e as vendam na alta. Neste caso, o maior problema está em identificar esses períodos. Macedo Jr. (2007), recomenda que os investidores adquiram ações em empresas que participam da lista do Ibovespa ou IBX, que são empresas de alta liquidez, ou seja, muito negociadas. Rojo et al (2012), afirma que se pode também investir em imóveis, sendo estes considerados investimentos seguros e que possuem menores armadilhas no mercado. Toda pessoa física a partir do momento em que realiza investimentos, deve se preocupar com a liquidez, risco e rentabilidade. Para Halfeld (2004, p. 74) o conceito

de liquidez é uma referência ao prazo e ao custo com que um investimento se transforma em dinheiro vivo. A liquidez indica quanto a pessoa tem em seu ativo, ou seja, em dinheiro, comparado com suas obrigações a serem pagas. Desta forma, quanto maior a quantia em dinheiro ou reservas, maior será a possibilidade de um investimento (MATARAZZO, 2010). De acordo com Matarazzo (2010) e Halfeld (2004)), o risco se define pela rentabilidade de um investimento. Quando há uma certeza do retorno de um investimento, o risco pode chegar a zero, ou o mais próximo disso. Já, quando o investidor resolve experimentar algo diferente, para que seu retorno se torne maior, como exemplo o investimento em ações, o risco se eleva, pois há diversos fatores que contribuem para a queda nos valores das ações. A rentabilidade pode ser definida como o retorno financeiro do capital investido, ou seja, quanto o investidor obteve de retorno, comparado com o total em que se aplicou em alguma forma de investimento. É na rentabilidade que se avalia qual investimento é mais rentável para cada pessoa. Para Matarazzo (2010, p. 118), é fundamental em qualquer avaliação que os índices sejam analisados conjuntamente. Frankenberg (1999), afirma que realizar investimentos de forma produtiva é uma tarefa complicada, ainda mais quando o investidor apresenta certa insegurança. Dependendo do alto grau de risco de tais investimentos, o investidor sente a incerteza de arriscar e, dependendo do montante a ser aplicado, maior a dúvida. O autor conclui citando que por enfrentar-se os riscos, pode-se perder a possibilidade de investir recursos que possam trazer benefícios. Para Stoner e Freeman (1999), não adianta ter um planejamento financeiro se não houver controle, pois os comportamentos dos indivíduos, seus rendimentos, gastos e até mesmo o planejamento devem ser monitorados e avaliados de maneira contínua. Esse processo de controle é um ciclo e suas etapas são: estabelecer formas para se medir o desempenho, monitorar o desempenho e verificar se está de acordo e, caso o seu planejamento esteja fora dos padrões, é necessário que se corrija os erros. Assim o processo se torna um ciclo mensal e contínuo. A maneira mais comum entre as pessoas para controlarem seus orçamentos, ainda é a caderneta pessoal, agenda, livreto, pois é uma maneira mais prática para organizar o orçamento mensal e obter um planejamento de despesas e gastos (TEIXEIRA, 2005).

O orçamento do caixa é uma das ferramentas mais importantes no controle das finanças pessoais e servirá para constatar em que meses haverá déficit e em quais ocorrerá superávit. Logo será um conjunto de previsões tendo como pressuposto a passividade. Pode ser um instrumento de planejamento semestral, mensal e anual e que, na prática trata-se de uma planilha em que se listam as receitas e despesas esperadas e previstas para cada mês, esclarece que a diferença entre o fluxo de caixa em relação ao orçamento é que este considera o ano e as variações mensais, enquanto o fluxo de caixa acompanha o saldo diário evitando falta de recursos. Possibilita aos usuários do fluxo de caixa viver dentro das suas reais condições financeiras. (PIRES, 2007). Porém, quando se pretende mensurar a aplicação e destinação das receitas, as planilhas eletrônicas são as mais indicadas, por serem de fácil manuseio, tanto no ambiente doméstico como também tê-la disponível no dia a dia, em tablets, celulares, entre outros dispositivos eletrônicos, sendo essa a melhor ferramenta citada por Hoss (2012) que corrobora com a ideia citando que ao acompanhar as finanças por uma ferramenta mais avançada e exemplificada, pode-se acompanhar melhor o que acontece mensalmente com os recursos pessoais e com essas informações pode-se melhorar a qualidade de vida, encontrar erros que tange ao desperdício de recursos e aprender a controlar gastos excessivos. A cada erro encontrado dentro dessas planilhas, o autor aconselha que se planeje novamente, pois nem tudo está perdido, basta que se reflita no erro cometido e se analise qual a melhor maneira para corrigir. No site www.drhs.com.br, pelo mesmo autor, é disponibilizada uma planilha para download com a finalidade do controle financeiro. Para Frankenberg (1999, p. 31), planejamento pessoal significa estabelecer e seguir uma estratégia precisa, deliberada e dirigida para a acumulação de bens e valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa e sua família. Essa estratégia pode estar voltada para curto, médio ou longo prazo, e não é tarefa simples atingi-la. Para que um planejamento das finanças seja eficiente, é importante que as pessoas possuam ao menos, conhecimentos básicos de técnicas de contabilidade. Quanto maior for a educação financeira destas, maiores serão as chances do crescimento econômico e financeiro e mais amplo e organizado serão os seus orçamentos. 3 Análise e interpretação dos dados

Este tópico demonstra os dados obtidos na pesquisa onde buscou-se identificar a relação dos acadêmicos do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Luterana Rui Barbosa FALURB de Marechal Cândido Rondon PR com um controle financeiro pessoal. 3.1 Perfil socioeconômico Num primeiro momento, o objetivo de apurar dados pessoais dos entrevistados, englobando o sexo, idade, renda e estado civil. Participaram da pesquisa, 239 acadêmicos, sendo que 152 respondentes são do sexo feminino e 87 do sexo masculino, correspondendo a 64% e 36%, respectivamente. Quanto à idade, a maior parte dos entrevistados ou 52%, possui entre 20 e 25 anos, enquanto que 23% destes possuem menos de 20 anos. Este dado foi esperado, uma vez que aplicou-se o mesmo a alunos de uma instituição de ensino superior, em que, públicos jovens como este correspondem à grande maioria. Os dados podem ser visualizados na Tabela 01. Tabela 01 Idade dos entrevistados Idade Quantidade Percentual Entre 20 e 25 anos 124 52% Menos de 20 anos 55 23% Entre 25 e 30 anos 35 15% Mais de 30 anos 25 10% Total 239 100% Fonte: Dados da pesquisa (2015) Verificou-se também que 56% dos entrevistados possuem renda entre um a dois salários mínimos, demonstrados na Tabela 02. Tabela 02 Renda dos entrevistados Renda Quantidade Percentual Entre 788,00 e 1.576,00 134 56% Entre 1.576,00 e 2.364,00 58 24% Mais de 2.364,00 26 11% Menos de 788,00 20 8% Não respondeu 1 1% Total 239 100% Fonte: Dados da pesquisa (2015) Como o público entrevistado foi de uma Instituição de Ensino Superior, todos possuem ao menos graduação em andamento, por esse motivo não abordou-se esse aspecto em uma questão específica.

3.2 Perfil de Investimento Nesta etapa da pesquisa buscou-se identificar o perfil de investimento dos acadêmicos a fim de certificar-se se eles costumam: comparar preços ao realizarem suas compras, investimentos e qual a reação diante de seus gastos inesperados. Já citado neste trabalho, Fiorentini (2004), afirma que um bom planejamento financeiro permite evitar gastos excessivos, o que pode levar os consumidores num âmbito geral ao endividamento. Devido á isso buscou-se averiguar qual a porcentagem de acadêmicos que costumam comparar preços ao realizarem suas compras, sendo que o resultado está demonstrado na Tabela 03. Tabela 03 Compara preços ao realizar compras Item Quantidade Percentual Sim 130 54% Ás vezes 83 35% Não 26 11% Total 239 100% Fonte: Dados da pesquisa (2015) Quanto ao método utilizado para investir seus recursos financeiros que constituem em uma das perguntas, a maior parte dos investimentos tanto para os homens como para as mulheres, ainda se concentram na Caderneta de Poupança. Levando em consideração, somente os que assinalaram a uma única resposta, os investimentos menos procurados entre os homens são os veículos, ações e conta corrente, no qual houve apenas uma resposta para cada investimento. Quanto às mulheres a conta corrente é o que menos se busca para investir, na qual também houve uma única resposta, em que pode-se verificar com maiores detalhes estes resultados na Tabela 05. Tabela 05 Método usado para investimento dos recursos financeiros Item Feminino Masculino Total Geral Caderneta de poupança 86 50 136 Outros 20 5 25 CDB 15 8 23 Imóveis 9 8 17 Previdência privada 4 4 8 Caderneta de poupança e Previdência privada 6 2 8 Caderneta de poupança e Previdência privada e CDB 2 2 4 Não respondeu 2 1 3 Caderneta de poupança e Imóveis 1 2 3 Previdência privada e CDB 2 0 2 Caderneta de poupança, Ações e Imóveis 2 0 2 Caderneta de poupança e CDB 1 1 2 Conta corrente 1 1 2 Ações 0 1 1

Nenhum 1 0 1 Veículos 0 1 1 CDB e Imóveis 0 1 1 Total 152 87 239 Fonte: Dados da pesquisa (2015) Algo curioso nas respostas é que o investimento em previdência privada ainda é pouco realizado pelas pessoas e este produto, entende-se que seja algo necessário como complemento de uma aposentadoria. Os investimentos em CDB apresentaram uma quantia superior ao esperado, pois é um investimento pouco conhecido e procurado entre as pessoas e pelos dados apresentados tal investimento é mais procurado pelas mulheres do que entre os homens Questionou-se também quanto a forma como se comportam os entrevistados diante de gastos inesperados. Neste quesito, grande parte do público, tanto o masculino quanto o feminino optam por recorrer aos familiares para cumprir o pagamento de suas obrigações e após essa resposta segue-se com o resgate de aplicações financeiras, conforme expostos na Tabela 06. Tabela 06 Reação diante gastos inesperados Item Feminino Masculino Total Geral Recorrerei aos familiares 62 29 91 Resgatarei recursos de aplicações financeira 35 20 55 Utilizarei o cartão de crédito 19 14 33 Venderei algum bem que possuo 9 3 12 Outros 8 6 14 Recorrerei a empréstimos 8 4 12 Utilizarei o limite de cheque especial 5 8 13 Resgatarei recursos de aplicações financeira e 4 0 4 utilizarei o cartão de crédito Utilizarei o cartão de crédito e recorrerei aos familiares 1 2 3 Poupança 1 0 1 Resgatarei recursos de aplicações financeiras e 0 1 1 Recorrerei aos familiares Total 152 87 239 Fonte: Dados da pesquisa (2015) Ao analisar-se as idades do público entrevistado com relação à reação de gastos inesperados, percebe-se que pessoas com idade superior a 25 anos tendem a controlar mais suas finanças, fazendo com que não tenham tantas surpresas desagradáveis em relação aos seus orçamentos mensais. Com uma análise mais detalhada, pode-se inferir também que as mulheres por responderem que são mais controladas em relação à comparação de preços, são as que mais exageram nos gastos, tendo um percentual maior que o dos homens em se tratando de gastos excessivos. Uma informação interessante obtida nesta pesquisa, foi que a

maior parte dos entrevistados (54%), costumam comparar os preços antes de realizarem suas compras e um baixo percentual não realiza esse procedimento. 3.3 Perfil em relação ao orçamento doméstico Nesta etapa buscou- se levantar dados referente à maneira de como são controlados os orçamentos e como efetuam o acompanhamento das receitas e despesas mensais. Inicialmente foi questionado se os acadêmicos costumam realizar o controle de suas finanças, em que 71% dos entrevistados responderam afirmativamente, 21% responderam que realizam ás vezes e apenas 8% dos entrevistados responderam negativamente. Com os dados obtidos nos questionários, observa-se que a maior porcentagem das mulheres entrevistadas (31%), ainda utiliza a caderneta/agenda pessoal para controle de seus orçamentos mensais. Já entre os homens a opção mais utilizada são as planilhas do programa Microsoft Excel. Os resultados estão demonstrados na Tabela 04. Tabela 04 Método usado para controle financeiro pessoal Item Feminino Masculino Total geral Caderneta/Agenda 74 20 94 Planilhas do Excel 37 24 61 Guardo de memória 26 19 45 Não Possuo 7 11 18 Planilhas online 2 4 6 Caderneta/Agenda e Planilhas do Excel 4 2 6 Caderneta/Agenda, Planilhas do Excel e Planilhas online 0 2 2 Outros 1 1 2 Planilhas do Excel e Guardo de memória 0 1 1 Aplicativo do celular 0 1 1 Controle bancário 0 1 1 Caderneta/Agenda e Guardo de memória 0 1 1 Planilhas do Excel e Conta bancária 1 0 1 Total 152 87 239 Fonte: elaborado pelas autoras Como já citado nesta pesquisa por Teixeira (2005), a maneira mais comum entre as pessoas para controle de seus orçamentos, ainda é a caderneta pessoal, agenda, livreto, pois concistem em uma maneira mais prática para organizar o orçamento mensal e obter um planejamento de despesas e gastos. Neste sentido, (39%) dos entrevistados preferem os métodos citados pelo autor. 4 Considerações Finais

O objetivo desta pesquisa consistiu em coletar dados sobre os acadêmicos do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Luterana Rui Barbosa FALURB, de Marechal Candido Rondon PR, com o intuito de investigar qual é relação existente entre o acadêmico e o planejamento financeiro pessoal, em que, pode-se afirmar que o mesmo foi alcançado. Quanto ao perfil socioeconômico dos acadêmicos observou-se que a maior parte destes possuem idade entre 20 e 25 anos, são solteiros, moram com os pais, sua renda mensal predominante é de 1 até 2 salários mínimos e o método de investimento financeiro mais comum entre eles é a Caderneta de Poupança, o que comprova o argumento citado por Cerbasi, (2008). Sobre o método de controle financeiro pessoal entre estes acadêmicos, independente do sexo, as planilhas do Microsoft Excel e as Cadernetas/Agenda foram as mais citadas, o que confirma a ideia de Teixeira (2005) e Hoss (2012). Já em relação aos gastos inesperados, ou não previstos, com doenças, medicamentos, viagens, vestuário, dentre outros, 38% dos acadêmicos optam por recorrer aos familiares para conseguir realizar o pagamento de tais gastos. Concluiu-se com estudo que, mesmo ao se realizar um controle do orçamento mensal, grande parte desses acadêmicos ainda não consegue realizar ações com relação ao seu próprio controle financeiro, para serem considerados organizados financeiramente, como estes se qualificaram, pois os índices referentes ao comprometimento de suas rendas é consideravelmente alto. Aconselha-se que tais acadêmicos revejam seus orçamentos e busquem aperfeiçoar seu planejamento financeiro, bem como utilizar a planilha eletrônica, disponibilizada por Hoss (2012). Sugere-se a continuidade desta pesquisa com outros públicos ou em outras instituições de ensino ou mesmo, em cursos de graduação diferentes, buscando identificar qual o impacto que um bom planejamento financeiro pode causar tanto no presente como no futuro destes públicos e se isso influencia de alguma forma, a qualidade de vida pessoal e familiar. Referências CAMARGO, C. Planejamento financeiro pessoal e decisões financeiras organizacionais: relações e implicações sobre o desempenho organizacional no varejo. Dissertação (Mestrado em Administração). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007.

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STONER, James A. F. FREEMAN, R. Edward. Administração. 5ª ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1985. TEIXEIRA, Karla Maria Damiano. A administração dos recursos na família: Quem? Como? Por quê? Para quê? Viçosa: UFV, 2005. ANEXO A