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Transcrição:

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Nesta Edição Declarar IR na 1ª semana dá restituição em julho 1. Declarar IR na 1ª semana dá restituição em julho; 2. Coação de devedor em local de trabalho resulta em demissão e indenização 3. Turma defere multa do artigo 477 por ausência de depósito do FGTS; 4. Estado de MG pode cobrar Taxa de Segurança Pública; 5. Impossível ação penal ambiental em face de pessoa jurídica; 6. Direito Tributário Contribuições sociais sobre verbas indenizatórias. Ilegitimidade. Já no primeiro lote, que será pago no dia 15 de junho, receberão os contribuintes com mais de 60 anos, que têm prioridade O contribuinte que enviar a declaração do Imposto de Renda 2012 na primeira semana poderá receber a restituição em 16 de julho, data programada para a liberação do segundo lote. Já no primeiro lote, que será pago no dia 15 de junho, receberão os contribuintes com mais de 60 anos, que têm prioridade. A entrega da declaração vai até 30 de abril, quando o fisco espera receber 25 milhões de declarações. Para receber a grana mais cedo, é preciso enviar os dados nos primeiros dias. Segundo o supervisor nacional do IR, Joaquim Adir, são baixíssimas as chances de um contribuinte com menos de 60 anos ser incluído no primeiro lote, ainda que já tenha enviado a declaração. Neste ano, estão obrigados a declarar todos que tiveram, em 2011, rendimentos tributáveis superiores a R$ 23.499,15 ou rendimentos isentos acima de R$ 40 mil, dentre outras regras. Para enviar a declaração, o contribuinte deve baixar os programas de preenchimento e envio no site da Receita. Fonte: Folha.com 2

Coação de devedor em local de trabalho resulta em demissão e indenização Empresa terá que pagar indenização no valor de R$ 14 mil reais ao trabalhador por danos morais e materiais em razão de uma acusação injusta que ocasional dispensa por justa causa A Rede Brasil Gestão de Ativos Ltda. terá que pagar a quantia de R$ 14 mil, por danos materiais e morais, a D.P.. A empresa, segundo informação contida nos autos, encaminhou e-mails ao chefe do autor, acusando este de crime de apropriação indébita referente a uma moto que supostamente estaria em sua posse. Tal atitude culminou em sua demissão, ocorrida no dia 20 de agosto de 2007. Em contestação, a Rede Brasil sustentou não ter praticado qualquer cobrança abusiva. A sentença de 1º grau, mantida pelo TJ, asseverou que a ré, no intuito de cobrar a dívida do autor e reaver a motocicleta, utilizou-se de método desarrazoado, coagindo o devedor em seu local de trabalho, com a intenção clara de expor sua condição para constrangê-lo a pagar a dívida ou entregar o bem financiado. O relator da matéria, desembargador substituto Odson Cardoso Filho, considerou que a demissão de Diego foi além de um mero transtorno. Os demais integrantes da 5ª Câmara de Direito Público do TJ acompanharam seu voto de forma unânime. A ação original tramitou na comarca da Capital. Apelação Cível nº 2011.091083-9 Fonte TJSC Turma defere multa do artigo 477 por ausência de depósito do FGTS Embora a empregadora tenha quitado as verbas rescisórias no prazo legal, o valor referente ao Fundo de Garantia não foi depositado, nem durante a relação de emprego, nem no momento do término do contrato Dando razão ao trabalhador, a Turma Recursal de Juiz de Fora condenou a ex-empregadora ao pagamento da multa prevista no artigo 477, parágrafo 8º, da CLT, pelo fato de a empresa não ter realizado o depósito de FGTS do empregado. Embora a ré tenha quitado as verbas rescisórias no prazo legal, o valor referente ao Fundo de Garantia não foi depositado, nem durante a relação de emprego, nem no momento do término do contrato, o que enseja o pagamento da multa em questão. Explicando o caso, o desembargador José Miguel de Campos esclareceu que a juíza de 1º Grau indeferiu o pedido, já que as parcelas rescisórias foram pagas dentro do prazo. O trabalhador não se conformou, alegando não ter havido recolhimento do FGTS no curso do contrato. Segundo o relator, o reclamante foi contratado em 01.03.11, a título de experiência, por 45 dias, mas a empresa antecipou a rescisão, em 02.03.11, pagando a indenização prevista em lei para essa hipótese. No entanto, não houve comprovação do depósito do FGTS do período contratual, nem o pagamento do valor correspondente, no momento da rescisão. Conforme observou o magistrado, a empresa inicialmente não estava mesmo obrigada a depositar o FGTS, porque o artigo 15 da Lei nº 8.036/90 determina que o empregador deve depositar até o dia 7 de cada mês, na conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8% da remuneração paga ou devida no mês anterior ao trabalhador. E o contrato durou apenas dois dias, tendo iniciado em 01.03.11 e terminado em 02.03.11. "Entretanto, quando da rescisão contratual, deveria a reclamada ter procedido ao depósito do valor correspondente aos dois dias de labor, na conta vinculada do trabalhador, o que, porém, não fez, incidindo, então, em descumprimento do disposto no art. 18 da lei 8.036/90", frisou o desembargador, acrescentando que a rescisão do contrato é um ato complexo e o retardamento do depósito do FGTS e da entrega dos documentos para a movimentação da conta justifica a aplicação da multa do parágrafo 8º do artigo 477 da CLT. Processo nº 0000757-52.2011.5.03.0049 Fonte TRT da 3ª Região 3

Estado de MG pode cobrar Taxa de Segurança Pública O Tribunal de Justiça de Minas Gerais reconheceu a constitucionalidade e a legalidade da Taxa de Segurança Pública (TSP-LV) que é cobrada anualmente para o licenciamento anual de veículos. O pedido de Uniformização Jurisprudencial foi feito pela Advocacia Geral do Estado, em razão da divergência jurisprudencial envolvendo o assunto e que, segundo a AGE, gerava instabilidade para a arrecadação diante da resistência de alguns grandes contribuintes. A TSP-LV foi criada em lei estadual de 1995, que institui que taxa é devida "pela utilização de serviços específicos e divisíveis, prestados pelo estado em órgãos de sua administração, ou colocados à disposição de pessoas físicas ou jurídicas cujas atividades exijam do poder público estadual permanente vigilância policial ou administrativa, visando à preservação da segurança, da tranquilidade, da ordem, dos costumes e das garantias oferecidas ao direito de propriedade". A cobrança da taxa foi levada aos tribunais principalmente pela organização de grandes eventos como, por exemplo, campeonatos de futebol, que mobilizam o efetivo policial do estado para segurança e manutenção da ordem pública. Segundo o procurador do estado Éder Sousa, da Procuradoria de Tributos e Assuntos Fiscias, a falta de uniformidade da jusrisprudência fazia, muitas vezes, com que o estado mineiro fosse obrigado a desembolsar grandes quantias para devolver valores arrecadados. O pior era que o estado, em alguns processos, além de ser condenado a devolver as quantias arrecadadas nos últimos cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação, ainda era impedido de continuar cobrando a taxa nos anos seguintes, além de ser condenado ao pagamento de honorários de sucumbência e de custas processuais, o que acabava por triplicar o valor a ser devolvido ao contribuinte, afirma Souza. Com informações da Assessoria de Imprensa da Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais. 1235618-71.2009.8.13.0480 Impossível ação penal ambiental em face de pessoa jurídica A 2ª câmara de Direito Criminal do TJ/SP concedeu segurança determinando a anulação de ação penal ambiental contra a Votorantim Cimentos, em curso na vara única do foro distrital de Cajamar (Jundiaí). O juízo recebeu denúncia do MP contra a Votorantim, que teria causado de forma irregular poluição por meio de lançamento de resíduos sólidos em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regulamentos. A Votorantim aduziu no MS que a denúncia foi ofertada exclusivamente em face da pessoa jurídica, o que seria inadmissível de acordo com a lei 9.605/98. Alegou que não foi aferida qualquer conduta praticada pelos administradores que ensejassem a responsabilização destes. E defendeu a inconstitucionalidade da lei 9.605/98, pleiteando assim a inépcia da denúncia. Ao analisar o caso, a 2ª câmara afastou a inconstitucionalidade da lei. Mas concedeu a segurança sob entendimento "da impossibilidade jurídica de imputação de crime à pessoa jurídica." Consignou o desembargador Paulo Antonio Rossi, relator: "Não há como conceber o crime sem uma conduta humana, porquanto esta é da essência do crime. Dessa forma, é possível deduzir que a pessoa jurídica não pratica crimes, servindo de instrumento pelo qual seus administradores cometem delitos contra o meio ambiente." Assim, concluindo que somente os responsáveis pela conduta ilícita é que devem responder penalmente, "cabendo à pessoa jurídica a aplicação de sanções administrativas", bem como o dever de reparação por eventuais danos causados ao Estado ou a terceiros, a câmara acordou em determinar a anulação do feito a partir da denúncia e o trancamento da ação penal ambiental em curso. 4

Direito Tributário Contribuições sociais sobre verbas indenizatórias. Ilegitimidade Os contribuintes devem ficar atentos com o atual posicionamento da Procuradoria da Fazenda Nacional, bem como com a reiterada jurisprudência dos Tribunais Superiores, reconhecendo a não incidência da contribuição previdenciária sobre diversas verbas pagas pelos empregadores aos seus empregados e trabalhadores avulsos, tendo em vista ao caráter indenizatório que as reveste, parcelas estas tidas, por tempos, pelo INSS, atualmente Receita Federal do Brasil, como salariais. As contribuições sociais a cargo do empregador, de acordo o texto constitucional e com a lei 8.212/91, devem incidir somente sobre verbas pagas pelo empregador a título de remuneração proveniente da relação de trabalho. Ocorre que há muito os contribuintes vêm sendo compelidos a procederem ao recolhimento das contribuições sociais sobre verbas pagas a título de (i) auxílio doença e acidentário referente aos primeiros 15 (quinze) dias de afastamento; (ii) aviso-prévio indenizado, (iii) terço constitucional de férias e férias indenizadas, (iv) horas-extras, (v) auxílio-alimentação e (vi) seguro de vida, verbas essas que possuem nítido caráter indenizatório. No entanto, virando o jogo, atualmente o Judiciário tem proferido decisões favoráveis aos contribuintes, reconhecendo o caráter indenizatório das verbas assinaladas. Consentindo parcialmente com a reiterada jurisprudência, houve pronunciamento, no final de 2011, da Procuradoria da Fazenda Nacional, acatando a não incidência da contribuição previdenciária sobre o pagamento in natura do auxílio-alimentação (PARECER PGFN/CRJ/Nº 2117/2011, DOU de 24/11/2011, ATO DECLATÓRIO Nº 03/2011) e sobre o seguro de vida em grupo contratado pelo empregador em favor do grupo de empregados, sem que haja a individualização do montante que beneficia a cada um deles (PARECER PGFN/CRJ/Nº 2119/2011, DOU de 09/12/2011, ATO DECLARATÓRIO Nº 12/2011). Foi determinado nos referidos Atos Declaratórios que nenhuma manifestação/recurso será apresentada em processos sobre tais verbas, nem será constituído crédito tributário novo. No entanto, não houve qualquer menção da União acerca da compensação/restituição dos valores porventura pagos a tal título pelos contribuintes, pelo que recomendável a busca do Judiciário para reaver o montante. No que tange ao (i) auxílio doença e acidentário referente aos primeiros 15 dias de afastamento; (ii) aviso-prévio indenizado, (iii) terço constitucional de férias e férias indenizadas e (iv) horas-extras, como realçado acima, a jurisprudência atual dos Tribunais Superiores também é favorável aos contribuintes. No entanto, considerando a omissão acima relatada, dos Atos Declaratórios publicados pela Procuradoria, que nada mencionam acerca da repetição dos valores indevidamente recolhidos por anos pelos Contribuintes, e tendo em vista que o valor envolvido referente a todas estas verbas ilegitimamente tributadas é bastante impactante para os cofres públicos, é patente o receio de que seja conferido pelo Supremo Tribunal Federal efeito modulatório à matéria posta, de forma a reconhecer a ilegitimidade da cobrança, mas conferir o direito à restituição apenas àqueles contribuintes que já tiverem ingressado com medida judicial quando da prolação da decisão. Tendo como fontes o Supremo Tribunal Federal e a Advocacia-Geral da União, têm sido divulgados os impactos que eventuais julgamentos do Supremo podem causar aos cofres federais, em relação a matérias tributárias, números que realçam a preocupação da União. Exemplificativamente, vale citar a ações que pretendem afastar a cobrança de ICMS da base de cálculo da COFINS, sendo apontado um possível desembolso de R$ 76 bilhões, caso o governo tenha que restituir os contribuintes pelos últimos 5 anos de recolhimento indevido. Por óbvio, a União está pressionando os Tribunais Superiores, pelo que não é recomendável uma estratégia passiva. Portanto, é extremamente importante que os contribuintes acompanhem a questão, de forma a resguardar seus interesses. Fonte TRT da 3ª Região 5

Editorial Boletim Informativo Mensal Edição 2 ano 1 Coordenação: JENYFFER RAMOS RIBEIRO Pensando na preservação ambiental a Ramos Ribeiro Advocacia Empresarial, optou por veicular o informativo apenas no meio virtual, siga esse exemplo e evite imprimir esse ou outro documento. www.ramosribeiro.com.br contato@ramosribeiro.com.br Sugestões ou comentários podem ser encaminhados ao Conselho Editorial através do e-mail. Boletim Informativo Ramos Ribeiro Advocacia Empresarial março 2012. 6