BOLONHA E REUNI: CONVERGÊNCIAS NO PLANO INSTITUCIONAL DA UFGD



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Resumo ISSN:

RESOLUÇÃO 002/CUn/2007, de 02 de março de 2007

Transcrição:

BOLONHA E REUNI: CONVERGÊNCIAS NO PLANO INSTITUCIONAL DA UFGD Ana Maria da Silva Magalhães 1 - UFGD Grupo de Trabalho - Políticas Públicas, Avaliação e Gestão do Ensino Superior Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo No ano de 2007, foi instituído, via decreto, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). Esse Programa contou com a adesão de todas as universidades federais, que elaboraram seus planos institucionais, de acordo com as diretrizes propostas pelo Ministério da Educação (MEC). Esse programa foi lançado num contexto em que a educação superior é fortemente caracterizada pela massificação, privatização, diversificação institucional, financeirização, bem como de reformas da educação superior em diversos países, para a formação de espaços transnacionais de oferta de ensino superior, como o ocorrido no Processo de Bolonha na Europa. O presente trabalho busca contribuir com o debate acerca das políticas públicas para a expansão da educação superior ao analisar as proposições contidas no Plano Institucional elaborado pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) para adesão ao programa REUNI. As análises pretendem explicitar quais as convergências entre as ações propostas pela instituição, frente às diretrizes nacionais presentes no documento intitulado Diretrizes Gerais que complementa o decreto que instituiu o programa, e as emanadas do Processo de Bolonha na Europa. Com base na abordagem do Ciclo de Políticas de Ball e seus colaboradores, os procedimentos metodológicos incidiram na pesquisa bibliográfica e análise documental. Como resultados observou-se que, embora o Plano institucional tenha mantido em essência as diretrizes emanadas do Processo de Bolonha europeu, o foco do Plano institucional REUNI da UFGD se volta para sua expansão institucional, por meio da ampliação de sua estrutura física, de seus cursos, vagas e pessoal docente e técnico. Palavras-chave: Políticas de Educação Superior. Plano institucional. REUNI. Introdução Estudos e pesquisas sobre a educação superior brasileira apontam que suas principais características sinalizam para massificação desse sistema (GOMES, MORAES, 2009) 1 Mestre em Educação na Linha de Pesquisa em Gestão, Políticas Públicas e Avaliação da Educação pela Universidade Federal da Grande Dourados, UFGD. Dourados, MS. E-mail: anamariasilva@ufgd.edu.br. ISSN 2176-1396

37549 marcado pela privatização, diversificação institucional e financeirização desse setor (CHAVES, 2010; SGUISSARDI, 2006; MOROSINI, 2014; MANCEBO, VALE, MARTINS, 2015). Além disso, no contexto internacional se observam diversas conferências mundiais de educação, além de reformas da educação superior, com a formação de espaços transnacionais de oferta de ensino superior, como é o caso do ocorrido no Processo de Bolonha na Europa e das iniciativas para constituição do Setor Educacional do Mercosul na América Latina (WIELEWICKI, OLIVEIRA, 2010; LIMA, AZEVEDO, CATANI, 2008). Nesse contexto é lançado no ano de 2007, via decreto, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). O REUNI foi instituído como uma das ações para a expansão da educação superior no parque universitário federal. Esse programa tem como finalidade criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior em nível de graduação, aproveitando a estrutura física e os recursos humanos existentes nas universidades federais (BRASIL, 2007). O Programa REUNI contou com a adesão de todas as universidades federais, que elaboraram seus planos, de acordo com as diretrizes propostas pelo Ministério da Educação (MEC, 2007). Com isso, as instituições receberiam investimentos para ampliação de sua estrutura física e contratação de docentes e técnicos e, em troca disso, ao final de cinco anos deveriam atingir a meta global do Programa de alcançar um percentual de 90% de conclusões nos cursos de graduação e a relação de 18 alunos por professor (BRASIL, 2007). Embora tenha recebido críticas variadas da literatura da área (MANCEBO, VALE, MARTINS, 2015; LÉDA, MANCEBO, 2009; CHAVES, MENDES, 2009, SGUISSARDI, 2008), a meta global do REUNI é retomada no atual Plano Nacional de Educação, com vigência de 2014 a 2024, como uma das estratégias para a expansão da educação superior pública (BRASIL, 2014). Por sua vez, o Processo de Bolonha, que deu origem ao Espaço Europeu de Educação Superior (EEES) teve início no ano de 1.999. O EEES 2 foi concebido para garantir que os sistemas de ensino superior na Europa sejam mais comparáveis, compatíveis e coerentes 3. A Declaração de Bolonha articula-se em torno de seis ações 4 : 2 O EEES foi lançado em 2010, durante a Conferência Ministerial de Budapeste Viena. 3 Nesse sentido ver: < http://www.ehea.info/>. Acesso em 27 mai. 2015. 4 Nesse sentido ver: < http://europa.eu/legislation_summaries/education_training_youth/lifelong_learning/c11088_pt.htm>. Acesso em 27 mai. 2015.

37550 Criação de um sistema de graus acadêmicos facilmente reconhecíveis e comparáveis, que inclui a criação de um suplemento de diploma partilhado a fim de aumentar a transparência. Criação de um sistema essencialmente baseado em dois ciclos: um primeiro ciclo útil para o mercado do trabalho, de uma duração mínima de 3 anos, e um segundo ciclo (mestrado) dependente da conclusão do primeiro ciclo. Criação de um sistema de acumulação e de transferência de créditos curriculares do tipo ECTS utilizado no âmbito dos intercâmbios Erasmus. Promoção da mobilidade dos estudantes, dos professores e dos investigadores através da supressão de todos os obstáculos à liberdade de circulação. Cooperação em matéria de garantia da qualidade. Incorporação da dimensão europeia no ensino superior, aumentando o número de módulos, os cursos e as vertentes cujo conteúdo, cuja orientação ou cuja organização apresente uma dimensão europeia. Observa-se nessas ações presentes na Declaração de Bolonha o foco na mobilidade acadêmica, formação em ciclos, criação de graus acadêmicos comparáveis e reconhecíveis, sistemas de créditos, foco na mobilidade acadêmica e na garantia de qualidade. Conforme a literatura da área vem apontando 5, mais que a preocupação em se constituir um sistema unificado ou de se difundir a cultura europeia, a educação superior tornou-se estrategicamente importante para a UE na criação tanto de mentes quanto de mercados para a economia europeia de conhecimento (ROBERTSON, 2009, p. 408). Nesse sentido, as reformas da educação superior desencadeadas na Europa, em razão do Processo de Bolonha, influenciam reformas introduzidas em outros países e conjunto de países, como é o caso do Brasil e da América Latina (SIEBIGER, 2014; WIELEWICKI, OLIVEIRA, 2010). O presente trabalho busca contribuir com o debate acerca das políticas públicas para a expansão da educação superior ao analisar as proposições contidas no Plano Institucional elaborado pela UFGD para adesão ao programa REUNI. As análises pretendem explicitar quais as convergências entre as ações propostas pela instituição, frente às diretrizes presentes no documento que complementa o decreto REUNI, e as emanadas do Processo de Bolonha na Europa. 5 A exemplo de BIANCHETTI, MAGALHAES, 2015; BIANCHETTI, 2010; AMARAL, 2005; CASTRO, TOME, CARRARA, 2015.

37551 Procedimentos Metodológicos e Abordagem Teórica Estudos apontam para a correlação entre as políticas adotadas para expansão da educação superior brasileira, em particular o Programa REUNI, e as influências internacionais, especialmente aquelas visualizadas no modelo europeu, por meio do Processo de Bolonha (SIEBIGER, 2014; WIELEWICKI, OLIVEIRA, 2010; LIMA, AZEVEDO, CATANI, 2008). Esses estudos ocupam-se da análise da política no contexto da produção do texto e das influências para a elaboração do decreto que instituiu o programa REUNI, bem como suas diretrizes. No entanto, é importante notar que a política: [...] ao se estabelecer no processo de implementação, poderá sofrer significativos impactos em nível de observações e reelaboração pelos agentes implementadores, podendo ou não conservar as mesmas estruturas, embora possa preservar os seus princípios (LIMA, MARRAN, 2013, p. 41). Nesse sentido, a seleção dos documentos analisados, neste trabalho, levou em conta o contexto da prática, na abordagem teórico-analítica denominada Ciclo de Políticas, desenvolvida por Stephen Ball e seus colaboradores (MAINARDES, 2006). Para esta abordagem, a política é condicionada pelo contexto em que se insere, desde sua formulação inicial, até sua implementação/efeitos/impactos. Este trabalho busca analisar o programa REUNI no contexto da prática, mais especificamente sua implementação inicial, uma vez que suas análises se ocupam do plano institucional elaborado pela UFGD para adesão ao REUNI. Para Mainardes (2006): [...] o contexto da prática é onde a política está sujeita à interpretação e recriação e onde a política produz efeitos e consequências que podem representar mudanças e transformações significativas na política original. [...] as políticas não são simplesmente implementadas dentro desta arena (contexto da prática), mas estão sujeitas à interpretação e, então, a serem recriadas (p. 53). Frente a esta abordagem os procedimentos metodológicos incidiram em pesquisa bibliográfica e documental. À luz da literatura da área, as fontes utilizadas para as análises foram o decreto que instituiu o Programa REUNI e o documento intitulado Diretrizes Gerais. A investigação buscou o contexto da prática, na medida em que analisou o plano institucional elaborado pela UFGD para adesão ao REUNI, bem como o parecer Ad hoc da Comissão indicada pela Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação para homologação dos Planos Institucionais.

37552 Plano Institucional REUNI: Enfoques A presente seção pretende analisar as estratégias adotadas pela UFGD frente às Diretrizes Gerais do Programa REUNI e as emanadas do Processo de Bolonha europeu. A UFGD aderiu ao Programa REUNI em primeira chamada, no ano de 2007, e para tanto, elaborou seu Plano institucional a partir das seis dimensões propostas no Decreto 6.096/2007, a saber: A - Ampliação da oferta de educação superior pública; B - Reestruturação acadêmico-curricular; C - Renovação pedagógica da educação superior; D - Mobilidade intra e interinstitucional; E - Compromisso social da instituição; F - Suporte da pós-graduação ao desenvolvimento e aperfeiçoamento qualitativo dos cursos de graduação. O Plano Institucional da UFGD é caracterizado por focar a dimensão A, que trata da ampliação da oferta de educação superior. O processo de expansão é concebido pela instituição como o principal motivo de adesão ao REUNI. A UFGD explicita o seu foco na expansão institucional, conforme esclarece a transcrição a seguir: [...] face à condição de Universidade nova e em expansão, a UFGD propõe-se a crescer mais. A Universidade Federal da Grande Dourados planeja, no REUNI, a contratação de 120 professores DE para 9 cursos novos, totalizando um conjunto de 460 novas vagas. Baseado no simulador do REUNI, no SIMEC, apresentado na tabela 2, o total de matrículas projetadas subiria de 4712, 90 5064,35 para 7337,49, um acréscimo de mais 2273,14 para a UFGD (UFGD, 2007, p.19). O Plano da instituição também se refere à expansão da pós-graduação, presente na dimensão F, conforme segue: Em relação a ampliação e construção de espaços para atender às necessidades de laboratórios para que possam atender a demanda da pesquisa dos programas de pósgraduação e da iniciação científica da graduação, estão previstas as seguintes edificações no período de 2008 a 2009:. Prédio para abrigar laboratório de pesquisa em produção de agroenergia e conservação ambiental, com área de 725,17 m2.. Prédio para laboratório de produção e formulação de alimentos, com 360 m 2. [...]

37553 Em 2008, os seguintes programas serão implantados: Mestrado em Letras, Mestrado em Educação, Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática/Profissional, Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental (todos em processo de avaliação na CAPES), e os cursos de Especialização em Direito, Ciências Sociais e Matemática. Para 2009 deverão ser implantados os cursos de Mestrado em Zootecnia, o Doutorado em História e os cursos de Especialização em Química e em Contabilidade. Para 2010 serão os cursos de Mestrado em Ciências Sociais, Mestrado em Ciências Biológicas e o Doutorado em Entomologia e Conservação da Biodiversidade. Em 2011 será vez dos cursos de Mestrado em Direito, Mestrado em Química e o Mestrado Acadêmico em Educação Científica e em Matemática. Finalmente, em 2012 serão implantados os cursos de Mestrado em Administração, Mestrado em Medicina e Doutorado em Geografia. (UFGD, 2007, p. 79-80). Com isso, pode-se inferir que, ao aderir ao REUNI, as metas da instituição estavam focadas na busca por captação de recursos para viabilizar a ampliação e a expansão institucional, traduzida por aumento de cursos, vagas na graduação e na pós-graduação. Na dimensão E do Plano Institucional, que trata do Compromisso social da instituição, pode-se verificar que as medidas propostas nessa dimensão se constituem como uma decorrência do processo de expansão institucional, bem como medidas que visam combater a evasão, conforme se observa nos trechos a seguir apresentados: Ampliar o número e o valor das bolsas-permanência tendo em vista auxiliar o custeio de moradia para combater a evasão dos acadêmicos de baixa renda; (UFGD, 2007, p. 64). [...] Considerando a criação de novos blocos no Campus II da UFGD, para onde as atividades do campus I serão transferidas, os espaços serão ocupados com atividades de extensão e cultura (UFGD, 2007, p. 72). É importante observar, no entanto que na dimensão E o Plano Institucional, a UFGD adota o sistema de cotas sociais, na medida em que reserva 25% de suas vagas a alunos que cursaram todo o ensino médio em escola pública. Nessa dimensão também se observa, que há uma preocupação da UFGD em implantar uma política de inclusão de estudantes especiais: A consolidação do paradigma da inclusão ocorrerá por meio de: práticas disseminadas em todas as ações de extensão, pesquisa e ensino; da implantação do Laboratório de Acessibilidade e Práticas Inclusivas; da realização de seminários, colóquios e oficinas para a discussão da Política Nacional Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva do MEC/SEESP (UFGD, 2007, p. 61). Na dimensão Renovação pedagógica da educação superior, identificada como Dimensão C, pode-se observar que a Instituição não propõe renovação pedagógica aos seus cursos ou mesmo em seus contextos institucionais, conforme previa as Diretrizes Gerais do

37554 Programa REUNI. É importante observar que o Parecer Geral ad hoc emitido pela Comissão de Homologação da SESU/MEC, identifica como não atendido as proposições da UFGD para essa dimensão, explicitando que: [...]. A atualização de metodologias e tecnologias de ensino-aprendizagem não está claramente definida pela UFGD. Reconhece a necessidade de mudança, mas não há proposição dirigida para esta finalidade (COMISSÃO DE HOMOLOGAÇÃO: REUNI/UFGD, 2007, p.1). Nas dimensões B e D que tratam respectivamente da reestruturação acadêmicocurricular e da mobilidade acadêmica, pode-se observar que a UFGD procurou dar características próprias a essas dimensões, aproximando-se dos pontos tratados nas Diretrizes Gerais do REUNI. Assim, a UFGD realizou processo de reestruturação acadêmico-curricular de todos os seus cursos, adotando, além do regime de créditos, a modalidade de ciclos de formação. Assim, a renovação pedagógica na educação superior compreende: a flexibilização e articulação curriculares; organização curricular por ciclo de formação, geral e específico. O ciclo de formação geral consiste em oferta ampla de disciplinas voltadas para uma formação sólida nas áreas das ciências humanas, sociais, política e cultural, essenciais para a formação profissional e ética do cidadão. O ciclo de formação profissional inicia-se na segunda etapa da graduação e aprofunda-se na pós-graduação (UFGD, 2007, p. 40). É importante notar que, embora a UFGD tenha se proposto a adotar o regime de ciclos de formação, esse não resulta em certificações intermediárias, como o proposto no Processo de Bolonha, antes se trata de uma formação mais geral nos primeiros semestres, ficando a formação específica para a parte posterior do curso. Observa-se, portanto, que a IES mantém a essência do processo, mas com características próprias. A mobilidade acadêmica, tema evidenciado no Acordo de Bolonha, e apresentado nas Diretrizes nacionais, não é enfatizada pela instituição, embora a UFGD tenha procurado realizar mudanças curriculares, no sentido de viabilizar mobilidade entre os cursos de mesmas áreas dentro da própria instituição. Para tanto, incorporou como componentes curriculares eixos de formação comuns à Universidade e à área comum de conhecimento, no ciclo de formação comum: - Cumprimento de 25% da carga horária, nos dois primeiros anos de formação, em disciplinas comuns a todos os cursos; - Cumprimento de 75% da carga horária na área específica de conhecimento;

37555 - Livre escolha de disciplinas em qualquer curso ou campo do conhecimento - 10% da carga horária total do curso em disciplinas eletivas. -Ingresso Acadêmico por curso, com opção ao final da primeira etapa, de mobilidade para outro curso, dentro da mesma área de conhecimento; - Aproveitamento das vagas ociosas e garantia de vagas extras para as novas opções de mobilidade intra e interinstitucional; (UFGD, 2007, p. 55). Embora a UFGD em seu Plano Institucional tenha tratado da mobilidade de forma objetiva, observou-se que as metas definidas têm como objetivo [...] superação da falta de integração disciplinar, evasão escolar e, consequentemente da existência de vagas ociosas [...] (UFGD, 2007, p. 54). Portanto, a mobilidade é concebida como uma alternativa subsidiária para o melhor aproveitamento das vagas ofertadas. As análises deixam claro que o grande foco do plano REUNI da UFGD reside na expansão da educação superior, por meio ampliação dos cursos, vagas, do corpo docente, técnico da instituição, bem como da ampliação de sua estrutura física e de equipamentos. Observa-se que as diretrizes emanadas no contexto nacional amarram a elaboração do plano institucional, de modo que, ainda que se tenham um enfoque diferenciado no contexto da prática, a essência do processo de Bolonha é presente no Plano institucional. Diversas ações convergem para o modelo adotado na Europa, como a adoção dos sistemas de crédito, dos ciclos de formação pela IES, não obstante, esses últimos não gerem certificados, mas apenas tratem da oferta de disciplinas comuns para cursos da mesma área de conhecimento, no primeiro ano do curso e de disciplinas específicas nos últimos anos. Considerações Finais O presente trabalho analisou o plano institucional da UFGD, para adesão ao REUNI. As análises permitiram observar que, embora não se tenham propostas para renovação pedagógica e que a adoção de ciclos de formação comum não resulte em certificação ao final de cada ciclo, os princípios do processo de Bolonha são observados no Plano institucional. As diretrizes contidas no documento que complementa o decreto amarraram a elaboração do Plano institucional, que deveria apresentar ações para cada eixo, conforme estabelecido no Decreto, de forma que, se existia interesse por parte da instituição em aderir ao programa, esta deveria necessariamente apresentar estratégias para a adoção do modelo proposto.

37556 Com isso, pode-se afirmar que, se houve algum tipo de alteração na política original, essa se deu pelo foco adotado pela instituição, que relegou a reestruturação curricular a segundo plano e centralizou suas ações para a expansão desse nível de ensino. O foco na expansão da educação superior é observado em quase todas as dimensões do Plano, seja por meio do incremento da estrutura física, do aumento no efetivo de pessoal, bem como na criação de cursos e vagas, aumento de bolsas e de estratégias para a ocupação de vagas ociosas. REFERÊNCIAS AMARAL, A. Bolonha, o ensino superior e a competitividade econômica. In: SERRALHEIRO, J. (Org.). O Processo de Bolonha e a formação dos educadores e professores portugueses. Porto: Profedições, 2005. BIANCHETTI, L. O processo de Bolonha e a intensificação do trabalho na universidade: entrevista com Josep M. Blanch. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 110, p. 263-285, Mar. 2010. BIANCHETTI, L.; MAGALHAES, A. M. Declaração de Bolonha e internacionalização da educação superior: protagonismo dos reitores e autonomia universitária em questão. Avaliação (Campinas), Sorocaba, v. 20, n. 1, p. 225-249, Mar. 2015. BRASIL. Decreto n 6.096, de 24 de abril de 2007. Institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais REUNI. Casa Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6096.htm>. Acesso em: 26 mai. 2015. BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Casa Civil, Brasília, 2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm>. Acesso em: 02 jul. 2015. CASTRO, A. M. M.; TOME, R. M.; CARRARA, V. A. A emigração dos assistentes sociais portugueses: faces do trabalho e do desemprego em tempos de crise e austeridade. Serv. Soc. São Paulo, n. 121, p. 95-124, Mar. 2015. CHAVES, V. L. J. Expansão da privatização/mercantilização do ensino superior Brasileiro: a formação dos oligopólios. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 111, p. 481-500, Jun. 2010. COMISSÃO DE HOMOLOGAÇÃO: REUNI/UFGD. Parecer Geral SESU e Parecer Geral Ad Hoc. Brasília: Simec, 2007. GOMES, A. M.; MORAES, K. M. A expansão da educação superior no Brasil contemporâneo: questões para o debate. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 32, 2009. Caxambu. Anais... Caxambu, 2009.

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