Cadernos da 2012 2013



Documentos relacionados
INFORMAÇÃO - PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA INGLÊS

» INTRODUÇÃO » OBJETO DA AVALIAÇÃO

Prova Escrita (Código 21) / 2015

CRITÉRIOS DE AVALIACÃO

Deve ainda ser tido em consideração o Despacho Normativo n.º 24-A/2012, de 6 de dezembro.

INGLÊS PROVA DE EXAME FINAL DE ÂMBITO NACIONAL DE. Nível de Iniciação. Data: Número do Processo: SE.03.11/ º Ano de Escolaridade

ANO LETIVO 2013/2014 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALCANENA ANO LETIVO 2014/2015

INGLÊS PROVA DE EXAME FINAL DE ÂMBITO NACIONAL DE. Nível de Continuação. Data: Número do Processo: SE.04.19/ º Ano de Escolaridade

alemão; espanhol; francês; inglês Dezembro de 2013

AERT CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DO PRÉ-ESCOLAR

PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO COMO UM MEIO DE MOTIVAÇÃO. Celina Pinto Leão Universidade do Minho

As informações apresentadas neste documento não dispensam a consulta da legislação em vigor e o Programa da disciplina.

Critérios Gerais de Avaliação

Critérios de Avaliação

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DOS ALUNOS

Critérios Gerais de Avaliação

INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA

3 Metodologia 3.1. Tipo de pesquisa

PROVA ESCRITA. INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA INGLÊS Abril de Duração: 90 minutos (escrita) e 15 minutos (oral)

Observação das aulas Algumas indicações para observar as aulas

Prova de equivalência à frequência. Ensino Secundário. INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA Á FREQUÊNCIA INGLÊS LE3 maio de 2016 PROVA /

ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DO CADAVAL ANO LETIVO INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DISCIPLINA: ECONOMIA C CÓDIGO: 312

Aprender com o scratch. E.B. 2,3 José Afonso, Alhos Vedros Filomena Benavente e Ricardo Costa 5.º ano matemática

Práticas de avaliação nas escolas: a fuga de si.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Nº 4 DE ÉVORA. Critérios específicos de avaliação História

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Documento orientador

Relatório de Investigação da Escola julho 2015

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO. Departamento de Expressões Educação Especial

Metas Curriculares de Português

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP

INFORMAÇÃO - PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DO ENSINO BÁSICO

Ensino Técnico Integrado ao Médio - ETIM FORMAÇÃO PROFISSIONAL. Plano de Trabalho Docente 2012

Critérios de Avaliação Educação. Grupo Disciplinar de Educação Física 2014/2015

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MIRANDELA DEPARTAMENTO DO PRÉ-ESCOLAR A N O L E T I V O / 1 5

358 INGLÊS (continuação-12.ºano) escrita e oral 12.ºano de escolaridade

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ

ESCOLA BÁSICA INTEGRADA DE SANTO ONOFRE LÍNGUA FRANCESA - 3º CICLO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO COMPETÊNCIAS GERAIS

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

AERT EB 2/3 DE RIO TINTO CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS DE CARATER PERMANENTE

INGLÊS. 1. Objeto de avaliação INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA. Prova

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SAMORA CORREIA ESCOLA BÁSICA PROF. JOÃO FERNANDES PRATAS ESCOLA BÁSICA DE PORTO ALTO

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE

AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA EM AUDITORIA PARTE ll

As informações apresentadas neste documento não dispensam a consulta da legislação referida e do Programa da disciplina.

Matemática Aplicada às Ciências Sociais

COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER

Escola Básica 2,3 com Ensino Secundário de Alvide

COLÉGIO DE LAMEGO (70%-89%) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICA Do 1º Ciclo

FICHA DE CURSO DESIGNAÇÃO. DURAÇÃO 128 Horas + 3 horas de exame. ÁREA TEMÁTICA DA FORMAÇÃO 862 Segurança e Higiene no Trabalho

Jornal Oficial da União Europeia L 141/5

PERGUNTAS FREQUENTES. Sobre Horários. Pessoal docente, escolas públicas. 1 Há novas regras para elaboração dos horários dos professores?

DESENVOLVENDO COMPETÊNCIAS MATEMÁTICAS Marineusa Gazzetta *

Unidade 9: Diálogos deliberativos

NCE/15/00099 Relatório preliminar da CAE - Novo ciclo de estudos

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SAMORA CORREIA ESCOLA BÁSICA PROF. JOÃO FERNANDES PRATAS ESCOLA BÁSICA DE PORTO ALTO

BOAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS. Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. Índice Introdução Provas Escritas... 2

UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA. Projeto Integrado Multidisciplinar I e II

Critérios de Avaliação

INFORMAÇÃO-PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA 15 Espanhol _ 3º CICLO DO ENSINO BÁSICO Prova escrita e oral _ 2014

INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA. Disciplina Inglês. Prova Tipo de Prova Escrita e Oral. Ensino Secundário

DGAJ/DF. Curso em E-learning

O planejamento do projeto. Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos Aula 8 Prof. Rafael Roesler

Avaliação da Aprendizagem

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

- Elaborar sínteses escritas a partir da informação recolhida, com correção linguística e aplicando o vocabulário específico da disciplina.

Desenvolvimento de indicadores em saúde estado da arte

CAPÍTULO 25 COERÊNCIA REGULATÓRIA

Proposta para a construção de um Projecto Curricular de Turma*

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

Informação n.º Data: Para: Direção-Geral da Educação. Inspeção-Geral de Educação e Ciência. AE/ENA com ensino secundário CIREP

PROGRAMA DE FUTEBOL 10ª Classe

A ADEQUAÇÃO DO ENSINO ACADÉMICO ÀS NECESSIDADES DAS EMPRESAS: O CASO DA SIMULAÇÃO EMPRESARIAL EM FINANÇAS NO ISCA-UA

ALEMÃO; ESPANHOL; FRANCÊS; INGLÊS Novembro de 2016

DISCIPLINA: Psicologia B CÓDIGO DA PROVA: 340. CICLO: Secundário ANO DE ESCOLARIDADE: 12º

Agrupamento de Escolas de S. Pedro do Sul Escola-sede: Escola Secundária de São Pedro do Sul

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ENSINO BÁSICO

Pedagogia Estácio FAMAP

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS CETÓBRIGA. Escola Básica dos 2º e 3º ciclos de Aranguez

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS MATEMÁTICA_6º ANO_B. Ano Letivo: 2013/ Introdução / Finalidades. Metas de aprendizagem

Escola Secundária José Saramago Mafra. Cursos Profissionais. Guião para os Professores

Regulamento de Avaliação e Frequência 2014

Language descriptors in Portuguese Portuguese listening - Descritores para a Compreensão do Oral em História e Matemática

INGLÊS INFORMAÇÃO PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA. Prova Ensino Secundário 12º Ano

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

RVCC ESCOLAR BÁSICO GUIA DE APOIO

RELATÓRIO REALIZAÇÃO DO 3º SIMULADO DO ENADE DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

CONSELHO CIENTÍFICO-PEDAGÓGICO DA FORMAÇÃO CONTÍNUA

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ALCANENA ANO LETIVO 2014/2015

Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional - PROFBIO PROPOSTA

GESTÃO CURRICULAR LOCAL: FUNDAMENTO PARA A PROMOÇÃO DA LITERACIA CIENTÍFICA. José Luís L. d`orey 1 José Carlos Bravo Nico 2 RESUMO

Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior Cód CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO. EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR, ENSINOS BÁSICO e SECUNDÁRIO

QUESTIONÁRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO DE PROFESSOR. Professor: Data / / Disciplina:

Política de Trabalho de Conclusão de Curso - TCC

Ministério da Defesa Nacional Marinha. Escola Naval REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DOS CICLOS DE ESTUDOS DA ESCOLA NAVAL

PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO 10ª e 11ª Classes

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Transcrição:

Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino Cadernos da NOVA 2012 2013 avaliação das aprendizagens

Âmbito O Núcleo de Inovação Pedagógica e de Desenvolvimento Profissional dos Docentes, integrado no Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino da NOVA, assumiu como objetivos centrais para a sua atividade difundir informação de natureza pedagógica junto das Unidades Orgânicas da NOVA e continuar a disponibilizar ações de formação pedagógica. No presente conjunto de Cadernos da NOVA são abordados temas considerados pertinentes para a atividade pedagógica dos docentes. Ao invés de constituírem uma exploração aprofundada de conceitos, estes cadernos têm um caráter funcional e visam contribuir para a criação, na NOVA, de uma linguagem pedagógica comum. INTRODUÇÃO Âmbito As razões A avaliação tem vindo a ser utilizada no ensino superior com múltiplas finalidades o fornecer informação sobre os resultados da aprendizagem dos alunos ou sobre os seus progressos ao longo do seu percurso formativo, informar sobre a qualidade do ensino ou sobre a qualidade dos programas de formação. Pretende-se, com este caderno, esclarecer alguns conceitos relacionados, sobretudo, com a avaliação das aprendizagens e fornecer aos docentes um documento de consulta sobre alguns instrumentos de avaliação, apontando as suas potencialidades, as suas limitações e condições de aplicação. Patrícia Rosado Pinto Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino 1

Avaliação: definição Âmbito De acordo com a definição assumida pela A3ES (2011) com base no significado atribuído pela UNESCO-CEPES (2007), a avaliação consiste no processo de análise sistemática e crítica com vista à emissão de juízos e recomendações sobre a qualidade de uma instituição de ensino superior ou de um ciclo de estudos. Se nos reportamos a um curso ou às diferentes unidades curriculares, a avaliação é o conjunto de procedimentos e ações que determinam o grau de aquisição, por parte dos estudantes, dos conhecimentos, aptidões e competências previamente estabelecidos nos objetivos de aprendizagem de uma determinada unidade curricular ou no conjunto de um curso. Avaliação: Âmbito como? Para realizar uma avaliação é importante decidir O que se vai avaliar; Por que se vai avaliar; Que instrumentos se vão utilizar; Quem vai avaliar; Quando se vai avaliar. 2 Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino

Avaliação: características Âmbito As principais características de uma boa avaliação são Validade quando avalia exatamente o que quer avaliar (será que, querendo avaliar memória, por exemplo, estamos a utilizar o tipo de instrumento que nos fornece informação sobre a capacidade de memorização?); Fiabilidade fidelidade, confiabilidade(será que, por exemplo, se o instrumento de avaliação for aplicado por diferentes avaliadores, se verifica uma distribuição semelhante?); Eficácia economia, exequibilidade. Avaliação: Âmbito tipos Quanto ao objeto podemos utilizar a autoavaliação e a heteroavaliação (entre pares, por exemplo). Quanto ao momento em que é realizada, a avaliação pode ser contínua, periódica (distribuição parcelar) ou final: A avaliação contínua desenvolve-se com base num conjunto de atividades propostas ao estudante ao longo do processo de aprendizagem; A avaliação periódica realiza-se em momentos predeterminados do processo de aprendizagem; A avaliação final realiza-se após a conclusão do processo de aprendizagem. Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino 3

Avaliação: Âmbito tipos Quanto aos objetivos para que é realizada, a avaliação pode ser de diagnóstico, formativa ou sumativa: A avaliação de diagnóstico, realiza-se, normalmente, no início de um módulo ou de uma unidade curricular e serve para o professor identificar quais os conhecimentos e/ou aptidões trazidos pelos estudantes, com vista à organização do processo pedagógico a pôr em prática; A avaliação formativa tem por base a realização, por parte do estudante, de atividades propostas especialmente para que este possa ajuizar dos seus progressos em relação aos objetivos propostos. Não tem propósitos sumativos ou de classificação e serve para ajudar o estudante a melhorar as suas aprendizagens; A avaliação sumativa assume propósitos classificativos e tem por base uma prova a realizar pelo estudante, obrigatoriamente depois do término das atividades de aprendizagem, podendo assumir diferentes formas (exame, projeto, trabalho ou relatório). 1 Exemplos: Testes escritos Testes Orais Testes objetivos - Teste de resposta curta - Teste de completamento cluster - Teste de Verdadeiro/Falso - Teste de correspondência - matching - Teste de escolha múltipla Ensaios - Ensaio escrito - Relatório Exame Oral Observação direta de comportamentos Checklist (lista de verificação) Rating Scale (escalas) Registos de Incidentes ocasionais/críticos 4 Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino

1 Testes escritos Testes objetivos: - Teste de resposta curta - corresponde a uma pergunta direta e a resposta é limitada a uma ou duas palavras; - Teste de completamento - cluster - afirmação incompleta para resposta de uma ou duas palavras, uma data, um número; - Teste de Verdadeiro/Falso - item de alternativa; - Teste de correspondência - matching - questões sob a forma de duas colunas de palavras/frases que é preciso associar; - Teste de escolha múltipla (consultar os quadros que se seguem). Os testes são normalmente incluídos na modalidade de avaliação distribuída. Teste de resposta curta Definição Objetivos Regras Observações Pergunta que requer como resposta apenas uma ou duas palavras, uma data, um número. Usa-se geralmente para avaliar a memorização (nível mais baixo do domínio cognitivo). Exemplos de verbos para as perguntas: identifica, seleciona, indica, enumera, ordena. Deve ser uma pergunta direta que não implique vários tipos de resposta. São relativamente fáceis de construir; A possibilidade de resposta ao acaso é quase nula; São fáceis de classificar; Não são muito adequados para avaliar objetivos de nível elevado. Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino 5

Avaliação: instrumentos Âmbito Teste de completamento (Cluster) Definição Questão sob a forma de afirmação incompleta cuja resposta é o preenchimento, usando uma ou duas palavras, uma data, um número. Objetivos Regras Observações Usa-se geralmente para avaliar a memorização (nível mais baixo do domínio cognitivo). Exemplos de verbos para as perguntas: identifica, indica, relaciona, calcula, prevê. Deve ser claro; os espaços devem ter aproximadamente o mesmo tamanho; a associação de palavras não deve facilitar a resposta; as respostas exigidas não devem ultrapassar duas palavras ou símbolos. São, por vezes, de difícil elaboração pois nem sempre é fácil evitar a redação ambígua; Não são muito adequados para avaliar objetivos de nível elevado. Teste de alternativa (Verdadeiro/Falso) Definição Objetivos Questão que envolve um conjunto de afirmações relativamente às quais o aluno se posiciona em termos de verdadeiro/falso, sim/não, etc. Usa-se geralmente para avaliar a memorização (nível mais baixo do domínio cognitivo), mas também pode avaliar a compreensão. Exemplos de verbos para as perguntas: distingue, seleciona, identifica, relaciona, indica. Regras O número de afirmações verdadeiras e falsas deve ser semelhante; as afirmações devem ser curtas e simples; não devem estar na negativa nem incluir expressões como sempre, nunca, etc.; a verdade e a falsidade das afirmações deve ser inequívoca; devem evitar-se frases banais; cada frase deve conter apenas uma ideia. Observações São relativamente fáceis de construir; podem abranger uma extensa gama de conteúdos; são muito adequados para testar as relações de causa-efeito; apresentam dois inconvenientes: o aluno reter ideias falsas e a probabilidade de resposta ao acaso ser grande (50%). 6 Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino

Teste de correspondência (Matching) Definição Objetivos Regras Observações Questão sob a forma de duas colunas (de frases, de palavras, etc.) relacionadas, cuja resposta consiste em associá-las de acordo com o que é pedido. Usa-se geralmente para avaliar a memorização (nível mais baixo do domínio cognitivo), mas também para a compreensão. Exemplos de verbos para questionar: relaciona, compara, contrasta, organiza. As frases contidas na coluna das afirmações devem ser homogéneas; as duas colunas não devem conter um número diferente de alíneas; no caso de haver uma ordem lógica no conjunto das afirmações, ela deve ser seguida; em cada coluna deve haver homogeneidade estrutural e/ou sintática. Permitem medir quantidade de conhecimentos. No entanto, bons itens são pouco frequentes dado que se torna difícil, nalguns casos, conseguir homogeneidade e não incluir indicações indiretas para a resposta. Teste de escolha múltipla (Multiple choice) Definição Objetivos Regras Observações Questão que se inicia com uma afirmação ou pergunta, seguida de um conjunto de opções (respostas possíveis) de entre as quais o aluno terá de selecionar a resposta correcta. Usa-se para avaliar objetivos dos diferentes níveis do domínio cognitivo. Exemplos de verbos para questionar: seleciona, infere, identifica, prevê, indica, calcula, resolve, exemplifica. Cada item deve admitir uma única resposta, sendo de evitar a opção de resposta nenhuma das anteriores. O item deve ser claro e significativo, apresentado na afirmativa, pouco extenso, não solicitar opiniões. As opções devem ser semelhantes estrutural e sintaticamente, de conteúdo homogéneo, coerentes. Bastante utilizados por permitirem testar capacidades de diferentes níveis. Revelam-se, no entanto, de difícil elaboração e apresentam uma certa probabilidade de resposta ao acaso (25% em 4 opções). Não se prestam a avaliar capacidades de apresentação ou exposição nem a capacidade de argumentação. Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino 7

Ensaios Ensaio escrito (essay question) - pode ser mais curto ou mais longo; Relatório teste escrito relativo a um trabalho de investigação, a um estágio ou a uma atividade desenvolvida numa determinada unidade curricular. Ensaio escrito de composição curta Definição Objetivos Regras Questão sob a forma de pergunta direta que requer como resposta uma frase curta e elaborada por meio de palavras próprias do aluno. Geralmente usado para avaliar o nível de compreensão, podendo, por vezes, alcançar o nível da síntese. Exemplos de verbos para questionar: descreve, enumera, explica, indica. A formulação deve corresponder a uma questão muito específica (de modo a restringir a resposta). Deve evidenciar muito claramente o comportamento requerido. Observações São fáceis de elaborar mas difíceis de classificar. Dado que exigem uma resposta curta, dão pouca liberdade ao aluno de expressar as suas ideias; são particularmente úteis para avaliar a capacidade de síntese. 8 Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino

Ensaio escrito de composição longa Definição Objetivos Regras Observações Questão sob a forma de pergunta direta que requer como resposta uma exposição longa segundo um critério de estruturação do próprio aluno. Geralmente usado para avaliar o nível de compreensão, Exemplos de verbos para questionar: compõe, planeia, compara, explica, justifica, avalia. A formulação deve corresponder a uma questão bem definida. Deve evidenciar muito claramente a tarefa pretendida. Deve referir um tempo limite de resposta. São muito fáceis de elaborar e testam de uma forma muito direta capacidades difíceis de avaliar com testes objetivos. A sua classificação é difícil porque corre riscos de subjetividade. No entanto, a sua utilização é importante pois constituem, por vezes, a única forma de testar determinadas capacidades. Testes orais Exame oral As provas orais são provas públicas, presididas por um júri constituído por, pelo menos, dois docentes ligados à unidade curricular. A constituição do júri deverá, sempre que possível, ser uniforme ao longo da mesma época de exames. As perguntas a colocar devem ter características e graus de dificuldade pré-estabelecidas para que se possa assegurar algum grau de fiabilidade. Pode incluir-se na modalidade de avaliação distribuída (periódica) ou de avaliação final. Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino 9

Observação direta de comportamentos Checklists: inventário de fenómenos (comportamentos, etc.) que serve de guia à observação e tem como finalidade registar a sua ausência ou a sua presença; Rating scale: Se, para além da presença/ausência do comportamento, pretendermos registar a presença do comportamento numa determinada escala quantitativa ou qualitativa, usamos uma rating scale; Registo de incidentes ocasionais/críticos: forma de descrever comportamentos poucos habituais (negativos ou positivos) que se revelam espontaneamente dentro ou fora da aula. Bibliografia Âmbito A3ES (2001). Glossário. Retirado de http://www.a3es.pt/sites/default/files/glossario- A3ES.pdf em maio de 2011 Domingos, A. M. et al. (1984). Uma forma de estruturar o Ensino e a Aprendizagem. Lisboa. Livros Horizonte. 10 Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino

ContaCtos Âmbito Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino Núcleo de Inovação Pedagógica e de Desenvolvimento Profissional dos Docentes: Patrícia Rosado Pinto prp@unl.pt 21 043 8861 Joana Marques jmarques@unl.pt 21 043 6892 Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino Universidade Nova de Lisboa Campus de Campolide 1099-085 Lisboa qualidade@unl.pt Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino 11

Gabinete de Apoio à Qualidade do Ensino Campus de Campolide 1099-085 Lisboa Portugal Telef.: +351 213 845 203 210 436 891/892 E-mail: qualidade@unl.pt www.unl.pt