RELATÓRIO DE AUDITORIA CONTAS ANUAIS DE GESTÃO - 2011 INSTITUTO MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES DE



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Transcrição:

Fls.:366 RELATÓRIO DE AUDITORIA CONTAS ANUAIS DE GESTÃO - 2011 INSTITUTO MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES DE PROCESSO N.º : 14248-4/2011 PRINCIPAL COTRIGUAÇU PREVI-COTRI MUNICÍPIO DE COTRIGUAÇU - MT : INSTITUTO MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS CNPJ : 05.070.835/0001-31 SERVIDORES DE COTRIGUAÇU - PREVI-COTRI ASSUNTO : CONTAS ANUAIS DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2011 GESTOR RELATOR EQUIPE TÉCNICA : LIDIANI APARECIDA MILANI : Auditor Substituto de Conselheiro JOÃO BATISTA CAMARGO Distribuição Publicada no D.O.E em 13.12.2012. : CLODOALDO ESTEVÃO FERRAZ TÉCNICO DE CONTROLE PÚBLICO EXTERNO RITA MARIA LANA PINTO AUDITORA PÚBLICA EXTERNA Senhor Secretário, Retorna a este Sodalício os autos do processo n. 14248-4/2011. Na primeira oportunidade, em Fls. 292 316 TC, foram analisadas as contas e a gestão da GESTORA do órgão LIDIANI APARECIDA MILANI DIRETORA EXECUTIVA durante o exercício de 2011 e apresentadas as irregularidades. As quais foram corroboradas pelo Subsecretário de Controle Externo. Em fls. 322 365 TC, o jurisdicionado apresenta as devidas olvidativas a respeito das irregularidades consignadas. Apresenta-se então a análise do que foi apreciado das justificativas corroboradas nos autos. Do que se extrai:

Fls.:367 LIDIANI APARECIDA MILANI DIRETORA EXECUTIVA 1) MB 03 (GRAVE). Prestação Contas Grave 03. Divergência entre as informações enviadas por meio físico e/ou eletrônico e as constatadas pela equipe técnica (art. 175 da Resolução Normativa TCE-MT nº 14/2007). 1.1) Os dados dos Anexos das Despesas Empenhadas, Liquidadas e Pagas divergem dos apresentados no Sistema APLIC para os mesmos dados. Caracterizando assim, divergência entre os dados físicos e eletrônicos. - ITEM 3.2 DESPESAS. A defesa alega o seguinte: neste quesito, a diferença apresentada no Sistema APLIC com relação aos anexos ocorreu devido a um erro no sistema de informática que no dia da visita técnica não capturou o valor da liquidação na importância R$ 468, 32 (Quatrocentos e sessenta e oito reais e trinta e dois centavos) referente ao empenho de nº 330/2011 relativo ao PASEP, de modo que tal valor ficou em restos a pagar processados. No envio do Balanço Geral enviado ao Egrégio Tribunal de Contas, podemos observar que o valor aparece liquidado, e na relação de restos a pagar processados. Por isso, estamos enviando em anexo os relatórios para as devidas comprovações que se fizerem necessárias e, principalmente, para sanar a irregularidade apontada. Quanto ao pagamento, o valor informado no sistema APLIC foi de R$ 296.620,90 (Duzentos e noventa e seis mil, seiscentos e vinte reais e noventa centavos) está correto, pois, de acordo com o layout do Tribunal, devem ser calculadas com base nas seguintes tabelas para se obterem os valores pagos ( ) pela justificativa apresentada, podemos observar que não houve diferença entre o meio físico e o eletrônico... (SIC) DA APRECIAÇÃO DA DEFESA As alegações da defesa são consistentes e inéditas. Ocorre que, pela primeira vez um jurisdicionado não só admite o erro como demonstra, de maneira exata e contábil, onde está a diferença e de que forma procurou sanar o

Fls.:368 problema, de maneira também contábil. Todos os cálculos atinentes ao sanar desta irregularidade foram promovidos e eles realmente alcançaram os valores que se vislumbram no Balanço Geral. Assim exposto, não resta outra oportunidade, se não o rechaço da irregularidade consignada A QUAL RESTA SANADA! 2) JB 01 (GRAVE). Despesa Grave 01. Realização de despesas consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público, ilegais e/ou ilegítimas (art. 15 da Lei Complementar nº 101/2000 LRF; art. 4 da Lei nº 4.320/1964; ou legislação específica). 2.1) A prorrogação por termos aditivos (R$ 27.600,00) restou irregular pelo fato de não haver sido demonstrada que aplaudiu os princípios da economicidade e condições mais vantajosas para a administração pública devidamente exigidos no art. 57, II da lei nº 8.666/93. - ITEM 3.2 DESPESAS. A defesa alega o seguinte:... serviços executados de forma contínua seriam aqueles cuja necessidade se prolonga por um período indefinido ou definido, longo e essencial ao entendimento de um objetivo de caráter indivisível, que não podem ser interrompidos, sob pena de causar prejuízo a Administração. Cabe ressaltar que a limitação máxima do prazo de vigência de contrato para locação de sistemas são de 48 (quarenta e oito) meses, no entanto, isso não afasta a possibilidade de se fazer uma nova licitação, desde que venha a ser oportuno e conveniente para a Administração Pública. O regime de duração do contrato adstrito ao exercício financeiro permite que no momento da prorrogação, a autoridade competente aprecie a conveniência, oportunidade e a economicidade de se manter contratação, procedendo à lavratura do termo aditivo de prorrogação. ( ) diante do vencimento do contrato original, não há melhor posicionamento que a prorrogação do contrato, por meio de Termo Aditivo por razões econômicas, financeiras e técnicas, (...) além de ser um serviço contínuo, indispensável pela Previdência e estar previsto na lei a legalidade da prorrogação em casos de aluguel de

Fls.:369 equipamentos e programas de informática, vale mencionar que todos os usuários da entidade já estão aptos e capacitados para a utilização dos softwares ora contratados, não sendo necessário à Previdência arcar novamente com custos de capacitação aos usuários/funcionários e arcar com custos com conversão e implantação, uma vez que os sistemas já estão implantados sem erros e o banco de dados já está adaptado aos softwares... (SIC) DA APRECIAÇÃO DA DEFESA As alegações da defesa são inférteis. Se a lei assim determina não há quem possa eximir-se dela por alegação de ignorância bem como pela mera alegação de desuso por falta de prática, impossibilidade de prática ou inviabilidade do que legalmente se exige. Da mesma forma, o princípio basilar da administração pública é o Princípio da Legalidade e este determina que o administrador somente poderá trabalhar de forma adstrita à lei. Não lhe cabendo nenhum tipo de faculdade ou possibilidade. Apenas a legalidade. E, por mais que a lei ou as lei determinem ou promovam uma ou mais formas de tratar um assunto ou formas semelhantes de tratar um mesmo assunto. Isso até pode refletir uma faculdade de ação. Mas, não é! Continua a ser uma determinação. Ou seja, não é uma faculdade e sim, mais uma determinação a ser cumprida. Assim exposto, se a lei determina que seja comprovada a economicidade na recontratação causada pela prorrogação contratual assim deverá ser feito. Sem oportunidade de escolhas ou interpretação. Dessa forma, a IRREGULARIDADE RESTA MANTIDA! 3) HB 04 (GRAVE). Contrato Grave 04. Inexistência de acompanhamento e

Fls.:370 fiscalização da execução contratual por um representante da Administração especialmente designado (art. 67 da Lei 8.666/93): 3.1) A execução dos contratos não foi acompanhada e fiscalizada por um representante especialmente designado, como prevê o artigo 67 da Lei 8666/93 ITEM 3.4 CONTRATOS (REINCIDENTE). A defesa alega o seguinte: realmente, o dispositivo legal determina a existência de um servidor especialmente nomeado para exercer tal mister ( ) no entanto, o PREVI-COTRI dispõe de uma estrutura tão pequena que somente existe uma servidora para cuidar de suas atribuições, eis que a parte contábil, de assessoria jurídica, de controle interno, etc são cedidos pelo Poder Executivo Municipal. In casu a própria gestora do PREVI-COTRI, dotada de inequívoca capacidade técnica para suas funções, exerceu o acompanhamento do andamento e da execução de todos os contratos. E tal atribuição foi desenvolvida com eficiência e eficácia, como fazem prova as notas de liquidações assinadas pela referida servidora no exercício de 2011... (SIC) DA APRECIAÇÃO DA DEFESA Realmente, encontramos ali somente a Diretora do Fundo Lidiani Milani resolvendo tudo o que tinha ali pra se resolver. Ela demonstrou o cuidado e atenção com a coisa pública que raras vezes foi encontrada. Há que se considerar que ela realmente promoveu o acompanhamento dos contratos e sua devida execução. Ficando até inviável e com pouquíssima lógica administrativa a Diretora de um Fundo, sendo a única servidora presente nomear a si mesma para acompanhar a realização e execução dos contratos. Pelo todo exposto de maneira formal junto aos autos e pelo que se vivenciou no exame in loco temos que os argumentos aqui tecidos são aptos para restar a IRREGULARIDADE SANADA!

Fls.:371 4) HB 03 (GRAVE). Contrato Grave 03. Prorrogação indevida de contrato de prestação de serviços de natureza não continuada com fulcro no art. 57, II, da Lei nº 8.666/93. 4.1) O termo aditivo contraído em 2011 não demonstrou que a recontratação promovida aplaudiu atenção à economicidade e condições mais vantajosas determinadas na parte final do art. 57, II da Lei nº 8.666/93. Conforme reza:. Qual seja: à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses (GRIFO NOSSO). ITEM 3.4 CONTRATOS. A defesa se utiliza dos mesmo argumentos ofertados no item nº 2. Quais sejam:... serviços executados de forma contínua seriam aqueles cuja necessidade se prolonga por um período indefinido ou definido, longo e essencial ao entendimento de um objetivo de caráter indivisível, que não podem ser interrompidos, sob pena de causar prejuízo a Administração. Cabe ressaltar que a limitação máxima do prazo de vigência de contrato para locação de sistemas são de 48 (quarenta e oito) meses, no entanto, isso não afasta a possibilidade de se fazer uma nova licitação, desde que venha a ser oportuno e conveniente para a Administração Pública. O regime de duração do contrato adstrito ao exercício financeiro permite que no momento da prorrogação, a autoridade competente aprecie a conveniência, oportunidade e a economicidade de se manter contratação, procedendo à lavratura do termo aditivo de prorrogação. ( ) diante do vencimento do contrato original, não há melhor posicionamento que a prorrogação do contrato, por meio de Termo Aditivo por razões econômicas, financeiras e técnicas, (...) além de ser um serviço contínuo, indispensável pela Previdência e estar previsto na lei a legalidade da prorrogação em casos de aluguel de equipamentos e programas de informática, vale mencionar que todos os usuários da entidade já estão aptos e capacitados para a utilização dos softwares ora contratados, não sendo necessário

Fls.:372 à Previdência arcar novamente com custos de capacitação aos usuários/funcionários e arcar com custos com conversão e implantação, uma vez que os sistemas já estão implantados sem erros e o banco de dados já está adaptado aos softwares... (SIC) DA APRECIAÇÃO DA DEFESA Sendo as alegações da defesa as mesmas não há porque desejar entendimento diversos do emprestado ao primeiro caso. Assim temos: As alegações são inférteis. Se a lei assim determina não há quem possa eximir-se dela por alegação de ignorância bem como pela mera alegação de desuso por falta de prática, impossibilidade de prática ou inviabilidade do que legalmente se exige. Da mesma forma, o princípio basilar da administração pública é o Princípio da Legalidade e este determina que o administrador somente poderá trabalhar de forma adstrita à lei. Não lhe cabendo nenhum tipo de faculdade ou possibilidade. Apenas a legalidade. E, por mais que a lei ou as lei determinem ou promovam uma ou mais formas de tratar um assunto ou formas semelhantes de tratar um mesmo assunto. Isso até pode refletir uma faculdade de ação. Mas, não é! Continua a ser uma determinação. Ou seja, não é uma faculdade e sim, mais uma determinação a ser cumprida. Assim exposto, se a lei determina que seja comprovada a economicidade na recontratação causada pela prorrogação contratual assim deverá ser feito. Sem oportunidade de escolhas ou interpretação. Dessa forma, a IRREGULARIDADE RESTA MANTIDA!

Fls.:373 5) MC 02. Prestação de Contas Moderada. Descumprimento do prazo de envio de prestação de contas, informações e documentos obrigatórios ao TCE-MT (art. 70, parágrafo único, da Constituição Federal; arts. 207, 208 e 209 da Constituição Estadual; arts. 164, 166, 175 e 182 a 187 da Resolução Normativa TCE-MT nº 14/2007; da Resolução Normativa TCE-MT nº 16/2008, alterada pelas Resoluções Normativas TCE-MT nº 12/2009 e nº 13/2010; e demais legislações). COMPETÊNCIA PRAZO REGIMENTAL PRAZO PRORROGADO ENVIO APLIC Orçamento 17 de Jan de11 --- 26 de Jan de 11 A defesa alega o seguinte: realmente, foram entregues com 7 (sete) dias úteis de atraso, devido às novas exigências de layout, mas, principalmente, pela precariedade da internet do município de Cotriguaçu. Além disso, como se sabe o serviço é terceirizado e as prestadores muitas vezes não conseguem entregar as alterações a tempo (SIC) DA APRECIAÇÃO DA DEFESA Por mais que os atrasos tenham se dado com um dia de atraso ou com um mês ele não cumpriu o que determina o Regimento Interno desta Sodalício. Inobstante a isso, cabe a equipe técnica não a faculdade mas sim, a obrigação de cumprir a lei e as demais determinações constitucionais, legais e regimentais. Assim, demonstrado a irregularidade SE MANTÉM! CONCLUSÃO Após minuciosa análise das justificativas apresentadas pela Senhora

Fls.:374 LIDIANI APARECIDA MILANI DIRETORA EXECUTIVA DO INSTITUTO MUNICIPAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES DE COTRIGUAÇU - PREVI-COTRI, na pessoa de seu bastante procurador tem-se, por conclusão, que: a defesa é TEMPESTIVA; com exceção das irregularidades número 1 e 3, TODAS AS DEMAIS IRREGULARIDADES FORAM MANTIDAS. Assim, restaram as seguintes irregularidades: 2) JB 01 (GRAVE). Despesa Grave 01. Realização de despesas consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público, ilegais e/ou ilegítimas (art. 15 da Lei Complementar nº 101/2000 LRF; art. 4 da Lei nº 4.320/1964; ou legislação específica). 2.1) A prorrogação por termos aditivos (R$ 27.600,00) restou irregular pelo fato de não haver sido demonstrada que aplaudiu os princípios da economicidade e condições mais vantajosas para a administração pública devidamente exigidos no art. 57, II da lei nº 8.666/93. - ITEM 3.2 DESPESAS; 4) HB 03 (GRAVE). Contrato Grave 03. Prorrogação indevida de contrato de prestação de serviços de natureza não continuada com fulcro no art. 57, II, da Lei nº 8.666/93. 4.1) O termo aditivo contraído em 2011 não demonstrou que a recontratação promovida aplaudiu atenção à economicidade e condições mais vantajosas determinadas na parte final do art. 57, II da Lei nº 8.666/93. Conforme reza:. Qual seja: à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses (GRIFO NOSSO).

Fls.:375 ITEM 3.4 CONTRATOS; 5) MC 02. Prestação de Contas Moderada. Descumprimento do prazo de envio de prestação de contas, informações e documentos obrigatórios ao TCE-MT (art. 70, parágrafo único, da Constituição Federal; arts. 207, 208 e 209 da Constituição Estadual; arts. 164, 166, 175 e 182 a 187 da Resolução Normativa TCE-MT nº 14/2007; da Resolução Normativa TCE-MT nº 16/2008, alterada pelas Resoluções Normativas TCE-MT nº 12/2009 e nº 13/2010; e demais legislações). COMPETÊNCIA PRAZO REGIMENTAL PRAZO PRORROGADO ENVIO APLIC Orçamento 17 de Jan de11 --- 26 de Jan de 11 É a informação. SECRETARIA DE CONTROLE EXTERNO DA 3ª RELATORIA DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MATO GROSSO, SUBSECRETARIA DE CONTROLE DE ORGANIZAÇÕES ESTADUAIS em Cuiabá, 26 de junho de 2012. CLODOALDO ESTEVÃO FERRAZ Técnico de Controle Público Externo RITA MARIA LANA PINTO Auditora Pública Externa