ORA newsletter. Resumo Fiscal/Legal Março de 2012 1 Custo Amortizado Enquadramento e Determinação 2 Revisores e Auditores 6



Documentos relacionados
ORA newsletter. Resumo Fiscal/Legal Agosto de Contratos de Construção Enquadramento Contabilístico e Fiscal 2 Revisores e Auditores 7

newsletter Nº 82 NOVEMBRO / 2013

newsletter Nº 86 MARÇO / 2014

newsletter Nº 85 FEVEREIRO / 2014

Fundação Denise Lester

Norma contabilística e de relato financeiro 27

Portaria n.º 104/2011, de 14 de Março, n.º 51 - Série I

Relatório de Gestão 2. Balanço 5. Demonstração de Resultados por Naturezas 7. Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados 8

ANEXO. Prestação de Contas 2011

ANEXO AO BALANÇO E DR 2014

RELATÓRIO & CONTAS Liquidação

newsletter Nº 87 ABRIL / 2014

Relatório de Gestão 2. Balanço 5. Demonstração de Resultados por Naturezas 7. Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados 8

IMPARIDADE DE ACTIVOS FINANCEIROS

NCRF 27 Instrumentos financeiros

ANEXO I DESRECONHECIMENTO


Código de Conduta Voluntário

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 835

Parte I: As modalidades de aplicação e de acompanhamento do Código voluntário;

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 2 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA. Objectivo ( 1) 2 Âmbito ( 2) 2 Definições ( 3 a 6) 2

ORA newsletter. Resumo Fiscal/Legal Setembro de Goodwill e Testes de Imparidade Parte II 2 Revisores e Auditores 5

NCRF 2 Demonstração de fluxos de caixa

NORMA REGULAMENTAR N.º 15/2008-R, de 4 de Dezembro

LAKE FUND SGPS, SA. Demonstrações Financeiras Individuais. Exercício 2014

Organização de Apoio e Solidariedade para a Integração Social

Fundação Casa Museu Mario Botas

newsletter Nº 84 JANEIRO / 2014

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional

José Eduardo Mendonça S. Gonçalves

Decreto-Lei n.º 219/2001, de 4 de Agosto *

NORMA CONTABILÍSTICA E DE RELATO FINANCEIRO 15 INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E CONSOLIDAÇÃO

NOTAS ANEXAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO

ASSUNTO: Plano de Contas (Caixa Central e Caixas de Crédito Agrícola Mútuo)

ORA newsletter. Resumo Fiscal/Legal Junho de IVA Alteração das Taxas Reduzida, Intermédia e Normal 2 Revisores e Auditores 5

Demonstrações Financeiras & Anexo. 31 Dezembro 2012

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 10 CUSTOS DE EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Aspetos legislativos, no domínio sócio-laboral

CPC COOPERATIVA DE POUPANÇA E CRÉDITO, S.C.R.L. Demonstrações Financeiras. 31 de Dezembro de 2008

Regime Jurídico dos Certificados de Aforro

31-Dez Dez-2012

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 1 ESTRUTURA E CONTEÚDO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

NCRF 1 Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 14 CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS. Objectivo ( 1) 1 Âmbito ( 2 a 8) 2

Aviso do Banco de Portugal n.º 2/2010

Impostos Diferidos e o SNC

Norma Interpretativa 2 (NI2) - Uso de Técnicas de Valor Presente para mensurar o Valor de Uso.

GLOSSÁRIO. Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários 39

1.5. Sede da entidade-mãe Largo Cónego José Maria Gomes Guimarães Portugal.

newsletter Nº 78 JULHO / 2013

Avisos do Banco de Portugal. Aviso do Banco de Portugal nº 2/2010

Definições (parágrafo 9) 9 Os termos que se seguem são usados nesta Norma com os significados

2.28. Benefícios dos Empregados

Enquadramento Página 1

Informações Fundamentais ao Investidor PRODUTO FINANCEIRO COMPLEXO

ORA newsletter. Nº 40 Maio/2010 (circulação limitada) Assuntos LEGISLAÇÃO FISCAL/LEGAL ABRIL DE 2010

ADESÃO AO CÓDIGO EUROPEU DE CONDUTA VOLUNTÁRIO SOBRE AS INFORMAÇÕES A PRESTAR ANTES DA CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS DE EMPRÉSTIMO À HABITAÇÃO

Nota de Informação Preçários das instituições de crédito passam a ter novas regras

Demonstrações Financeiras & Anexo. 31 Dezembro 2013

NCRF 8 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas

Scal - Mediação de Seguros, S. A.

ANTE-PROPOSTA DE DECRETO-LEI VALORES MOBILIÁRIOS DE ESTRUTURA DERIVADA

1. Os AFT devem ser contabilisticamente mensurados no reconhecimento inicial pelo seu custo.

INSTRUÇÕES N.º 2 /00 2.ª SECÇÃO 1.ª. Âmbito

(a) Propriedade detida por locatários que seja contabilizada como propriedade de investimento (ver NCRF 11 - Propriedades de Investimento);

Nota às demonstrações financeiras relativas ao semestre findo em 30 de Junho de 2010

Apresentação ao mercado do processo de adopção plena das IAS/IFRS

Incentivos à contratação

CONTABILIDADE. Docente: José Eduardo Gonçalves. Elementos Patrimoniais

ANEXO AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS. 31 de Dezembro de 2012

ANEXO AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS. 31 de Dezembro de 2014

ANEXO PE, EXERCÍCIO ECONÓMICO DE 2010

MYBRAND MARKETING SESSIONS 02 Conferência - Avaliação de Marcas


Microentidades passam a integrar o Sistema de Normalização Contabilística (SNC) a partir de 2016

Produto BNDES Exim Pós-embarque Normas Operacionais. Linha de Financiamento BNDES Exim Automático

Incentivos à contratação 2013

Norma contabilística e de relato financeiro 9. e divulgações apropriadas a aplicar em relação a locações financeiras e operacionais.

I B 1:) CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS. Introdução

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO: SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA (SNC) 5ª Edição

OTOC - Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

ANEXOS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS GOTE - SOCIEDADE DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS, LDA

10 de Setembro 2013 Contencioso de Cobrança

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO: NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA NO SECTOR NÃO LUCRATIVO

Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo Associação Empresarial das ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge

INFORMAÇÃO TÉCNICA N.º 22/2013. Regime de caixa de IVA (DL 71/2013, 30.05)

INFORMAÇÃO FINANCEIRA UTILIZADOR

Responsabilidades no crédito II

Ficha de Informação Normalizada para Depósitos Depósitos à Ordem

Instrução DGT nº.1/2013 EMISSÃO DE BILHETES DE TESOURO

Financiamento de Planos de Benefícios de Saúde através de Fundos de Pensões

Regulamento da CMVM n.º 10/98 Operações de Reporte e de Empréstimo de Valores Efectuadas por Conta de Fundos de Investimento Mobiliário

Fundo de Investimento Imobiliário Aberto. ES LOGISTICA (CMVM nº 1024)

Linha Específica Sectores Exportadores. Linha Micro e Pequenas Empresas

Produto BNDES Exim Pós-embarque Normas Operacionais. Linha de Financiamento BNDES Exim Automático

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Transcrição:

Assuntos Resumo Fiscal/Legal Março de 2012 1 Custo Amortizado Enquadramento e Determinação 2 Revisores e Auditores 6 LEGISLAÇÃO FISCAL/LEGAL MARÇO DE 2012 Ministério da Solidariedade e da Segurança Social - Decreto-Lei n.º 64/2012, de 15 de Março - Procede à alteração do regime jurídico de protecção no desemprego dos trabalhadores por conta de outrem, beneficiários do regime geral de segurança social, e à quarta alteração ao Decreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de Novembro. Ministério da Solidariedade e da Segurança Social - Decreto-Lei n.º 65/2012, de 15 de Março - Estabelece, no âmbito do sistema previdencial, o regime jurídico de protecção social na eventualidade de desemprego dos trabalhadores que se encontrem enquadrados no regime dos trabalhadores independentes e que prestam serviços maioritariamente a uma entidade contratante. Assembleia da República - Resolução da Assembleia da República n.º 31/2012, de 20 de Março - Auditoria a realizar pelo Tribunal de Contas ao processo de nacionalização do BPN - Banco Português de Negócios e ao processo que determinou a insolvência do BPP - Banco Privado Português, avaliando, nomeadamente, os custos já realizados e a realizar pelo Estado Português. Banco de Portugal - Aviso do Banco de Portugal n.º 8/2012, de 20 de Março - Altera o Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2007 no sentido de precisar que as posições em risco sobre instituições com prazo de vencimento inicial não superior a três meses devem ser objecto de uma ponderação de 20%, independentemente da moeda em que essa posição se encontra expressa e financiada. Ministério das Finanças - Portaria n.º 77/2012, de 26 de Março - Primeira alteração à Portaria n.º 121/2011, de 30 de Março, que regulamenta e estabelece as condições de aplicação da contribuição sobre o sector bancário. Ministério das Finanças - Portaria n.º 80/2012, de 27 de Março - Segunda alteração à Portaria n.º 1219-A/2008, de 23 de Outubro, que regulamenta a concessão extraordinária de garantias pessoais pelo Estado, no âmbito do sistema financeiro. 1/6

CUSTO AMORTIZADO ENQUADRAMENTO E DETERMINAÇÃO Enquadramento O Sistema de Normalização Contabilística (SNC), em vigor desde 1 de Janeiro de 2010, veio introduzir no normativo nacional, o método do custo amortizado como uma forma de mensuração de instrumentos financeiros (IF), método já previsto nas normas internacionais de relato financeiro (IAS/IFRS) e transposto para o referencial contabilístico português através da Norma contabilística e de Relato Financeiro (NCRF) 27 Instrumentos financeiros. Esta norma teve por base as seguintes normas internacionais emitidas pelo IASB: IAS 32 Instrumentos financeiros: Apresentação; IAS 39 Instrumentos financeiros: Reconhecimento e Mensuração; e IFRS 7 Instrumentos financeiros: Divulgações. O método do custo amortizado é de aplicação complexa pelo que, numa óptica de custo/benefício pode revelar-se dispensável, sendo compreensível o carácter não imperativo consubstanciado na NCRF 27. De acordo com preconizado na IAS 39, o método do custo amortizado é de aplicação obrigatória na mensuração de determinados instrumentos financeiros. Conceito de custo amortizado O custo amortizado de um activo ou passivo financeiro é a quantia pela qual o activo ou o passivo financeiro é mensurado no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa, usando o método do juro efectivo, de qualquer diferença entre a quantia inicial e a quantia na maturidade, e menos qualquer redução (directamente ou por meio de uma conta de abatimento) quanto à imparidade ou incobrabilidade. Reconhecimento e mensuração de instrumentos financeiros (IF) Reconhecimento Um activo financeiro, um passivo financeiro ou um instrumento de capital próprio deve ser reconhecido apenas quando uma entidade se torne uma parte das disposições contratuais do Instrumento Financeiro. Os activos e passivos mensurados ao justo valor através de resultados, não devem incluir os custos de transacção. Os instrumentos de capital próprio, emitidos antes do seu recebimento devem ser deduzidos ao capital próprio (exemplo: capital não realizado). 2/6

Os instrumentos de capital próprio, adquiridos pela entidade emitente devem ser deduzidos ao capital próprio (exemplo: acções próprias). Mensuração Nos termos da NCRF 27 todos os activos e passivos financeiros são mensurados em cada data de relato quer: Ao custo ou custo amortizado menos qualquer perda de imparidade; ou Ao justo valor com as alterações de justo valor a ser registadas na demonstração dos resultados. São exemplos de instrumentos financeiros mensurados ao custo ou ao custo amortizado menos perdas por imparidade: Clientes, fornecedores, contas a receber, contas a pagar ou empréstimos bancários desde que cumpram as seguintes condições: i) sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; ii) os retornos para o seu detentor sejam de montante fixo, de taxa de juro fixa ou de taxa de juro variável; e iii) não contenham nenhuma cláusula contratual que possa resultar para o seu detentor em perda do valor nominal e do juro acumulado. Contratos para conceder ou contrair empréstimos que: (i) não possam ser liquidados em base líquida; (ii) quando executados se espera que reúnam as condições para reconhecimento ao custo ou ao custo amortizado menos perdas por imparidade; e (iii) a entidade designe, no momento do reconhecimento inicial para serem mensurados ao custo menos perdas por imparidade. Instrumentos de capital próprio que não sejam negociados publicamente e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade. Imparidade: Reconhecimento e Mensuração Reconhecimento Devem ser reconhecidas perdas por imparidade de activos que não sejam mensurados ao justo valor, sempre que haja evidência objectiva de que um activo financeiro ou um grupo de activos esteja em imparidade. Mensuração Para um IF mensurado ao custo amortizado a perda por imparidade é a diferença entre a quantia escriturada e o valor presente (actual) dos fluxos de caixa estimados descontados à taxa de juro original efectiva do activo financeiro. 3/6

Cálculo do custo amortizado A mensuração ao custo amortizado pressupõe a aplicação da taxa de juro efectiva. O método do juro efectivo é um método de calcular o custo amortizado de um activo financeiro ou de um passivo financeiro e de imputar os gastos ou rendimentos de juros ao longo de um período. A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida do instrumento financeiro. De seguida apresenta-se um exemplo ilustrativo da aplicação do método do custo amortizado a um financiamento bancário: Montante contratado: 1.000.000 Prazo: 5 anos Reembolso de capital: 5 prestações anuais Taxa de juro: 4% ao ano Comissões e outras despesas de transacção: 20.000 Conforme já referido o custo amortizado pressupõe o cálculo prévio da taxa de juro efectiva. Esta taxa difere da taxa de juro nominal em consequência da existência de gastos incrementais inerentes ao financiamento. Gastos incrementais são aqueles que não seriam incorridos se a entidade não tivesse adquirido, emitido ou alienado o instrumento financeiro. Os cash-flows do financiamento (calculados com base na taxa nominal) são os seguintes: Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Juro 40.000 32.000 24.000 16.000 8.000 Amortizações de capital 200.000 200.000 200.000 200.000 200.000 Cash-flow 240.000 232.000 224.000 216.000 208.000 Cálculo da taxa efectiva: -980.000 = (240.000)/1,04^1+ (232.000)/1,04^2 +. + (208.000)/1,04^5 TIR = 4,74% 4/6

O custo amortizado do financiamento é o seguinte: Ano Amortização de capital (a) Juro liquidado Juro efectivo Comissões Custo Amortizado Valor presente dos FC 0 0 980.000 980.000 1 200.000 40.000 46.467 6.467 768.467 768.467 2 200.000 32.000 37.291 5.291 591.758 591.758 3 200.000 24.000 28.058 4.058 395.816 395.816 4 200.000 16.000 18.768 2.768 198.584 198.584 5 200.000 8.000 9.416 1.416 0 0 1.000.000 120.000 140.000 20.000 Conforme o exemplo apresentado, o financiamento é inicialmente mensurado pelo valor recebido (980.000 euros), deduzido das amortizações periódicas de capital (200.000 euros) e acrescido das comissões diferidas pelo prazo do financiamento. A diferença entre o juro efectivo (calculado à TIR) e o juro liquidado (fluxo monetário calculado à taxa contratada), corresponde ao diferimento das comissões. Sempre que ocorram alterações nas condições contratuais iniciais, devem ser calculados novos cash-flows e proceder-se à sua actualização com base na TIR original. Nos casos em que não há gastos de transacção iniciais (comissões e outros encargos incorridos com a contratação do financiamento), a taxa de juro contratada é igual a taxa de juro efectiva, pelo que o valor do reconhecimento inicial é igual ao valor nominal contratado. Bibliografia: - Beatriz Costa - NCRF 27 Instrumentos financeiros IAS 39 Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração SILVA Eduardo; CRUZ, Inês Custo amortizado e imparidade: Desenvolvimentos previsíveis. Edição Vida Económica Mensuração ao custo amortizado formação ministrada pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (Fevereiro de 2012). 5/6

REVISORES E AUDITORES Na sequência da discussão iniciada com o Livro Verde da Auditoria Lições da Crise, a Comissão Europeia apresentou uma proposta de alterações da Directiva do Conselho sobre Auditoria (8ª Directiva), e uma proposta de um Regulamento Europeu para a auditoria de entidades de interesse público, documentos já mencionados em ORA Newsletters anteriores. As alterações propostas pretendem contribuir para a independência dos auditores e para a melhoria da qualidade dos serviços prestados por estes profissionais, com a finalidade de proporcionar mais fiabilidade à informação divulgada e de contribuir para a restituição da confiança no mercado. A Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC), como entidade nacional que congrega a regulamentação e o controlo operacional de todos os auditores e firmas de auditoria, estando plenamente alinhada com as preocupações e com os objectivos identificados no parágrafo anterior, aprovou em reunião do Conselho Directivo de 9 de Fevereiro, um documento com comentários sobre as propostas referidas. Os temas abordados e objecto de comentários/justificações pela OROC são os seguintes: i) Regulamento; ii) Isenção de Auditoria; iii) Proibição de serviços para além de auditorias ( nonaudit services); iv) Rotação obrigatória das firmas de auditoria; v) Medidas restritivas nos serviços de auditoria; vi) Supervisão pública; vii) Limite de responsabilidade profissional; viii) Concentração do mercado; ix) Passaporte Europeu; x) Normas de auditoria; e xi) Capital das firmas de auditoria. Pelo seu interesse recomendamos a consulta da integralidade do documento que pode ser obtido em: www.oroc.pt/fotos/editor2/tecnico/2012/comentariosoroc.pdf Nota: Esta publicação da ORA é genérica e o objectivo é meramente informativo. Não tem a intenção de substituir a necessidade de consulta dos diplomas mencionados ou o recurso a opinião profissional para os temas tratados em função dos casos concretos de cada entidade. 6/6