LAUDO DE AVALIAÇÃO RJ-073/06 1/3 VIAS



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1. CONTEXTO OPERACIONAL

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Transcrição:

LAUDO DE AVALIAÇÃO RJ-073/06 1/3 VIAS

LAUDO: RJ-073/06 DATA BASE: 31 de março de 2006 SOLICITANTE: AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA S.A., com sede na Rua Emílio Bertolini, 100, Vila Oficinas, Cidade de Curitiba, Estado do PR, inscrita no CNPJ sob o nº 02.387.421/0001-60, doravante denominada ALL. OBJETO: FERRONORTE S.A. FERROVIAS NORTE BRASIL, com sede a Rua Historiador R. Mendonça, 2000 sala 308, Bosque da Saúde, Cidade de Cuiabá, Estado de MT, Brasil, inscrita no CNPJ sob o n.º 24.962.466/0001-36, doravante denominada FERRONORTE. OBJETIVO: Cálculo do valor das ações de FERRONORTE, para fins de realização de oferta pública de aquisição de ações de FERRONORTE em circulação no mercado em função de alienação do controle indireto, nos termos da Instrução CVM n.º 361/02. APSIS CONSULTORIA 1

SUMÁRIO EXECUTIVO A APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL Ltda. foi contratada pela ALL para cálculo do valor das ações da FERRONORTE, nos termos da Instrução CVM Nº 361/02, sendo a avaliação feita através das metodologias citadas nesta instrução em seu artigo 8º: O presente laudo apresenta o resumo do valor econômico da empresa calculados pelo fluxo de caixa descontado, detalhado no Anexo 1. QUADRO RESUMO (31/MARÇO/2006) 1. Preço médio ponderado de cotação das ações; 2. Valor do patrimônio líquido por ação; 3. Valor econômico (fluxo de caixa descontado ou múltiplos) por ação; Os procedimentos técnicos empregados no presente Laudo estão de acordo com os critérios estabelecidos pelas normas de avaliação. Valor do Patrimônio Líquido Contábil da FERRONORTE por ação Preço médio ponderado de cotação das ações nos últimos 12 meses por ação Valor da FERRONORTE por ação, considerando um intervalo de 10% entre os valores mínimo e máximo R$ 0,235080 Não aplicável (não houve negociações no período) R$ 1,066606 a R$ 1,174163 Os avaliadores optaram pela metodologia 3 citada anteriormente, como a melhor forma de calcular o valor das ações da FERRONORTE. APSIS CONSULTORIA 2

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DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO Em 16 de junho de 2006, a ALL incorporou a totalidade das ações de emissão da Brasil Ferrovias S.A. (Brasil Ferrovias) e da Novoeste Brasil S.A. (Novoeste Brasil), com todos os direitos a elas inerentes, inclusive aqueles relativos a dividendos, contabilizados ou não, bonificações e quaisquer outras formas de distribuição de lucros. Após a operação, a ALL passou a deter a totalidade do capital social da Brasil Ferrovias e da Novoeste e, em decorrência, passou a deter, indiretamente, o controle acionário das seguintes concessionárias ferroviárias: a) Ferroban Ferrovias Bandeirantes S.A. (Ferroban); b) Ferronorte S.A. Ferrovias Norte do Brasil (Ferronorte); e c) Ferrovia Novoeste S.A. (Ferrovia Novoeste). Dessa forma, a ALL deverá realizar a oferta pública de aquisição de ações prevista no art. 254-A da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada. APSIS CONSULTORIA 4

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ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 7 2. PRINCÍPIOS E RESSALVAS 8 3. LIMITAÇÕES DE RESPONSABILIDADE 9 4. DECLARAÇÕES DO AVALIADOR 10 5. METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO 11 6. CARACTERIZAÇÃO DA FERRONORTE 12 7. A OPERAÇÃO 16 8. AVALIAÇÃO DA FERRONORTE FLUXO DE CAIXA 19 9. VALOR DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO POR AÇÃO 23 10. AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DA FERRONORTE 24 11. CONCLUSÃO 25 12. RELAÇÃO DE ANEXOS 26 APSIS CONSULTORIA 6

1. INTRODUÇÃO A APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL Ltda doravante denominada APSIS, com sede na Rua São José 90, grupo 1.802, na Cidade do Rio de Janeiro, no Estado do Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ/MF 27.281.922/0001-70, foi contratada pela ALL para realizar o cálculo do valor das ações da FERRONORTE, nos termos da Instrução CVM Nº 361/02. Na elaboração deste trabalho foram utilizados dados e informações fornecidas por terceiros, na forma de documentos e entrevistas verbais com o cliente. As estimativas utilizadas neste processo estão baseadas nos documentos e informações, os quais incluem, entre outros, os seguintes: Estatuto social da FERRONORTE; demonstrações contábeis das empresas do grupo; organograma e participações societárias; IAN e ITR das empresas; A equipe da APSIS responsável pela realização deste trabalho é constituída pelos seguintes profissionais: ADRIANO GONÇALVES DOS SANTOS contador (CRC/RJ 081457/0-0) AMILCAR DE CASTRO gerente de projetos ANA CRISTINA FRANÇA DE SOUZA engenheira civil pós-graduada em ciências contábeis (CREA/RJ 91.1.03043-4) DIEGO DE SOUZA BERTOLIN economista GUILHERME AFFONSO CARVALHO DE CARLOS administrador LUIZ PAULO CESAR SILVEIRA engenheiro mecânico mestrado em administração de empresas (CREA/RJ 89.1.00165-1) MARGARETH GUIZAN DA SILVA OLIVEIRA engenheira civil, (CREA/RJ 91.1.03035-3) RICARDO DUARTE CARNEIRO MONTEIRO engenheiro civil pós-graduado em engenharia econômica (CREA/RJ 30137-D) SÉRGIO FREITAS DE SOUZA economista (CORECON/RJ 23521-0) APSIS CONSULTORIA 7

2. PRINCÍPIOS E RESSALVAS O presente relatório obedece criteriosamente os princípios fundamentais descritos a seguir. O relatório apresenta todas as condições limitativas impostas pelas metodologias adotadas, que afetam as análises, opiniões e conc lusões contidas nos mesmos. O presente Laudo atende as especificações e critérios estabelecidos pela NB 5676 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), além das exigências impostas por diferentes órgãos, tais como: Ministério da Fazenda, Banco Central, Banco do Brasil, A APSIS assume total responsabilidade sobre a matéria de Engenharia de Avaliações, incluídas as implícitas, para o exercício de suas honrosas funções, precipuamente estabelecidas em leis, códigos ou regulamentos próprios. CVM (Comissão de Valores Mobiliários), SUSEP (Superintendência de Seguros Privados),etc. Os consultores e avaliadores não têm inclinação pessoal em relação a matéria envolvida neste relatório e t ampouco dela auferem qualquer vantagem. Para efeito de projeção partimos do pressuposto da inexistência de ônus ou gravames de qualquer natureza, judicial ou extrajudicial, atingindo o ativo objeto do trabalho em questão, que não os listados no presente relatório. O presente relatório atende as especificações e critérios estabelecidos pelo USPAP (Uniform Standards of Professional Appraisal Practice), além das exigências impostas Os honorários profissionais da APSIS não estão, de forma alguma, sujeitos às conclusões deste relatório. O relatório foi elaborado pela APSIS e ninguém, a não ser os seus próprios consultores, preparou as análises e respectivas conclusões. por diferentes órgãos, tais como: Ministério da Fazenda, Banco Central, Banco do Brasil, CVM (Comissão de Valores Mobiliários), SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), RIR/99, etc. O Laudo foi elaborado com a estrita observância dos postulados constantes dos Códigos de Ética Profissional do CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, No presente relatório assumem-se como corretas as informações recebidas de terceiros, sendo que as fontes das mesmas estão contidas no referido relatório. Arquitetura e Agronomia e do Instituto de Engenharia Legal. No melhor conhecimento e crédito dos consultores, as análises, opiniões e conclusões expressas no presente relatório são baseadas em dados, diligências, pesquisas e levantamentos verdadeiros e corretos. APSIS CONSULTORIA 8

3. LIMITAÇÕES DE RESPONSABILIDADE Para elaboração deste relatório a APSIS utilizou informações e dados históricos Não nos responsabilizamos por perdas ocasionais ao solicitante, a seus acionistas, auditados por terceiros ou não auditados e dados projetados não auditados, fornecidos por escrito ou verbalmente pela administração da empresa ou obtidos das fontes diretores, credores ou a outras partes como conseqüência da utilização dos dados e informações fornecidas pela empresa e constante neste relatório. mencionadas. Sendo assim, a APSIS assumiu como verdadeiros os dados e informações obtidos para este relatório e não tem qualquer responsabilidade com relação a sua veracidade. As análises e as conclusões contidas neste relatório baseiam-se em diversas premissas, realizadas na presente data, de projeções operacionais futuras, tais como: valores praticados pelo mercado, preços de venda, volumes, participações de mercado, O escopo deste trabalho não incluiu auditoria das demonstrações financeiras ou revisão dos trabalhos realizados por seus auditores. receitas, impostos, investimentos, margem operacionais e etc. Assim, os resultados futuros podem vir a ser diferentes de qualquer previsão ou estimativa contida neste Nosso trabalho foi desenvolvido unicamente para o uso do solicitante e dos acionistas da FERRONORTE, visando ao objetivo já descrito. Portanto, este relatório não deverá relatório. ser publicado, circulado, reproduzido, divulgado ou utilizado para outra finalidade que não a já mencionada, sem aprovação prévia e por escrito da APSIS. A APSIS desde já aprova a utilização e divulgação deste laudo para a oferta pública de aquisiç ão das ações da FERRONORTE, nos termos da Instrução CVM nº 361/02. APSIS CONSULTORIA 9

4. DECLARAÇÕES DO AVALIADOR A APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL Ltda juntamente com seus controladores declaram, para fins da Instrução CVM Nº 361/02, que: (i) Não há qualquer ação de emissão da FERRONORTE da qual a APSIS, seus controladores ou qualquer pessoa vinculada sejam titulares; e (ii) não detêm administração discricionária de qualquer ação de emissão da FERRONORTE. Não existe qualquer conflito de interesse que diminua a independência da APSIS na elaboração deste Laudo. O presente laudo foi solicitado pela AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA S.A. por R$ 44.000,00 (quarenta e quatro mil reais) a título de honorários. A APSIS recebeu honorários profissionais do grupo ao qual a FERRONORTE pertence no montante de R$ 484.625,00 (quatrocentos e oitenta e quatro mil, seiscentos e vinte e cinco reais) referentes a serviços de avaliação de outras empresas do grupo, nos últimos doze meses. A APSIS possui comprovada experiência em avaliação de companhias abertas (vide Anexo 4), tendo realizado, entre outros, os seguintes projetos: i) TAM LINHAS AÉREAS: avaliação econômica da empresa para fins de emissão de novas ações e reestruturação societária, nos termos da Lei nº 6.404, de 15.12.1976 (Lei das S/A); ii) PETROBRÁS - PETRÓLEO BRASILEIRO: Avaliação da BR DISTRIBUIDORA, para fins de reestruturação societária (OPA), nos termos da Lei nº 6.404, de 15.12.1976 (Lei das S/A);e iii) SÃO CARLOS EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A.: cálculo do valor justo de mercado das ações de SCAR, para fins de realização de oferta pública de aquisição de ações preferenciais de SCAR em circulação no mercado por aumento de participação dos controladores, nos termos da Instrução CVM n.º 361/02; Dentre os critérios de avaliação, o que parece mais adequado à avaliação da FERRONORTE é o método do fluxo de caixa descontado. APSIS CONSULTORIA 10

5. METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO ABORDAGEM CONTÁBIL: VALOR DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONTÁBIL POR AÇÃO Exame da documentação de suporte já mencionada, objetivando verificar uma escrituração feita em boa forma e obedecendo às disposições legais regulamentares, normativas e estatutárias que regem a matéria, dentro de Princípios e Convenções de Contabilidade Geralmente Aceitos aplicados de acordo com a legislação brasileira. ABORDAGEM DE MERCADO COTAÇÃO EM BOLSA Esta metodologia visa a avaliar uma empresa pela soma de todas as suas ações a preços de mercado. Como o preço de uma ação é definido pelo valor presente do fluxo de dividendos futuros e de um preço de venda ao final do período, a uma taxa de retorno exigida, em um Mercado Financeiro Ideal, esta abordagem indicaria o valor correto da empresa para os investidores. ABORDAGEM DA RENDA: FLUXO DE CAIXA Esta metodologia define a rentabilidade da empresa como sendo o seu valor operacional, equivalente ao valor descontado do fluxo de caixa líquido futuro. Este fluxo é composto pelo lucro líquido após impostos, acrescidos dos itens não caixa (amortizações e depreciações) e deduzidos investimentos em ativos operacionais (capital de giro, plantas, capacidade instalada, etc.). O período projetivo do fluxo de caixa líquido é determinado levandose em consideração o tempo que a empresa levará para apresentar uma atividade operacional estável, ou seja, sem variações operacionais julgadas relevantes. O fluxo é então trazido a valor presente, utilizando-se uma taxa de desconto, que irá refletir o risco associado ao mercado, empresa e estrutura de capital. Esta metodologia foi utilizada para os cálculos dos valores econômicos dos ativos Imobilizados da FERRONORTE. APSIS CONSULTORIA 11

6. CARACTERIZAÇÃO DA FERRONORTE A EMPRESA A Ferronorte (Ferrovias Norte Brasil) é uma ferrovia que, juntamente com a Ferroban, faz parte da Brasil Ferrovias. Obteve sua concessão em 1989 com o prazo de 90 anos. Sua malha ferroviária liga as regiões Norte e Centro oeste ao Sul e Sudeste do Brasil. Em 2005 transportou 6,4 toneladas úteis de produtos e tem previsto pra 2006 o transporte de 9,8 milhões de toneladas úteis. A Ferronorte contribuiu na expansão da produção de soja e irá incentivar a ampliação do transporte ferroviário de algodão, açúcar e álcool, aumentando as potencialidades da região. CAPITAL SOCIAL O capital social integralizado da FERRONORTE em 31 de março de 2006 é constituído por 690.816.080 ações ordinárias, 11.597.219 ações preferenciais A e 5.129.741 ações preferenciais B, todas nominativas. COTAÇÃO MÉDIA PONDERADA DAS AÇÕES Não houve negociação das ações da FERRONORTE na BOVESPA nos últimos 12 meses, da data base. Sua estrutura possui 511 km, sendo 421 km ligando Aparecida do Taboado até Alto do Taguari, e 90 km de linha ligando Alto do Taquari até Alto do Araguaia, ambos em Mato Grosso. Futuramente, a Ferronorte pretende ligar as cidades de Rondonópolis e logo em seguida Cuiabá, em Mato Grosso. APSIS CONSULTORIA 12

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7. A OPERAÇÃO Em 16 de junho de 2006, a ALL incorporou a totalidade das ações de emissão da Brasil Ferrovias S.A. (Brasil Ferrovias) e da Novoeste Brasil S.A. (Novoeste Brasil), com todos os direitos a elas inerentes, inclusive aqueles relativos a dividendos, contabilizados ou não, bonificações e quaisquer outras formas de distribuição de lucros. Após a operação, a ALL passou a deter a totalidade do capital social da Brasil Ferrovias e da Novoeste e, em decorrência, passou a deter, indiretamente, o controle acionário das seguintes concessionárias ferroviárias: a) Ferroban Ferrovias Bandeirantes S.A. (Ferroban); b) Ferronorte S.A. Ferrovias Norte do Brasil (Ferronorte); e c) Ferrovia Novoeste S.A. (Ferrovia Novoeste). Dessa forma, a ALL deverá realizar a oferta pública de aquisição de ações prevista no art. 254-A da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada. APSIS CONSULTORIA 16

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8. AVALIAÇÃO DA FERRONORTE FLUXO DE CAIXA Para a determinação do valor da operação da FERRONORTE procedemos à avaliação pelo método da rentabilidade futura. A modelagem econômico-financeira da FERRONORTE foi conduzida de forma a demonstrar sua capacidade de geração de caixa no período de tempo considerado, tendo sido utilizadas, basicamente, as informações já citadas anteriormente. As projeções foram realizadas para o período julgado necessário, sob plenas condições operacionais e administrativas, com as seguintes premissas: O fluxo foi projetado em moeda constante e o valor presente calculado com taxa de desconto real (não considera a inflação) A não ser quando indicado de outro modo, os valores foram expressos em milhares de reais. Para a realização da previsão dos resultados nos exercícios futuros da FERRONORTE, utilizou-se o balanço patrimonial em março de 2006 (Anexo 2) como balanço de partida. No Anexo 1, apresentamos detalhadamente a modelagem econômicofinanceira. a metodologia está baseada na geração de fluxo de caixa livre descontado; para determinação do valor da empresa foi considerado um período de 7 (dez) anos; fluxo de caixa livre foi projetado analiticamente para um período de sete anos de 2006 até 2012 e considerada a perpetuidade após o ANO 7; para período anual foi considerado o ano fiscal de 01 de abril até 31 de março. APSIS CONSULTORIA 19

ANÁLISE FINANCEIRA RETROSPECTIVA A FERRONORTE vem apresentando um aumento contínuo em sua ROB nos últimos três anos, refletindo um aumento de 45,00% comparando-se 2005 com 2003, conforme demonstrado ao gráfico abaixo: Receita Bruta R$ (mil) 600.000 500.000 384.401 448.984 557.384 400.000 300.000 200.000 100.000 0 2003 2004 2005 APSIS CONSULTORIA 20

PREMISSAS PARA PROJEÇÃO ENTRADAS E SAÍDAS PREMISSAS LÓGICA VOLUME TRANSPORTADO Aumento da TU (tonelada transportada) de 8,7% ao ano, em média. Orçamento plurianual da empresa e estudos de mercado. TICKET MÉDIO UNITÁRIO Aumento da tarifa (R$ / TU) de 1% ao ano, em média. Orçamento plurianual da empresa e estudos de mercado. IMPOSTOS DIRETOS Média geral de 10,9% sobre a ROB. Dados históricos da empresa. COMBUSTÍVEL Função das distâncias percorridas e preço do combustível (R$ 1,20 para todos os períodos). Os cálculos detalhados encontram-se no Anexo 1. DIREITO DE PASSAGEM Pedágio para utilização de malha ferroviária de terceiros. Calculado através das fórmulas constantes nos contratos. PONTA RODOVIÁRIA Custo com transporte rodoviário para coleta da carga no cliente. Utilizado um percentual sobre a receita. ARMAZENAGEM Custo com armazenagem da carga ao longo do trajeto. Utilizado um percentual sobre a receita. Orçamento da empresa. Dados históricos e orçamento da empresa. Dados históricos e orçamento da empresa. Dados históricos e orçamento da empresa. DESPESAS GERAIS E ADMINISTRATIVAS O total projetado é de R$ 286 milhões anuais para o 1º período. O detalhamento encontra-se no Anexo 1. Orçamento dos custos e despesas administrativas, visando a avaliação individual da FERRONORTE. DEPRECIAÇÃO Aplicados os índices históricos por tipo de ativo, considerandose o custo original e também os novos investimentos. IMPOSTO DE RENDA E CSSL Aplicadas as alíquotas referentes ao regime tributário da empresa, considerando-se os prejuízos fiscais acumulados até a data base deste laudo. Orçamento plurianual da empresa e demonstrações financeiras. Orçamento plurianual da empresa e demonstrações financeiras. APSIS CONSULTORIA 21

CAPITAL DE GIRO Foi considerado o percentual de 15% da ROB como capital de giro operacional, atuando sobre a sua variação anual ao longo do período projetivo. 3% de crescimento na perpetuidade), descontamos estes valores a valor presente, utilizando a taxa de desconto real descrita no item anterior. ATIVOS NÃO OPERACIONAIS Não foram considerados ativos não operacionais nesta análise. INVESTIMENTOS Foram considerados R$ 940 milhões distribuídos ao longo dos 7 anos do fluxo de caixa projetado. VALOR DE MERCADO DA FERRONORTE Sintetizando os itens anteriormente mencionados, detalhados no Anexo 1, chegamos aos seguintes valores: DETERMINAÇÃO DA TAXA DE DESCONTO Foi calculada pela metodologia WACC - Weighted Average Cost of Capital, modelo no qual o custo de capital é determinado pela média ponderada do valor de mercado dos componentes da estrutura de capital (próprio e de terceiros). A taxa real de desconto calculada foi de 12% a.a. CÁLCULO DO VALOR OPERACIONAL taxa de retorno esperado 11,5% 12,0% 12,5% taxa de crescimento perpetuidade 3% 3% 3% VALOR DA FERRONORTE (R$ mil) FLUXO DE CAIXA DESCONTADO $670.395 $654.031 $638.138 VALOR RESIDUAL DESCONTADO $1.880.922 $1.721.617 $1.580.906 VALOR OPERACIONAL DA FERRONORTE $2.551.317 $2.375.648 $2.219.044 DÍVIDA LÍQUIDA ($1.582.928) A partir do Fluxo de Caixa Operacional projetado para os próximos 7 anos e do valor residual da empresa a partir de então (foi considerado VALOR ECONÔMICO DA FERRONORTE (considerando intervalo de 10% entre os valores mínimo e máximo, conforme Instrução CVM 361/02, art. 8o 4o) $754.670 $792.720 $830.771 APSIS CONSULTORIA 22

9. VALOR DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO POR AÇÃO Na data base do presente laudo, 31/03/2006, o balanço patrimonial consolidado da FERRONORTE era o seguinte, com base nas últimas informações financeiras periódicas enviadas à CVM, conforme disposto na Instrução CVM nº 361/02, art. 8º, 3º, II: CONTAS RELEVANTES VALOR (R$ mil) CONTABIL ATIVO 2.085.065 ATIVO CIRCULANTE 90.579 DISPONIBILIDADES 28.472 CRÉDITOS 41.733 ESTOQUES 6.690 OUTROS 13.684 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 321.081 CRÉDITOS DIVERSOS 6.493 CRÉDITOS COM PESSOAS LIGADAS 251.730 OUTROS 62.858 ATIVO PERMANENTE 1.673.405 INVESTIMENTOS 5.918 IMOBILIZADO 1.336.423 DIFERIDO 331.064 PASSIVO 1.918.736 PASSIVO CIRCULANTE 300.377 PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO 1.618.359 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 166.329 CAPITAL SOCIAL 1.171.454 LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS -1.005.125 Número de ações (mil) 707.543 Valor por ação R$ 0,235080 APSIS CONSULTORIA 23

10. AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DA FERRONORTE Considerando o valor econômico da empresa através da metodologia de fluxo de caixa descontado, chegou-se ao seguinte valor das ações da FERRONORTE, na data base: VALOR DA FERRONORTE (R$ mil) VALOR ECONÔMICO DA FERRONORTE (considerando intervalo de 10% entre os valores mínimo e máximo, conforme Instrução CVM 361/02, art. 8o 4o) $754.670 $792.720 $830.771 quantidade de ações (mil) 707.543,04 707.543 707.543,04 VALOR POR AÇÃO 1,066606 1,120384 1,174163 APSIS CONSULTORIA 24

11. CONCLUSÃO A luz dos exames realizados na documentação anteriormente mencionada e tomando por base estudos da APSIS, concluíram os peritos que o valor das ações da FERRONORTE, avaliadas pelo fluxo de caixa descontado da empresa em 31 de março de 2006, está contido no seguinte intervalo: i. R$ 1,066606 a R$ 1,174163 por ação ON ou PN. Estando o Relatório RJ-073/06 concluído, composto por 26 (vinte e seis) folhas digitadas de um lado e 04 (quatro) anexos e extraído em 03 (três) vias originais, a APSIS Consultoria Empresarial Ltda., CREA/RJ 82.2.00620-1 e CORECON/RJ RF/2.052-4, empresa especializada em avaliação de bens, abaixo representada legalmente pelos seus diretores, coloca-se à disposição para quaisquer esclarecimentos que, por ventura, se façam necessários. Rio de Janeiro, 20 de junho de 2006. APSIS CONSULTORIA 25

12. RELAÇÃO DE ANEXOS 1. CÁLCULOS AVALIATÓRIOS 2. DOCUMENTAÇÃO DE SUPORTE 3. GLOSSÁRIO 4. PERFIL DA APSIS SÃO PAULO SP Av. Vereador José Diniz, 3.300, Cj. 808 Work Center 4, CEP: 04604-006 Tel.: + 55 11 5543.7907/5543.3811 RIO DE JANEIRO RJ Rua São José, 90, sala 1802 Centro, CEP: 20010-020 Tel.: + 55 21 2210.5073 Fax: + 55 21 2210.2959 APSIS CONSULTORIA 26

APSIS CONSULTORIA ANEXO 1

FERRONORTE VOLUME TRANSPORTADO (TU) ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 FERRONORTE 6.666.668 7.333.335 8.433.335 9.276.669 9.926.036 10.491.820 10.997.752 crescimento (%) 10% 15% 10% 7% 6% 6% TARIFA MÉDIA UNITÁRIA (R$ / TU) 82,27 82,12 82,72 82,96 82,95 82,84 82,98 FERRONORTE 99 100 101 102 103 104 105 crescimento (%) 1% 1% 1% 1% 1% 1% ROB PROJETADA Serviços Prestados (R$ mil) 765.438 859.861 1.001.255 1.119.859 1.222.196 1.319.341 1.408.580 FERRONORTE 661.368 734.779 853.446 948.179 1.024.697 1.093.936 1.158.154 crescimento (%) 11% 16% 11% 8% 7% 6% Outras Receitas (R$ mil) 84.176 89.607 98.515 105.329 110.579 115.157 119.985 FERRONORTE 8.639 8.752 8.885 8.972 9.042 9.107 9.166 crescimento (%) 1% 2% 1% 1% 1% 1% ROB (mil) 670.006 743.531 862.331 957.151 1.033.739 1.103.043 1.167.319 APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL ROB PROJETADA - 1\8

FERRONORTE DEPRECIAÇÃO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 FERRONORTE Via Permanente 151.597 67.552 63.371 53.975 22.384 23.581 25.107 4% 6.064 6.064 6.064 6.064 6.064 6.064 6.064 2.702 2.702 2.702 2.702 2.702 2.702 2.535 2.535 2.535 2.535 2.535 2.159 2.159 2.159 2.159 895 895 895 943 943 1.004 Depreciação 0 6.064 8.766 11.301 13.460 14.355 15.298 16.303 Material Rodante 141.221 46.289 78.131 69.041 68.848 68.440 61.272 8% 11.298 11.298 11.298 11.298 11.298 11.298 11.298 3.703 3.703 3.703 3.703 3.703 3.703 6.251 6.251 6.251 6.251 6.251 5.523 5.523 5.523 5.523 5.508 5.508 5.508 5.475 5.475 4.902 Depreciação 0 11.298 15.001 21.251 26.775 32.282 37.758 42.659 outros 4.955 5.605 6.516 6.985 7.475 7.916 8.298 10% 495 495 495 495 495 495 495 560 560 560 560 560 560 652 652 652 652 652 698 698 698 698 748 748 748 792 792 830 Depreciação 0 495 1.056 1.708 2.406 3.154 3.945 4.775 Depreciação Corrente 20.859 20.442 20.033 19.632 19.240 18.855 18.478 18.108 Depreciação Total 20.859 38.299 44.856 53.892 61.880 68.646 75.479 81.845 APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL IMOBILIZADO_FN - 2\8

FERRONORTE CUSTOS E DESPESAS ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 IMPOSTOS DIRETOS 11,40% 11,40% 11,40% 11,40% 11,40% 11,40% 11,40% FERRONORTE 10,90% 10,90% 10,90% 10,90% 10,90% 10,90% 10,90% COMBUSTÍVEL 117.853,97 130.619,40 144.383,95 153.896,91 161.956,74 170.634,15 178.350,28 FERRONORTE 90.703,85 95.323,32 102.307,86 102.485,16 105.177,57 107.626,10 108.495,75 Combustível TKB (Milhão) 15.495,77 16.788,61 18.967,10 19.387,73 20.303,13 20.985,64 21.368,90 crescimento% 8,33% 8,34% 12,98% 2,22% 4,72% 3,36% 1,83% Litros/ 1000TKB 4,88 4,73 4,49 4,41 4,32 4,27 4,23 crescimento% -1,00% -3,00% -5,00% -2,00% -2,00% -1,00% -1,00% Litros(MIL) 75.586,54 79.436,10 85.256,55 85.404,30 87.647,97 89.688,42 90.413,12 R$ / Litro 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20 Gasto Combustivel (R$ mil) 90.703,85 95.323,32 102.307,86 102.485,16 105.177,57 107.626,10 108.495,75 DIREITO DE PASSAGEM (R$ mil) 83.322,64 90.194,10 104.521,27 115.063,88 123.901,51 131.522,42 139.899,52 FERRONORTE 80.008,88 86.209,82 99.825,81 109.880,67 118.250,92 125.475,25 133.463,20 PONTA RODOVIÁRIA (% da ROB) 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% FERRONORTE 6% 6% 6% 6% 6% 6% 6% ARMAZENAGEM (% ROB) 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% FERRONORTE 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% DESPESAS OPERACIONAIS - FN (R$ mil) (118.672,83) (110.386,27) (120.227,65) (128.651,17) (136.403,64) (143.723,93) (151.029,16) PESSOAL (38.523,00) (23.113,80) (23.113,80) (23.113,80) (23.113,80) (23.113,80) (23.113,80) APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL DADOS - 3\8

FERRONORTE CUSTOS E DESPESAS ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 DEPRECIAÇÃO (38.299,03) (44.855,83) (53.892,13) (61.880,22) (68.646,12) (75.479,05) (81.845,30) MANUTENÇÃO (10.818,30) (11.384,15) (12.189,23) (12.624,66) (13.611,22) (14.098,59) (15.037,57) OUTRAS DESPESAS ADMINISTRATIVAS (31.032,49) (31.032,49) (31.032,49) (31.032,49) (31.032,49) (31.032,49) (31.032,49) ACIDENTES E DANOS - FN (R$ MIL) (8.320,01) (9.243,53) (10.736,35) (11.928,09) (12.890,69) (13.761,71) (14.569,58) ALUGUEL MATERIAL RODANTE - FN (R$ MIL) (47.179,82) (47.179,82) (47.179,82) (47.179,82) (47.179,82) (47.179,82) (47.179,82) LEASING OPERACIONAL LOCOMOTIVAS - FN (R$ mil) (16.901,78) (14.721,47) (5.708,52) - - - - LEASING OPERACIONAL VAGÕES - FN (R$ mil) (29.776,70) (32.883,83) (34.592,76) (37.932,93) (40.625,78) (43.215,06) (47.150,76) AMORTIZAÇÃO FN (R$ mil) (65.091,87) (65.091,87) (65.091,87) (65.091,87) (65.091,87) (37.562,00) - APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL DADOS - 4\8

FERRONORTE DRE (R$ mil) ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 crescimento ROB 11,0% 16,0% 11,0% 8,0% 6,7% 5,8% ROB (=) 670.006 743.531 862.331 957.151 1.033.739 1.103.043 1.167.319 Serviços Prestados 661.368 734.779 853.446 948.179 1.024.697 1.093.936 1.158.154 Outras Receitas 8.639 8.752 8.885 8.972 9.042 9.107 9.166 IMPOSTOS S/ VENDAS ( - ) (73.031) (81.045) (93.994) (104.329) (112.678) (120.232) (127.238) ROL (=) 596.976 662.486 768.337 852.822 921.062 982.811 1.040.082 CUSTOS DOS PRODUTOS / SERVIÇOS (-) (217.613) (233.580) (262.497) (279.366) (295.790) (310.314) (323.671) Combustível (90.704) (95.323) (102.308) (102.485) (105.178) (107.626) (108.496) Direito de Passagem (80.009) (86.210) (99.826) (109.881) (118.251) (125.475) (133.463) Ponta Rodoviária (40.200) (44.612) (51.740) (57.429) (62.024) (66.183) (70.039) Armazenagem (6.700) (7.435) (8.623) (9.572) (10.337) (11.030) (11.673) LUCRO BRUTO (=) 379.362 428.906 505.840 573.455 625.271 672.497 716.410 margem bruta 56,62% 57,69% 58,66% 59,91% 60,49% 60,97% 61,37% DESPESAS OPERACIONAIS (-) (285.943) (279.507) (283.537) (290.784) (302.192) (285.443) (259.929) LAIR (=) 93.419 149.399 222.304 282.671 323.080 387.054 456.481 PREJUÍZO ACUMULADO (SALDO) R$ (1.005.126) R$ (977.100) R$ (932.280) R$ (865.589) R$ (780.788) R$ (683.864) R$ (567.748) IR A COMPENSAR NO PERÍODO R$ (28.026) R$ (44.820) R$ (66.691) R$ (84.801) R$ (96.924) R$ (116.116) R$ (136.944) BASE DE CÁLCULO AJUSTADA R$ 65.394 R$ 104.579 R$ 155.612 R$ 197.870 R$ 226.156 R$ 270.938 R$ 319.537 IMPOSTO DE RENDA (-) R$ (22.210) R$ (35.533) R$ (52.884) R$ (67.252) R$ (76.869) R$ (92.095) R$ (108.618) LUCRO LÍQUIDO (=) R$ 71.210 R$ 113.866 R$ 169.419 R$ 215.420 R$ 246.211 R$ 294.960 R$ 347.863 margem líquida 12% 17% 22% 25% 27% 30% 33% APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL FLUXO_FN - 5\8

FERRONORTE FLUXO DE CAIXA (R$ mil) ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5 ANO 6 ANO 7 ENTRADAS 174.600 223.814 288.403 342.392 379.949 408.001 429.708 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 71.210 113.866 169.419 215.420 246.211 294.960 347.863 DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO 103.391 109.948 118.984 126.972 133.738 113.041 81.845 SAQUE FINANCIAMENTOS 0 APORTE DE CAPITAL 0 0 0 0 0 SAÍDAS 290.773 112.445 141.019 123.001 91.707 92.937 87.677 INVESTIMENTOS 290.773 112.445 141.019 123.001 91.707 92.937 87.677 AMORTIZAÇÃO DÍVIDAS SALDO SIMPLES (116.173) 111.369 147.385 219.391 288.242 315.064 342.031 VARIAÇÃO CAPITAL DE GIRO (7.487) (11.029) (17.820) (14.223) (11.488) (10.396) (9.641) SALDO DO PERÍODO (123.660) 100.340 129.565 205.168 276.753 304.668 332.389 APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL FLUXO_FN - 6\8

FERRONORTE CUSTO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO TAXA LIVRE DE RISCO (Rf) 5,3% BETA d 0,59 BETA r 0,98 PRÊMIO DE RISCO (Rm - Rf) 4,8% RISCO BRASIL 5,1% Re (=) 15,1% CUSTO DA DÍVIDA TAXA LIVRE DE RISCO (Rf*) 5,2% RISCO ESPECÍFICO (ALFA) 3,0% RISCO BRASIL 0,126 5,1% Rd (=) 13,3% WACC CUSTO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 15,1% CUSTO DA DÍVIDA 13,3% TAXA DE DESCONTO (=) 12,0% APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL TAXA DE DESCONTO - 7\8

FERRONORTE taxa de retorno esperado 11,5% 12,0% 12,5% taxa de crescimento perpetuidade 3% 3% 3% VALOR DA FERRONORTE (R$ mil) FLUXO DE CAIXA DESCONTADO $670.395 $654.031 $638.138 VALOR RESIDUAL DESCONTADO $1.880.922 $1.721.617 $1.580.906 VALOR OPERACIONAL DA FERRONORTE $2.551.317 $2.375.648 $2.219.044 DÍVIDA LÍQUIDA ($1.582.928) VALOR ECONÔMICO DA FERRONORTE (considerando intervalo de 10% entre os valores mínimo e máximo, conforme Instrução CVM 361/02, art. 8o 4o) $754.670 $792.720 $830.771 quantidade de ações (mil) 707.543,04 707.543 707.543,04 VALOR POR AÇÃO 1,066606 1,120384 1,174163 APSIS CONSULTORIA EMPRESARIAL VALOR DA FERRONORTE - 1\1

APSIS CONSULTORIA ANEXO 2

BALANÇO CONSOLIDADO - FERRONORTE - 31/MAR/06 Código da Conta Descrição da Conta 31/3/2006 Código da Conta Descrição da Conta 31/3/2006 1 Ativo Total 2.085.065 2 Passivo Total 2.085.065 1.01 Ativo Circulante 90.579 2.01 Passivo Circulante 300.377 1.01.01 Disponibilidades 28.472 2.01.01 Empréstimos e Financiamentos 74.555 1.01.01.01 Caixa/Bancos 2.172 2.01.02 Debêntures 34.278 1.01.01.02 Aplicacoes Financeiras 26.300 2.01.03 Fornecedores 69.918 1.01.02 Créditos 41.733 2.01.04 Impostos, Taxas e Contribuições 25.651 1.01.02.01 Contas a receber 33.532 2.01.04.01 Impostos, Taxas e Contribuições 12.519 1.01.02.02 Empresas relacionadas 1.476 2.01.04.02 Impostos Parcelados 13.132 1.01.02.03 Creditos com congêneres 6.725 2.01.05 Dividendos a Pagar 0 1.01.03 Estoques 6.690 2.01.06 Provisões 16.129 1.01.04 Outros 13.684 2.01.06.01 Provisões Diversas 16.129 1.01.04.01 Impostos e recuperar 6.205 2.01.06.02 Prov.p/perd.c/invest contr./colig 0 1.01.04.02 Adiantamento a fornecedores 4783 2.01.07 Dívidas com Pessoas Ligadas 4.028 1.01.04.03 Adiantamentos a empregados 301 2.01.08 Outros 75.818 1.01.04.04 Despesas antecipadas 2267 2.01.08.01 Contas a pagar concessionarias 479 1.01.04.05 Outros creditos 128 2.01.08.02 Salários, encargos, férias e 13º salário 7.364 1.02 Ativo Realizável a Longo Prazo 321.081 2.01.08.03 Adiantamentos de clientes 47.785 1.02.01 Créditos Diversos 6.493 2.01.08.04 Contratos e compromissos 1.116 1.02.01.01 Depositos judiciais 4.017 2.01.08.05 Arrendamento Mercantil 17.709 1.02.01.02 Titulos e valores mobiliarios 2.476 2.01.08.06 Debitos com congeneres 1.365 1.02.02 Créditos com Pessoas Ligadas 251.730 2.02 Passivo Exigível a Longo Prazo 1.618.359 1.02.02.01 Com Coligadas 251730 2.02.01 Empréstimos e Financiamentos 982.595 1.02.02.02 Com Controladas 0 2.02.02 Debêntures 519.972 1.02.02.03 Com Outras Pessoas Ligadas 0 2.02.03 Provisões 5.854 1.02.03 Outros 62.858 2.02.03.01 Provisão para contingências 5854 1.02.03.01 Impostos a recuperar 60.919 2.02.04 Dívidas com Pessoas Ligadas 0 1.02.03.02 Despesas Antecipadas 1939 2.02.05 Outros 109.938 1.03 Ativo Permanente 1.673.405 2.02.05.01 Impostos parcelados 41722 1.03.01 Investimentos 5.918 2.02.05.02 Fornecedores 950 1.03.01.01 Participações em Coligadas 5.918 2.02.05.03 Adiantamentos de clientes 40.817 1.03.01.02 Participações em Controladas 0 2.02.05.04 Contratos e compromissos 2.449 1.03.01.03 Outros Investimentos 0 2.02.05.05 Arrendamento Mercantil 24000 1.03.02 Imobilizado 1.336.423 2.03 Resultados de Exercícios Futuros 0 1.03.03 Diferido 331.064 2.04 Participações Minoritárias 0 2.05 Patrimônio Líquido 166329 2.05.01 Capital Social Realizado 1171454 2.05.02 Reservas de Capital 0 2.05.03 Reservas de Reavaliação 0 2.05.03.01 Ativos Próprios 0 2.05.03.02 Controladas/Coligadas 0 2.05.04 Reservas de Lucro 0 2.05.04.01 Legal 0 2.05.04.02 Estatutária 0 2.05.04.03 Para Contingências 0 2.05.04.04 De Lucros a Realizar 0 2.05.04.05 Retenção de Lucros 0 2.05.04.06 Especial p/ Dividendos Não Distribuídos 0 2.05.04.07 Outras Reservas de Lucro 0 Fonte: ITR - Ferronorte - 31/Mar/06 - CVM 2.05.05 Lucros/Prejuízos Acumulados -1005125

INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS (ITR) TRIMESTRE FINDO EM 31 DE MARÇO DE 2006 (Valores expressos em milhares de reais) 1 CONTEXTO OPERACIONAL A Companhia tem por objeto a construção e exploração de vias férreas, rodovias e hidrovias, a prestação de serviços de transportes ferroviários e rodoviários, a construção e exploração de terminais ferroviários, rodoviários, portuários de carga e descarga, de guarda e caução de produtos e mercadorias e outros tipos de terminais relacionados com os serviços de transporte, a operação portuária, a realização de edificações, estruturas e módulos pré-fabricados ou pré-modulados, e a exploração de atividades que sejam afins, conexas ou complementares às anteriores. A Companhia vem implementando um plano de reestruturação operacional, societária, financeira e organizacional, contemplado pelo Acordo de Investimentos, assinado em 5 de maio de 2005, que viabilizou novos aportes de capital e a realização de um criterioso plano de investimentos previsto para 2005-2006, que objetiva criar as condições necessárias para mais um salto na capacidade de produção e a consolidação do crescimento em termos de volume transportado. A Companhia está aprimorando os controles internos nas áreas financeira, jurídica e contábil, sobre suas transações, tanto para efeito de reconciliações contábeis quanto do controle financeiro (fornecedores, clientes, adiantamentos a fornecedores e de clientes). A área jurídica também está aprimoramento os controles internos sobre os processos trabalhistas, administrativos, cíveis e tributários, bem como dos depósitos judiciais e recursais. Foram criados os comitês de auditoria, gestão e de investimentos para acompanhar este aprimoramento. 2 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

3 RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS 3.1 Apuração do resultado O resultado das operações é apurado de acordo com o regime contábil de competência do exercício. 3.2 Moeda estrangeira Os ativos e passivos monetários denominados em moedas estrangeiras foram convertidos para reais pela taxa de câmbio da data de fechamento do balanço. 3.3 Provisão para devedores duvidosos A provisão para devedores duvidosos foi constituída pela administração em montante considerado suficiente para fazer face às eventuais perdas na realização somente dos créditos dos títulos vencidos há mais de 60 dias e após analise individualizada dos mesmos. 3.4 Estoques Avaliados ao custo médio de aquisição que não excede o valor de mercado. 3.5 Permanente Investimentos Os investimentos em companhias controladas são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Imobilizado O imobilizado é registrado ao custo de aquisição, formação ou construção. A depreciação é calculada de acordo com as taxas mencionadas na nota explicativa 11. Diferido Corresponde aos gastos de implementação do projeto da ferrovia iniciado em 1992, registrados como despesas pré-operacionais. A amortização dos gastos provenientes da Fase I ocorrerá em dez anos, com início em março de 2001. A amortização dos gastos provenientes da Fase II do projeto ocorrerá em dez anos, com início em março de 2003.

3.6 Provisão para contingências As provisões contingenciais são registradas tendo como base as melhores estimativas dos riscos e valores informados pelos assessores jurídicos internos e externos e/ou expectativas da administração. São provisionadas somente aquelas classificadas como risco de perda provável. 4 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS Base para consolidação As demonstrações contábeis consolidadas incluem as demonstrações contábeis da Ferronorte S.A. - Ferrovias Norte Brasil e suas controladas, a seguir relacionadas: Percentual participação de 31/03/06 Portofer Transporte Ferroviário Ltda. 50 Terminal XXXIX de Santos S.A. 50 Tenorte S.A. 100 Ferronorte Locadora de Vagões S.A. 100 Principais procedimentos de consolidação a. Consolidação dos saldos das contas do ativo, passivo e resultado proporcionais, no caso de controlada em conjunto, e 100% para as controladas diretas. b. Eliminação dos saldos das contas de ativos, passivos e resultado entre as companhias consolidadas. c. Eliminação do saldo de investimento da controladora em contrapartida ao patrimônio líquido da investida. d. Destaque do valor da participação dos acionistas minoritários nas demonstrações contábeis consolidadas.

5 APLICAÇÕES FINANCEIRAS E TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Controladora Consolidado 31/03/06 31/03/06 Banco Safra - Fundo aplicação - taxa de juros de 70% CDI 12.903 12.903 Banco Bradesco S.A.- CDB Taxa de juros de 100% do CDI 11.103 11.103 Banco BMC S.A. - CDB Taxa de juros de 100% do CDI 2.476 2.476 Banco Unibanco - Renda fixa 1.084 Banco Unibanco - CDB - Taxa de juros de 100% do CDI 774 Banco Itaú BBA - CDB Taxa de juros de 100% do CDI 339 339 Banco Bradesco S.A. Títulos de capitalização reajustados pela TR 97 97 26.918 28.776 Curto prazo 24.442 26.300 Longo prazo 2.476 2.476 26.918 28.776 6 CONTAS A RECEBER Controladora Consolidado 31/03/06 31/03/06 Clientes e outras contas a receber 36.634 36.833 Provisão para devedores duvidosos (3.301) (3.301) 33.333 33.532

7 ESTOQUES Controladora Consolidado 31/03/06 31/03/06 Almoxarifados - materiais de manutenção 4.796 5.178 Combustível 1.369 1.369 Materiais em poder de terceiros 271 271 6.436 6.818 Provisão para ajuste de inventário (128) (128) 6.308 6.690

8 EMPRESAS RELACIONADAS Controladora Ativo Circulante 31/03/06 Portofer Transporte Ferroviário Ltda. 4.437 (c) Ferronorte Locadora de Vagões S.A. 2.114 (c) Brasil Ferrovias S.A. 1.300 (a) Terminal XXXIX de Santos S.A. 105 (c) Outros 147 (c) 8.103 Realizável a longo prazo Ferroban Ferrovias Bandeirantes S.A. 249.615 (b) TGG Terminal de Granéis Guarujá 2.115 (c) Portofer Transporte Ferroviário Ltda. 331 (c) 252.061 Passivo Circulante Ferroban Ferrovias Bandeirantes S.A. 2.148 Ferronorte Locadora de Vagões S.A 1.188 Outros 482 3.818

Os principais saldos entre as companhias relacionadas possuem respectivamente as seguintes naturezas: a Correspondente à transferência de recursos à título de adiantamento para pagamento de diversas despesas. O saldo é atualizado com base na média das taxas de captação de recursos no mercado financeiro. b) Do montante de R$ 249.615 o valor de R$ 210.037 refere-se a antecipação de recursos por conta de futura utilização da malha ferroviária da Ferroban a título de direito de passagem. O saldo é atualizado pela variação da TJLP mais juros de 3% a.a. A liquidação. O valor de R$ 39.578 refere-se a depósito judicial feito pela Ferronorte em favor da Ferroban para pagamento do arrendamento. Para esta operação a Ferronorte celebrou com a Ferroban o instrumento de Contrato de Prestação de Garantia. Pela prestação dessa garantia, a Ferroban pagará a Brasil Ferrovias o equivalente à diferença positiva entre a taxa de 100% do CDI e a taxa de 100% da TR. c Correspondente à transferência de recursos financeiros para pagamento de despesas. O saldo não é atualizado.

9 IMPOSTOS A RECUPERAR Controladora Consolidado 31/03/06 31/03/06 ICMS sobre prestação de serviços 51.829 51.829 IRRF sobre aplicações financeiras 7.868 8.053 ICMS sobre ativo imobilizado 4.621 4.622 COFINS 1.974 1.978 PIS 422 423 IRPJ/CSLL a compensar 191 202 ISS 17 17 Total 66.922 67.124 Curto prazo 6.003 6.205 Longo prazo 60.919 60.919 66.922 67.124 O ICMS refere-se a saldo credor acumulado desde 1997, composto pela diferença positiva na apuração. O saldo acumulado vem sendo compensado parcialmente com o ICMS gerado nas prestações tributadas do serviço de transporte ferroviário. Os créditos são gerados pela aquisição de insumos, principalmente óleo diesel, óleo lubrificante, peças e partes de locomotivas e vagões e aquisições de bens para o ativo imobilizado utilizados na prestação. O ICMS sobre insumos é classificado integralmente no longo prazo, em razão da sua lenta recuperação. O ICMS a recuperar sobre ativos imobilizados está sendo creditado mensalmente à razão de 1/48 (um quarenta e oito avos). A companhia efetuará estudo para acelerar o processo de recuperação desses créditos.

Composição do saldo credor por estado: Ativo Imobilizado Insumos Total Utilização Saldo Credor % Recuperado Mato Grosso 11.632 9.073 20.705 (2.797) 17.908 14% Mato Grosso do Sul 2.675 275 2.950 (1.531) 1.419 52% São Paulo 6.901 39.522 46.423 (13.921) 32.502 31% 21.208 48.870 70.078 (18.249) 51.829 26% O IRRF sobre as aplicações financeiras foi gerado pelos resgates de aplicações financeiras efetuados no período. Será atualizado pela Selic e compensado com tributos federais no exercício seguinte. As contribuições a recuperar de Cofins e PIS referem-se a saldos positivos na apuração das bases de cálculos acumuladas, podendo ser compensados nos meses subseqüentes com o aumento da receita tributável. O IRPJ e CSLL referem-se às retenções feitas sobre as notas fiscais de prestação de serviço de transporte ferroviário de cargas do cliente Petrobrás, anteriores a dezembro de 2004, nos termos da Instrução Normativa nº 306/03, que foi revogada pela Instrução Normativa nº 480/04, podendo o saldo ser compensado com IRPJ e CSLL sobre lucro tributável.

10 INVESTIMENTOS Portofer Transporte Ferroviario Ltda. Terminal XXXIX de Santos S.A. Ferronorte Locadora de Vagões S.A. Tenorte S/A 31/03/06 Capital social 2.000 14.200 20 400 Total de ações - capital da investida 2.000.000 14.200.000 1.000.000 Ações possuídas - investidora 1.000.000 7.100.000 1.000.000 Quantidade de participação (%) 50 50 100 100 Patrimônio líquido 2.000 13.676 (634) 534 Lucro (prejuízo) líquido do exercício (420) (8) (2) Resultado da equivalência patrimonial (210) (8) Valor contábil do investimento 1.000 6.837 400 8.237 Investimentos avaliados pelo custo Brazil Rail Partners III, L.L.C. 1.939 Brazil Rail Partners IV, L.L.C. 1.939 TGG Terminal de Granéis Guarujá 5.861 Termag S.A. 10 Outros investimentos 48 Provisão para desvalorização (BRP III e IV) (3.878) 5.919 14.156

11 IMOBILIZADO - CONTROLADORA Taxa Liquido anual de Depreciação Descrição depreciação % Custo acumulada 31/03/06 Infra e Superestrutura 0% à 2% 911.744 (89.547) 822.196 Obras de Arte 1% 39.935 (3.419) 36.517 Terminais,Edifícios e Dependências 4% 23.634 (5.111) 18.523 Sinalização e Telecomunicação 3% à 20% 9.237 (3.348) 5.889 Instalações e Equipamentos 10% 18.636 (3.925) 14.711 Moveis e Utensílios 10% 1.680 (442) 1.238 Computadores e Periféricos 20% 5.229 (3.165) 2.064 Vagões e Locomotivas 3% à 4% 294.528 (36.547) 257.980 Máquinas e Equipamentos 10% 581 (200) 380 Outros 0% 16.087-16.087 Terras 0% 14.413-14.413 Imobilizações em Andamento 0% 23.086-23.086 Adiantamento a Fornecedores 0% 100.712-100.712 Canteiro de Dormentes 0% 2.763-2.763 1.462.264 (145.705) 1.316.559 PRÓPRIOS 1.427.111 (140.569) 1.286.542 TERCEIROS 35.153 (5.136) 30.017 1.462.264 (145.705) 1.316.559

IMOBILIZADO - CONSOLIDADO Taxa Liquido anual de Depreciação Descrição depreciação % Custo acumulada 31/03/06 Infra e Superestrutura 0% à 2% 911.901 (89.571) 822.330 Obras de Arte 1% 39.935 (3.419) 36.517 Terminais, Edifícios e Dependências 4% 32.041 (6.356) 25.685 Sinalização e Telecomunicação 3% à 20% 9.251 (3.351) 5.901 Instalações e Equipamentos 10% 25.968 (6.466) 19.502 Moveis e Utensílios 10% 1.752 (465) 1.287 Computadores e Periféricos 20% 5.343 (3.238) 2.104 Vagões e Locomotivas 3% à 4% 294.528 (36.547) 257.980 Máquinas e Equipamentos 10% 2.870 (692) 2.178 Outros 0% 16.087-16.087 Terras 0% 14.413-14.413 Imobilizações em Andamento 0% 23.094-23.094 Adiantamento a Fornecedores 0% 100.712-100.712 Canteiro de Dormentes 0% 2.763-2.763 1.480.658 (150.104) 1.330.554 PRÓPRIOS 1.428.834 (141.169) 1.287.665 TERCEIROS 51.824 (8.935) 42.889 1.480.658 (150.104) 1.330.554 A fim de melhorar o controle de bens do ativo imobilizado, as companhias contrataram empresa especializada para efetuar levantamento físico dos bens patrimoniais (próprios e nas benfeitorias em bens de terceiros), o qual será conciliado posteriormente com os registros contábeis. A conclusão dos trabalhos está prevista para o mês de junho de 2006.

12 DIFERIDO Controladora Consolidado Taxa anual de amortização em % 31/03/06 31/03/06 Fase I Custo pré-operacional 10 575.490 575.490 Amortização acumulada (292.736) (292.736) 282.754 282.754 Fase II Custo pré-operacional 10 69.806 69.806 Amortização acumulada (21.613) (21.613) 48.193 48.193 Outros custos préoperacionais 468 Amortização acumulada 10 (351) 117 330.947 331.064 São gastos de implantação pré-operacional desde 1988, líquidos de despesas e receitas financeiras. Os gastos provenientes da Fase I, compreendendo o trecho de 403 km entre a ponte rodoferroviária sobre o Rio Paraná e Alto Taquari (MT), tiveram a amortização iniciada em março de 2001. Os gastos provenientes da Fase II, que compreendem o trecho 1, de 96 km entre Alto Taquari (MT) e Alto Araguaia (MT), tiveram a amortização iniciada em março de 2003.

13 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Controladora Consolidado Moeda nacional 31/03/06 31/03/06 De programas oficiais (BNDES com juros de 1,5% a a 807.546 807.546 mais variação da TJLP De programas oficiais (BNDES com juros de 3% a a 171.940 171.940 mais variação da TJLP Finame - juros de 4% a a mais variações da TJLP 50.152 50.152 Capital de giro - CDI mais 10% a a 19.978 19.978 De programa oficiais (BNDES) com juros de 4,50% 7.286 a a mais variação da TJLP Comissões e fianças bancárias - juros de 2,5% ao mês 248 248 1.049.864 1.057.150 Curto Prazo 73.568 74.555 Longo Prazo 976.296 982.595 1.049.864 1.057.150 Garantias: caução da totalidade das ações emitidas da Ferronorte de propriedade da controladora Brasil Ferrovias e caução da receita sobre o produto da cobrança da tarifa pela prestação dos serviços de transporte ferroviário decorrentes do projeto da obra da Ferronorte. As parcelas de longo prazo têm o seguinte cronograma de pagamentos: Ano de vencimento: Controladora Consolidado 31/03/06 31/03/06 2007 67.824 69.040 2008 107.760 108.977 2009 129.165 130.382 2010 124.464 125.681 2011 124.464 125.681 2012 até 2016 422.619 422.834 976.296 982.595

14 DEBÊNTURES Controladora 31/03/06 1ª emissão 285.076 2ª emissão 134.162 3ª emissão 71.506 5ª emissão 63.506 554.250 Curto Prazo 34.278 Longo Prazo 519.972 554.250 A primeira emissão de debêntures da Ferronorte - emissão pública Em 12 de julho de 1996, a Assembléia Geral de Acionistas da Ferronorte aprovou a 1ª emissão pública de 10.000 debêntures, conversíveis em ações ordinárias da companhia, da espécie com garantia flutuante, com valor nominal unitário de R$10.000,00 e data de emissão em 1º de julho de 1997, totalizando R$100.000. As características e condições dessas debêntures foram alteradas em 30 de setembro de 2001 para (I) juros remuneratórios de 1,5% ao ano acima da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), com pagamento semestral (II) capitalização dos juros incorridos entre julho de 1999 e dezembro de 2006, (III) programa de amortizações de julho de 2011 a junho de 2016, (IV) possibilidade de permuta das debêntures por ações ordinárias da Brasil Ferrovias e (V) prêmio em percentual decrescente sobre as receitas líquidas anuais da Ferronorte no período de 2001 a 2016 (de 4,31% a 0,33%); e constituição de garantia adicional referente à caução de parte do produto de cobrança da tarifa pela prestação de serviço de transporte.

A segunda emissão de debêntures da Ferronorte - emissão privada Em 16 de fevereiro de 2000, a Assembléia Geral Extraordinária (AGE) de acionistas da Ferronorte aprovou a emissão de 60.000.000 debêntures simples, com garantia flutuante, série A, com valor unitário de R$1,00, totalizando R$60.000. A data de emissão é 10 de abril de 2000 e a data de vencimento é 10 de abril de 2007. As principais características e condições destas debêntures são: juros remuneratórios de 4% ao ano acima da TJLP, pagos semestralmente, prazo de carência de quatro anos, capitalização integral dos encargos incorridos até abril de 2004 e capitalização da parcela referente à TJLP até o vencimento e constituição de fiança da Brasil Ferrovias em garantia adicional. O início do pagamento de juros e amortização está condicionado à emissão do Certificado de Empreendimento Implantado (CEI) para a expansão da via de Alto Taquari (MT) a Rondonópolis (MT) pelo Ministério da Integração Nacional. O CEI desse projeto não foi emitido até o momento. Todas as debêntures foram emitidas no âmbito do Fundo de Investimento da Amazônia (Finam). A terceira emissão de debêntures da Ferronorte - emissão privada Em 26 de dezembro de 2001, a AGE de acionistas da Ferronorte aprovou a emissão de 40.000.000 de debêntures conversíveis em ações preferenciais classe A, com garantia flutuante, com valor unitário de R$1,00, totalizando R$40.000, que foram integralmente subscritas em moeda corrente nacional pelo Finam. A data de emissão é 14 de janeiro de 2002 e a data de vencimento é 14 de janeiro de 2009. As debêntures desta emissão conferem aos seus titulares direito ao recebimento de juros remuneratórios, calculados com base na TJLP, acrescidos de 4% ao ano, a serem pagos semestralmente. O prazo para conversão das debêntures em ações é de um ano, a contar da data de emissão do CEI, a ser emitido quando as obras da Fase II até Rondonópolis (MT) forem concluídas. As debêntures têm prazo de vencimento de sete anos e carência de quatro anos. Após o período de carência, a capitalização dos juros passa a ser somente com base no percentual referente à TJLP. Como garantia adicional a essa emissão, foi outorgada fiança, pela Brasil Ferrovias.