UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO



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Transcrição:

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO PROJETO PEDAGÓGICO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO (WEB DESIGN) 2009

Vera Costa Gissoni Chanceler Paulo Alcantara Gomes Reitor Marcelo Hauaji de Sá Pacheco Vice-Reitor de Ensino de Graduação e Corpo Discente Helder Guerra de Resende Vice-Reitor de Ensino de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão Marcelo Costa Gissoni Vice-Reitor de Gestão Administrativa e Desenvolvimento Sérgio Freire França Filho Vice-Reitor de Planejamento e Finanças Renan Barroso de Oliveira Coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) 2

SUMÁRIO 1. A UCB E SUAS CONCEPÇÕES... 6 2. PERIL DO CURSO... 7 2.1. Dados Gerais... 7 2.2. Concepção / Finalidade... 8 2.3. Breve Histórico do Curso... 11 2.4. Forma de Acesso ao Curso... 12 2.4.1. Processo Seletivo... 12 2.4.2. Transferência para a UCB... 13 2.4.3. Matrícula para Portadores de Diploma... 14 3. INSERÇÃO REGIONAL... 15 3.1. Contexto Educacional... 16 3.2. Justificativa... 18 4. OBJETIVOS... 26 4.1. Objetivos Gerais... 26 4.2. Objetivos Específicos... 27 5. PERFIL... 29 5.1. Egresso... 29 5.1.1. Competências e Habilidades... 31 5.2. O PPC e as Diretrizes Curriculares... 35 6. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA... 41 6.1. Políticas Institucionais para o Curso... 41 6.2. Estrutura Curricular... 44 6.2.1. Princípios Pedagógicos... 47 3

6.2.2. Práticas Investigativas (Projeto Mão na Massa)... 48 6.2.3. Núcleo Integrador... 50 6.2.4. Estágio Curricular Não Obrigatório... 51 6.2.5. Artigos... 53 6.2.6. Estudo Orientado... 54 6.2.7. Atividades Complementares... 56 6.2.8. Monitoria... 59 6.2.9. Conteúdo Curricular... 60 6.3. Mecanismos de Avaliação... 62 6.3.1. Autoavaliação... 62 6.3.2. Avaliação do Processo Ensino/Aprendizagem... 65 6.4. Atendimento ao Discente... 67 6.4.1. Portadores de Necessidades Especiais... 70 7. COORDENAÇÃO DO CURSO E CORPO DOCENTE... 72 7.1. Coordenação do Curso... 72 7.2. Núcleo Docente Estruturante (NDE)... 72 7.3. Colegiado de Curso... 74 7.4. Corpo Docente... 75 7.4.1. Projeto de Avaliação Docente... 76 7.4.2. Formação e Atualização Pedagógica... 77 8. INSTALAÇÕES FÍSICAS... 78 8.1. Instalações Docentes... 79 4

ANEXOS I. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS II. LISTA DE PERIÓDICOS E LINKS RELACIONADOS III. ESTRUTURA CURRICULAR IV. EMENTÁRIO E BIBLIOGRAFIA V. SISTEMÁTICA DAS AULAS DE PRÁTICAS INVESTIGATIVAS VI. NORMAS DE AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR VII. ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CRUSO, MONOGRAFIAS E ARTIGOS NA ESGT 5

1. A UCB e suas concepções A sociedade mundial vive em constante transformação, com grandes avanços tecnológicos. Dessa forma, cabe às instituições de ensino superior estar atentas a esse processo, concebendo cursos que estejam sempre adequados à realidade mundial. Formar profissionais atentos às mudanças sociais, científicas e tecnológicas, que ocorrem a cada momento de forma tão dinâmica e veloz, impõe a construção de um profissional sob novos paradigmas, interessado em lutar pelo desenvolvimento sustentável. Para a UCB, o ensino não é compreendido como mera transmissão/recepção do conhecimento existente, por meio da leitura e exposição da bibliografia consagrada, mas como alavanca para a constituição do ser pensante independente, capaz de desenvolver o saber próprio, que se origina da vivência científica, do contato com o real/concreto, por meio do desenvolvimento no aluno do espírito crítico, da disposição para o saber renovado, da curiosidade pelo novo saber, e consequentemente, para o trabalho de pesquisa e o avanço tecnológico. Os conhecimentos devem ser desenvolvidos seguindo princípios pedagógicos voltados para a formação de profissionais que saibam resolver problemas, que sejam críticos, que não tenham medo de arriscar, que não se intimidem em conviver com a dúvida e com o conflito, que estejam dispostos a trabalhar em equipe e sejam responsáveis pelas suas escolhas. 6

2. PERFIL DO CURSO 2.1. Dados Gerais Nome da Universidade: Universidade Castelo Branco UCB Nome da Mantenedora: Centro Educacional de Realengo CER Endereço: Sede da Reitoria e da Mantenedora Av. Santa Cruz, 1631 Realengo Rio de Janeiro CEP: 21710-250 Tipo de Identidade Jurídica e de Constituição: Instituição educativa pluridisciplinar de formação de quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano Nome do Curso: Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) Modalidade: Presencial Modalidade de Diploma: Tecnológico Turnos de Funcionamento: Noturno Total de vagas anuais: 160 vagas Regime Acadêmico: Crédito Semestral Regime de Matrícula: Semestral Processo Seletivo: Concurso Vestibular e/ou Acesso Direto pelo resultado do ENEM Carga Horária Total do Curso: 1.680 horas acrescida de 160 horas de atividades complementares, totalizando 1.840 horas Dimensão das Turmas: 60 alunos Ato Legal de Aprovação de Autorização de Funcionamento do Curso na UCB: Resolução CEPE nº 075/2008 - CEPE de 10 de setembro de 2008 7

2.2. Concepção/Finalidade As características da sociedade contemporânea marcada pelo desenvolvimento científico, tecnológico e cultural, pela velocidade da informação e da comunicação, pela reorganização do mundo do trabalho e por relações sociais e políticas que implicam em uma expansão das fronteiras comerciais e de troca de experiências em tempo real têm acentuado a importância da educação como um fator fundamental do desenvolvimento, construção da cidadania e democratização baseada na inclusão e transformação da realidade. A função da educação se transforma nas sociedades atuais, em decorrência dos novos padrões de vida e de relacionamento que emergiram nas últimas décadas. O desenvolvimento científico e tecnológico e a natureza das transformações econômicas modificaram profundamente a estrutura e funcionamento das sociedades, atingindo-as em seus fundamentos. Mudou a natureza da vida econômica, social e cultural. Assim, entre os grandes desafios que se colocam hoje para a educação, encontra-se a necessidade de articular o que ocorre no mundo com os acontecimentos regionais e locais, com vistas a auxiliar na construção da cidadania e atenuar as desigualdades socais. A preparação para a docência e a gestão em educação faz parte dessa construção, exigindo uma sólida formação para lidar com processos permeados pelo conhecimento científico, pela cultura, pela tecnologia e pela informação. O Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) busca garantir ao futuro profissional das artes, comunicação e design de computação e informática os conteúdos necessários e suficientes para uma formação específica e aprofundada para o mundo do trabalho, por meio da relação entre práticas profissionais e teorias. 8

Em uma época na qual a tecnologia se desenvolve aceleradamente e as informações se veiculam por meios massificadores e reprodutores, o papel do profissional na área de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) é, justamente, o de multiplicador das inovações em projetos gráficos, equacionando fatores estéticos, simbólicos e técnicos, considerando questões socioeconômicas, culturais e ambientais, atuando como operacionalizador de soluções tecnológicas. Contudo, é importante incentivar a criatividade, a produção de novos conhecimentos, a crítica, tanto no exercício profissional quanto em atividades de práticas criativas investigativas. A Universidade Castelo Branco acreditou ser oportuno oferecer à crescente população da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro um curso de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design). Esta decisão atendeu aos anseios da comunidade, representada por suas lideranças nos vários segmentos que a compõem, que necessitam de qualificação para sua força de trabalho, possível de ser obtida através da nova modalidade de cursos, entendendo-se aqui, os cursos Superiores de Tecnologia, ofertados pela UCB. A formação de profissionais em Design Gráfico com foco em Web Design vem atender à grande demanda do mercado por bons profissionais que sejam capazes de aplicar conhecimentos e técnicas profissionais com mentalidade empreendedora. O profissional que a Universidade Castelo Branco propõe-se a formar não deve ser um simples repetidor, mas sim possuir capacidade de análise e percepção crítica dos fenômenos sociais, culturais e tecnológicos que o cercam, sendo capaz de continuar evoluindo, mesmo após sua formação. O Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) da UCB integra-se, na instituição, a um programa de ação no campo da formação profissional para área, conforme o Catálogo Nacional dos Cursos de Tecnologia do MEC (Portaria nº 10, de 28 de junho de 2006). 9

O referido Curso atende à proposta do Ministério de Educação MEC, que considera e apresenta os Cursos Superiores de Tecnologia como uma das principais respostas do setor educacional às necessidades e demandas da sociedade brasileira, uma vez que o progresso tecnológico vem causando profundas alterações nos modos de produção, na distribuição da força de trabalho e na sua qualificação. Por meio da relação entre práticas profissionais e teorias, busca garantir ao futuro profissional os conteúdos necessários e suficientes para uma formação específica e aprofundada para o mundo do trabalho. O Curso proposto insere-se assim em uma instituição cuja identidade se constitui especificamente para o ensino, a pesquisa / práticas investigativas e a extensão. O Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) utiliza-se de metodologias participativas de ensino/aprendizagem, nas quais o aluno é sujeito ativo na construção do conhecimento, potencializando o desenvolvimento de suas competências e habilidades socioeducativas. Além do embasamento teórico, o aluno tem contato direto com a prática, através de metodologias oriundas do próprio mercado de trabalho. Dessa forma, a finalidade deste Curso é promover o desenvolvimento econômico e social da sociedade brasileira, por meio da inserção no mercado de trabalho de cidadãos conscientes da realidade do país e que busquem inovação e crescimento no campo das novas tecnologias. Para a melhor inserção no mercado, as atividades desenvolvidas pelos discentes buscam gerar materiais e recursos que serão aproveitados por cada profissional formado como verdadeira vitrine de seu trabalho. Finalmente, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) constituem-se em eixo central que garante, incorporando as vertentes anteriormente apresentadas, a solidez do presente Projeto Pedagógico. 10

2.3. Breve Histórico do Curso A UCB, uma das mais sólidas instituições educacionais do estado do Rio de Janeiro, não poderia deixar de participar da produção e da transmissão do conhecimento profissional de nível tecnológico e, desse modo, interagir com seu meio e com o país, utilizando conhecimentos por ela produzidos para responder às necessidades regionais e nacionais e objetivando subsidiar transformações sociais necessárias. Para isso, a UCB pretende interligar as diferentes formas de educação ao mundo do trabalho, à ciência e à tecnologia, fornecendo aos cidadãos o direito à aquisição de competências profissionais que os tornem aptos para inserção em setores profissionais nos quais seja exigida a utilização de novas tecnologias em atendimento às profissões emergentes, à dinâmica do mercado de trabalho e às aspirações da sociedade do futuro. O planejamento e organização dos Cursos Superiores de Tecnologia da UCB têm como foco o atendimento às demandas dos cidadãos, do mundo do trabalho e da sociedade, bem como a conciliação destas com a missão e os objetivos da UCB. Para tanto, a Universidade identifica, inicialmente, os perfis profissionais próprios de cada curso à demanda regional e nacional e às políticas de promoção do desenvolvimento sustentável do país. O resultado desta análise permite elaborar o planejamento acadêmico da Universidade e, em especial, dos Cursos Superiores de Tecnologia. A inserção de profissionais no mercado de trabalho exige conhecimentos, competências e habilidades que se renovam a cada mudança de tecnologia. Criam-se, assim, oportunidades para que aqueles profissionais, já inseridos no mercado, possam voltar à Universidade e completar sua formação, bem como para que aqueles que pretendem atuar nesta área possam capacitar-se para uma atuação qualificada. A autorização de funcionamento do Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) foi dada no segundo semestre de 2008 e, em 2009, o Núcleo Docente Estruturante NDE e o Colegiado do Curso promoveram, a partir da Reforma 11

Curricular Institucional, a elaboração do presente Projeto Pedagógico, tendo como parâmetros as orientações das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a organização e o funcionamento dos Cursos de Superiores de Tecnologia (Resolução CNE/CP nº 3, de 18/12/2002, publicada no DOU em 23/12/2002), a Reforma Curricular Institucional, o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o Projeto Pedagógico Institucional (PPI), o perfil sociocultural da região, as mudanças no ambiente econômico/social e seus impactos nas oportunidades de trabalho e na definição das estratégias institucionais. 2.4. Forma de acesso ao curso 2.4.1. Processo Seletivo A Universidade Castelo Branco disponibiliza, semestralmente, um quantitativo de vagas para seus cursos de graduação, que são divulgadas nos diversos meios de comunicação social, com publicação do processo seletivo em jornal de alta circulação, além da disponibilização das informações através do website da IES (http://www.castelobranco.br), dentre outros. Os candidatos podem efetuar as inscrições, em um período pré-determinado, em qualquer de seus campi/unidades ou pela Internet, na página eletrônica acima mencionada. A Comissão Permanente do Concurso de Ingresso à Graduação (Vestibular), composta por coordenadores de cursos e Vice-Reitor de Ensino de Graduação e Corpo Discente, delibera sobre os procedimentos referentes ao processo seletivo da UCB. 12

O processo seletivo é feito através do resultado do Exame Nacional do Ensino Médio ENEM, para o qual se reservam 50% (cinquenta por cento) das vagas, conforme critério previamente determinado pela Comissão, ou por meio de uma avaliação composta de um tema de redação e questões objetivas de conhecimentos gerais, abrangendo as disciplinas do núcleo comum obrigatório do ensino médio. O resultado do Processo Seletivo é divulgado no endereço http://www.castelobranco.br e por meio de listagens oficiais afixadas nos quadros de avisos da Unidade. A matrícula será realizada na Unidade de opção do curso, após a divulgação dos resultados. No ato de matrícula, o candidato deverá assinar o contrato de prestação de serviços educacionais com a mantenedora da Universidade. A Universidade Castelo Branco está credenciada junto ao Programa Universidade para Todos - PROUNI e ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior - FIES, conforme legislação em vigor. 2.4.2. Transferência para a UCB Trata-se da solicitação de mudança do curso de graduação de uma Instituição de Ensino Superior para o mesmo curso oferecido pela Universidade Castelo Branco. Para estes solicitantes, é concedido 20% (vinte por cento) de desconto na mensalidade. Todos os pedidos, acompanhados da referida documentação, serão analisados e a seleção dos candidatos será feita de acordo com os critérios previstos no Edital de Processo Seletivo. 13

A UCB não aceitará transferência de candidato que não esteja com sua situação acadêmica regularizada na Instituição de origem (matriculado ou trancado). 2.4.3. Matrícula para Portadores de Diploma Trata-se da solicitação de matrícula de alunos já graduados, e que desejem ingressar para outro curso oferecido pela Universidade Castelo Branco. Para esta forma de ingresso, é concedido o desconto na mensalidade. Todos os pedidos serão analisados e a seleção dos candidatos será feita de acordo com os critérios previstos no Edital de Processo Seletivo. Somente serão recebidos pedidos com a documentação completa. 14

3. INSERÇÃO REGIONAL A Universidade Castelo Branco concentra suas atividades primordialmente em seu campus sede, localizado em Realengo, bairro da Zona Oeste do Município do Rio de Janeiro. A Instituição, no entanto, possui outros campi e unidades distribuídos pela Cidade e Estado do Rio de Janeiro. A atividade econômica da Zona Oeste é composta por cerca de 8.300 estabelecimentos, empregando aproximadamente 113 mil pessoas (dados da pesquisa Desenvolvimento Econômico Local da Zona Oeste do Rio de Janeiro e de seu Entorno: diagnóstico sócio econômico do local, Projeto FAPERJ / UFRJ Instituto de Economia). Verifica-se, de maneira geral, uma população de baixa renda média e, especificamente o Bairro de Realengo, apresenta um rendimento distribuído na faixa de 3 a 4 salários mínimos (Vide Figura 1). Figura 1 Renda Média da Região Bangu segundo os Bairros 15

É de fundamental importância para a região o desenvolvimento de ações capazes de: desenvolver ações inerentes ao ecoturismo na região, revitalizar o setor de cultura e lazer, revitalizar o setor industrial, revitalizar o setor de comércio e serviços, promover o desenvolvimento tecnológico e a expansão dos negócios e desenvolver programas complementares visando à melhoria das condições de vida. A Universidade Castelo Branco, que está inserida nesse quadro regional, já vem, na vanguarda, contribuindo para o alcance desses propósitos. 3.1. Contexto Educacional A UCB é uma das mais jovens universidades da Cidade do Rio de Janeiro. O seu reconhecimento oficial ocorreu em 29 de dezembro de 1994 pela Portaria Ministerial nº 1.834, publicada no DOU de 30/12/94, Seção 1, p. 21.241. Uma universidade é fruto de trabalho diuturno e prolongado de seu quadro social e de seus dirigentes. A trajetória da UCB teve início no ano de 1963, quando uma pequena escola primária foi criada em Realengo para atender aos pedidos dos moradores daquele bairro. Já na década seguinte surgiram os primeiros cursos superiores, com autorização para funcionamento da Faculdade de Educação, Ciências e Letras Marechal Castelo Branco e da Faculdade de Educação Física da Guanabara, reconhecidas em 1976 como Faculdades Integradas Castelo Branco. O caminho percorrido até a criação da Universidade Castelo Branco foi rápido e denota o impulso de desenvolvimento característico da região onde ela se localiza. A Zona Oeste constitui-se na direção natural e mais promissora de expansão do Município do Rio de Janeiro. 16

Apesar de sua breve trajetória no ensino superior brasileiro, a UCB tem se posicionado de forma pró-ativa quanto ao atendimento das normas da legislação educacional no país e às orientações e diretrizes estipuladas pelo Ministério de Educação. Atenta às exigências de progresso com as quais se depara em sua área de influência, a UCB cumpre seu papel social, elegendo o trinômio EDUCAÇÃO, CULTURA e TECNOLOGIA como pilares de sua missão, consolidando-o na práxis integrada do ensino-pesquisa-extensão. A UCB resulta do esforço coletivo de administradores, professores, alunos, funcionários e comunidade na consecução de propósitos sociais e individuais; um trabalho conjunto pautado pelos princípios da competência e da qualidade. Tal é a concepção que se pretende imprimir à Universidade Castelo Branco, projetada com o objetivo de responder às necessidades e demandas das populações local, regional e nacional, além de formar profissionais capazes de contribuir para o desenvolvimento social e cultural, e comprometidos com os valores éticos e humanos. O panorama atualmente observado no Rio de Janeiro sinaliza para uma expansão prudente, sempre capaz de assegurar que os investimentos necessários sejam compatíveis com as receitas decorrentes de novos cursos e novos empreendimentos. Assim, a universidade não poderá crescer indefinidamente, pelo menos no modelo dos cursos convencionais. Neste sentido, a UCB tem se proposto a realizar novos investimentos nas áreas de educação superior de cursos de tecnologia. 17

3.2. Justificativa De acordo com o Plano Estratégico do Governo do Estado do Rio de Janeiro 2007-2010, O Rio de Janeiro é um dos menores estados do Brasil em termos geográficos. Com uma área territorial de 43,8 mil Km², o estado somente não é menor que SE e AL, além do DF. Contudo, a população, estimada em 15 milhões de habitantes, o torna o terceiro mais populoso do país. Cerca de 96% da população do estado reside em áreas urbanas, sendo que a maior parte se concentra nos municípios da RMRJ. Ela engloba, aproximadamente, 12 milhões de habitantes, representando 75% de toda a população do estado. É a segunda maior metrópole brasileira e uma das 15 maiores do mundo. Com um PIB de R$ 222 bilhões, a economia fluminense ocupa a segunda posição no ranking nacional (12,6% do PIB brasileiro). Sua estrutura produtiva é dominada pelas cadeias produtivas petrolíferas, metal-mecânica, químico-farmacêutica e serviços. Entretanto, o grande destaque do Rio de Janeiro no cenário econômico se refere ao setor petróleo: o estado responde por mais de 80% da produção nacional e possui a maior reserva do país. Com relação ao município do Rio de Janeiro, essas são as estatísticas que resumem a situação da capital: 18

ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO 2009 População estimada 6.186.710 Pessoas Base Territorial Área da unidade territorial 1.182 Km² Representação Política 2006 Eleitorado 4.534.940 Eleitores Produto Interno Bruto dos Municípios 2007 PIB per capita 22.903 Reais ENSINO - MATRÍCULAS, DOCENTES E REDE ESCOLAR 2009 Matrícula - Ensino fundamental 2009 809.884 Matrículas Matrícula - Ensino médio 2009 263.500 Matrículas Docentes - Ensino fundamental 2009 34.190 Docentes Docentes - Ensino médio 2009 16.106 Docentes SERVIÇOS DE SAÚDE 2005 Estabelecimentos de Saúde SUS 234 Estabelecimentos Estatísticas do Registro Civil 2008 Nascidos vivos - registrados - lugar do registro 80.732 Pessoas FINANÇAS PÚBLICAS 2008 Receitas orçamentárias realizadas Correntes 10.275.264.477,00 Reais Despesas orçamentárias realizadas Correntes 9.560.758.415,00 Reais Valor do Fundo de Participação dos Municípios FPM Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2008 148.637.323,10 Reais Número de unidades locais 187.407 Unidades Pessoal ocupado total 2.442.175 Pessoas http://www.ibge.com.br/cidadesat 19

Zona Oeste do Município do Rio de Janeiro A Zona Oeste do Rio de Janeiro é a região dos bairros a oeste do Maciço da Tijuca. Ocupa mais da metade do município e é composta pelos bairros de Anil, Bangu, Barra da Tijuca, Barra de Guaratiba, Camorim, Campo Grande, Campo dos Afonsos, Cidade de Deus, Colônia, Cosmos, Curicica, Deodoro, Freguesia de Jacarepaguá, Gardênia Azul, Gericinó, Grumari, Guaratiba, Inhoaíba, Itanhangá, Jacarepaguá, Jardim Sulacap, Joá, Magalhães Bastos, Paciência, Padre Miguel, Pechincha, Pedra de Guaratiba, Praça Seca, Realengo, Recreio dos Bandeirantes, Rio das Pedras, Santa Cruz, Santíssimo, Senador Camará, Senador Vasconcelos, Sepetiba, Tanque, Taquara, Vargem Grande, Vargem Pequena, Vila Militar e Vila Valqueire. Possui principalmente duas vertentes: os bairros a Norte do Maciço da Pedra Branca (as redondezas de Bangu, Campo Grande e Santa Cruz) e a sul, entre o Maciço e o mar (Baixada de Jacarepaguá - Jacarepaguá, Freguesia, Taquara, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Itanhangá, Vargem Grande, Vargem Pequena, Praça Seca, Realengo). Dentro desta macro-região (Zona Oeste), temos a região de Bangu, que cobre uma área de 12.236 hectares, na qual residem 659.649 habitantes, segundo o Censo 2000, sendo a quarta região que mais cresceu na década de 1990. Esta Região é formada por nove bairros: Bangu, Campo dos Afonsos, Deodoro, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Padre Miguel, Realengo, Senador Camará e Vila Militar. 20

A Região está classificada como de médio-alto desenvolvimento humano, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH=0,805) e ocupa a 10ª posição quando consideradas as 12 regiões do Plano Estratégico do Rio de Janeiro As Cidades da Cidade. Entre as dimensões que compõem o IDH, é a 11ª colocada em longevidade (IDH-L=0,748), 6ª em educação (IDH-E=0,930) e 11ª em renda (IDH-R=0,736). Os dados demográficos indicam que a Região cresceu aproximadamente à taxa relativa de 9,7%, ou 63.689 novos habitantes, no período 1991/2000. Essa taxa foi de 6,1% no período entre 1996 e 2000, bem superior aos 3,8% verificados entre 1991/1996. Significa dizer que Bangu seguiu o modelo de crescimento da maioria das regiões da cidade, nas quais a população cresceu mais acentuadamente na segunda metade da década. Quanto à escolaridade, Realengo apresenta uma taxa de alfabetização concentrada na faixa de 89% a 93%, o que se pretende melhorar através de projetos sociais desenvolvidos pela UCB, como o Projeto Alfabetização Solidária e o Projeto Micro- Escola. Em relação à população com nível superior, observa-se uma fatia ainda muito pequena em Realengo, no intervalo de 6% a 7%, justificando a ampliação de seu quantitativo de vagas e cursos, a partir da implantação dos Cursos de Graduação Bacharelado e Superiores de Tecnologia. Cursos da Escola Superior de Gestão e Tecnologia Tendo em vista as alterações no cenário atual em relação ao contexto econômico e educacional, principalmente as delineadas em sua região de atuação, a Instituição promoveu, em 2009, uma Reforma Curricular em todos os seus cursos de graduação. Os novos Projetos Pedagógicos dos Cursos Superiores da Escola de Gestão e Tecnologia da UCB consideraram como determinantes, segundo o PDI da IES, os seguintes aspectos: 21

A UCB encontra-se no Bairro de Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde também se encontram instalados o Distrito Industrial de Santa Cruz e o Porto de Sepetiba, em Itaguaí; No Distrito Industrial de Santa Cruz, foi elaborado um plano estratégico que compreende a operação da Companhia Siderúrgica do Atlântico, recentemente inaugurada, a duplicação da Companhia Siderúrgica Nacional e da COSIGUA. Em todos os casos, verifica-se elevada demanda de técnicos de nível médio, tecnólogos e bacharelados necessários à operação dessas empresas; Com o lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento pelo Governo Federal, iniciou-se o processo de construção do anel rodoviário, que ligará o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ), em São Gonçalo, ao Porto de Sepetiba, passando pelo Pólo Gás-Químico, nas proximidades da Refinaria Duque de Caxias. A rodovia visa a facilitar o escoamento de produtos e a aproximação das cadeias produtivas e de fornecedores dos empreendimentos citados; A Pesquisa de Mercado Processo de Produção e Retro-Alimentação do Setor Produtivo da Zona Oeste identificou diversas necessidades das micro, pequenas, médias e grandes empresas relacionadas à área de Administração e Gestão. A pesquisa, inserida no Projeto Fomento à interação entre os setores produtivos e de C&T da Zona Oeste, é fruto de convênio entre a Prefeitura do Rio de Janeiro/Planejamento Estratégico, Sebrae/RJ, Rede de Tecnologia e Universidade Castelo Branco. O Projeto teve por objetivo estimular a criação e consolidação de pequenos negócios, ampliando a oferta de empregos para a população local e potencializando o desenvolvimento da região. Como uma das ações programadas do Projeto, estava a realização da pesquisa para o levantamento de dados para o incremento de negócios entre as MPEs e as grandes empresas da Zona Oeste da cidade, devendo identificar: as demandas de produtos e serviços das grandes empresas e suas exigências para o cadastro de fornecedores; a identificação das 22

MPEs fornecedoras das grandes empresas; a identificação do mercado das MPE s da região, com potencial para atendimento às grandes empresas. Dessa forma, torna-se imperiosa a formação e a qualificação de profissionais em logística, em face das complexas operações de transporte, armazenagem e distribuição, exigidas em sistemas portuários com uso múltiplo; de profissionais em recursos humanos, na medida em que as cadeias produtivas de fornecedores necessitarão da seleção, qualificação e treinamento de quadros de apoio às empresas dos setores de comércio e serviços, tecnologia e indústria que irão operar na região; de profissionais capazes de atuar na gestão de negócios em petróleo e gás, um dos eixos mais significativos do desenvolvimento da região; e ainda de profissionais de rede de computadores, marketing e de design gráfico, que deverão estar envolvidos tanto nas estratégias junto aos diretores das empresas quanto em análises táticas, como o gerenciamento de campanhas, ou no contato direto com as agências de comunicação. Para se ter uma idéia da demanda, estima-se que os empreendimentos localizados em Santa Cruz e Campo Grande, no Rio de Janeiro, e em Itaguaí, onde se localiza o Porto de Sepetiba, ultrapassa a casa dos 100 mil profissionais, cerca de 30% dos quais com o diploma de nível superior. Considerando-se os resultados da pesquisa acima mencionada, no referente às áreas estruturadas das empresas, verifica-se uma significativa carência de profissionais para atender os segmentos de comércio e de serviço, conforme tabela a seguir: 23

Bairro de Localização das Empresas Local Indústria Comércio Serviço Abs. % Abs. % Abs. % Bangu 6 27% 18 38% 29 41% Campo Grande 6 27% 9 19% 19 27% Padre Miguel 3 14% 4 8% 9 13% Realengo 4 18% 8 17% 8 11% Santa Cruz 0 0% 8 17% 4 6% Santíssimo 1 5% 0 0% 0 0% Senador Camará 2 9% 1 2% 1 1% Total 22 100% 48 100% 70 100% Áreas Estruturadas da Empresa segundo Quantitativo de Funcionários Áreas Indústria Comércio Serviço Abs. % Abs. % Abs. % Produção 19 86% 6 13% 17 24% Manutenção 10 45% 7 15% 14 20% Qualidade 7 32% 3 6% 4 6% Projeto de produtos 3 14% 0 0% 1 1% Projeto de processos 7 32% 0 0% 3 4% Ferramentaria 6 27% 2 4% 1 1% Planejamento e controle de produção 4 18% 2 4% 6 9% Administração geral 16 73% 21 44% 36 51% Vendas 13 59% 40 83% 16 23% Marketing 4 18% 4 8% 7 10% Compras 9 41% 10 21% 6 9% Jurídico 4 18% 2 4% 5 7% Recursos Humanos 9 41% 3 6% 7 10% Outras 4 18% 11 23% 23 33% 24

O PDI da UCB considera que, em face do perfil socioeconômico da região, a formação de tecnólogos deve ser uma das metas institucionais, na medida em que parte expressiva de seus estudantes é constituída por trabalhadores que estudam e que, assim, necessitam de agilidade na formação acadêmica, ao lado de um forte apoio em programas de educação continuada, notadamente em cursos de atualização e de aperfeiçoamento, tarefa que a UCB já vem cumprindo com destaque na região. Para a implantação de seus cursos, a UCB definiu as seguintes políticas e estratégias: Implamentação de uma estrutura curricular que garanta uma formação que capacite o futuro profissional a aplicar conhecimentos e técnicas profissionais e habilidades para ações pró-ativas e empreendedoras; Aproximação com o setor produtivo, quer sob a forma de atividades extra-classe, quer sob a forma de programas de acompanhamento da prática profissional; Preparação e motivação para a educação continuada; Fornecimento, ao longo do Curso, das habilidades e competências necessárias ao exercício profissional, estimulando o trabalho em equipe, a liderança, a busca pela informação sobre inovações, a proposição de soluções para os problemas apresentados e a capacidade de sistematização. Essas políticas e estratégias foram incorporadas aos Projeto Pedagógico em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso. 25

4. OBJETIVOS 4.1. Objetivos Gerais O Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) tem por objetivo geral formar profissionais capacitados ao exercício sistêmico das atividades de Design Gráfico (Web Design), por meio de um conjunto de conhecimentos técnicos e do uso de ferramentas que favoreçam o desenvolvimento de soluções inovadoras que agreguem usabilidade, acessibilidade e diferenciação estética aos diversos meios de informação digitais que ainda carecem de profissionais competentes com formação específica. Objetiva-se ao longo do curso torná-los capazes de participar da criação, planejamento, prototipação e avaliação de artefatos interativos em ambientes web, proporcionando-lhes aquisição de níveis de competitividade e de legitimidade frente às transformações que vêm ocorrendo no âmbito das organizações contemporâneas. Além disso, o Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) da UCB visa promover a transição entre as atividades acadêmicas de nível superior e o mundo do trabalho, capacitando jovens e adultos com conhecimentos e habilidades gerais e específicas para o exercício das atividades produtivas na área do Design Gráfico (Web Design). Desta forma, o Curso proporciona a formação de profissionais criativos, empreendedores e qualificados para atuarem no mercado de trabalho. 26

4.2. Objetivos Específicos O Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) tem por objetivo formar profissionais aptos a desenvolver, de forma plena, dispositivos gráficos para Internet, a partir do estudo do mercado, das empresas e dos ambientes socioeconômicos e culturais, com a finalidade de promover produtos/serviços, buscando sua visibilidade e consolidação no cenário virtual. Para tal, os profissionais precisam ter a formação específica para cumprir as atividades a seguir detalhadas: Criar, implementar e gerenciar web sites a partir de dados que abranjam toda a organização, atuando como programadores visuais; Desenvolver a expressividade no uso de linguagens interativas e das artes gráficas; Ter atitude empreendedora e uma postura de busca permanente, acompanhando a evolução das artes, comunicação e design; Prezar pela usabilidade e acessibilidade das plataformas criadas, com o objetivo de simplificar as tecnologias de interação homem-máquina; Buscar diferenciais tecnológicos e estéticos, valendo-se do conhecimento obtido durante sua formação, para que a comunicação e informação de seu cliente ou empresa seja também um diferencial competitivo; Participar do planejamento estratégico da organização, entendendo os desafios dos gerentes de outros setores da empresa e contribuindo eficazmente para o desenvolvimento de soluções informatizadas para os negócios da organização; 27

Ser crítico, ativo e cada vez mais consciente do papel social, econômico e político que desempenham, como importante contribuição pessoal no avanço científico e tecnológico do país; Assumir papel empreendedor, caracterizado pela capacidade de tomar decisões e visualizar novas soluções tecnológicas e operacionais para problemas que ocorrem no cotidiano da organização, sendo capaz de compreender os princípios gerais que regem a administração da organização; Conhecer e utilizar métodos e técnicas de investigação e elaboração de trabalhos científicos; Seguir doutrinas éticas, mantendo a confiabilidade das informações a eles confiadas; Buscar mais conhecimento, objetivando a educação permanente; Ser seguro, criativo, ousado e empreendedor, atuando no mercado de trabalho como agente técnico, de forma autônoma e criativa, entendendo as transformações do mundo contemporâneo e os novos paradigmas que norteiam as ciências de informação e desenvolvendo novas soluções para as diversas áreas de negócio da empresa; Trabalhar em equipe e em cooperativas, em consonância com a dinâmica das empresas modernas; Ter visão holística e conhecimento global dos fatos e situações-problemas. 28

5. PERFIL 5.1. Egresso O Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design), proposto pela UCB, tem como objetivo a formação de profissionais generalistas, tendo como princípio norteador o compromisso com o ensino voltado para as atividades desenvolvidas na área do Design Gráfico (Web Design), com base nos conhecimentos técnico-científicos, políticos e éticos, com ações voltadas para a consolidação da região da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Os egressos do Curso de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) deverão possuir os conhecimentos necessários para o exercício das práticas e responsabilidades profissionais exigidas pelo mercado, acrescidos das competências e habilidades específicas, definidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como daquelas compartilhadas com os demais profissionais desta área. Assim sendo, o Curso visa agregar, ao conhecimento científico e tecnológico, uma formação humanística do aluno, para que o mesmo seja capaz de compreender as organizações sob o ponto de vista dos negócios e das necessidades dos clientes, além de desenvolver, em paralelo, as habilidades de gestão e tecnologia. Pretende-se formar profissionais de Design Gráfico (web design) com as seguintes características: Habilitados ao exercício sistêmico das práticas aplicadas ao design de páginas para internet, em suas diversas áreas de aplicação, estando sempre atentos às constantes atualizações do ambiente virtual em paralelo aos problemas da atualidade e de seus impactos na gestão das organizações; 29

Que estejam atentos à própria formação, que deve ser humanista, técnicoadministrativa e prática, indispensável à adequada compreensão interdisciplinar dos fenômenos mercadológicos e das transformações socioeconômicas; Com conduta ética associada à responsabilidade social e profissional; Que sejam profissionais cidadãos, com visão de sua responsabilidade; Que atuem como profissionais seguros, criativos e ousados, motivados agentes de transformação técnica, que entendam as transformações do mundo contemporâneo e os novos paradigmas que norteiam as diferentes ciências; Com atuação competente e crítica, apoiada no programa de práticas investigativas da Escola Superior de Gestão e Tecnologia da UCB, capacitados para a implementação e gestão no âmbito do poder público, do setor privado, por meio de ONGs e diretamente com as comunidades; Conscientes da necessidade de atualização permanente quanto ao uso de novas tecnologias voltadas para a preservação do planeta, o bem-estar da sociedade, e a prosperidade das organizações; Que utilizem a programação visual para materialização de produtos gráficos para interface digital de comunicação na internet; Que gerenciem projetos virtuais a partir do briefing, prototipação e fechamento dos arquivos com acabamento final; Que atendam os requisitos de interfaces interativas de um projeto, focando as necessidades do usuário e consolidando a estrutura e a precisão da informação; 30

Que exerçam uma postura de liderança junto à força de trabalho, orientando-a para que, através do trabalho em equipe, realizem as táticas e estratégias traçadas, com fins a alcançar os objetivos de sua área ou departamento; Compreendam a operação de uma empresa, seus setores e subsetores, hierarquia e organograma, e a importância do desenho gráfico (Web Design) nesse contexto; Treinados para gerenciar áreas ou departamentos ligados às mercadológicas em organizações de diferentes naturezas atividades; Aptos a comunicar-se e a criar relacionamentos, com gerentes, empresários e profissionais liberais; Que estejam atentos aos aspectos da legislação que regula as atividades de sua profissão. 5.1.1. Competências e Habilidades As características que formam o profissional desejável pelas organizações modernas acompanham as mudanças do mercado de trabalho e classificam suas competências e habilidades. Existem, entretanto, inúmeras definições de competências e habilidades, explicitadas por diversos autores. As competências podem ser entendidas como a capacidade de uma pessoa ser capaz de agir de maneira eficaz diante de uma determinada situação, utilizando os conhecimentos que traz em sua bagagem pessoal, mas sem limitar-se exclusivamente a eles. Portanto, ser competente significa mobilizar nossos recursos cognitivos, entre os quais estão os conhecimentos que já adquirimos anteriormente. 31

Isso é demonstrado pelas atitudes que irão resultar em respostas inéditas, criativas, inovadoras e eficazes, para novos problemas que surgem no dia-a-dia. O conceito de habilidade também varia de autor para autor. Em geral, as habilidades são consideradas como algo menos amplo do que as competências. Assim, a competência estaria constituída por várias habilidades. Entretanto, uma habilidade não "pertence" a determinada competência, uma vez que uma mesma habilidade pode contribuir para competências diferentes. As competências nos Cursos Superiores de Tecnologia podem ser classificadas em profissionais tecnológicas gerais e específicas, conforme determina o Artigo 2⁰ da Resolução CNE/CP nº 3, de 18 de dezembro de 2002, que Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a organização e o funcionamento dos Cursos Superiores de Tecnologia. Competências Profissionais Tecnológicas Gerais No presente Projeto Pedagógico, as competências profissionais tecnológicas gerais que o aluno egresso deste curso será formado são: Capacidade de Relacionamento: ser capaz de estabelecer e gerir relacionamentos entre pessoas e áreas de conhecimento e de trabalhar com equipes na busca de resultados; Capacidade de Liderança: ser capaz de estimular, orientar, conduzir e delegar poderes a pessoas para objetivos negociados; Valorização da Busca do Conhecimento: compreender a importância de ampliar e atualizar o conhecimento e a prática da vida, do mundo e da profissão, de forma permanente; 32

Iniciativa e Postura Pró-Ativa: ser capaz de, sem orientação ou estruturação prévia, propor soluções ou empreender ações, no momento certo e com condutas adequadas, antecipadamente; Flexibilidade: adaptabilidade para lidar com as mudanças rápidas no ambiente, processos e novas tecnlogias; Criatividade: ser capaz de inventar, perceber, idealizar e propor soluções e ações que conduzam à inovação; Persistência: capacidade de perseverar em busca de metas e objetivos, independente dos obstáculos que se apresentem; Postura Ética: conduta que respeita os valores definidos pela organização e pela sociedade; Capacidade de Analisar Contextos e de Planejamento: domínio dos recursos disponíveis e capacidade de desenvolver ações e interpretar cenários que possam vir a afetar, direta ou indiretamente, o seu desempenho; Capacidade Empreendedora: ser capaz de identificar novas oportunidades e de formular e implementar ações orientadas para atingir os fins, de modo criativo e inovador; Capacidade de Negociação: capacidade de interagir com as partes envolvidas no processo, na busca de compromisso entre ideias, propósitos ou interesses, visando ao alcance dos melhores resultados possíveis; Capacidade de Comunicação: capacidade de expressar-se, no próprio idioma e em outros, nas formas oral e escrita, com clareza e objetividade, utilizando-se dos diversos meios disponíveis, eliminando as distorções ou ruídos no processo. 33

Competências Profissionais Tecnológicas Específicas As competências profissionais tecnológicas específicas formadas neste Curso são: Artes digitais Construir a interface gráfica do website, equacionando fatores estéticos, simbólicos e culturais, criando soluções de rotulagem para interfaces interativas, considerando a estrutura, o fluxo e a apresentação da informação; Projetos para internet Produzir conteúdos multimídia para criar uma experiência imersiva para os usuários do site, relacionados com a identidade corporativa e unindo o design das telas; Arquitetura de informações Conceber a estrutura do site, valendo-se de wireframes e protótipos, desenvolvendo assim a estrutura de navegação de páginas Web, adaptando interfaces para diferentes linguagens de programação web; Análise do mercado - Visão da oportunidade de um negócio se concretizar no mercado, considerando os consumidores, a concorrência e os fornecedores; Observação do ambiente de marketing - Observar a realidade, identificando os fenômenos ocorridos, do ponto de vista mercadológico, que possam afetar o ambiente de negócios; Problematização dos fenômenos É a descrição e a explicitação do fenômeno, de modo a comunicar a uma audiência sua ocorrência, classificando-o tecnicamente de acordo com os fundamentos e as ferramentas de Marketing; Soluções em função dos problemas identificados Integrar soluções, contemplando metas, objetivos, prazos e formas de mensuração de resultados; Conhecimento socioempresarial - Diz respeito ao conhecimento sobre o conceito e a caracterização das sociedades, papéis e comunicação dos sócios. 34

Antecipação de tendências e aproveitamento das oportunidades de mercado estudo e observação do macroambiente e microambiente de marketing, analisando riscos, a partir do conhecimento de aspectos da legislação que regulam as atividades da área. 5.2. O PPC e as Diretrizes Curriculares O currículo não deve ser entendido como grade curricular, no sentido de restringir o espaço dos saberes do aluno com uma estrutura fixa e rígida de conteúdos. Ao contrário, deve caracterizar as bases processuais dinâmicas da formação acadêmica e profissional do aluno. É um composto complexo dos diversos processos relacionados à formação profissional, cultural e humanística dos estudantes, que deve ser traduzido por componentes curriculares que se organizam a partir de disciplinas, eixos, ênfases e/ou núcleos, que contemplem a inclusão desses diferentes componentes, os quais integram conteúdos em projetos, experiências e atividades acadêmicas, pesquisa/ práticas investigativas e extensão, expressando a tradução das ações e movimentos necessários ao ensino e à aprendizagem. Adotamos neste Projeto o conceito do currículo como um conjunto de atividades acadêmicas planejadas, organizadas, implementadas e avaliadas, objetivando a integralização do Curso e/ou o desenvolvimento acadêmico, profissional e pessoal dos estudantes. Estas atividades devem ser estruturadas de modo que: Definam um fluxo articulado em torno da AQUISIÇÃO DO SABER, tendo como base a flexibilidade, adversidade, o dinamismo do conhecimento, da ciência e da prática profissional; 35

Integrem formação teórica e campos de prática desde os períodos iniciais do curso, sempre tendo como referência as exigências atuais em nível local, regional, tendo em vista as condições da sociedade contemporânea; Ofereçam ao aluno orientação e liberdade para definir o seu percurso; Definam e proporcionem condições e situações para a formação de competências e desenvolvimento de habilidades e atitudes; Possibilitem o aproveitamento de várias atividades acadêmicas para fins de integralização curricular; Articulem os conteúdos curriculares dos cursos por áreas de conhecimento. Para construir o currículo, é necessário elaborar uma seleção, um recorte intencional, que sempre terá, explicitamente ou não, uma lógica justificante. Essa seleção de conhecimentos, competências, habilidades, atitudes, valores, metodologias e situações de aprendizagem considerados importantes tem por referência determinados destinatários e contextos do estado do conhecimento científico e da realidade cotidiana dos sujeitos, do futuro profissional, da cultura, tecnologia, gestão e da ciência em suas diferentes dimensões. Também é importante frisar que a referida seleção deve ser um processo coletivo, pois selecionar, classificar, distribuir e avaliar conteúdos curriculares põem em ação as múltiplas representações que percorrem os espaços culturais. O Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) atende a proposta do MEC, que considera e apresenta os Cursos Superiores de Tecnologia como uma das principais respostas do setor educacional às necessidades e demandas da sociedade brasileira, uma vez que o progresso tecnológico vem causando profundas 36

alterações nos modos de produção, na distribuição da força de trabalho e na sua qualificação. A formação do tecnólogo pressupõe capacitação investigativa, técnica e instrumental e, ao mesmo tempo, o desenvolvimento de uma percepção crítica da realidade e dos fenômenos organizacionais, bem como a formação para a cidadania. É necessário, portanto, preparar o aluno para ingressar no mundo do trabalho, e não torná-lo um mero reprodutor de métodos e técnicas. Se, por um lado, é indispensável um cabedal de conhecimento e técnicas essencialmente utilitárias, por outro, a gestão organizacional contemporânea requer do gestor cultura ampla, criatividade, habilidade no relacionamento interpessoal, abertura ao novo, busca do aprendizado contínuo e visão interdisciplinar, além de conhecimentos profundos em uma ou mais áreas funcionais. Fundamental, também, é a sensibilização para aspectos relacionados à qualidade de vida propiciada pelo trabalho. Opta-se, assim, por adotar uma abordagem humanista, sem resvalar-se em uma visão romântica e irreal dos problemas das organizações. O equilíbrio entre o pragmatismo requerido no ambiente empresarial e o compromisso com a superação das limitações do paradigma funcionalista, cartesiano e mecanicista, ainda tão presente em muitos modelos gerenciais, é outro desafio a ser enfrentado. Uma sólida formação geral e profissional é requerida especialmente em uma sociedade em constantes mudanças. Esta será a base sobre a qual o próprio discente poderá construir, como agente ativo, uma formação acadêmica e profissional adequada a seus próprios interesses e oportunidades no mercado de trabalho. O marco conceitual do Curso aponta que a inserção no mercado de trabalho não deve ocorrer de maneira passiva: o profissional que a Universidade Castelo Branco propõe-se a formar não deve ser um simples repetidor das técnicas. 37

Deve possuir capacidade de análise e percepção crítica dos fenômenos sociais, organizacionais e de mercado interligados com habilidades requeridas para atuar como profissional. O Curso de Graduação Tecnológica atende tanto aos profissionais que já possuem uma experiência prática e desejam aprofundar-se nestes conhecimentos quanto aqueles que desejam ingressar nesta área. O Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico (Web Design) da ESGT busca conciliar uma formação abrangente com o desenvolvimento de competências específicas para a atuação na área do Design Gráfico, voltada para a internet para a atuação profissional em organizações públicas, privadas e do terceiro setor. Os objetivos e as competências pretendidos pelo curso orientam sua estrutura curricular. Os objetivos e competências associados à gestão mercadológica são indispensáveis para que o profissional de Design Gráfico (Web Design) compreenda o ambiente das artes gráficas digitais e seja capaz de projetar em todas as etapas o design de websites e aplicações para internet, de acordo com os pré-requisitos de usabilidade, desenho de ícones aplicáveis a qualquer interface, desenvolvimento de estrutura gráfica e construção da arquitetura de produtos interativos. Para tanto, o Curso possui diversas disciplinas que contribuem para a formação de capacidade artística e sistêmica, dentro do escopo mercadológico. Estas disciplinas se articulam com o eixo temático Gestão Empreendedora Sustentável da Escola Superior de Gestão e Tecnologia. Os objetivos e competências associados intrinsecamente ao Design Gráfico (Web Design) são alvo de disciplinas específicas do CST em Design Gráfico (Web Design), e buscam capacitar o aluno a empreender as diversas atividades requeridas de um profissional da área nas organizações públicas, privadas e do terceiro setor. 38