Tratamento endovascular da síndrome de congestão venosa pélvica em paciente portadora de varizes de membros inferiores



Documentos relacionados
PADRONIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS EM RADIOLOGIA INTERVENCIONISTA E CIRURGIA ENDOVASCULAR

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA

PROFISSIONAL(IS) SOLICITANTE(S) Clínico Geral; Clínica Médica; Pediatra; Ginecologista; Geriatra.

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO CIRURGIÃO VASCULAR

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. 21. Essencial para a utilização bem sucedida da prótese para o amputado da extremidade inferior:

UTILIZAÇÃO DA MEIA ELÁSTICA NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Por que a Varicocele causa Infertilidade Masculina?

PARECER CREMEB Nº 32/10 (Aprovado em Sessão da 3ª Câmara de 13/05/2010)

Estágio de Doppler Clínica Universitária de Imagiologia Hospitais da Universidade de Coimbra

ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO DAS DOENÇAS CORONÁRIA E CAROTÍDEA CONCOMITANTE

HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE EDITAL Nº 05/2007 DE PROCESSOS SELETIVOS GABARITO APÓS RECURSOS

Ateroembolismo renal

Boletim Científico. Preditores de disfunção ventricular esquerda, após plastia mitral: efeitos da fibrilação atrial e hipertensão pulmonar.

DISSECAÇÃO ANATÔMICA DE VASOS SUPERFICIAIS DA PERNA E SUA IMPORTÂNCIA NA ELUCIDAÇÃO DA TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL 1

Trombólise farmacomecânica na TVP: Quando e como

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

Tratamento do Aneurisma da Aorta Abdominal por Cateter. anos, principalmente nos últimos cinqüenta anos. Uma doença antes não tratável, hoje

Os Rins. Algumas funções dos Rins?

Em que situações se deve realizar um eco- doppler arterial dos membros inferiores.

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO ANGIOLOGISTA

INCIDÊNCIA DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO NO PÓS-OPERATÓRIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA ORTOPÉDICA DE QUADRIL E JOELHO EM UM HOSPITAL DE GOIÂNIA.

Diretrizes para Habilitação de Centros de Treinamento

AVALIAÇÃO DO REFLUXO EM VEIAS SUPERFICIAIS NA CLÍNICA DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA DOS MEMBROS INFERIORES

8º SIMPÓSIO DE CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA PARA O CLÍNICO

Folheto para o paciente

Transplante Renal: Cirurgia no Receptor: Adulto

Artigo Março 2005 AC05102LIS/ENG Engenharia Preventiva Inspecção Periódica de Edifícios Luís Viegas Mendonça João de Sousa Rodolfo 2005 SpyBuilding

HIPOSPÁDIAS. Herick Bacelar Antonio Macedo Jr INTRODUÇÃO

OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA

Sobre o tromboembolismo venoso (TVE)

ANEURISMA DE AORTA. ESTADO DA ARTE

Síndrome de compartimento de perna pós fratura de tornozelo bilateral: Relato de caso

Última revisão: 03/08/2011 ACESSO VENOSO CENTRAL

Sumário das Evidências e Recomendações sobre o uso de angioplastia percutânea com ou sem stent no tratamento da estenose da artéria vertebral

Oacidente vascular cerebral (AVC) é um dos eventos. Intervenção em Artérias Carótidas: Terapia Endovascular ou Cirúrgica.

PORTARIA N 9, DE 6 DE JANEIRO DE 2014

POLÍTICAS DE SAÚDE EM QUEIMADOS

TEMA: Enoxaparina 80mg (Clexane ou Versa) para tratamento de embolia ou trombose venosa profunda

Seminário Metástases Pulmonares

Doença arterial periférica Resumo de diretriz NHG M13 (segunda revisão, fevereiro 2014)

INSUFICIÊNCIA VENOSA

FMEA (Failure Model and Effect Analysis)

Check-list Procedimentos de Segurança

CURSO AVANÇADO DE MANUTENÇÃO DA VIDA EM QUEIMADURAS

Clínica da Universidade de Navarra (CUN):

Oncologia. Oncologia. Oncologia 16/8/2011 PRINCÍPIOS DA CIRURGIA ONCOLÓGICA EM CÃES E GATOS. Patologia. Onkos tumor. Logia estudo

8:00 Horas Sessão de Temas Livres concorrendo a Premiação 8:30 8:45 INTERVALO VISITA AOS EXPOSITORES E PATROCINADORES

EM 1994 O 1.º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE ACUPUNTURA VETERINÁRIA.

CURRICULUM VITAE I - DADOS PESSOAIS NOME: DR. RICARDO WANG NOME EM CITAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS: WANG, R. SEXO: Masculino

Linha 1: Resposta biológica nas terapias em Odontologia.

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) E TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP)

BOLETIM DA COMPRESSÃO Biblioteca de Robert Stemmer sobre Terapia da Compressão

30 de Abril 5ª feira Algoritmo de investigação: TVP e Embolia Pulmonar. Scores de Wells

INSTRUÇÕES AOS CANDIDATOS

Artroscopia do Cotovelo

USO DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (CCIP) EM ATENÇÃO DOMICILIAR

Ultrassonografia terapêutica (HIFU) para o câncer da próstata

URGÊNCIAS VASCULARES TRAUMAS VASCULARES

SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA

ANEXO I ESTRUTURA FÍSICA DOS CAMPOS DAS GUIAS E DOS DEMONSTRATIVOS

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências. Avaliação de Tecnologias em Saúde. Assunto: Onyx - Sistema Líquido de Embolização

PROVA ESPECÍFICA Cargo 51

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA

Qual o tamanho da próstata?

DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA (DAP) Prof. Abdo Farret Neto

O curso de Pós-graduação em Engenharia Biomédica e Engenharia Clínica tem 368 horas de atividades presenciais, organizadas em quatro módulos.

1) O exame eco doppler abdominal deve ser efetuado nas seguintes situações (excetuam-se as indicações hepatológicas):

JOSÉ SERRA ANEXO NORMAS PARA CADASTRAMENTO CENTROS DE REFERÊNCIA EM CIRURGIA VASCULAR INTRALUMINAL EXTRACARDÍACA

ASPECTO RADIOGRÁFICO DAS ALTERAÇÕES DO PERIODONTO

Uso do Dímero D na Exclusão Diagnóstica de Trombose Venosa Profunda e de Tromboembolismo Pulmonar

Intervenções percutâneas. Tratamento das obstruções da via de saída do Ventrículo Esquerdo

Screening Rastreamento

Ethamolin. oleato de monoetanolamina FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM : AS EMOÇÕES PRESENTES NO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO DE PACIENTES COM INDICAÇÃO DE CIRURGIA ONCOLÓGICA 1

(Capitais e Interior) (Demais Localidades) (Capitais e Interior) Golden Fone (SAC)

Curso Anual Universitario de Medicina Familiar y Atención Primaria Infecções urinárias

Módulo II. Ultrassom intracoronário: fundamentos, aplicabilidade e estudos clínicos. Métodos adjuntos diagnósticos e intervencionistas

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira

PORTARIA Nº 196, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2012

Abordagem da reestenosee. Renato Sanchez Antonio

Horizonte Tecnológico para o setor saúde

REGIMENTO INTERNO DO PROGRAMA DE APRIMORAMENTO NA ÁREA DE ARRITMIAS, ELETROFISIOLOGIA E ESTIMULAÇÃO CARDÍACA ARTIFICIAL DO HOSPITAL DO CORAÇÃO

Daniel Mendes Pinto Angiologia e Cirurgia Vascular. Reunião clínica Hospital Mater Dei - junho-2013

FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES - ALDACTONE

SISTEMAS RENAL E URINÁRIO. Enf. Juliana de S. Alencar HC/UFTM Dezembro de 2011

Métodos normalizados para medição de resistência de aterramento Jobson Modena e Hélio Sueta *

TOMOGRAFIA E RESSONÂNCIA CARDIOVASCULAR. Renato Sanchez Antonio Santa Casa RP

Um tratamento. endovascular para. aneurismas de. aorta abdominal

Comitê Gestor do Programa de Divulgação da Qualificação dos Prestadores de Serviço na Saúde Suplementar COGEP

02 DE AGOSTO DE 2015 (DOMINGO)

Informações em Saúde. Dados de Inquéritos. Zilda Pereira da Silva

INSTRUÇÃO SUPLEMENTAR - IS IS Nº Revisão A

PROGRAMAS DE PROVAS CONCURSO TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS PROGRAMA DE PROVAS DOS CARGOS 801 A 805 MÉDICO NÍVEL E

INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA CARDIOVASCULAR NO PÓS- OPERATÓRIO DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

ANÁLISE DOS INDICADORES DE ASSISTÊNCIA AO PACIENTE CIRÚRGICO

Metodologia para seleção de amostras de contratos de obras públicas (jurisdicionados) utilizando a programação linear aplicativo Solver

Sistema Circulatório

Transcrição:

Tratamento endovascular da síndrome de congestão venosa pélvica em paciente portadora de varizes de membros inferiores Autores Márcio F C Medeiros CRM/AL 5031 Especialista em Radiologia intervencionista pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular/ Colégio Brasileiro de Radiologia (SOBRICE/CBR) Ângelo Mário de Sá Bomfim Filho CRM/AL 4767 Especialista em Radiologia e diagnóstico por imagem pela AMB e Colégio Brasileiro de Radiologia (SOBRICE/CBR) INTRODUÇÃO As varizes pélvicas são causas comuns de dor pélvica crônica e frequentemente estão implicadas na recorrência de varizes de membros inferiores após uma cirurgia tecnicamente bem sucedida. Isto resulta de uma fuga de fluxo sanguíneo das veias pélvicas congestas em direção aos membros inferiores, promovendo o reaparecimento de varizes. Atualmente os casos atípicos de varizes de membros inferiores devem ter sua investigação diagnóstica ampliada na busca de congestão pélvica associada. Isto é possível através de meios não invasivos como a ultrassonografia com Doppler colorido e a angiorressonância. Nos casos onde se confirma a ocorrência de varizes pélvicas é possível realizar o tratamento endovascular. Os substratos anatômicos responsáveis pela congestão pélvica são basicamente a incompetência valvar das veias ovarianas ou ilíacas, o pinçamento da veia renal esquerda (síndrome de quebra nozes) e a compressão extrínseca da veia ilíaca esquerda (síndrome de May-Thurner), podendo ocorrerem isoladamente ou de maneira associada. A síndrome de congestão pélvica é uma doença ainda pouco investigada pelos cirurgiões vasculares como causa de varizes secundárias e recorrentes de membros inferiores.

OBJETIVO Descrever o tratamento endovascular de síndrome de congestão venosa pélvica em paciente portadora de varizes de membros inferiores. RELATO DE CASO Paciente de 32 anos, feminino, nulípara, procurou consultório com queixa de fadiga nos membros inferiores e varizes vulvares que desciam até a face posterior da coxa direita. Realizado ultrassonografia com Doppler colorido de membros inferiores que mostrou normalidade das veias safenas e do sistema venoso profundo e identificou que as varizes da coxa direita corriam em direção à região genital. Solicitado ultrassonografia endovaginal com Doppler colorido que mostrou varizes pélvicas, sendo de maior calibre junto aos anexos à direita, com diâmetro máximo de 8 mm. A paciente foi submetida a flebografia que mostrou refluxo da veia ovariana direita com progressão do meio de contraste até a vulva. Realizado embolização da veia ovariana direita distalmente com polidocanol 3% para oclusão das colateriais pélvicas e com molas e histoacryl ao longo do seu tronco principal. A flebografia de controle mostrou oclusão completa da veia ovariana direita. Após 30 dias a paciente foi submetida à cirurgia convencional de varizes de membros inferiores através de mine-incisões da pele. Não houve intercorrências relacionadas ao procedimento endovascular e cirúrgico. No seguimento de 10 meses a paciente encontra-se assintomática e sem novas varizes, apresentando telangectasias residuais.

DISCUSSÃO Os procedimentos endovasculares representam um indiscutível avanço no tratamento das patologias vasculares, e seu espectro de indicações vem se expandindo progressivamente, com o advento de novos e engenhosos dispositivos e com a experiência acumulada ao longo das últimas duas décadas. A arteriografia renal é considerada um exame padrão-ouro, fornece dados anatômicos da doença obstrutiva e da morfologia renal, a extensão e local, calibre do vaso e sua angulação em relação à aorta. A arteriografia do paciente do referido caso mostrou estenose suboclusiva de terço médio do tronco da artéria renal esquerda e artéria renal direita sem estenose. O tratamento clínico mostra-se insuficiente para atingir melhora da perfusão renal quando comparado a angioplastia renal percutânea. Em correção de lesões nãoostiais ou ostiais a angioplastia assume importância terapêutica descrita em trabalhos recentes e vem se impondo como um método alternativo ou complementar em diversas situações clínicas, principalmente em casos cujo tratamento cirúrgico é de risco proibitivo. Baseando-se nisso, realizamos uma angioplastia, utilizando a técnica no touch, visando reduzir o microateroembolismo que embora seja uma entidade pouco frequente, ocorre em pessoas com enfermidade aterosclerótica de forma espontânea ou decorrente da manipulação vascular. A manipulação das artérias com fios guia ou cateteres pode gerar trauma mecânico, com consequente deslocamento de material ateromatoso da parede vascular. A verdadeira incidência do ateroembolismo é incerta porque muitos pacientes apresentam um curso silencioso devido a uma grande reserva funcional renal, a qual permite níveis séricos de creatinina normais apesar do declínio significativo da taxa de filtração glomerular. Portanto, apenas os casos mais severos podem ser detectados, especialmente em pacientes com disfunção renal pré-procedimento e limitada função de reserva.

Não foi estabelecido se a eficácia de sistemas de oclusão pode ser comparada a novas formas de proteção embólica tais como os filtros, que além de diminuir a embolização de partículas, como o filtro FiberNet EP system, Lumen Biomedical, que pode reter partículas menores que 30-40 microns, têm também a capacidade de manter o fluxo durante o procedimento. As desvantagens potenciais incluem a proteção incompleta dos êmbolos e a falha na proteção contra mediadores solúveis. Tanto os balões oclusivos quanto os filtros têm o potencial de infligir danos à parede do vaso durante o procedimento, podendo por si só produzir lesão na artéria renal. O uso rotineiro destes dispositivos ainda está sob discussão. A técnica no touch pode ser aconselhável em casos selecionados com anatomia desfavorável para a utilização de dispositivos de proteção distal e alto risco embólico, como por exemplo a bifurcação precoce da artéria renal, que dificulta o posicionamento de dispositivos antiembolos. Os efeitos benéficos desta técnica devem ser avaliados em futuros estudos randomizados. CONCLUSÃO A embolização das varizes pélvicas previamente a cirurgia de varizes de membros inferiores tem mostrado ser um método seguro, eficaz, de baixa morbidade e que previne a recidiva precoce de varicosidades nos membros inferiores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Pereira, AH, Angioplastia da carótida versus endarterectomia: o velho e o novo. J. Vasc. Bras. 2006;5(3). 2. Guillaumon AT, Rocha EF, Medeiros CAF, Tratamento endovascular da estenose da artéria renal em rim único J Vasc Bras 2008,7(2). 3. Hunt JC, Strong CG. Renovascular hypertension. Mechanisms, natural history and treatment. Am J Cardiol. 1973;32:562-74.

4. Davis BA, Crook JE, Vestal RE, Oates JA. Prevalence of renovascular hypertension in patients with grade III or IV hypertensive retinopathy. N Engl J Med. 1979;301:1273-6. 5. Axelrod DA, Fendrick AM, Carlos RC, et al. Percutaneous stenting of incidental unilateral renal artery stenosis: decision analysis of cost costs and benefits. J Endovasc Ther. 2003;10:546-56. 6. Pereira AH, Grudtner MA. Angioplastia Transluminal Percutânea e Stents Endovasculares. In Pitta GBB, Castro AA, Burihan E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado Maceió: Uncisal/ Ecmal e Lava; 2003. Disponível em: URL: http://www.lava.med.br/livro 7. Santamaría A, Perelló A, Berenguer A, Vera-Sempere F.J, Calabuig J.R. Embolismo por cristales de colesterol. An Med Interna Madrid 2001;18: 201-204 8. Thadhani RI, Camargo CAJr, Xavier RJ, et al. Atheroembolic renal failure after invasive procedures. Natural history based on 52 histologically proven cases. Medicine (Baltimore). 1995;74:350 358. 9. Massière B et al Push and park: uma opção técnica no tratamento do ateroembolismo agudo dos membros inferiores J Vasc Bras 2006;5(3):229-32. 10. Rogers C, Huynh R, Philip A, et al. Embolic Protection with Filtering or Occlusion Balloons During Saphenous Vein Graft Stenting Retrieves Identical Volumes and Sizes of Particulate Debris. Journal of the American Heart Association. 2004;109;1735-1740. 11. Henry M; Henry I; Polydorou A; Hugel M. Embolic protection for renal artery stenting. J Cardiovasc Surg (Torino). 2008 Oct;49 (5):571-89. 12. Cardaioli P, Rigatelli G, Giordan M, et al. Effective prevention of massive periprocedural embolism during renal artery stenting. Cardiovasc Revasc Med. 2006 Oct-Dec;7(4):246-9.