REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA ISSN: 1679-7353. Ano IX Número 17 Julho de 2011 Periódicos Semestral

Documentos relacionados
Antiinflamatórios Não Esteroidais (AINEs)

AVALIAÇÃO DA DISPENSAÇÃO DE FÁRMACOS PARCIALMENTE SELETIVOS PARA COX-2

USO IRRACIONAL DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES POR IDOSOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

RISCOS DO USO INDISCRIMINADO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) 1. Janaína Barden Schallemberger 2, Marilei Uecker Pletsch 3.

CONTROLE E INTEGRAÇÂO

Análise das Prescrições Médicas de Anti-Inflamatórios na Cidade da Praia

Prostaglandinas. Analgésicos. Analgésicos. Anti-inflamatórios. Antiinflamatórios. Analgésicos Anti-inflamatórios Não Esteroidais - AINES

Analgesia no Pós-Parto

GLICOCORTICÓIDES PRINCIPAIS USOS DOS FÁRMACOS INIBIDORES DOS ESTERÓIDES ADRENOCORTICAIS

Anti-inflamatórios. Analgésicos Anti-inflamatórios inflamatórios Não. Anti-inflamatórios inflamatórios Não Esteroidais 04/06/2013.

Prof. Dr. Gilson Cesar Nobre Franco

Antiinflamatórios Não Esteroidais (AINES) Professor Raul Hernandes Bortolin

Prostaglandinas. Analgésicos e anti-inflamatórios. Analgésicos. Antiinflamatórios

Sistema Imunitário. Estado especifico de protecção do organismo permitindo-lhe reconhecer agentes infecciosos ou estranhos neutralizando-os

EDUARDO CARRETERO PAPALÉO

Paracetamol pó. Identificação. Aplicações

Reacções imunológicas associadas aos anti-inflamatórios não - esteróides

ASPECTOS FARMACOLÓGICOS SOBRE EMÉTICOS E ANTIEMÉTICOS REVISÃO DE LITERATURA ASPECTS ON PHARMACOLOGICAL EMETICS AND ANTIEMETICS - REVIEW

Inflamação & Antiinflamatórios Não-Esteroidais

ALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS)

Assistência Farmacêutica na Depressão

ESTUDO DA FARMACOLOGIA Introdução - Parte II

Prostaglandinas. Analgésicos. Analgésicos e anti-inflamatórios. Antiinflamatórios

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE QUÍMICA Programa de Pós-Graduação em Química

Sangramento retal Resumo de diretriz NHG M89 (setembro 2012)

Folha Informativa Farmacoterapêutica

Analgésicos e anti-inflamatórios. Analgésicos. Antiinflamatórios. Prostaglandinas. prostaglandinas 16/04/2019

cloridrato de donepezila Comprimido revestido - 5 mg Comprimido revestido - 10 mg

INFLAMAÇÃO E SUA MODULAÇÃO POR ANTINFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES: RISCOS E BENEFÍCIOS

COMUNICAÇÃO CELULAR. Bioquímica Básica Ciências Biológicas 3º período Cátia Capeletto

Estes artigos estão publicados no sítio do Consultório de Pediatria do Dr. Paulo Coutinho.

dicloridrato de cetirizina Solução oral 1mg/mL

Veterinaria.com.pt 2009; Vol. 1 Nº 1: e31 (9 de Março de 2009) Disponível em

Considerações relativas às questões envolvendo TOXICOLOGIA e FARMACOGNOSIA da prova de Perito-PCDF-tipo 6

9/9/2008 CONSIDERAÇÕES GERAIS. Toxicidade. Faixa terapêutica. Concentrações sub-terapêuticas. - Não sofre efeito de primeira passagem

FASES DA AÇÃO DOS FARMACOS NO FARMACODINÂMICA ORGANISMO HUMANO DROGA ORGANISMO FARMACOLOGIA INTEGRADA I FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA

LÁBREA (CLORIDRATO DE DONEPEZILA) CRISTÁLIA PRODUTOS QUÍMICOS FARMACÊUTICOS LTDA. COMPRIMIDOS REVESTIDOS 5 MG E 10 MG BULA DO PACIENTE

ALIVIUM ibuprofeno Gotas. ALIVIUM gotas é indicado para uso oral. ALIVIUM gotas 100 mg/ml apresenta-se em frascos com 20 ml.

8/17/10 1ª PERGUNTA: 2ª PERGUNTA:

Corticóides na Reumatologia

artrite reumatoide Um guia para pacientes e seus familiares

Imunologia dos Tr T ansplantes

Programa de Educação Continuada em Fisiopatologia e Terapêutica da dor 2015 Equipe de Controle da Dor da Divisão de Anestesia do Instituto Central do

INCIDÊNCIA DA AUTOMEDICAÇÃO E USO INDISCRIMINADO DE MEDICAMENTOS ENTRE JOVENS UNIVERSITÁRIOS

Os lipídeos se encontram distribuídos em todos os tecidos, principalmente nas membranas celulares.

Dependência Química. Informação é grande aliada dos amigos e familiares.

A Introdução dos Biológicos no Tratamento da Psoríase: experiência da Enfermagem em um Centro de Infusões

BIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES

FLANCOX. etodolaco USO ORAL USO ADULTO

ALIVIUM ibuprofeno Gotas

Ciências Morfofuncionais III Fármacos analgésicos

Terapia medicamentosa

OS AINES (ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS) SÃO FÁRMACOS DE PRIMEIRA ELEIÇÃO NO TRATAMENTO DE INFLAMAÇÕES CRÔNICAS OU AGUDAS

ANADOR PRT paracetamol 750 mg. Forma farmacêutica e apresentação Comprimidos 750 mg: embalagem com 20 e 256 comprimidos.

UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS EM HOSPITAL DE URGÊNCIA E TRAUMA, DOURADOS-MS

As ampolas de Nolotil também não deverão ser utilizadas em:

O que é a Terapia das Pedras? Terapia das Pedras. O que é a Terapia das Pedras? O que é a Terapia das Pedras? O que é a Terapia das Pedras?

dipirona Solução oral 50mg/mL

VITAMINA K2. Saúde Óssea e Cardiovascular

Juiz de Direito Antônio Francisco Gonçalves Secretaria da 2ª Vara Cívil, Criminal e de Execuções Penais Comarca de Itabirito/MG

Tipos de tumores cerebrais

Na aula de hoje, iremos ampliar nossos conhecimentos sobre as funções das proteínas. Acompanhe!

Alguns componentes da membrana plasmática estão representados na figura abaixo.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE CASTRO DAIRE. Ano Letivo 2012/2013 DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS EXPERIMENTAIS PLANIFICAÇÃO ANUAL CIÊNCIAS NATURAIS

Folheto para o paciente

Archives of Veterinary Science v.7, n.2, p.53-58, 2002 Printed in Brazil ISSN: X

lamatórios não esteroidais

ESTA BULA É CONTINUAMENTE ATUALIZADA. FAVOR PROCEDER A SUA LEITURA ANTES DE UTILIZAR O MEDICAMENTO.

Propil* propiltiouracila

UROVIT (cloridrato de fenazopiridina)

ASPECTOS CLÍNICO-PATOLÓGICOS DA GASTRITE ULCERATIVA EM GATOS ASSOCIADAS AO USO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES

Utilização de anti-inflamatórios não esteróides no tratamento de neoplasias

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA EM UNIDADES DE DIÁLISE NA CIDADE DE MACEIÓ-AL

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.

Tylemax Gotas. Natulab Laboratório SA. Solução Oral. 200 mg/ml

FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES - ALDACTONE

dipirona monoidratada Medicamento genérico Lei n de 1999 NOVA QUÍMICA IND. FARM. LTDA. Comprimido 500 mg

Sistema neuro-hormonal

TYNEO. (paracetamol)

O tipo básico de tecido epitelial é o de revestimento sendo os demais tecidos epiteliais (glandular e neuroepitélio) derivados desse.

Laboratórios Ferring

BULA DE NALDECON DOR COMPRIMIDOS

MARIOL INDUSTRIAL LTDA.

FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA. Bases Fisiológicas da Sede, Fome e Saciedade Fisiologia Humana

4. Os anestésicos, largamente usados pela medicina, tornam regiões ou todo o organismo insensível à dor porque atuam:

FINASTIL (finasterida)

Qual o tamanho da próstata?

I Encontro Multidisciplinar em Dor do HCI

a) A diversidade de anticorpos é derivada da recombinação das regiões, e.

Patologia por imagem Abdome. ProfºClaudio Souza

C. E. Herbert de Souza

Prof Thiago Scaquetti de Souza

PREVINA O CÂNCER DE PRÓSTATA

FLAXIN finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 5 mg

GENÉTICA DE POPULAÇÕES:

SAY NO TO SCHISTOSOMA: PROJETO DO WORLD COMMUNITY GRID IBM COM A FACULDADE INFÓRIUM DE TECNOLOGIA E A FIOCRUZ-MG

Doenças degenerativas lisossômicas

Transcrição:

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS DOS ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS REVISÃO DE LITERATURA PHARMACOLOGICAL CHARACTERISTICS OF NONSTEROIDAL ANTIINFLAMMATORY - REVIEW MOSQUINI, Aline Fernanda Acadêmico do curso de Medicina Veterinária da FAMED/ACEG Garça SP ZAPPA, VANESSA Docente do curso de Medicina Veterinária da FAMED/ACEG Garça SP MONTANHA, Francisco Pizzolato Docente do curso de Medicina Veterinária da FAMED/ACEG Garça SP chicopm28@yahoo.com.br

RESUMO Frequentemente utilizadas na medicina veterinária os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) tem como objetivo minimizar as respostas inflamatórias indesejáveis, bloqueando a enzima cicloxigenase, interrompendo a formação de tromboxanos, prostaciclina e prostaglandina, o que leva ao bloqueio dos efeitos inflamatórios. A reação inflamatória nada mais é do que uma resposta de proteção do organismo a um agente ou lesão considerada nociva pelo mesmo, apresenta-se localizada ou generalizada e seu curso ser agudo ou crônico. Os sinais clássicos de um processo inflamatório agudo são: calor, rubor, dor, edema, além de outras manifestações clínicas como mal-estar, inapetência, febre, etc. Palavra-chave: cicloxigenase, drogas, inflamação. Tema central: Medicina Veterinária. ABSTRACT Nonsteroidal anti-inflammatory drugs (NSAIDs) are drugs commonly used in veterinary medicine in order to minimize undesirable inflammatory responses by blocking the enzyme cyclooxygenase, disrupting the formation of thromboxane, prostacyclin and prostaglandin, which leads to blockage of inflammatory effects. The inflammatory reaction is nothing more than a protective response of the organism to an agent or as being dangerous for the same injury. The reaction may be localized or generalized and its course is chronic or acute. The classic signs of an acute inflammatory process are heat, redness, pain, swelling, and other clinical manifestations such as malaise, anorexia, fever, etc. Keyword: cyclooxygenase, drugs, inflammation. INTRODUÇÃO O uso de substâncias químicas para melhorar a dor e a inflamação é um das necessidades mais antigas da humanidade. Desde o isolamento da salicilina e a demonstração dos seus efeitos antipiréticos em 1829 por Leraux, um longo caminho de pesquisa vem sendo trilhado (MONTEIRO et al., 2008). O salicilato de sódio foi usado para tratar a febre reumática como agente antipirético e no tratamento da gota em 1875. O enorme sucesso do fármaco levou à produção do ácido acetilsalicílico. Depois de demonstrado seus efeitos antiinflamatórios, este medicamento foi

introduzido na Medicina em 1899 por Dresser, com o nome de aspirina, imortalizando o seu nome para sempre na história da medicina (BRENOL et al., 2000). Em 1971, Sir John Vane estudando a atividade antiinflamatória da aspirina conseguiram demonstrar que esta ação estaria ligada a capacidade desta substância inibir a produção de prostaglandinas (PGs), através de uma provável competição com o sítio ativo da enzima cicloxigenase (COX). Foi somente, em 1990, que se conseguiu demonstrar que a COX é efetivamente constituída por duas isoformas principais, com características químicas e fisiológicas bem definidas, a COX-1 (constitucional ou fisiológica) e a COX-2 (induzida ou inflamatória (JÚNIOR et al., 2007). Os anos seguintes testemunharam o desenvolvimento de inúmeros antiinflamatórios não esteroidais (AINEs), inibidores seletivos de COX-2, numa tentativa de aumentar a aceitação dessas medicações pelos pacientes, reduzir a toxicidade, principalmente gastrintestinal, e aumentar o efeito antiinflamatório (SOLOMON e BRENOL, 2007). O presente trabalho teve como objetivo desenvolver uma revisão de literatura sobre antiinflamatório não esteroidais. CONTEÚDO Os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) são drogas frequentemente utilizadas em medicina veterinária com o intuito de minimizar as respostas inflamatórias indesejáveis, bloqueando a enzima cicloxigenase, interrompendo a formação de tromboxanos, prostaciclina e prostaglandina, o que leva ao bloqueio dos efeitos inflamatórios (DOWLING, 1997). A reação inflamatória nada mais é do que uma resposta de proteção do organismo a um agente ou lesão considerada nociva pelo mesmo. A reação pode ser localizada ou generalizada e seu curso ser agudo ou crônico. Os sinais clássicos de um processo inflamatório agudo são: calor, rubor, dor, edema, além de outras manifestações clínicas como mal-estar, inapetência, febre, etc. Após dano ou lesão celular, de maneira geral, os principais fatores liberados são: citocinas (interleucina-1 e interleucina-2, fator de necrose tumoral, interferons, fatores estimulantes de colônias, células inflamatórias, leucotrienos, prostaglandinas e tromboxanos (ANDRADE, 2002). Segundo Andrade (2002), o mecanismo de ação dos AINEs consiste basicamente na inibição da cicloxigenase (COX), que acarretará na diminuição de endoperóxidos cíclicos, tais

como prostaglandinas, prostaciclinas e troboxanos, importantes na mediação da dor e inflamação. Dividida de duas isoformas, a cicloxigenase 1 (COX-1), é uma enzima constitutiva encontrada na maioria dos tecidos e relacionada com efeitos fisiológicos, a segunda isoforma, a cicloxigenase 2 (COX-2), é uma enzima induzida e sintetizada pelos macrófagos e células inflamatórias, com efeitos inflamatórios importantes (KHAN et al., 2000). Recentemente foi descoberta uma variante do gene da COX-1, descrito como COX-3. Essa parece ser expressa em altos níveis no sistema nervoso central e pode ser encontrada também no coração e na aorta. Essa enzima é seletivamente inibida por drogas analgésicas e antipiréticas, como paracetamol e dipirona, e é potencialmente inibida por alguns AINEs (SOLOMON, 2007). Segundo Brenol (2000) os AINEs compõem um grupo heterogêneo de compostos, que consiste de um ou mais anéis aromáticos ligados a um grupamento ácido funcional. São ácidos orgânicos fracos que atuam principalmente nos tecidos inflamados e se ligam, significativamente, à albumina plasmática. Os AINEs são convertidos em metabólitos inativos pelo fígado e são, predominantemente, excretados pela urina (KLIPPEL, 2001). Sua absorção é rápida e completa, depois de administração oral, exceto as preparações entéricas e de liberação lenta (BRENOL, 2000). O principal mecanismo de ação dos AINEs ocorre através da inibição específica da COX e conseqüente redução da conversão do ácido araquidônico (AA) em prostaglandinas. Reações mediadas pelas COXs, a partir do AA produzem PGG2, que sob ação da peroxidase forma PGH2, sendo então convertidas às prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos (TXs) (JÚNIOR e BRENOL, 2007). Segundo Andrade (2000), a ação antipirética é por causa da inibição da PGE2 liberada após a ação fagocitária dos leucócitos sobre partículas estranhas, liberando pirógenos endógenos, que vão até o hipotálamo aumentando a liberação de PGE2 e o limiar térmico. Possui também ação anticoagulante, por inibição da síntese de tromboxanos, que aumenta a agregação plaquetária, e ação antiespasmódica por diminuição da liberação de prostaglandinas em nível do endométrio.

Muitos efeitos colaterais ocorrem em virtude da inibição de COX-1, que possui um importante papel fisiológico no estômago, rins e endotélio. Na função renal, a prostaglandina mantém o fluxo sanguíneo e produção de urina normal. Tem grande contribuição na formação óssea normal, portanto o uso de AINEs pode atrasar o processo de consolidação óssea das fraturas. No trato gastrintestinal, é responsável pela motilidade, inibição da secreção de ácido gástrico e aumenta a secreção de muco estomacal de proteção da mucosa (MESCHTER et al., 1990). Os AINEs são divididos em dois grandes grupos, os dois ácidos carboxílicos (R- COOH) e o dos ácidos enólicos (R-COH). O paracetamol, apesar de praticamente não apresentar efeito antiinflamatório, deve ser inserido nesse grupo, porque o mecanismo de ação é o mesmo dos AINEs (ou seja, através da inibição da cicloxigenase) (SPINOSA et al., 1999) Os derivados do ácido carboxílico são: Salicilatos (Ácido acetilsalicílico), Ácidos acéticos (Diclofenaco, Nitrofenaco, Eltenaco, Felbinaco, Indometacina, Sulindaco, Oxindanaco, Tolmetina), Ácidos Propiônicos (Ibuprofeno, Flurbiprofeno, Suprofenp, Naproxeno, Carprofeno, Cetoprofeno, Fenoprofeno), Ácidos Aminonicotínicos (Flunixina Meglumina), Fenamatos (Acido Mefenâmico, Ácido Meclofenâmico, Floctadenina, Ácido Flufenâmico, Ácido Tolfenâmico, Etofenamato), Alcanonas (Nabumetona). E os Derivados do Ácido Enólico são: Pirazolonas (Fenilbutazona, Metamizol, Isopirina, Oxifenbutazona, Apazone), Oxicans (Piroxicam, Meloxicam, Tenoxicam, Droxicam. Outros AINEs: Dimetil sulfóxido (DMSO), Superóxido dismutase, Glicosaminoglicanos, Nimesulide, Tenidap, Timegadine, Zileuton (SPINOSA et al., 1999). Segundo Spinosa et al. (1999) o paracetamol também conhecido como acetaminofen, é classificado como inibidor de cicloxigenase com fraca ação antiinflamatória CONCLUSÃO Os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) são medicamentos eficazes no tratamento para alívio da dor e inflamação crônica ou aguda, porém o médico veterinário deve estar atento a toxicidade e fazer um acompanhamento clínico da rotina para que tenha uma maior segurança na terapia para pacientes veterinários, uma vez que estes podem apresentar efeitos colaterais destas medicações facilmente.

REFERÊNCIAS ANDRADE, S. F. Manual de Terapêutica Veterinária. 2 ed. Editora Roca: São Paulo. 2002. p. 99 113. BRENOL, J. C. T.; XAVIER, R. M.; MARASCA, J. Antiinflamatórios não hormonais convencionais. Revista Brasileira de Medicina. 2000; p 57. DOWLING, P. M. Myths and truths about controlling pain and inflammat ion in horses. Horses Breeders and Owners Conference Proceedings Controlling Pain and Inflammation in Horses. 1997. Disponível em: www.agric.gov.ab.ca/levestock/horses/hbo9701.html>. Acesso dia: 05 jun 2011. JÚNIOR, J. O. L.; SERRANO, S. C.; TEODORO, A. L.; DANA, B. A. Os antiinflamatórios não hormonais. Prática hospitalar. 2007; 51: 173-8. KHAN, K. N. M.; KNAPP, D. W.; DENICOLA, D. B.; HARRIS, R. K. Expression of cyclooxigenase 2 transitional cell carcinoma of the urinary bladder in dogs. Am j vet Res. 5: 478-81, 2000. KLIPPEL, J. H.; WEYAND, C. M.; WORTAMANN, R. L. Primer in the rheumatic diseases. Ed Arthritis Foudation, Georgia. 2001 p. 583-91. MESCHTER, C. L.; GILBERT, M.; KROOK, L.; MAYLIN, G.; CORRADINO, R. The effects of phenylbutazone on the morphology and prostaglandin concentrations of pyloric mucosa of the equine stomach. Veterinary Pathology, v.27, p.244-253, 1990. MONTEIRO, E. C. A.; TRINDADE, J. M. F.; DUARTE, A. L. B. P.; CHAHADE, W. H. Temas de Reumatologia Clínica. 2 Edição. 2008. SOLOMON, D. H. Mechanism of action. UpToDate, 2007.

SPINOSA, H. S.; GÓRNIAK, S. L.; BERNARDI, M. M. Farmacologia Aplicada a Medicina Veterinária. 2 ed. Editora Guanabara Koogan: Rio de Janeiro. 1999. p. 212-226.