Seminário Eficiência Energética no Setor Agropecuário e Agroindústrias. Oportunidades de Eficiência Energética em

Documentos relacionados
Cerca de 30% do consumo elétrico no Comércio e Serviços

Variação de velocidade

FICHAS DE AVALIAÇÃO DOS CRITÉRIOS MÉTRICOS PPEC

Economia de Energia com Eficiência nos Accionamentos Eficientes

Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução

Coldex Tosi Ar Condicionado

Figura Ar sangrado do compressor da APU

MANUAL DE INSTRUÇÕES REFRIGERADOR PARA ÔNIBUS MODELO G7

GRUPO 2 MEDIDAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Disjuntor a Vácuo uso Interno

MANUAL DE INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO SOPRADORES TIPO ROOTS DOSITEC SÉRIE Cutes - CR

AS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO MOTOR INCLUEM...

SOLUÇÕES DE ÁGUA QUENTE

Cuidados na Instalação

1 Introdução simulação numérica termoacumulação

Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica (PPEC)

COLETÂNEA DESAFIO DA SUSTENTABILIDADE I - PRÁTICAS IMEDIATAS E PERMANENTES PARA PROMOVER O USO RACIONAL DA ENERGIA ELÉTRICA:

Curso de Especialização em Engenharia Automotiva. Módulo: Transmissões

PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS EM CIRCUITOS HIDRÁULICOS QUE OCASIONAM FALHAS EM BOMBAS HIDRÁULICAS

Boletim da Engenharia

FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO:

L04 - L22. Compressores de Parafuso com Injecção de Óleo. Intelligent Air Technology

CÂMARA DOS DEPUTADOS LIDERANÇA DO PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE. Projeto de Resolução nº, de (Do Sr. Chico Alencar)

EDP Serviços. Colégio de Engenharia Geológica e de Minas. Optimização energética na indústria extrativa

Sistemas de climatização para quadros eléctricos

2.5 Sistema de recuperação de energia. Funcionamento em alívio

COMPRESSORES DE PARAFUSO ROTATIVO DE INJECÇÃO DE ÓLEO. GA 7-37 VSD+ (7-37 kw/10-50 hp)

Manual de Usuário. (Y-200, Y-300, Y-400, Y-500, Y-550, Y- 600, Y-700, Y-850, Y-1200, Y-1500 e Y- 2000)

Informações de segurança e conformidade do Cisco TelePresence MCU 5300 Series

Fontes de Alimentação

EXAME TEÓRICO. EXAME TIPO e resolução. 1:30:00 início do exame. 0:00:00 fim do exame. Junho 2015 FORMAÇÃO AVANÇADA. marcador de questões a rever

Princípios de Funcionamento do Filtro de do Combustível

#12. Boas Práticas de Eficiência Energética. Guia do Empresário por Centro Tecnológico do Calçado de Portugal

CO N C E P Ç ÃO, DESEN VO LV I MENTO E FABRI CO P ORTUGUÊ S BLOCO SOLAR ÁGUAS QUENTES SANITÁRIAS AQUECIMENTO CENTRAL CLIMATIZAÇÃO DE PISCINAS

Centro de Seleção/UFGD Técnico em Refrigeração ==Questão 26==================== Assinale a alternativa que define refrigeração.

GEOTERMIA. a energia sustentável

COMPRESSOR MANUAL DO PROPRIETÁRIO DENTAL/MEDICAL OIL-FREE PERIFÉRICOS ODONTOLÓGICOS

BOAS PRÁTICAS NO GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL DE ENERGIA

Ficha de identificação da entidade participante

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Solius 61 Manual de Instruções

PNV Divulgação de Boas Práticas. Rede de Frio. Ana Paula Abreu

INFORMATIVO DE PRODUTO

Bomba de calor para produção de água quente sanitária

BRITADORES DE CONE 1. DESCRIÇÃO:

ALISADOR DE CONCRETO MANUAL DO USUÁRIO NAC2. Por favor, leia este Manual com atenção pára uso do equipamento.

Reguladores de pressão. Danfoss A/S (RA Marketing/MWA), DKRCC.PF.000.G1.28 / 520H

8º CONGRESSO IBEROAMERICANO DE ENGENHARIA MECANICA Cusco, 23 a 25 de Outubro de 2007

Termostatos KP. Brochura técnica MAKING MODERN LIVING POSSIBLE. Termostatos KP são interruptores elétricos ativados por temperatura com contatos SPDT.

PRODUTOS SUSTENTÁVEIS

Assunto: Característica do Termostato Eletromecânico Modelos: Vários Marca: Brastemp e Consul

Prof. Daniel Hasse. Robótica Industrial

Transmissões de Potência

quem somos A RAYFLEX é líder nacional em tecnologia para portas industriais.

"A nova legislação do desempenho energético dos edifícios

PASSFINGER Manual de utilização

MANUAL DE SERVIÇO. Processador Master Smart RI7743. Smart Process Control. INFORMAÇÕES DO PRODUTO Voltagem

Termelétrica de Ciclo Combinado

Refrigeração e Climatização. SmartPower Motoventiladores

Compressores de parafuso

Infra estrutura precária Máquinas e Equipamentos

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Capacidades do Sistema

Fundamentos de Automação. Atuadores e Elementos Finais de Controle

MÁQUINAS ELÉCTRICAS I

SECTOR DA FABRICAÇÃO DE ARTIGOS DE BORRACHA E MATÉRIAS PLÁSTICAS

GERADORES DE EMERGÊNCIA ACCIONADOS POR MOTORES DE COMBUSTÃO

Iluminação LED de nível alto

Certificado Energético Edifício de Habitação IDENTIFICAÇÃO POSTAL. Morada RUA GENERAL HUMBERTO DELGADO, BLOCO F, 181, 3.º DIR. Localidade MATOSINHOS

O consumo de energia mais baixo do Mundo. bluetherm: a nova tecnologia dos secadores de roupa de condensação da Siemens.

SOLID CERAMIC HAIR STYLER

Introdução Análise de Vibração

Informação Técnica Derating de temperatura para Sunny Boy e Sunny Tripower

Série RB-J. Compressores de Parafuso OIL FREE para Transporte Pneumático

Institui o Programa Estadual de Redução e Racionalização do Uso de Energia e dá providências correlatas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL DE SANTA MARIA Curso de Eletrotécnica

IECETEC. Acionamentos elétricos AULA 16 SOFT START

CONTROLE DO COMPRESSOR DE REFRIGERAÇÃO

Constituição - Núcleo. Constituição. Tipos de núcleos. Núcleo ferromagnético. Constituição - Enrolamentos. Tipos de núcleos 02/03/2015

Ciclone. fig. B. fig. A. fig. C. Conteúdo. Legenda. Descrição do equipamento. Apresentação. Instalação. Fecha - mais sucção. Abre - menos sucção

MÁQUINA PARA COSTURAR BOCA DE SACO

Inversores de Frequência Aplicados em Processos de Mineração Trazem Ganho de Produtividade, Economia de Energia e Manutenção Reduzida.

Manual de Operação setembro / 2010

BOLETIM DE GARANTIA. (N o 05 / 2013) LED do TIMER pisca frequência de 1Hz / segundo. LED do TIMER pisca freqüência de 1Hz / segundo.

O novo refrigerante de alta eficiência e baixo PAG RS-50 (R442A)

Compressores a parafuso

Ar Condicionado Central VRF Ar de Confiança

Certificado Energético Edifício de Habitação

INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO

VarioSynergic 3400 / 4000 / 5000 VarioSynergic / / Soldadura MIG/MAG PERFEIÇÃO EM SOLDADURA

Esta aula apresentará os elementos chave para a criação de um sistema elétrico, confiável, para um Data Center. Em seguira serão apresentadas

ERRO. Ao ligar e se deparar com o erro E4, devem ser feitos os testes abaixo indicados antes de trocar a placa da evaporadora:

AULA 6 Esquemas Elétricos Básicos das Subestações Elétricas

Instruções para uso do peso de bater automático

Gestão energética de edifícios

Período de injeção. Período que decorre do início da pulverização no cilindro e o final do escoamento do bocal.

Máquinas de Gelo em Escama QF800-QC700. Instalação. Sistema Elétrico. Localização da Máquina de Gelo

MOVIMENTADOR PARA PORTAS DE ENROLAR

Variadores e redutores de velocidade e manutenção de engrenagens


Transcrição:

Seminário Eficiência Energética no Setor Agropecuário e Agroindústrias Oportunidades de Eficiência Energética em Sistemas acionados por motores elétricos e frio industrial Humberto Jorge 30/04/2014 Escola Superior Agrária de Coimbra 07/05/2014 1

Tópicos Sistemas acionados por motores elétricos: Sistemas de bombagem, ventilação, ar comprimido, transporte; Motor de indução; Variadores eletrónicos de velocidade (VEV) Algumas boas práticas. Frio Industrial: Circuito e componentes principais de uma instalação de frio; Eficiência em Instalações de frio; Algumas boas práticas 07/05/2014 2

Caracterização da força motriz na indústria 07/05/2014 3

0,8 1,1 1,5 2,2 3,0 4,0 5,5 7,5 11,0 15,0 18,5 22,0 30,0 37,0 45,0 55,0 75,0 90,0 110,0 132,0 160,0 % Motores de Indução Usados em mais de 90% dos sistemas elétricos de força motriz; Bom rendimento e elevada fiabilidade (reduzida manutenção); Preço reduzido (face aos outros tipos de motores); Facilidade de controlo quando alimentados por VEV. 98,0 96,0 94,0 92,0 90,0 88,0 86,0 84,0 82,0 80,0 78,0 76,0 74,0 72,0 70,0 IE1 IE2 IE3 07/05/2014 4

Variadores Eletrónicos de Velocidade Os VEVs convertem a tensão da rede de 50 Hz numa tensão contínua e em seguida sintetizam uma frequência variável sob controlo externo do utilizador que pode ir de 0 a 150 Hz consoante o tipo de aplicações. 07/05/2014 5

Controlo de Velocidade 07/05/2014 6

Avaliação da instalação de um VEV 07/05/2014 7

Arrancador suave (Soft-starters) Comparação de valores típicos de arranque direto e com controlador: Correntes de arranque em relação à intensidade nominal. Tempos de aceleração. Binário de arranque. 07/05/2014 8

Transmissão mecânica Acoplamentos diretos: Os acoplamentos diretos, se forem alinhados com precisão, possuem um rendimento muito elevado (99%); Engrenagens: As engrenagens simples ou redutoras, são tipicamente utilizados em cargas que requerem velocidades baixas (abaixo de 1200 rpm) e binário muito elevado (que utilizando correias poderia resultar em escorregamento). Existem vários tipos de engrenagens: helicoidais, de dentes direitos, cónicas e com sem-fim; Correias: Estas permitem mais flexibilidade no posicionamento do motor em relação à carga, e usando polias de diferentes tamanhos permitem reduzir/aumentar a velocidade. Existem vários tipos de correias: correias em V, correias síncronas, correias lisas; 07/05/2014 9

RENDIMENTO NUM SISTEMA DE FORÇA MOTRIZ 07/05/2014 10

Boas práticas Força motriz Substituir os motores elétricos convencionais avariados ou em fim de vida por motores mais eficientes; Avaliar o potencial de utilização de variadores eletrónicos de velocidade para ajustar a velocidade do motor de acordo com a carga (bombagem ventilação, compressores, tapetes rolantes, elevadores, ); Utilizar arrancadores suaves para evitar picos de corrente durante o arranque; Garantir a manutenção adequada dos motores; Instalar VEV ou usar arranjos com múltiplas bombas para garantir uma variação do caudal sem recorrer ao uso de um dispositivo de estrangulamento (bombagem); Determinar a velocidade do ar como parte do projeto de dimensionamento (Ventilação); 07/05/2014 11

Eficiência energética em Frio Industrial Circuito e componentes principais de uma instalação de frio; Eficiência energética em instalações de frio; Algumas situações para intervenção 07/05/2014 12

Frio Industrial O frio artificial está intimamente ligado ao tratamento e conservação dos produtos alimentares perecíveis Nos centros de produção (carnes, pescado, frutos, hortícolas, lacticínios, bebidas,...) Em entrepostos e câmaras de armazenagem Nos transportes Nos armazéns de distribuição Em centros comerciais e lojas Na hotelaria (restaurantes, cantinas, ) No serviço doméstico 07/05/2014 13

Produção de Frio Circuito fechado (circuito termodinâmico): Compressor (C); Condensador (CO); Dispositivo de expansão (TXV); Evaporador (EV). 07/05/2014 14

Produção de Frio Principais componentes consumidores: Motores elétricos Condensador Evaporadores 07/05/2014 15

Produção de Frio - Eficiência do sistema Ineficiência dos sistemas de produção de frio é essencialmente dependente de duas causas: má conceção das instalações; má exploração. Intervenção para melhoria de eficiência Erros de conceção numa instalação frigorífica (eventualmente, nascidos no projeto original, ou na sua falta), são mais difíceis de corrigir numa intervenção para melhoria de eficiência; Em caso de haver uma incorreta exploração, a possibilidade de uma intervenção com sucesso é mais fácil e de menor custo. 07/05/2014 16

Produção de Frio - Eficiência do sistema Algumas das situações mais usuais de intervenção: Deterioração da envolvente; Soluções técnicas inadequadas; Condução e manutenção deficientes; Gestão incorreta da instalação; Alterações não previstas. 07/05/2014 17

Produção de Frio - Eficiência do sistema Condução e manutenção deficientes: falta de preparação do operador; desconhecimento do instalador das instruções; falta do manual de instruções (obrigatório); não acompanhamento do arranque da instalação; insensibilidade dos superiores responsáveis; 07/05/2014 18

Produção de Frio Eficiência do sistema Gestão incorreta da instalação: portas de câmaras abertas; carga excessiva de produtos; cargas mal estivadas obstruindo a distribuição do ar; luzes interiores acesas; empilhadores não elétricos nos locais arrefecidos; ventiladores que não desligam com a abertura de portas; descongelações mal controladas; termóstatos fora dos set-point corretos; 07/05/2014 19

Produção de Frio - Eficiência do sistema Importância das portas plásticas separadoras de ambientes a diferentes temperaturas bem como das portas de fole nos cais de carga e descarga das viaturas. 07/05/2014 20

Outras boas práticas (congelação e refrigeração) Evitar manter áreas refrigeradas mais frias do que o necessário; Otimizar a pressão de condensação; Regularmente descongelar todo o sistema; Manter os condensadores limpos; Assegurar que o ar de entrada nos condensadores é o mais frio possível; Otimizar a temperatura de condensação; Utilizar o descongelamento automático dos evaporadores de arrefecimento; Minimizar as perdas por transferência e ventilação de salas de refrigeração e de entrepostos frigoríficos. 07/05/2014 21

Medidas PPEC para a indústria Promotor Descrição da medida Custo PPEC 2013-2014 Custo PPEC 2013-2014 Acumulado Iberdrola Ecube na Indústria Alimentar 494.813 494.813 ADENE Variadores Eletrónicos de Velocidade na Agricultura e Indústria 355.200 850.013 Iberdrola Sistemas de Controlo de Força Motriz 176.563 1.026.576 Iberdrola Variadores de Frequência 187.750 1.214.326 Iberdrola Iluminação Global na Indústria 307.217 1.521.543 Iberdrola Baterias de Condensadores 116.128 1.637.671 EDPC Motores de Alto Rendimento 449.514 2.087.185 EDPC VEV na Indústria 1.304.334 3.391.519 Iberdrola Sistema de Controlo de Equipamentos UV 302.191 3.693.710 Endesa ICE: Iluminação Certa na Empresa 415.500 4.109.210 EDPC Soluções de Eficiência Energética em Sistemas de Ar Comprimido 450.000 4.559.210 Galp Gestão da Procura Industrial 647.500 5.206.710 07/05/2014 22

Obrigado pela atenção 07/05/2014 MIEEC - TATP 23