Custo de Materiais (CD)



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PÓS-GRADUAÇÃO Gestão Eficaz de Obras e Projetos Coordenador: Carlos Russo Professor: Ibanês Paganella Versão 2-2009 Custo de Materiais (CD) 1

Custo de materiais A analise de custo do material a ser utilizado é de extrema importância na composição do custo total da obra. Quase sempre analisamos somente o valor unitário e nos esquecemos de outros fatores que irão influenciar no custo final dos itens (materiais) e consecutivamente no custo DIRETO da obra. 2

Custo de materiais Alguns itens que devemos analisar: Especificação Técnica; Unidade e embalagem; Quantidade; Prazo de entrega; Condições e pagamento; Validade da proposta; Local e condições de entrega; Frete FOB ou CIF; Despesas complementares; Diferença de ICMS; Comparação de cotações; Quantidade mínima de cotações. 3

Custo de materiais Especificação Técnica: Deve sempre analisar a descrição qualitativa do material, o qual deve atender as normas da NBR, ou características técnicas de funcionamento. Unidade e embalagem: Influi diretamente no custo; mas cuidado com os custos adicionais logísticos ou de avaria do produto. Ex.: Tijolos palletizados ou a granel, cimento a granel ou saco, louças c/ embalagem de madeira... Quantidade: Geralmente o preço do produto é inversamente proporcional à quantidade que se adquire. Prazo de entrega: Importante quando se trata de um produto especial ou do próprio prazo da obra. Condições e pagamento: Devem ser levados em consideração os juros embutidos na compra a prazo, bem como o estoque existente no canteiro a logística do canteiro. Validade da proposta: Analisar em relação à necessidade do material no canteiro. Local e condições de entrega: Deverá ser avalizado se o produto será entregue na obra pelo fornecedor, ou a construtora terá que retirar no distribuidor ou na fábrica, bem como se o frete já está incluso no custo do produto (CIF frete pago pelo fornecedor) ou se deverá ser pago pela construtora (FOB) ao contratar o transportador. Despesas complementares: Caso o volume adquirido não seja suficiente, qual será o custo logístico com a aquisição de um lote menor? 4

Custo de materiais Diferença de ICMS: Os estados possuem diferença na alíquota de ICMS Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços, o qual deverá ser recolhido pela empresa compradora posteriormente. Isso não ocorrerá com o produto que possui substituição tributária, em que o ICMS é recolhido no estado de origem e não no de destino. Ex.: Cimento. Re g iã o d e De stin o Re g iã o d e O ri ge m No rte, No rd e ste, Cen tro - oe ste e Esp ir ito S an to Su l e Su de ste (e xceto ES ) No rte 12 % 12 % No rd este 12 % 12 % Cen ro -o e ste 12 % 12 % E spi rito Sa nto 12 % 12 % S ul 7 % 12 % S ud este 7 % 12 % Comparação de cotações: Importante relembrar que nem sempre o menor preço do fornecedor define a compra, é importante analisar o mix total dos produtos. Quantidade mínima de cotações: Se houver uma proximidade entre os fornecedores, isso significa que estamos fazendo uma cotação de qualidade; caso haja alguma discrepância referente a um fornecedor, isso significa que deverá ser re-cotado todo o mercado. Contar no mínimo entre dois a três fornecedores. 5

6 Custo de Equipamentos (CD)

Custo de Equipamento MÁQUINA: de grande porte, em geral, insumos são movimentados ou modificados. FERRAMENTA: de menor porte, em geral, são levados até os insumos para operações de cortar, martelar, desbastar etc. EQUIPAMENTO: termo genérico que engloba todos os outros. 7

Viabilidade de Utilização Mecanizar ou não? Alugar (ou leasing arrendamento mercantil) ou comprar? Alguns fatores devem ser levados em consideração para que se possa chegar às respostas acima: - Grau de utilização; - Gestão total do equipamento (custos com manutenção é o mais problemático); - Valores mensais custos x locação; - Valor residual do bem; - Disponibilidade; - Garantia de atendimento e localização; - (...) 8

Custo Hora Total Custo da propriedade Custo de Operador Custo de manutenção C/H = Dh + Jh + + MDOh + Ph + Gh + Lh + Mh Custo de FIXO Custo Variável C/H = custo horário total (R$/h) Dh = custo horário de depreciação (R$/h) Jh = custo horário de juros (R$/h) PMT= Amortização + Juros MDOh = custo horário de mão-de-obra de operador (R$/h) Ph = custo horário de pneus (R$/h) Gh = custo horário de combustível (R$/h) Lh = custo horário de lubrificação (R$/h) Mh = custo horário de manutenção (R$/h) 9

Componentes dos custos dos equipamentos Independentes da intensidade de utilização: Custos Fixos (não estão relacionados à produção, custo estável) Financiamento (Amortização + Juros), ou Depreciação (perda de valor de um equipamento ocorrida ao longo de sua vida útil); Seguro contra acidentes; IPVA / Licenciamentos / taxas; Armazenamento do equipamento quando não estiver em operação; Mobilização e desmobilização; Operador (se for funcionário fixo). 10

Componentes dos custos dos equipamentos Dependentes da intensidade de utilização: Custos variáveis (em relação a Km, Hora, dia...) Consumo de energia ou combustível; Lavagem ou Lubrificação; Peças e serviço de manutenção; Pneus ou cabos de aço; Componentes (ex.: serra, tambor etc.) Energia elétrica ou outro combustível; Operador (se NÃO for funcionário fixo, ou tiver prêmio por produtividade ou ainda hora extra). 11

Depreciação Quando um construtor opta por realizar a compra de um equipamento, ele está optando por trocar seu dinheiro por um investimento em ativo. A partir da entrega do ativo ao comprador, o mesmo começa a se desvalorizar devido a inúmeros fatores, tais como idade, tempo de uso, desgaste e obsolescência. A diminuição do valor contábil deste ativo chama-se depreciação. Porém este valor serve para a composição de custos e para a contabilidade, o qual é acompanhado e auditado pelos fiscais da Receita. O valor da depreciação contábil tem impacto direto no IRPJ / CSSL, porém não há desembolso mensal. 12

Depreciação Para o orçamento, o que se busca é o custo hora do equipamento que depende de três fatores: valor de Aquisição, vida útil e valor residual. Valor de Aquisição: Refere-se ao valor de nota fiscal somado aos custos de fretes, seguro, armazenamento, entre outros. Obs.: Não se pode esquecer de descontar o valor dos pneus, se houver. Vida Útil: Refere-se ao período que o equipamento trabalha de forma eficiente e produtiva. A depreciação representa o provisionamento de recursos para aquisição de um novo equipamento ao término do atual. 13

Vida útil do equipamento A tabela abaixo serve apenas como dado referencial pois o desgaste do equipamento irá depender do ambiente onde ele está operando, do tipo de operação, do operador, entre outros. Tabela referencial Atenção $ Custo Variável Custo Fixo Custo Fixo/ Hora Utilização 14

Depreciação Valor Residual: Refere-se ao valor estimado de revenda do equipamento a qualquer momento, ou ao término da sua vida útil prevista. Geralmente este valor trata-se de um percentual sobre o valor de aquisição que tende a diminuir à medida que o tempo passa. Este valor pode ser considerado nulo se comprovado que o mesmo não pode ser reutilizado ou não possui mais valor de mercado. Ex.: Carregadeira de R$ 350.000,00 Valor residual em 5 anos = 35% do valor de aquisição Valor de venda estimado = R$ 122.500,00 15

Depreciação Depreciação Método Linear Este método é o mais utilizado pelos orçamentistas. Este método assume que o equipamento terá uma taxa de desvalorização ao longo do tempo. A depreciação horária é o custo de aquisição da máquina, deduzido do valor residual e dividido pelo número de horas da vida útil. Ex.: Máquina R$ 100.000,00 valor residual 35% - horas de vida útil 10.000 16

Depreciação Depreciação Método Saldo devedor O equipamento é mais depreciado nos primeiros anos do que no final, pois quanto mais novo o equipamento, maior seu valor de mercado e, por isso, deve custar mais para a obra. O valor residual não é levado em conta, somente na última parcela. Ex.: Ano 1 80% residual / Ano 2-60% residual / Ano 3-45% residual, todos dividido por 12 meses para se obter o valor mensal ou calcular o percentual diferente mês a mês. Depreciação Método Soma dos Anos Varia de ano a ano. Refere-se ao somatório dos anos dividido pelo seu total e o seu percentual multiplicado pelo valor de aquisição. Ex.: 1+2+3+4+5 = 15...1/15 x Val Aquisição, 2/15 x Val Aquisição, 3/15 x Val Aquisição etc. 17

Exercício Calcule o custo operacional da báscula, bem como o custo por m3 de terra movimentada. Premissas: 1) Investimento: R$ 350.000 2) Consumo de combustível: 18 Lts de diesel / hora 3) Pneus vida útil: 3.500 hs 4) Taxas: R$ 600,00/ ano 5) Licenciamento: 1,5% s/ o valor do investimento 6) Lavagem: R$ 180,00 p/ mês 7) Motorista salário bruto: R$ 1.300 p/ mês + encargos e benefícios 8) Manutenção Terceirizada: R$ 5,8 p/ hora 9) Custo de Peças: R$ 13,00 p/ hora 10)Valor do diesel: R$ 2,25 p/ Lts 11)Valor do Pneu: R$ 1.200 a unidade possuindo ao todo 18 pneus 12)Produtividade: 200hs / mês 13)Transporte por ciclo: 27ton (1.3 ton/ m3 densidade) 14)Quantidade de ciclos por hora: 2 ciclos 15)Depreciação: 60 meses

19 Custo de Serviços (CD)

Custos de Serviços Referem-se ao grau de terceirização definido pela construtora, a qual deve levar em consideração os seguintes itens: Custo total; Risco operacional; Custo variável; Precisão no valor final dos custos; Perdas e desperdícios; Custos invisíveis da operação própria. Cuidados a serem tomados: Classificação dos fornecedores; Garantias contratuais. 20

Vantagens da Terceirização 21 A terceirização traz diversas vantagens para as empresas, dentre elas: Proporciona melhor qualidade na prestação de serviços, contribuindo para a melhoria do produto final; Traz mais especialização na prestação de serviços; Há a economia de recursos humanos, materiais, instrumental, de equipamentos, econômicos e financeiros; Incentiva o surgimento de micro e médias empresas e o trabalho autônomo; Alivia a estrutura organizacional; Aumenta a flexibilidade; Incrementa a produtividade; Reduz os controles; Reduz as perdas; Evita o sucateamento dos equipamentos; Reduz os custos administrativos e de pessoal; Transforma os custos fixos em variáveis; Soma as qualidades do prestador e do tomador dos serviços; Cria condições de desmobilização para movimentos grevistas; Proporciona o aumento do lucro; Proporciona a somatória das qualidades na atividade-meio (terceiro); Gera melhoria na administração do tempo; Proporciona um novo relacionamento sindical (ramo de prestação de serviços); Reduz o passivo trabalhista nas empresas tomadoras; Reduz a ociosidade da mão-de-obra;

Desvantagens da Terceirização A terceirização pode acarretar as seguintes desvantagens: Aumento do risco a ser administrado; Desligamento de funcionários treinados e que não são aproveitados pelo prestador; Eventual deterioração no relacionamento sindical; Problemas no processo, má escolha do prestador de serviços; Dificuldades de equalização das culturas (tomador e prestador); Insucesso de projetos anteriores; Interveniência sindical nociva; Erros na avaliação do perfil do prestador procurado; Cultura da empresa em manter a atividade-meio; Falta de critérios adequados para avaliação; Dificuldade na formação da parceria; Aumento da dependência do terceiro; Dificuldade de implantação; Resistência interna a mudanças; Desmotivação dos recursos humanos (se não houver transparência); Realização de auditoria periódica; Perda no controle de qualidade e na formação dos preços; Risco do parceiro fornecer para os concorrentes; Conflitos com a atual CLT em relação às ações trabalhistas. 22

23 Gestão de Custo ABC

Curva ABC A curva ABC assim é chamada em razão de dividirmos os dados obtidos em três categorias, denominadas classes A, B e C. Itens de Classe A: São os itens mais importantes e que devem receber toda a atenção no primeiro momento. Os dados aqui classificados correspondem em média a 80% do valor monetário total e no máximo 20% dos itens estudados. Itens de Classe B: São os itens intermediários e que deverão ser tratados logo após as medidas tomadas sobre os itens da classe A. Os dados aqui classificados correspondem em média a 15% do valor monetário total do estoque e no máximo 30% dos itens estudados. Itens de Classe C: São os itens de menor importância, embora volumosos em quantidades, mas com valor monetário reduzidíssimo, permitindo maior espaço de tempo para sua análise e tomada de decisão. Deverão ser tratados, somente, após todos os itens de classes A e B terem sido avaliados. Em geral somente 5% do valor monetário representam esta classe, porém mais de 50% dos itens formam sua estrutura. 24

Curva ABC A montagem da Curva ABC processa-se em 04 passos: 1. Inicialmente, deveremos levantar todos os itens do problema a ser resolvido, como os dados de suas quantidades, preços unitários e preços totais. 2. Colocar todos os itens em uma tabela em ordem decrescente de preços totais e sua somatória total. Essa tabela deve estar composta das seguintes colunas: Item, nome ou número da peça, preço unitário, preço total do item, preço acumulado e porcentagem. 3. Dividir cada valor total de cada item pela somatória total de todos os itens e colocar a porcentagem obtida em sua respectiva coluna. 4. Finalmente deve-se dividir todos os itens em classes A, B e C, de acordo com nossa prioridade e tempo disponível para tomar decisão sobre o problema. Resultado: Classe A = 17% dos itens correspondendo a 76% do valor total Classe B = 22% dos itens correspondendo a 20% do valor total Classe C = 61% dos itens correspondendo a 4% do valor total 25

Modelo CURVA ABC DE INSUMOS Planilha: 00038 - JARDIM BELA VISTA ABC Codigo Descricao Unid Qtde Custo Unit Valor % % Acum. IM7939 CONCRETO COMVENCIONAL DE 10MPA SEM TAXA DE BOMBA M3 536,43 140,00 75.099,92 20,38% 20,38% IS6185 INSTALACAO HIDRAULICA VB 80,00 900,00 72.000,00 19,54% 39,91% IM7968 LAJE PRE MOLDADA DE 200 A 400KFG/M2 M2 3.562,00 18,00 64.116,00 17,40% 57,31% IS0070 EMPREITEIRO PARA GESSO CORRIDO COM MATERIAL (PAREDES) M2 12.434,44 5,00 62.172,20 16,87% 74,18% IH2055 SERVENTE H 7.372,88 5,68 41.877,98 11,36% 11,36% IH2057 PEDREIRO H 3.662,28 7,86 28.785,49 7,81% 19,17% IM7816 INSTALACOES ELETRICAS LISTA EM ANEXO VB 80,00 350,00 28.000,00 7,60% 26,77% IM7466 BLOCO DE CONCRETO ESTRUTURAL 9X19X39 CM 4,5/6,00MPA UN 12.425,00 1,13 14.040,25 3,81% 30,58% IH2061 PINTOR H 1.675,53 7,86 13.169,68 3,57% 34,15% IE2255 CARRINHO ESPECIAL COM CABO DOBRAVEL UN 8,00 240,00 1.920,00 0,52% 34,68% IE2252 CARRINHO MANUAL COM CHAPA REFORCADA UN 10,00 140,00 1.400,00 0,38% 35,06% TOTAL MATERIAIS...: XX 196.166,18 45,02% TOTAL SERVICOS...: XX 69.877,98 33,33% TOTAL M. OBRA...: 93.459,87 138.036,00 20,82% TOTAL EQUIPAMENTO.: 1.702,68 3.320,00 0,82% TOTAL...: 407.400,15 100,00 26

27 Custo Indireto

Principais custos Indiretos Principais custos indiretos inclusos no BDI Administração central: Pessoal técnico e administrativo (Salários + Encargos + Benefícios); Serviços de contabilidade, assessoria jurídica, etc; Despesas gerais do escritório (aluguel, energia, telefone,etc.); Administração da obra: Gerência da obra; Instalações provisórias; Despesas gerais do canteiro (água, energia, telefone, etc.); Outros; Custos de comercialização (área comercial) Mobilização e desmobilização São todos os custos que não estão sendo realizados somente por uma única obra (obra do orçamento), ou seja, são gastos de uso comum e não são realizado somente pela obra do orçamento...ou ainda, são custos que deverão ser alocados, ou parcialmente considerados, nos gastos da obra na qual está sendo feito o orçamento. 28 COMO?

29 BDI / LDI Preço de Venda

BDI e Preço de Venda Benefícios: margem de lucro da empresa, acrescida de uma margem de risco; Despesas indiretas: custos indiretos, que não podem ser alocados diretamente a serviços específicos; Preço de Venda: O preço de venda é o resultado da aplicação de uma margem denominada BDI, sobre o Custo Direto calculado na planilha de custos. 30

Conceito do BDI COMPOSIÇÃO DO BDI (BENEFÍCIO E DESPESAS INDIRETAS) O BDI é o resultado de uma operação matemática para indicar a margem cobrada do cliente incluindo todos os custos indiretos, tributos etc. e a sua remuneração pela realização de um determinado empreendimento. O resultado dessa operação depende de uma série de variáveis entre as quais podemos apresentar algumas mais importantes: Tipo de obra; Valor do Contrato; Prazo de execução; Volume de faturamento da empresa; Local de execução da obra etc. Para a execução de obras com projetos especiais, complexos ou de maior porte recomenda-se calcular o BDI especificamente para cada situação, observadas as peculiaridades físicas e técnicas de cada uma delas. 31

32 Formula do BDI

Conceito do BDI CÁLCULO DAS DESPESAS INDIRETAS São basicamente três os itens que compõem as Despesas Indiretas: Taxa de despesas de administração central; Taxa de Rico do Empreendimento; Taxa de despesas Financeiras. A Taxa de Administração Central i é dada pela seguinte fórmula: i = Rac + Deac onde : Rac = Rateio da Administração Central; Pode ser realizado pelo peso do custo da obra em relação as outras obras. Veja exemplo. Ou, pode ser calculado pela utilização da estrutura. Veja exemplo. Deac= Despesas Específicas da Administração Você pode optar em separar os despesas específicas e colocá-las como sub item da planilha de custo direto. Ex. custos indiretos DA OBRA. Exemplos: Gerente ou administrador do contrato em tempo parcial ou integral; Consultores técnicos especializados; Projetos detalhamento; Laudos de auditoria especial; Despesas de viagem, transporte, hotéis, refeições etc. OBS.: CUIDADO COM O PRAZO DA OBRA 33

Conceito do BDI TAXA DE RISCO DO EMPREENDIMENTO Aplicável aos contratos de Empreitada por Preços Unitários, Preço Fixo, Global ou Integral. Taxa se aplica para empreitadas por preço unitário, preço fixo, global ou integral, para cobrir eventuais incertezas decorrentes de omissão de serviços, quantitativos irrealistas ou insuficientes, projetos mal-feitos ou indefinidos, especificações deficientes, inexistência de sondagem do terreno etc. Essa taxa é determinada em percentual sobre o custo direto da obra e depende de uma análise global do risco do empreendimento em termos orçamentários. 34

Conceito do BDI TAXA DE DESPESA FINANCEIRA Aplicáveis para contratos com pagamento a prazo. A taxa de despesa financeira é devida para pagamentos a prazo e compreende uma parte pela perda monetária decorrente da defasagem entre a data do efetivo desembolso e a data da receita correspondente e a outra parte, de juros correspondentes ao financiamento da obra paga pelo executor. Sendo: f = taxa de despesa financeira; i = taxa de inflação média do mês ou a média da inflação mensal dos últimos meses. Não é inflação futura; j = juro mensal de financiamento do capital de giro cobrado pelas instituições financeiras; n = número de dias decorridos. Os custos financeiros serão calculados conforme a fórmula: 35

Conceito do BDI TRIBUTOS TRIBUTOS FEDERAIS São tributos obrigatórios que incidem sobre o faturamento ou lucro das empresas dependendo da sua opção contábil. Na opção pelo Lucro Real, a base de cálculo do IRPJ e da CSLL é o lucro líquido estimado podendo-se obter o seu valor pela aplicação das alíquotas desses dois tributos, respectivamente de 15,0% e 9,0%. Como a Lei 8666/93 exige que os dados na licitação sejam objetivos e transparentes, para o efeito da composição do BDI serão utilizados os tributos do Lucro Presumido incidindo sobre o faturamento da obra. 36

Conceito do BDI TRIBUTO MUNICIPAL ISS Trata-se de um tributo municipal cobrado pela prestação de serviços no localde execução da obra ou de serviço. Cada município estabelece uma alíquota que vai de 2,0 % a 5,0 % sobre a despesa de Mão-de-obra no local de execução da obra. Nas faturas de serviços de execução deverá haver a menção explícita da utilização de materiais e estar indicado o valor correspondente à parcela de mão-de-obra aplicada. No Município de São Paulo a alíquota do ISS é de 5,0% sobre a parcela de Mão-de-Obra aplicada. OBS.: Para as faturas dos contratos de obras ou serviços com fornecimento de materiais a alíquota é aplicada somente sobre a parcela de mão-de-obra13 utilizada no município onde o serviço é prestado. Portanto, se a sede da empresa fica em outro município deve ser desconsiderado o BDI. 37

Conceito do BDI TRIBUTOS NO CASO DE EMPRESAS OPTANTES DO SUPERSIMPLES No caso das Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) que sejam beneficiários do Regime Tributário Simplificado, as taxas a serem consideradas são únicas para IRPJ, CSLL, PIS, Cofins e ISS e dependem do valor da Receita Bruta obtida nos 12 meses do exercício anterior conforme a tabela constante do ANEXO IV da Lei Complementar no 123 de 14/12/2006: 38

Conceito do BDI TAXA DE COMERCIALIZAÇÃO É o resultado de todos os gastos não computados como Custos Diretos ou Indiretos, referentes à comercialização do produto mais as reservas de contingência ocorridas num determinado período dividido pelo faturamento global no mesmo período. Sendo: Gc = Gasto anual em comercialização da empresa; FAE = Faturamento anual da empresa. A taxa de comercialização c é obtida pela aplicação da fórmula: 39

Conceito do BDI LUCRO OU BENEFÍCIO Lucro ou Benefício é uma parcela destinada a remunerar o custo de oportunidade do capital aplicado, a capacidade administrativa, gerencial e tecnológica adquirida ao longo de anos de experiência no ramo, a responsabilidade pela administração do contrato e condução da obra pela estrutura organizacional da empresa e investimentos na formação profissional do seu pessoal e a criação da capacidade de reinvestir no próprio negócio. Quando falamos em lucro como componente do BDI precisamos saber de que lucro estamos falando perante a legislação em vigor. Segundo os tratadistas o Lucro é o retorno positivo de um investimento feito por um indivíduo ou uma pessoa de negócios. Conforme os princípios da Economia, o lucro pode ser originário do exercício de uma atividade (lucro operacional) e do crédito (lucro da gestão econômica). Pela estrutura de Demonstrações Contábeis de resultados utilizados no Brasil, o lucro é desdobrado nos seguintes tipos: 40

Conceito do BDI Lucro Bruto: diferença positiva entre Receitas e Despesas (Art. 278 RIR/99); Lucro Operacional: diferença positiva entre lucro bruto e despesas operacionais; Lucro não Operacional: resultado positivo das receitas e despesas não operacionais; Lucro Líquido: diferença positiva do lucro bruto menos o lucro operacional e o não operacional (art. 247 RIR/99); Lucro a ser distribuído: lucro líquido menos a Reserva de Lucros ou compensada com Prejuízos Acumulados. Além disso, a legislação tributária brasileira criou, entre outros, mais duas modalidades de Lucro que vão compor o BDI/LDI: Lucro Presumido: resultante da aplicação de alíquotas do IRPJ e CSLL sobre determinada base de cálculo, proporcional à receita bruta de pessoas jurídicas (Art. 516 do Decreto no 3000/99); Lucro Real: é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas pelo Decreto no 3.000/99 (Art. 247). 41

Conceito do BDI Portanto, quando falamos de Lucro na composição do BDI para empresas optantes do Lucro Real não é simplesmente o Lucro Líquido como muitos acreditam ser, mas devem ser consideradas todas as adições e exclusões referidas nos artigos 249 e 250 do Decreto no 3.000/99 de modo que o estabelecimento da sua taxa não pode ser feito ao sabor da subjetividade. O Lucro aqui considerado não trata apenas do rendimento líquido que sobrou de todas as operações que envolvem os gastos da empresa, mas incorporam os gastos não previstos nas adições e exclusões que definem o conceito de lucro líquido, previstos na legislação (Art. 247 RIR /99). É por isso que a sabedoria dos nossos antecessores passou a chamar esse tipo de Lucro de Benefício para diferenciar do conceito de lucro líquido, sem as obrigações empresariais inerentes a sua responsabilidade econômica e social. 42

Parâmetros de Mercado

Comparativo

Utilidades do Orçamento Não se resume a definição de custos Serve de subsídios para: Levantamento de materiais e serviços; Obtenção de índices de acompanhamento; Dimensionamento de equipes; Capacidade de revisão de valores e índices; Realização de simulações; Análise de viabilidade econômico-financeira. OBJETIVO = TOMADA DE DECISÃO 45