Projeto de Lei nº 6.144/13 Portadores de Necessidades Especiais e a Segurança Privada. Brasília, 21 de outubro de 2015.

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Insurge-se a Impugnante contra o estabelecido nos subitens 8.3.2, e do edital. Aduz a empresa que:

Transcrição:

Projeto de Lei nº 6.144/13 Portadores de Necessidades Especiais e a Segurança Privada 1 Brasília, 21 de outubro de 2015.

Quem Somos? A Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores- FENAVIST, é uma entidade sindical patronal criada há 25 anos para representar os interesses do segmento de segurança privada brasileiro; Com sede em Brasília, a Federação agrega sindicatos nas 27 unidades federativas do país, e duas associações que representam cerca de 2.392 empresas, responsáveis pela geração de cerca 700 mil empregos diretos. A Fenavist tem jurisdição nacional sendo também filiada à Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo CNC; Em parceria com os sindicatos, a FENAVIST tem o compromisso de representar os empresários de segurança de forma ampla e transparente, com o objetivo de unir a comunidade de segurança privada no Brasil, prestando serviços e promovendo modernização e crescimento para a atividade. 2

Representatividade São atividades representadas nacionalmente pela FENAVIST: Vigilância Patrimonial; Transporte de Valores; Escolta Amanda; Segurança Patrimonial; e Cursos de Formação de Vigilantes 3

Segurança Privada x Cota para Deficientes Conflito de normas 4

Lei n. 8.213/1991 Art. 93. A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: I - até 200 empregados...2%; II - de 201 a 500...3%; III - de 501 a 1.000...4%; IV - de 1.001 em diante....5%. 5

Lei n. 7.102/1983 Art. 16 Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes requisitos: I ser brasileiro; II ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos; III ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau; IV ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos da Lei; V ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico; VI não ter antecedentes criminais registrados; e VII estar quite com as obrigações eleitorais e militares. (grifo nosso) 6

Decreto n. 89.056/1983 Art. 18 - O vigilante deverá submeter-se anualmente a rigoroso exame de saúde física e mental, bem como manter-se adequadamente preparado para o exercício da atividade profissional (grifos nossos). 7

Portaria DPF nº 3.233/2012 PERFIL DO VIGILANTE 8 a) preventivo/ostensivo: atributo de o vigilante ser visível ao público em geral, a fim de evitar a ação de delinquentes, manter a integridade patrimonial e dar segurança às pessoas; b) proatividade: ação de antever e se antecipar ao evento danoso, com o fim de evitá-lo ou de minimizar seus efeitos e, principalmente, visar à adoção de providências para auxiliar os agentes de segurança pública, como na coleta das primeiras informações e evidências da ocorrência, de preservação dos vestígios e isolamento do local do crime; estático; c) vigilância; atributo de movimento, dinamismo e alerta, contrapondo-se ao conceito d) técnico-profissional; capacidade de empregar todas as técnicas, doutrinas e ensinamentos adequados para a consecução de sua missão; e) adestramento; atributo relacionado à desenvoltura corporal, com aprimoramento físico, domínio de defesa pessoal e capacitação para o uso proporcional da força através do emprego de tecnologias não-letais e do uso da arma de fogo, como último recurso de defesa própria ou de terceiros; f) higidez física e mental; certeza de não ser possuidor de patologia física ou mental; g) psicológico; perfil psicológico adequado ao desempenho do serviço de vigilante;

Diretor Geral do Departamento da Polícia Federal (...) não há como o Departamento de Polícia Federal, como órgão de controle e fiscalização da atividade, autorizar o exercício da profissão a pessoas que não atendam, em sua íntegra, as especificações legais firmadas para a matéria. (...) Logo, cabe informar ao CONADE que (...) pessoas portadoras de deficiências (...) não farão jus à respectiva habilitação profissional, não podendo, em consequência, exercer a profissão de vigilante. 9

Princípio da isonomia Constituição Federal Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos seguintes termos: (...). Convenção 111 da OIT Artigo 1º - As distinções, exclusões ou preferências fundadas em qualificações exigidas para um determinado emprego não serão consideradas como discriminação. 10

Impraticabilidade operacional e adequação à legislação 1º) Embora as empresas se esforcem para cumprir a cota imposta pela legislação (anúncios de vagas em jornais, INSS, SINE, SRT) falta candidatos portadores de deficiência interessados ou habilitados para o exercício da atividade de segurança privada; 2º) O baixo índice de aprovação nos cursos de formação para vigilantes; 11

Impraticabilidade operacional e adequação à legislação 3º) Em torno de 90% (noventa por cento) do quadro da segurança privada é composta por vigilantes, o que inviabiliza a centralização dos deficientes na seara administrativa; 4º) Confronto de fiscalizações: A Inspeção do Trabalho fiscaliza se as empresas contratam portadores de necessidades especiais e o Departamento da Polícia Federal fiscaliza se os vigilantes concluíram curso de formação de vigilantes, que depende de aptidão física, mental e psicológica. 12

Urgência 1º) Fiscalizações reiteradas do Ministério Público do Trabalho e Fiscais do Trabalho ; 2º) Imposição de multas que acarretam fortes prejuízos às empresas; 3º) Inaptidão na participação de processos licitatórios; 13

Soluções 1ª) Afastar a exigência do cumprimento de cota de deficientes impostas pela Lei nº 8.213/91 às empresas de segurança privada; 2ª) Subsidiariamente, o dimensionamento dos percentuais de contratação de portadores de necessidades especiais apenas aos empregados da administração, conforme seu número de vagas administrativas, como ocorre, inclusive, com a segurança pública. 14

Muito obrigada! Dra. Hivyelle Brandão Assessora Executiva da FENAVIST 55 61 3327 5440 fenavist@fenavist.org.br www.fenavist.org.br