Unidade de Conservação: não está na Zona de Amortecimento do Parque Municipal São Francisco de Assis.



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Transcrição:

PARECER ÚNICO SUPRAM SM PROTOCOLO Nº 283073/2009 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 00263/1999/002/2009 RVLO INDEFERIMENTO Processo de Outorga Nº - Não possui Cap. Sub APEF Nº - não se aplica Reserva legal Nº - não possui Zona rural Empreendimento: MELO MACHADO CONSTRUTORA LTDA CNPJ: 03.234.624/0001-81 Município: VARGINHA Unidade de Conservação: não está na Zona de Amortecimento do Parque Municipal São Francisco de Assis. Bacia Hidrográfica: rio Grande Sub Bacia: rio Verde Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe C-10-02-2 USINA DE PRODUÇÃO DE CONCRETO ASFALTICO 03 Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO Condicionantes n O : não Automonitoramento: SIM NÃO Responsável Técnico pelo empreendimento: Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Eng. Agrônomo Luiz Felipe de Castro Registro de classe Registro de classe CREA 37930/D Processos no Sist. Integrado de Informações Ambientais - SIAM SITUAÇÃO 00263/1999/001/1999 - LOC concedida Relatório de vistoria/auto de fiscalização: n 167/2009 DATA: 05/05/2009 Data: 05/06/2009 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Josiane de Freitas CRQ 02301651 Alessandra Cristina Barros Campos CREA - MG 98512/D Polliany Rodrigues Couto CREA MG 105504 William Pressato Faustino CREA MG 82.018/D Fabiano do Prado Olegário MASP 11 96883-1 Cristiane Brant Veloso OAB/MG nº 109.624 Ciente:Luciano Junqueira de Melo Diretor Técnico - SUPRAM SM MASP 1.138.385-8 Página: 1/8

1. INTRODUÇÃO A empresa Melo Machado Construtora Ltda atua no ramo industrial como usina de produção de concreto asfáltico, localiza-se na rodovia VR 020 (Varginha Carmo da Cachoeira), km 01, no município de Varginha/MG. A Licença de Operação em caráter corretiva PA COPAM N 00183/1994/001/2001 foi concedida pela CID/COPAM em 08/05/2001 com condicionantes, válida até 08/05/2009. Foi realizada vistoria no empreendimento, conforme Relatório de Vistoria N 011201/2005 datado de 24/03/2005 em atendimento a Denúncia, onde foram constatadas algumas irregularidades. Foi enviado OF.NARC/COPAM Sul N 429/2005 datado de 28/03/2005 a DIMET/FEAM para conhecimento e providências, tendo em vista que a Licença foi concedida por este órgão. Em resposta ao OF.NARC/COPAM Sul N 429/2005, foi realizada nova vistoria no empreendimento pela FEAM em 01/06/2005, onde verificou-se a existência no pátio da empresa de uma nova usina de asfalto, marca TEREX, com capacidade de 80 toneladas/h. Na ocasião a empresa foi convocada a providenciar o licenciamento desta nova usina. Foi elaborado ainda Relatório Técnico DIMET N 14/2005, concedendo prazo de 120 dias para:? impermeabilização da área de carregamento da massa asfáltica e implantação de caixa separadora de óleos e graxas;? construção de bacias de contenção nos tanques de insumos oleosos;? eliminação pontos de vazamentos atmosféricos na chaparia da usina;? remoção e destinação final adequada para os resíduos de sucatas e entulhos. Em 05/06/2009 foi realizada consulta ao SIAM, verifica-se a existência de protocolo de FCEI em 09/06/2005 para LI de Ampliação da produção de asfalto com a instalação de usina móvel. O FOBI gerado encontra-se vencido não sendo formalizado o respectivo processo de licenciamento até a presente data. Em 08/06/2006, foi realizada vistoria pela FEAM em uma área a ser utilizada para relocação da usina de asfalto, em atendimento à comunidade que reclamava quanto a poluição atmosférica oriundas da usina, conforme Relatório de Vistoria N 015517/2006. Ressalta-se que na ocasião, o empreendedor foi convocado a formalizar processo de licenciamento, e que segundo a Deliberação Normativa COPAM N 74/2004 a empresa seria classe 5, por possui capacidade instalada de 80 toneladas/hora. Em 15/04/2009 foi formalizado pedido revalidação de licença de operação (REVLO), sendo em 05/05/2009 foi realizada vistoria no empreendimento. O estudo ambiental Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental (RADA) foi elaborado pelo Eng. Agrônomo Luiz Felipe de Castro, com ART 1-50754531. Ressalta-se que as recomendações técnicas para a implementação das medidas mitigadoras e demais informações técnicas e legais foram apresentadas nos estudos. Quando as mesmas forem sugeridas pela equipe interdisciplinar ficará explicito no parecer: A SUPRAM Sul de Minas recomenda/determina:. Este parecer tem por objetivo avaliar o cumprimento das condicionantes estabelecidas na Licença de Operação em caráter corretivo e o desempenho dos sistemas de controle Página: 2/8

ambientais, referentes à solicitação de Revalidação de Licença de Operação para a atividade de usina de asfalto. 2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 2.1. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O empreendimento Melo Machado Construtora Ltda opera uma usina de fabricação de asfalto CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), utilizado em obras rodoviárias e infra-estrutura urbana em geral. A empresa localiza-se as margens da VR 020, km 01, município de Varginha. A empresa possuía uma usina com capacidade instalada de 60 tonelada/hora, que foi objeto da Licença de Operação em caráter corretivo concedida. A usina tem capacidade instalada de 80 toneladas/hora, conforme vistoria realizada pela FEAM em 01/06/2005. A antiga usina encontra-se desativada e locada na área do empreendimento. A usina licenciada quando da obtenção da LOC foi substituída sem o devido licenciamento. Cabe destacar, que no FCE Formulário de Caracterização do Empreendimento protocolado para a Revalidação da Licença foi informado que a usina possui capacidade instalada de 60 toneladas/hora. No entanto, pode-se constatar que esta informação está equivocada, devido o histórico apresentado não cabendo a renovação de licença, uma vez que o empreendedor modificou a licença anteriormente concedida, sem proceder a devida regularização ambiental. Na vistoria realizada em 05/05/2009, o empreendedor informa a capacidade da usina de 60 toneladas/hora, não sendo apresentada documentação para comprovar a informação. Verificou-se ainda, que as área de carga do asfalto e descarga de matéria-prima não são impermeabilizadas e não possuem sistemas de canaletas. Os tanques que armazenam CM30, RR têm capacidade de 8.500 litros, 15.000 litros, dois de 10.000 litros/cada e um de 20.000 litros são inseridos em uma única bacia de contenção. Foi observado nesta a presença de vários tambores de óleo. Ressalta-se que a bacia possui um dreno ligado a uma caixa Separadora de água e óleo do lavador de veículos existente. O processo produtivo consiste basicamente na mistura de areia, brita, pedrisco, pó de pedra e CAP 20 realizada em forno rotativo onde a fonte de combustível é BPF, sendo este aquecido com vapor produzido pela caldeira a GLP. Utiliza como insumos de produção óleo combustível BPF (20.000 l/mês), óleo diesel (1.500 l/mês) O óleo diesel utilizado para limpeza da usina após a paralisação da produção atuando como lubrificante. Aos fundos da usina localiza-se uma antiga cascalheira paralisada de propriedade do mesmo empreendedor, não sendo nenhum projeto para a recuperação da área degradada. 2.2. RESERVA LEGAL Consta nos Autos do processo a 6 alteração contratual da Melo Machado Construtora Ltda emitida em 19/01/2009, onde a identificação da localização se dá em zona rural. Página: 3/8

Ressalta-se ainda, que quando da concessão da LOC PA COPAM N 00183/1994/001/2001, a localização do empreendimento era na Fazenda Limoeiro, zona rural. O empreendedor declarou no FCE Formulário de Caracterização do Empreendimento que a empresa localiza-se em zona urbana do município de Varginha. Verifica-se a divergência das informações por porte do empreendedor, não sendo informada a real localização do empreendimento, tampouco foi formalizado processo para a regularização da mesma, com obtenção da reserva legal. 2.3. AUTORIZAÇÃO PARA EXPLORAÇÃO FLORESTAL/ INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE Durante a vistoria e análise do processo de regularização ambiental não possível aferir qualquer tipo de supressão vegetal ou intervenção em área de preservação permanente. Também não foi verificado nos estudos informação sobre supressão ou intervenção em APP. O empreendimento não é consumidor de produtos e subprodutos florestais. 2.4. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS O empreendedor declara que o uso de água no empreendimento é exclusivo de concessionária local. No item 5.2 do Formulário de Caracterização do Empreendimento FCE, foi informado que a utilização de recurso hídrico é de fornecimento exclusivo da Concessionária local. Na ocasião da vistoria verificou-se que o empreendimento faz uso de recurso hídrico por meio de captação em surgência, localizada em propriedade de terceiros e por concessionária local. Este recurso hídrico não foi declarado no FCE, tampouco foi formalizado processo para a regularização do mesmo. No Relatório de Avaliação de Desempenho Ambiental RADA no item 5.11.1 consta que a fonte de fornecimento de água se dá por caminhão pipa. Pode-se verificar novamente divergências de informações fornecidas pelo empreendedor quanto ao recurso hídrico utilizado ora caminhão pipa, ora concessionária local. Quanto ao real consumo não há como verificar, devido às discrepâncias nas informações apresentadas pelo empreendedor além do uso de recurso hídrico sem a devida regularização. 3. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL 3.1 - CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTES A licença de operação processo COPAM n.º 00263/1999/001/1999 foi concedida em 08/05/2001 com as seguintes condicionantes: 1 Executar o seguinte programa de monitoramento: a) Efluentes atmosféricos Amostragem: chaminés do sistema de exaustão do secador Página: 4/8

Freqüência: semestral Parâmetros: material particulado Metodologia: Amostrador Isocinético Norma ABNT 10700/10701/10702 O primeiro relatório deverá ser encaminhado à FEAM num prazo de 60 dias após a concessão da LO. Foi protocolado em 11/07/2001 dentro do prazo o Relatório Técnico N 82/01 de Avaliação das Emissões Gasosas, onde os parâmetros MP e SOx estavam de acordo com os limites estabelecidos na Deliberação Copam Normativa N 01/1992. Existe protocolo em 11/01/2005, ocasião em que foi protocolado o mesmo Relatório Técnico N 82/01 tendo sido a medição realizada em julho/2001. Nesta mesma data foi protocolado Relatório Técnico N 303/2004. A medição foi realizada em dezembro/2004, estando os parâmetros dentro dos limites estabelecidos na legislação. Em consulta ao processo de LOC e no Sistema Integrado de Informação Ambiental - SIAM foi possível verificar que não foram apresentadas as análises das emissões dentro da freqüência estabelecida na condicionante, tampouco foi apresentada justificativa, sendo parcialmente cumprida. No RADA apresentado, no item 8 Avaliação da Carga Poluidora do Empreendimento quanto à emissão atmosférica, foram apresentados gráficos onde constam análises mensais realizadas nos anos de 2007 e 2008 para emissão de material particulado em kg/h. No entanto, não temos como avaliar uma vez que é estabelecido na Deliberação Normativa COPAM N 01/92 o parâmetro em mg/nm 3. Já no item 9 Avaliação do Desempenho dos sistemas de controle Ambiental, consta para as emissões atmosféricas gráficos onde as análises foram realizadas em março e setembro de 2007 e março e setembro de 2008, onde o parâmetro material particulado estava abaixo dos limites estabelecidos na DN 01/92 que é de 90 mg/nm 3. As análises que constam nos gráficos não foram apresentadas ao órgão ambiental. b) Esgoto sanitário Amostragem: a jusante do filtro anaeróbio Freqüência: semestral Parâmetros: DBO5, sólidos suspensos, óleos e graxas, ph, vazão e agentes tensoativos. Prazo: encaminhar o primeiro relatório à FEAM num prazo de 90 dias contados da concessão da LO. Em 08/11/2001, foi protocolado documentação da empresa informando que quando da instalação do sistema de tratamento de esgoto sanitário (tanque séptico/filtro anaeróbio) ocorreram alguns problemas operacionais, não sendo possível a realização da análise. Foi Solicitado um prazo de 90 dias para o envio das primeiras análises. Observa-se que o prazo para o cumprimento do item b era de noventa dias, vencendo em 08/08/2001. A justificativa do empreendedor ocorreu 3(três) meses após o vencimento da condicionante. Página: 5/8

Em vistoria realizada pela FEAM em 06/11/2001, consta que a medição de efluente final dos esgotos sanitário não pode ser realizada devido à baixa geração destes. No RADA apresentado não foi avaliado o desempenho do sistema de controle de esgoto sanitário. Em consulta ao processo de LOC e no SIAM Sistema Integrado de Informação Ambiental foi possível verificar que não foi apresentada nenhuma análise de esgoto sanitário solicitado como condicionante, estando esta descumprida. 2 Concluir a implantação do sistema de drenagem pluvial Prazo: 120 dias contados da concessão da LO Foi realizada vistoria no empreendimento em 06/11/2001 pela FEAM, onde constatou-se o cumprimento da condicionante 2. 3 Conforme determina o Artigo 18 da DN COPAM 10/86, os métodos de coleta e análise dos efluentes devem ser os estabelecidos nas normas aprovadas pelo INMETRO ou, na ausência delas, no Standard Me thods for Examination Water and Wastewater, APHA-AWWA, última edição. 4 A coleta e análise das amostras deverão ser realizadas por empresas independentes, de idoneidade e capacidade comprovadas. Com relação as condicionantes 3 e 4, são orientações de como proceder as análises de efluentes, como não foi verificado nenhuma análise estas não foram cumpridas. 3.2 - CONTROLE E MONITORAMENTO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS Não foi apresentado no Relatório de Desempenho Ambiental os gráficos que demonstrem a variação da carga poluidora dos efluentes líquidos, e do gerenciamento de resíduos sólidos nos últimos 2(dois) anos. No estudo informa que há geração somente de resíduos sólidos domésticos. Os tanques que armazenam CM30, RR têm capacidade de 8.500 litros, 15.000 litros, dois de 10.000 litros/cada e um de 20.000 litros são inseridos em uma única bacia de contenção. Foi observado nesta a presença de vários tambores de óleo. Ressalta-se que a bacia possui um dreno ligado a uma caixa Separadora de água e óleo do lavador de veículos existente. Possui três tanques de CAP que são semi-enterrados com areia, foi informado que o volume de armazenamento é de 40.000 litros. A pista de carregamento da massa asfáltica e área de abastecimento dos tanques de óleo não possuem sistema de impermeabilização, dotado de canaletas interligados a caixa separadora de água e óleo. O lavador de veículos existente necessita de adequações nas canaletas. O efluente gerado é destinado a quatro caixas para separação do barro e do óleo e destinada ao sistema de drenagem de águas pluviais. Na ocasião da vistoria realizada em 05/05/2009, verificou-se Página: 6/8

na caixa de decantação e passagem de águas pluviais o carreamento de óleos, o empreendedor não soube informar a destinação final deste efluente. Existem duas canaletas de drenagem pluvial nas laterais da área do empreendimento, havendo dois pontos de lançamento em áreas de terceiros do outro lado da estrada de acesso a propriedade. Em um dos sistemas observou-se na caixa de decantação o carreamento de óleos. Foi constatada a existência de sucatas dispostas na área do empreendimento, cinco tanques de armazenamento de óleo, dispostos sobre o solo. Verificou-se vazamento de óleo sobre o solo. Foi verificado em vistoria, que as mangas já utilizadas, embalagens de cimento, caixas de papelão, plásticos são dispostas de forma inadequada sobre o solo, e encaminhados ao vazadouro municipal. Segundo o empreendedor o óleo retirado da caixa separadora é destinado a Proluminas, não sendo apresentada à referida comprovação. 4. CONTROLE PROCESSUAL O processo não se encontra formalizado e instruído com a documentação exigida; No item 5.2 do Formulário de Caracterização do Empreendimento FCE, foi informado que a utilização de recurso hídrico é de fornecimento exclusivo da Concessionária local. Durante a vistoria realizada, relatoria de vistoria nº 167/2009, constatou-se a utilização de recurso hídrico obtido através de captação em surgência, localizada em propriedade de terceiros. Este recurso hídrico não foi declarado no FCE, tampouco foi formalizado processo para a regularização do mesmo; Em consulta ao Zoneamento Econômico Ecológico do Estado de Minas Gerais e ao Decreto Municipal N 4800/2009 que institui a área de amortecimento para o Parque Florestal Municipal São Francisco de Assis, verificou-se que o empreendimento não está inserido na área de amortecimento do referido Parque. No item 6.3 foi assinalada a opção de que o empreendimento não está localizado em área rural. Através da análise da documentação que compõe o Relatório de Desempenho Ambiental RADA, referente a consolidação da 6ª alteração contratual do empreendimento, datada em 19 de janeiro de 2009, documento de fls.59, encontra-se a informação de que se trata de empreendimento localizado em área rural. Sendo assim, indispensável a apresentação da averbação da reserva legal, correspondente a propriedade onde se encontra o empreendimento; No Formulário de Caracterização do Empreendimento FCE, item 7.0, foi informado que a capacidade instalada da usina a ser revalidada é de 60 t/h. De acordo com o que está relatado no auto de fiscalização nº 5061/2005, redigido em 01/06/2005, mediante fiscalização realizada pela Fundação Estadual de Meio Ambiente FEAM, a capacidade instalada da usina, modelo TEREX, atualmente utilizada no empreendimento, é de 80 t/h. No mesmo auto de fiscalização a empresa foi convocada a providenciar o licenciamento da nova usina. Em 05/06/2009 foi realizada consulta ao SIAM, verifica-se a existência de Página: 7/8

protocolo de FCEI em 09/06/2005 para LI de Ampliação da produção de asfalto com a instalação de usina móvel. O FOBI gerado com o protocolo do FCEI encontra-se vencido não sendo formalizado o respectivo processo de licenciamento até a presente data; Na vistoria realizada em 05/05/2009, o empreendedor informa a capacidade da usina de 60 toneladas/hora, não sendo apresentada documentação para comprovar a informação; O empreendedor comprova a publicação da concessão da Licença de Operação e do pedido de Revalidação de Licença de Operação em periódico local ou regional, conforme determina a Deliberação Normativa COPAM nº 13/95. Os custos de análise foram recolhidos conforme verificação através de consulta ao SIAM. 5. DISCUSSÃO É evidente a incúria do empreendedor no que se refere às medidas de controle ambiental para os impactos gerados. As informações solicitadas no RADA encontram-se incompletas. O constatado em vistoria não demonstra efetivo comprometimento de ações que contribuam para as melhorias ambientais contínuas no desempenho ambiental que todo empreendimento deve possuir no seu processo produtivo. Todas as desconformidades encontradas e apontadas durante a elaboração deste parecer devem ser corrigidas para este empreendimento continuar a desenvolver suas atividades, com apresentação de novos estudos para avaliações de viabilidade técnica dos sistemas existentes e implantação de novas medidas de controle, com comprovação de suas eficiências. 6. CONCLUSÃO Este parecer é favorável ao INDEFERIMENTO da Revalidação de Licença de Operação para o empreendimento MELO MACHADO CONSTRUTORA LTDA., para a atividade de produção de concreto asfáltico processo COPAM n.º 00263/1999/002/2009. O empreendimento ainda deverá ser autuado conforme Decreto Estadual N 44.844/2008 Ressalta-se que o empreendimento não poderá operar sem Licença e deverá formalizar novo processo de Licença de Operação, em caráter corretivo. Data: 05/06/2009 Equipe Interdisciplinar: Josiane de Freitas CRQ 02301651 Registro de classe Assinatura Alessandra Cristina Barros Campos CREA - MG 98512/D Polliany Rodrigues Couto CREA MG 105504 William Pressato Faustino CREA MG 82.018/D Fabiano do Prado Olegário MASP 11 96883-1 Cristiane Brant Veloso OAB/MG nº 109.624 Ciente:Luciano Junqueira de Melo Diretor Técnico - SUPRAM SM MASP 1.138.385-8 Página: 8/8