Unidade de Conservação: Não está localizado no interior ou na zona de amortecimento de Unidade de Conservação

Transcrição

1 PARECER ÚNICO PROTOCOLO Nº /2009 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 11882/2005/001/2009 LOC DEFERIMENTO Outorga Nº - Concessionária local APEF Nº - Não se aplica Reserva legal Nº - Área urbana Empreendimento: Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso Ltda CNPJ: / Município: Passos Unidade de Conservação: Não está localizado no interior ou na zona de amortecimento de Unidade de Conservação Bacia Hidrográfica: rio Grande Sub Bacia: Represa de Peixoto Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04 Descrição Classe G / 06 / 01 / 8 G / 04 / 03 / 0 Comércio e/ou Armazenamento de Produtos Agrotóxicos, Veterinários e Afins e Prestadoras de Serviços. Comércio Atacadista de café cru em grão Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO Condicionantes: 0 Automonitoramento: SIM NÃO 4 Responsável Técnico pelo empreendimento: Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Eng. Ivo Antônio Clemente Eng. Civil Paulo Henrique Cansian Pontes Eng. Marco Antônio Marques Registro de classe Registro de classe: CREA /D CREA-SP CREA-SP Processos no Sistema Integrado de Informações Ambientais - SIAM SITUAÇÃO Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 331/2009 DATA: 04/09/2009 Data: 11/09/2009 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura André Vilela Torres Matr/DV Thiago Lacerda Moraes MASP Cristiane Brant Veloso OAB/MG nº Damiana de Castro Ananias Rodrigues OAB-MG Ciente: Luciano Junqueira de Melo MASP Diretor Técnico - SUPRAM SM Página: 1/5

2 1. INTRODUÇÃO O empreendimento Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso Ltda. Cooparaíso, está localizado na zona urbana do município de Passos/MG, na rodovia MG 050, Km 213, e atua no comércio e armazenamento de produtos e insumos agrícolas. No dia 12 de agosto de 2009, foi formalizado na SUPRAM Sul de Minas o Processo Administrativo COPAM nº 11882/2005/001/2009 referente à Licença de Operação em caráter corretivo, de acordo com FOB nº /2008. Foi realizada vistoria no empreendimento no dia 04 de setembro de 2009 conforme relatório de vistoria 331/2009. Os estudos ambientais apresentados foram elaborados pela empresa Grupo Ecosystems, sob coordenação do Eng. Ivo Antônio Clemente CREA /D e responsabilidade técnica do Eng. Civil Paulo Henrique Cansian Pontes, CREA-SP , ART e Eng. Marco Antônio Marques CREA-SP Ressalta-se que as recomendações técnicas para a implementação das medidas mitigadoras e demais informações técnicas e legais foram apresentadas nos estudos. Quando as mesmas forem sugeridas pela equipe interdisciplinar ficará explicito no parecer: A SUPRAM Sul de Minas recomenda/determina : A implementação das medidas mitigadoras e o funcionamento e monitoramento das mesmas são de inteira responsabilidade do empreendedor e/ou do responsável técnico pelo empreendimento. 2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 2.1. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O empreendimento Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso Cooparaíso está localizado na Rod MG 050, KM 213, no ponto de coordenada Lat 20º S, Long 46º E. A atividade principal desenvolvida no local é o comércio e armazenamento de defensivos agrícolas, fertilizantes, produtos veterinários, além de equipamentos e insumos agrícolas. Possui área total construída de m² e conta com 13 funcionários. Quanto aos produtos comercializados, têm-se os fertilizantes orgânicos, nitrogenados, fosfatados, potássicos, formulados e micronutrientes. Em relação aos defensivos destacamse os inseticidas, fungicidas, antibióticos, acaricidas e formicidas. Como herbicidas têm-se os sistêmicos, de contato, residuais e veiculantes. Além desses produtos são comercializados equipamentos e implementos agrícolas e insumos em geral. Existe uma área para armazenamento de café cru em grão com 800 m², com capacidade para armazenar sacas de 60 Kg, sendo este um local temporário para posterior envio a sede localizada no município de São Sebastião do Paraíso/MG. Existe um galpão para armazenamento de produtos agrotóxicos, coberto, com exaustores, parte da parede lateral com tijolo furado invertido, com piso concretado e estanque, fechado com cadeado e dotado de lava olhos e chuveiro em caso de acidente. Segundo informado, a Página: 2/5

3 empresa não recebe embalagens vazias de agrotóxicos e existe um ponto de recolhimento específico em outro local do município. Para armazenamento de fertilizantes existe um pátio com capacidade para toneladas, em local aberto, com piso em brita, onde os adubos são armazenados sobre paletes e cobertos com lona plástica. O efluente sanitário gerado no empreendimento é ligado na rede coletora do município. A água utilizada é proveniente da concessionária local. Os resíduos sólidos gerados são coletados pela Prefeitura Municipal INTERVENÇÃO AMBIENTAL RESERVA LEGAL Não se aplica, pois o empreendimento está instalado em área urbana SUPRESSÃO DE COBERTURA VEGETAL Não haverá necessidade de supressão de vegetação para regularização ambiental da empresa INTERVENÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE Não existe intervenção em Área de Preservação Permanente UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS A água utilizada no empreendimento é fornecida pela concessionária local SAAE IMPACTOS IDENTIFICADOS Os fertilizantes agrícolas, principalmente os nitrogenados, se depositados de maneira inadequada podem provocar a disposição excessiva de nutrientes no solo e acarretar na contaminação dos recursos hídricos subterrâneos. Os produtos agrotóxicos devem ser armazenados em local isolado, com piso impermeável, fechado e isolado da entrada de pessoas estranhas e animais, para evitar a contaminação do solo e dos recursos hídricos. Foi constatado em vistoria que uma parte da parede lateral do galpão destinado ao armazenamento de agrotóxicos é de tijolo furado, o que pode permitir a entrada de pequenos animais e ficar susceptível a contaminação. Para assegurar que não haverá entrada de pequenos animais no galpão de armazenamento de produtos agrotóxicos, a SUPRAM Sul de Minas determina que o empreendedor instale tela de malha fina na parte da parede lateral constituída por tijolo furado. Os efluentes sanitários devem passar por tratamento antes de serem lançados nas coleções hídricas, a fim de evitar a degradação ambiental causada pelo alto teor de carga orgânica do efluente e a contaminação por patógenos. Página: 3/5

4 Os resíduos sólidos gerados são basicamente lixo doméstico, sacarias velhas e porventura restos de fertilizantes ou defensivos desperdiçados. Todos os resíduos devem ser segregados e armazenados de maneira adequada antes de serem destinados, para evitar a contaminação do meio ambiente. Caso ocorra algum acidente de vazamento das embalagens de defensivos, deve-se ter o cuidado de coletar o produto imediatamente e destiná-lo corretamente de acordo com as recomendações do fabricante 2.5. MEDIDAS MITIGADORAS Os fertilizantes armazenados no pátio da empresa são estocados sobre paletes de madeira e cobertos com lona plástica para evitar o carreamento de adubo no solo. Os produtos agrotóxicos são armazenados em local coberto, ventilado, com piso concretado estanque, dotado de lava olhos e chuveiro para primeiros socorros, para evitar a contaminação de pessoas, animais, solo e recursos hídricos. Os efluentes sanitários são lançados na rede coletora municipal e o município é dotado de Estação de Tratamento de Esgoto. Os resíduos sólidos gerados são destinados para coleta municipal CONTROLE PROCESSUAL O processo encontra-se formalizado e instruído com a documentação exigida; O FCE foi assinado por pessoa cujo vínculo com o empreendimento pode ser comprovado através da procuração de fls.13; O local de funcionamento do empreendimento e o tipo de atividade desenvolvida estão em conformidade com as leis e regulamentos municipais, segundo Declaração emitida pela Prefeitura Municipal. O empreendimento não está inserido ou se encontra no entorno de Unidade de Conservação e está localizado em área urbana, não se aplica exigência de averbação de Reserva Legal; Os custos de análise foram recolhidos conforme consulta ao SIAM. O valor a maior apurado na planilha de custo, inferior a 30% do valor mínimo estabelecido na tabela do anexo único da Resolução SEMAD 870/08, não é passive de ressarcimento, conforme previsto no 4º do artigo 2º da Resolução SEMAD 870/08. O empreendedor comprova a publicação do pedido de Licença, em periódico local ou regional, conforme determina a Deliberação Normativa COPAM nº 13/95; Não haverá necessidade de supressão vegetal, nem intervenção em área de preservação permanente, conforme item e subitem deste parecer; Página: 4/5

5 A utilização de recurso hídrico do empreendimento é de fornecimento exclusivo de concessionária local; Através de consulta ao Sistema Integrado de Informação Ambiental SIAM, foi constatado existência de início de procedimento administrativo junto ao SISEMA, em data anterior a publicação do Decreto Estadual nº /2008, fato que descaracteriza a Denúncia espontânea, nos termos do 1º do art. 15 do Decreto. Portanto, o empreendimento não faz jus a de Denúncia espontânea, desta forma será autuado. DE ACORDO COM PREVISÃO DO DECRETO ESTADUAL Nº /2008, EM SEU ANEXO I, CÓDIDO 124, CONFIGURA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA GRAVÍSSIMA DEIXAR DE COMUNICAR A OCORRÊNCIA DE ACIDENTES COM DANOS AMBIENTAIS ÀS AUTORIDADES AMBIENTAIS COMPETENTES. NÚCLEO DE EMERGENCIA AMBIENTAL NEA CONTATO NEA: (31) CONCLUSÃO Diante do exposto, este parecer é favorável à concessão da Licença de Operação Corretiva, ao empreendimento COOPERATIVA REGIONAL DOS CAFEICULTORES DE SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO LTDA, Processo COPAM n.º 11882/2005/001/2009, localizado no município de Passos/MG, para atividade principal de comércio e/ou armazenamento de produtos agrotóxicos, veterinários e afins e prestadores de serviços e atividade secundária de armazenagem de grãos ou sementes não associadas a outras atividades listadas, com validade de 6 (seis) anos, conforme disposto no artigo 1º da Deliberação Normativa nº 17, de 17 de dezembro de Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima conste do certificado de licenciamento ambiental a ser emitido. Data: 11/09/2009 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura André Vilela Torres Matr/DV Thiago Lacerda Moraes MASP Cristiane Brant Veloso OAB/MG nº Damiana de Castro Ananias Rodrigues OAB-MG Ciente: Luciano Junqueira de Melo Diretor Técnico - SUPRAM SM MASP Página: 5/5