MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO



Documentos relacionados
Assunto: Pagamento de diárias a Assessor de Ministro de Estado.

NOTA TÉCNICA Nº 269/2012/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP Assunto: Ajuda de Custo SUMÁRIO EXECUTIVO

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

NOTA INFORMATIVA Nº 739/2012/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP

AJUDA DE CUSTO/TRANSPORTE DA FAMÍLIA/TRANSPORTE DE MOBILIÁRIO E BAGAGEM

NOTA INFORMATIVA Nº 336/2013/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP Assunto: Deslocamento por motivo de afastamento do cônjuge

Nota Técnica nº 446/2010/COGES/DENOP/SRH/MP. ASSUNTO: Averbação de tempo de serviço. Referência: Processo Administrativo nº

MANUAL DE PROCEDIMENTOS MPR

CHAMADA PÚBLICA PARA FORMAÇÃO DE LISTA DE INTERESSADOS EM REDISTRIBUIÇÃO

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO SECRETARIA DE GESTÃO PÚBLICA ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 3, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2013

ATO DA COMISSÃO DIRETORA Nº 5, DE A COMISSÃO DIRETORA DO SENADO FEDERAL, no uso de sua competência regimental e regulamentar, RESOLVE:

NOTA INFORMATIVA Nº 758 /2012/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP. Assunto: Ponto Eletrônico. Atestado de Comparecimento. Compensação de Horário

Superior Tribunal de Justiça

*DECRETO Nº 2.101, DE 18 DE AGOSTO DE 2009.

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

NORMA DE REMOÇÃO NOR 309

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PRESIDÊNCIA ATO Nº 590/DILEP.CIF.SEGPES.GDGSET.GP, DE 30 DE AGOSTO DE 2013

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

INSTRUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 01/2006, ATUALIZADA EM 7 DE FEVEREIRO 2012

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.494, de 20 de novembro de O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

Custeio de capacitação dos servidores públicos pelo Legislativo Municipal CONSULTA N

RESOLUÇÃO Nº. 36 DO CONSELHO SUPERIOR, DE 20 DE JULHO DE 2015.

RESOLUÇÃO Nº CONSU DE 29 DE MAIO DE 2007

RELATÓRIO DE AUDITORIA RA 01/2016

IN RECURSOS HUMANOS ÍNDICE 09/2011 AUXÍLIO-TRANSPORTE GENERALIDADES 1 1/2 NORMAS GERAIS 2 1/5 BENEFICIÁRIOS 3 1/1 PAGAMENTO 4 1/3

Portaria nº 09, de 26 de março de 2015

Universidade Federal de São Paulo Pró-Reitoria de Gestão com Pessoas

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

NOTA INFORMARTIVA Nº 270/2011/CGNOR/DENOP/SRH/MP

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal

RESOLUÇÃO N. 006, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2010, DO REITOR DA UFTM.

345/2011/CGNOR/DENOP/SRH/MP

ASSUNTO: UTILIZAÇÃO DO PONTO BIOMÉTRICO E CUMPRIMENTO DE JORNADA DE TRABALHO

R E S O L U Ç Ã O. Fica aprovado, conforme anexo, o Plano de Carreira do Corpo Docente do Magistério Superior da Faculdade Franciscana.

Pagamento de Despesa por Meio de Adiantamento. DNT/SSSCI/SF Março 2013

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃ UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO Nº 017/2015 CONSU/UNIFAP

RESOLUÇÃO Nº. 066 CONSUPER/2013

Ano: 2012 Realiza Consultoria Empresarial Ltda.

Prefeitura do Município de Foz do Iguaçu

MINUTA DA RESOLUÇÃO DA COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DAS 30 HORAS SEMANAIS DO CEFET-MG

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO PRESIDÊNCIA ATO Nº 301/CDEP.SEGPES.GDGSET.GP, DE 24 DE JUNHO DE 2016

DECRETO Nº 533, DE 02 DE SETEMBRO DE 1991.

RESOLUÇÃO N o 53 de 28/01/ CAS RESOLVE: CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

Universidade Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Recursos Humanos Departamento de Administração de Pessoal AJUDA DE CUSTO

O PREFEITO DE GOIÂNIA, no uso de suas atribuições legais, e CAPÍTULO I DO FUNDO MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER

RESOLUÇÃO Nº 11, DE 04 DE NOVEMBRO DE Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo, a Norma de Capacitação de Servidores da APO.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA, no uso de suas atribuições legais;

República Federativa do Brasil Estado do Ceará Município de Juazeiro do Norte Poder Executivo

Luiz A. Paranhos Velloso Junior Presidente da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro ID

PORTARIA TRT 18ª GP/DG/SCJ Nº 001/2013 O DESEMBARGADOR-PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA DÉCIMA OITAVA REGIÃO, no uso de suas

INSTRUÇÃO NORMATIVA IN

RESOLUÇÃO DA DIRETORIA Nº 09/2014

Regulamenta o Programa de Estágio de Estudantes na Câmara Municipal de São Paulo.

RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO N. 1/2009

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 001/DIR/2012

Portaria nº 335, de 30 de maio de 2006 D.O.U de 31/05/2006

Decreto Nº de 21/09/2009

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 65, DE 8 DE JULHO DE 2008

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013

NOTA TÉCNICA Nº 502/2010/COGES/DENOP/SRH/MP

Instruções. Formulário de Gerenciamento de Estágio Probatório

REGULAMENTO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS I INTRODUÇÃO

LEI Nº 2.581/2009. O Prefeito Municipal de Caeté, Minas Gerais, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A RESOLUÇÃO N o 1010/05

A PREFEITA DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM, no uso de suas atribuições legais, DECRETA: CAPÍTULO I DA JORNADA DE TRABALHO

Art. 2º O horário de funcionamento da AGU, de segunda a sexta feira, é de 07:00 horas às 20:00 horas, ininterruptamente.

INSTRUÇÃO NORMATIVA 002/2011-UNEMAT

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº, DE 2015

HISTÓRICO DAS REVISÕES N.ºREVISÃO DATA IDENTIFICAÇÃO DO DOCUMENTO 00 01

RESOLUÇÃO Nº 02/2012

RESOLUÇÃO Nº 170/2012 TCE/TO Pleno

LEI FEDERAL DO VALE TRANSPORTE

IMPUGNAÇÃO Nº 4. Em síntese, a Impugnante alegou o que segue:

INSTRUÇÃO NORMATIVA SCO SISTEMA CONTÁBIL Nº 004/2014, DE 2 DE MAIO DE 2014 VERSÃO 02 CAPÍTULO I DA FINALIDADE CAPÍTULO II DA ABRANGÊNCIA

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO

DECISÃO. Regularmente notificada da lavratura do AI em 25/06/2007 (fls. 09).

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO A

Coordenação-Geral de Tributação

REGIMENTO DO COMITÊ DE ÉTICA NO USO ANIMAL DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE MARÍLIA CEUA-FATEC MARILIA

PROPOSTA DE CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS UNIFORMES (LEI Nº /2006, ART. 26) DO ADICIONAL DE QUALIFICAÇÃO

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

RESOLUÇÃO DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO (CONSUNI) N.º 03/2011

RESOLUÇÃO N. 114/2013/TCE-RO

PROCEDIMENTO DE VIAGEM

ESTADO DE SANTA CATARINA CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 34/99/CEE/SC

Em Despacho nº 715/2011/GFIS/SER/ANAC, de 11/05/2011 (fls. 12 do processo

O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS. Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

considerando o Decreto nº 6.114, de 15 de maio de 2007; considerando a Portaria/MEC nº de 02 de setembro de 2008;

PORTARIA Nº DE 11 DE JULHO DE (Republicação) (Texto compilado com as alterações promovidas pela Portaria nº 3.

TOMADA DE CONTAS ESPECIAL

CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES - CVT PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 50, DE (MENSAGEM Nº 349, DE 2014)

PORTARIA Nº 79, 26 DE maio DE 2015

GUERRA FISCAL: SÃO PAULO E ESPÍRITO SANTO ICMS - IMPORTAÇÃO

CHAMADA DE SELEÇÃO PROGRAMA DE APOIO A PROJETOS DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL (PAPCI)

Estado de Mato Grosso Prefeitura Municipal de Nobres CNPJ: /

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Publicado no D.O.U. nº 84 de 22/04/2015, Seção 1 pag. 78 RESOLUÇÃO NORMATIVA CFA Nº 464, DE 22 DE ABRIL DE 2015

Transcrição:

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Secretaria de Gestão Pública Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal Coordenação-Geral de Aplicação das Normas NOTA TÉCNICA Nº 57/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP Assunto: Concessão de ajuda de custo. SUMÁRIO EXECUTIVO 1. Por meio de Expediente acostado às fls. 123/126, a Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Previdência Social solicita manifestação quanto à possibilidade de concessão de ajuda de custo a servidores que, por interesse da Administração Pública, forem removidos do seu local de lotação para outra localidade, em caráter definitivo. 2. Esta SEGEP quanto à consulta em apreço, conclui-se que: i) a ajuda de custo será devida ao servidor que, no interesse da Administração, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio, em caráter permanente, de modo a compensar as despesas de instalação do servidor; ii) o servidor poderá requerer a concessão da ajuda de custo nas seguintes hipóteses, desde que haja mudança de domicílio: redistribuição; remoção ex-officio; nomeação para cargo em comissão ou função de confiança; exoneração ex-officio de cargo em comissão ou função de confiança cuja nomeação tenha exigido seu deslocamento inicial, ainda que o novo deslocamento seja para localidade diversa da de origem; e requisição; iii) compete à área de recursos humanos dos órgãos e entidades integrantes do SIPEC verificar, caso a caso, o atendimento das regras vigentes para a concessão da ajuda de custo, inclusive no que se refere à documentação necessária à comprovação de instalação do servidor, em caráter permanente, na nova sede. 3. Pela restituição dos autos à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Previdência Social, para conhecimento e providências de sua alçada. ANÁLISE 4. Sobre o assunto, a Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Previdência Social, por meio de Expediente, de fls. 123/126, apresentou os seguintes questionamentos:

a) O servidor de outra sede, já instalado em domicílio em que vier a ser designado para exercer função de confiança fará jus à ajuda de custo? b) As diárias recebidas, quando convocado por período relativamente longo, e que teria financiado a instalação do servidor e de seus dependentes, bem como os gastos com transporte, não supririam a finalidade da ajuda de custo? c) O transporte do mobiliário e as passagens que compõem a ajuda de custo são direitos renunciáveis? Em caso positivo, tal renúncia deve constar de um termo/ato específico? d) A administração pode condicionar o pagamento da ajuda de custo à comprovação de despesas havidas com a instalação do servidor e de seus dependentes na nova sede? e) Como poderia ser comprovada a instalação do servidor em caráter permanente na nova sede? Poderia ser exigido comprovante de endereço residencial, por exemplo, contrato de locação de imóvel, contas de água, luz e telefone em nome do servidor ou de qualquer outro meio capaz de imprimir convicção de que o servidor efetivamente se instalou na nova sede? f) Em relação aos dependentes, particularmente, aos filhos em idade escolar, poderia ser exigida a comprovação de matrícula em estabelecimento de ensino na nova sede? g) A apresentação de cartão de embarque do servidor e de seus dependentes é suficiente para se concluir pela exigência de viagem, mudança e instalação em caráter permanente do servidor e de seus dependentes na nova sede, e, consequentemente, pelo pagamento da ajuda de custo? h) O fato de o servidor estar desenvolvendo suas atividades na nova sede, por si só, é bastante para a administração concluir pela mudança de seu domicílio e de seus dependentes, em caráter permanente, logo, pela existência de despesas de instalação e, consequentemente, pelo pagamento da ajuda de custo? Ajuda de Custo 5. Preliminarmente, para melhor elucidação do assunto, convém destacar que a ajuda de custo constitui uma das espécies de indenização devidas ao servidor público e, conforme o disposto no caput do art. 53 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento da indenização, a qualquer tempo, caso o cônjuge ou companheiro, que também detenha a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede. NT Concessão de Ajuda de Custo (MPS) 2

6. Destaque-se que a indenização de ajuda de custo foi regulamentada pelo Decreto nº 4.004, de 08 de novembro de 2001, e em seu art. 1º dispõe que ao servidor, no interesse da administração, for mandado servir em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, conceder-se-á: a) ajuda de custo, para atender às despesas de viagem, mudança e instalação; b) transporte, preferencialmente por via aérea, inclusive para seus dependentes; e c) transporte de mobiliário e bagagem, inclusive de seus dependentes. 7. Frise-se que esta Secretaria de Gestão Pública publicou a Orientação Normativa nº 3, de 15 de fevereiro de 2013, que dispõe sobre as regras e procedimentos a serem adotados pelos Órgãos Setoriais e Seccionais do Sistema de Pessoal Civil da Administração Pública Federal - SIPEC para a concessão de ajuda de custo e de transporte. 8. Assim, é pertinente colacionar o que dispõe a Orientação Normativa nº 3, de 15 de fevereiro de 2013: Art. 2º - A ajuda de custo será concedida ao servidor público regido pela Lei nº 8.112, de 1990, que, no interesse da administração, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio, em caráter permanente, de modo a compensar as despesas de instalação. 1º - O servidor somente poderá requerer a concessão da ajuda de custo nas seguintes hipóteses, desde que haja mudança de domicílio: I - redistribuição; II - remoção ex-officio; III - nomeação para cargo em comissão ou função de confiança; IV - exoneração ex-officio de cargo em comissão ou função de confiança cuja nomeação tenha exigido o seu deslocamento inicial, ainda que o novo deslocamento seja para localidade distinta da de origem; e V - requisição. [...] Art. 5º - O requerimento de concessão de ajuda de custo e de transporte deverá ser acompanhado dos seguintes documentos: I - cópia da publicação em meio oficial do ato que fundamenta o deslocamento do servidor; II - comprovante de residência do servidor; e III - em relação aos dependentes, os documentos previstos no art. 9º. NT Concessão de Ajuda de Custo (MPS) 3

9. Verifica-se, ainda, que o valor da indenização de ajuda de custo será calculado com base na remuneração de origem, percebida pelo servidor no mês em que ocorrer o deslocamento para a nova sede. Ademais, o art. 13 da Orientação Normativa nº 03, de 2013 determina que a ajuda de custo corresponderá a uma remuneração, caso o servidor não possua dependentes ou possua um dependente, a duas remunerações, caso o servidor possua dois dependentes e a três remunerações, caso o servidor possua três ou mais dependentes. Diárias 10. No que se refere às diárias, há de se destacar que são indenizações devidas ao servidor que, a serviço, se deslocar, em caráter eventual e transitório, do órgão ou entidade no qual tem exercício, para outro ponto do território nacional ou do exterior, conforme disposto no art. 58 da Lei nº 8.112, de 1990. 11. À concessão de diárias no âmbito do serviço público federal tem por escopo cobrir as despesas de hospedagem, alimentação e locomoção urbana dos servidores que, a serviço, se afastam da sede em caráter eventual ou transitório, em decorrência da necessidade do serviço ou para participar de evento de interesse da Administração Pública, para outro ponto do território nacional ou exterior. 12. O Decreto nº 5.992, de 19 de dezembro de 2006, regulamentou o art. 58 da Lei nº 8.112, de 1990, e em seus arts. 1º e 2º estabeleceu que as diárias serão concedidas da por dia de afastamento da sede do serviço, destinando-se a indenizar o servidor por despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana. 13. Salienta-se que o fato gerador para o pagamento da diária em sua integralidade é o pernoite fora da sede do órgão, sendo devida pela metade do seu valor quando tal situação não ocorrer, desde que atenda as situações elencadas no art. 2º do Decreto supra. 14. No que se refere à percepção de limite máximo para à concessão de diárias, a Consultoria Jurídica do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por meio do Parecer n 0336-3.13/2009/MP/CONJUR/PLS, exarou o seguinte entendimento: NT Concessão de Ajuda de Custo (MPS) 4

4. Do exame dessas normas depreende-se que não foi fixado limite máximo quanto ao número de diárias que podem ser concedidas a um só servidor em razão de determinado evento, o que leva à conclusão no sentido de que enquanto o afastamento do servidor obedecer aos requisitos legais, ser-lhe-á devido o pagamento de diárias. [...] 6. A respeito da questão em exame, o Tribunal de Contas da União, em acórdão de relatoria do Ministro Guilherme Palmeira, ao discutir a liberação de servidora do seu quadro para a participação de curso com duração de 9 (nove) meses na Escola Superior de Guerra, não fez qualquer menção à existência de limite quanto ao número de diárias, ressaltando apenas o alto custo da referida liberação e assentando que cabe ao órgão ao qual pertence o servidor indicado, de acordo com suas normas internas de capacitação e mediante juízo de conveniência e oportunidade, decidir sobre a participação desse servidor convidado em curso da Escola Superior de Guerra. [...] 8. Ante o exposto, imperioso reconhecer que, no âmbito do Poder Executivo da Administração Pública Federal, inexiste norma fixando número máximo de diárias relativamente à presente hipótese, de servidor participante de curso na Escola Superior de Guerra, cabendo esclarecer que no caso de viagem ao exterior no decorrer do curso e em razão dele, a diária deve ser concedida com base no Decreto n 91.800/85. 15. Por todo o exposto entende-se o seguinte: a) O servidor de outra sede, já instalado em domicílio em que vier a ser designado para exercer função de confiança fará jus à ajuda de custo? Resp.: A ajuda de custo será devida ao servidor, que, no interesse da Administração, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio, em caráter permanente, de modo a compensar as despesas de instalação. Significa dizer que se não houver despesas geradas com mudança de domicílio do servidor, não se justifica o pagamento da ajuda de custo, uma vez que inexiste prejuízo a ser compensado por essa espécie indenizatória. (vide Notas Técnicas nºs 198/2010 e 413/2011/CGNOR/DENOP/SRH/MP) b) As diárias recebidas, quando convocado por período relativamente longo, e que teria financiado a instalação do servidor e de seus dependentes, bem como os gastos com transporte, não supririam a finalidade da ajuda de custo? Resp.: Diárias e ajuda de custo são indenizações devidos ao servidor, mas com finalidades distintas. As diárias são concedidas quando o servidor, por interesse da Administração Pública, se desloca da sua sede para prestar serviço em outra localidade, em caráter NT Concessão de Ajuda de Custo (MPS) 5

temporário, e, nos moldes da legislação vigente, não foi fixado um limite máximo quanto ao número de diárias que podem ser concedidas a um servidor. Por outro lado, a ajuda de custo é concedida para custear as despesas de instalação do servidor que muda seu domicílio em caráter permanente, por interesse da Administração Pública, para nova sede. Assim, o servidor poderá requerer a concessão da ajuda de custo nas seguintes hipóteses, desde que haja mudança de domicílio: redistribuição; remoção ex-officio; nomeação para cargo em comissão ou função de confiança; exoneração exofficio de cargo em comissão ou função de confiança cuja nomeação tenha exigido seu deslocamento inicial, ainda que o novo deslocamento seja para localidade diversa da de origem; e requisição. Desse modo, cumpre-nos observar: I) O fato de o servidor estar percebendo diárias por um período relativamente longo não constitui óbice para o pagamento da ajuda de custo, desde que os requisitos para a sua concessão estejam presentes, quais sejam, compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente; II) As diárias são devidas ao servidor para cobrir as despesas de hospedagem, alimentação e locomoção urbana que, a serviço, se afasta da sede em caráter eventual ou transitório, em decorrência da necessidade do serviço ou para participar de evento de interesse da Administração Pública, para outro ponto do território nacional ou exterior, e não para financiar a instalação dos dependentes do servidor, não suprindo, desse modo, a finalidade da indenização de ajuda de custo. c) O transporte do mobiliário e as passagens que compõem a ajuda de custo são direitos renunciáveis? Em caso positivo, tal renúncia deve constar de um termo/ato específico? Resp.: Sobre o assunto, caberá à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Previdência Social observar o que dispõe a Nota Informativa NT Concessão de Ajuda de Custo (MPS) 6

270/2013/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, a qual firmou o entendimento pela possibilidade de renúncia à percepção da ajuda de custo, uma vez que tal indenização é um direito patrimonial disponível do servidor. Todavia, referida renúncia será espontânea e formalizada por escrito pelo próprio servidor. d) A administração pode condicionar o pagamento da ajuda de custo à comprovação de despesas havidas com a instalação do servidor e de seus dependentes na nova sede? Resp.: A ajuda de custo será devida ao servidor, que, no interesse da Administração, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio, em caráter permanente, de modo a compensar as despesas de instalação do servidor. Assim, o pagamento de tal indenização só se justifica quando houver despesas para instalação em nova sede, decorrentes da mudança do servidor. (vide Nota Técnica nº 80/2012/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP). No que se refere aos seus dependentes, a Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Previdência Social deverá observar o que dispõe o art.10 da Orientação Normativa nº 03, de 2013. e) Como poderia ser comprovada a instalação do servidor em caráter permanente na nova sede? Poderia ser exigido comprovante de endereço residencial, por exemplo, contrato de locação de imóvel, contas de água, luz e telefone em nome do servidor ou de qualquer outro meio capaz de imprimir convicção de que o servidor efetivamente se instalou na nova sede? Resp.: Caberá à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Previdência Social observar o que estabelecem os arts. 5º, 6º e 9º da Orientação Normativa nº 03, de 2013, quanto aos documentos necessários que deverão acompanhar o requerimento do servidor para a concessão da ajuda de custo. f) Em relação aos dependentes, particularmente, aos filhos em idade escolar, poderia ser exigida a comprovação de matrícula em estabelecimento de ensino na nova sede? Rep.: Sobre o questionamento posto em voga, há que ser observar que a exigência para a comprovação de matrícula em estabelecimento de ensino na nova sede aplica-se somente ao dependente maior de 18 anos e menor de 24 anos que seja estudante de nível superior, e NT Concessão de Ajuda de Custo (MPS) 7

que não exerça atividade remunerada. Assim, quanto ao dependente que não atingiu a maioridade, não há previsão de tal exigência. Diante disso, caberá à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Previdência Social observar as disposições dos arts. 8º e 9º da Orientação Normativa nº 03, de 2013, quanto aos documentos comprobatórios da condição de dependente para a concessão da ajuda de custo ao servidor. g) A apresentação de cartão de embarque do servidor e de seus dependentes é suficiente para se concluir pela exigência de viagem, mudança e instalação em caráter permanente do servidor e de seus dependentes na nova sede, e, consequentemente, pelo pagamento da ajuda de custo? Resp.: Sobre o questionamento acima, têm-se que: I) a ajuda de custo e de transporte somente será concedida em relação aos dependentes que vierem a se transferir para a nova sede no prazo de 12 (meses) contados da data do deslocamento inicial do servidor. (vide art. 10 da Orientação Normativa nº 03, de 2013); II) na hipótese do dependente não acompanhar o servidor no seu deslocamento inicial, o servidor deverá informar o fato e os motivos ao respectivo órgão de pessoal, a fim de que a ajuda de custo e de transporte em relação a este dependente seja paga no momento do seu efetivo deslocamento; III) caso os dependentes se desloquem junto com o servidor, este poderá perceber a indenização na sua integralidade, ou seja: a ajuda de custo corresponderá a uma remuneração, caso o servidor possua um dependente, a duas remunerações, caso o servidor possua dois dependentes e a três remunerações, caso o servidor possua três ou mais dependentes, bem como ter suas despesas com transporte e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e mobiliário, custeadas pela administração; e IV) por fim, é de competência da área de recursos humanos dos órgãos e entidades integrantes do SIPEC, verificar, caso a caso, aquele que atende às NT Concessão de Ajuda de Custo (MPS) 8

regras vigentes para a concessão da ajuda de custo, inclusive no que se refere à documentação necessária à comprovação de instalação do servidor em caráter permanente na nova sede. h) O fato de o servidor estar desenvolvendo suas atividades na nova sede, por si só, é bastante para a administração concluir pela mudança de seu domicílio e de seus dependentes, em caráter permanente, logo, pela existência de despesas de instalação e, consequentemente, pelo pagamento da ajuda de custo? Resp.: o servidor poderá requerer a concessão da ajuda de custo nas seguintes hipóteses, desde que haja mudança de domicílio: redistribuição; remoção ex-officio; nomeação para cargo em comissão ou função de confiança; exoneração ex-officio de cargo em comissão ou função de confiança cuja nomeação tenha exigido seu deslocamento inicial, ainda que o novo deslocamento seja para localidade diversa da de origem; e requisição. Assim, no requerimento do servidor, há que constar os seguintes documentos para a concessão da ajuda de custo: I) cópia da publicação em meio oficial do ato que fundamentou o deslocamento do servidor; II) comprovante de residência do servidor; e III) em relação aos dependentes, os documentos previstos no art. 9º da Orientação Normativa nº 03, de 2012. Isto posto, é de competência da área de recursos humanos dos órgãos e entidades integrantes do SIPEC, verificar, caso a caso, aquele que atende às regras vigentes quanto a concessão da ajuda de custo, inclusive no que se refere à documentação necessária à comprovação de instalação do servidor em caráter permanente na nova sede. CONCLUSÃO 16. Diante disto, conclui-se que: i) A ajuda de custo será devida ao servidor, que, no interesse da Administração, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio, em caráter permanente, de modo a compensar as despesas de instalação do servidor; ii) o servidor poderá requerer a concessão da ajuda de custo nas seguintes hipóteses, desde que haja mudança de domicílio: redistribuição; remoção ex-officio; nomeação para cargo em comissão ou função de confiança; exoneração ex-officio de cargo em comissão ou função de confiança cuja nomeação tenha exigido seu deslocamento NT Concessão de Ajuda de Custo (MPS) 9

inicial, ainda que o novo deslocamento seja para localidade diversa da de origem; e requisição; iii) é de competência da área de recursos humanos dos órgãos e entidades integrantes do SIPEC, a quem cabe verificar, caso a caso, aquele que atende às regras vigentes para a concessão da ajuda de custo, inclusive no que se refere à documentação necessária à comprovação de instalação do servidor em caráter permanente na nova sede. 17. Pela restituição dos autos à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Previdência Social, para conhecimento e providências de sua alçada. À consideração da Senhora Coordenadora-Geral. Brasília, 21 de março de 2014. MARCIA ALVES DE ASSIS Chefe da Divisão de Direitos, Vantagens, Licenças e Afastamentos De acordo. À consideração do Senhor Diretor para apreciação. Brasília, 21 de março de 2014. ANA CRISTINA SÁ TELES D ÁVILA Coordenadora-Geral de Aplicação das Normas Aprovo. Encaminhe-se à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Previdência Social, conforme proposto. Brasília, 21 de março de 2014. ROGÉRIO XAVIER ROCHA Diretor do Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais de Pessoal NT Concessão de Ajuda de Custo (MPS) 10