Aula 06 Vídeo de bolso: edição
EDITAR Existem vários tipos de programas de edição de vídeo, alguns no próprio celular ou tableta, ou em computadores, em todos os sistemas operacionais. Dependendo da proposta, a edição do vídeo pode exigir uma edição mais simples ou complexa: Edição simples: só tem uma linha de tempo (canal), para um vídeo e um áudio (às vezes dois). Permite fazer cortes, aplicar efeitos, às vezes mexer na velocidade do vídeo, criar transições, inserir títulos e legendas. Programas: Windows Movie Maker, imovie, VirtualDub, QuickTime Pro e outros programas para celulares e tabletas. Também entrariam nesta categoria as plataformas de edição online, como Kaltura ou o próprio YouTube. Edição complexa: São programas profissionais e semi-profissionais que permitem ter vários canais simultâneos de áudio e vídeo, aplicando efeitos controlados por tempo, transparências, efeitos de movimento, de áudio, títulos dinâmicos e outras funções que se podem instalar com plugins, como estabilizador de imagem ou efeitos especiais. Programas: Adobe Premiere, Final Cut, Sony Vegas, Cinelerra, AVID, After Effects... Programas de edição de áudio: Audacity (Windows/OsX/ Linux) livre; SoundForge (Windows/OsX) proprietário; Ableton Live (Windows/OsX) proprietário; Às vezes fazer um vídeo com um celular pode perder o sentido essa facilidade inicial se para editar ele tem que passar por todas as fases habituais da edição. Para evitar a transferência do arquivo para o computador para poder editá-lo e às vezes ter que converter ele para um determinado formato, recomendase editar no próprio celular se for possível ou editar na gravação: gravando um plano-seqüência ou usando o botão de pausa/play que fará uma edição com cortes secos que estará pronta ao finalizar a gravação. Tutoriais e sites sobre programas Estúdio livre: projeto direcionado a plataformas livres com tutoriais, referências de programas e equipamentos, hospedagem de arquivos... http://www.estudiolivre.org/tiki-browse_ freetags.php?tag=tutorial
Passos para edição de vídeo 1) Descarregar os arquivos da câmera. Esse processo é diferente para cada dispositivo, modelo e computador, com diversas possibilidades de conexão: via cabo USB, com um leitor para cartões SD ou outros tipos, via Bluetooth, via WiFi ou até via infravermelho. 2) Organizar arquivos Uma vez descarregados, se recomenda organizar em pastas (às vezes por tipos, formatos ou tamanhos), renomear os arquivos com nomes reconhecíveis e apagar os arquivos errados ou com defeitos que não sejam usados. Dependendo da importância do material capturado, é recomendável fazer cópias de segurança periodicamente dos arquivos, para poder manipular eles com mais liberdade. Salvar o projeto É recomendável salvar o projeto cada pouco tempo, e com versoes numeradas cada certo tempo, para manter cópias de segurança. Normalmente se faz com o comando Ctrl + S. 3) Criar o projeto O projeto deve de ser criado com as melhores qualidades possíveis e de acordo com o material capturado e tendo em conta as necessidades finais do projeto. O formato em que foram feitos os vídeos pode ser visto, uma vez importado em cada programa, nas propriedades dos clipes, ou com os reprodutores (como VLC, Quicktime, Windows Media Player...) habituais, na opção do menu de propriedades do arquivo. 4) Importar e pré-editar arquivos: vídeos, fotos, áudios... Importar os arquivos para o pré-visualizador, e fazer as seleções dentro desses arquivos, cortando os vídeos e jogando eles para a linha do tempo, ainda sem a ordem final, fazendo uma pré-edição, chamada também de Atalhos de teclado A maioria dos programas existem atalhos de teclado, normalmente padronizados, que facilitam as tarefas repetitivas de edição: tocar/ parar (barra espaciadora), marcar início (i de in, entrada) e marcar fim (o, de out, saida) de uma seleção, arrastar para a linha do tempo (com a vírgula:, ), e como na maioria dos programas Ctrl+Z para desfazer. Também usam as setas do teclado para navegar entre os clipes e atalhos para trocar a ferramenta selecionada. decupagem. Esse processo pode ser feito com o mouse, selecionando o início e o fim do clipe, e arrastando para a linha do tempo ou com atalhos de teclado.
O Windows Movie Maker, da Microsoft, trabalha basicamente com os formatos WMV, assim como o imovie, da Apple, usa o formato MOV, sendo necessário convertes arquivos em outros formatos para esse. Formatos (in)compatíveis Alguns arquivos podem não ser aceitos na hora da importação, pelo programa não entender esse tipo de arquivos. Para solucionar esse problema existem duas possibilidades normalmente: instalar no programa ou no sistema o codec (do arquivo a importar) se for possível ou converter o arquivo para um formato que seja entendido pelo programa. Verificar o manual do programa ou páginas na internet para saber os tipos de formatos aceitados por cada programa. Que formato usar para editar? Mesmo com formatos compatíveis, dependendo das configurações do computador (principalmente da memória RAM), há alguns programas travam na hora de reproduzir o vídeo, ou o reproduz com dificuldades. O ideal é sempre trabalhar com os arquivos na melhor qualidade Software SUPER (Windows) Conversor multimídia multiformato http://www.erightsoft.com/super.html possível, porém o formato do arquivo, se estiver muito comprimido, pode atrapalhar na reprodução e edição do vídeo, quando mais Software Mpeg Streamclip Conversor multimídia multiformato multiplataforma http://www.squared5.com comprimido estiver, o computador precisará de mais tempo para descomprimi-lo cada vez que se reproduz, e mais se são aplicados efeitos. Para solucionar ou minimizar esse problema se pode converter os arquivos comprimidos (mp4, divx, 3gp...) para um formato com menos compressão (avi, mov...), gerando um arquivo maior que será reproduzido mais facilmente, e não perderão muita qualidade. O mesmo se aplica também para arquivos de áudio sendo os mais comprimidos MP3 ou AAC e os menos WAV ou AIF.
5) Montagem: organizar os cortes criados Aqui é a parte mais delicada e importante, onde se cria o significado final que se quer dar ao vídeo, organizando as seleções feitas dentre os clipes gravados, com uma ordem lógica, narrativa, que facilite a compreensão das ideias e sentimentos que se querem transmitir, nos tempos certos para cada cena. Nesta parte do processo se aparam as partes do vídeo que sobram, como se fosse um escultor que parte de uma pedra bruta da qual vai tirando as partes não necessárias, se trabalha principalmente com o tempo, a duração, por exemplo acelerando ou diminuindo (slow motion) a velocidade do vídeo. Uma vez arrastados os clipes na linha do tempo, podem ser editados diretamente nela, arrastando o início ou o fim do clipe para as durações desejadas e alterando a ordem dos clipes. Também se faz ao mesmo tempo a montagem do áudio, inserindo os diferentes sons que compõem a trilha sonora, acertando possíveis diferenças entre o áudio e o vídeo (problemas de sincronia labial), e colocando diferentes imagens para um som, ou vários sons para uma imagem, mesclar áudio e vídeo, dependendo da proposta e do material gravado. 6) Finalização: acabamento Uma vez acertados os cortes e a ordem deles, junto com a trilha sonora, resta: - mudar os tamanhos dos vídeos segundo corresponda; - aplicar os efeitos (chroma key e transparências, estabilização, efei-
tos especiais) e a correção de cores (contraste, brilho, saturação, níveis) sobre os clipes; - criar as transições (efeitos aplicados entre dois clipes, na transição de um para o outro) desejadas (fade in/out, transparência, etc); - inserir títulos (estáticos ou animados), letreiros (entre uma cena e outra, como no cinema mudo), legendas e créditos (com a ficha técnica do vídeo), se necessário. - limpar o áudio de sons indesejados, ajustar os volumes para fazer uma mixagem final equilibrando as músicas, diálogos e efeitos sonoros. Normalmente os programas de edição de vídeo são limitados para a edição de áudio, o que pode ser feito em um programa próprio para áudio; Todos esses recursos e as configurações variam de um programa a outro, e até existem programas especializados para cada tarefa, de todos os tipos e plataformas, gratuitos e pagos. Efeitos ou Filtros ou Plugins São manipulações nas imagens e sons para realizar correções de cor e efeitos especiais. Não é bom abusar, só aplicando eles quando for estritamente necessário. Para evitar o abuso se podem prever Normalmente os efeitos e as transições se aplicam arrastando o efeito desejado encima do clipe. essas situações no desenvolvimento do roteiro e durante a gravação, como uma certa iluminação ou um certo enquadramento ou movimento de câmera, para conseguir o máximo do efeito desejado na captação e o mínimo no computador. Assim se agilizam os processos e dão mais autenticidade à cena, como reproduzir a música da trilha sonora durante a gravação ou colocar lentes especias na câmera, ou
trabalhar com movimentos de câmera mais arriscados em lugar de animações feitas no computador. Muitos efeitos dificultam a tarefa de edição, deixando o vídeo mais lento, e podem piorar a qualidade final do vídeo, já que são manipulações digitais sobre as imagens que não sempre melhoram a imagem. Usar poucos efeitos, escolhendo um ou alguns poucos e aplicando eles durante todo o filme, em lugar de muitos efeitos diferentes. Transições Na montagem, uma transição (também chamado de wipe, barrido) é um efeito de mudança gradual de uma imagem para outra. Uma imagem é substituída por outra com uma margem distinta que forma uma figura. Uma margem simples, um círculo estendido ou o ato de virar uma página são todos exemplos de transições. - Corte Seco: não há nenhum transição, se passa de uma imagem a outra diretamente; - Fade-out: é o gradativo escurecimento da imagem, até o preto total, em oposição ao fade-in. Esses recursos, usados juntos ou isolados, servem a diversos fins. Por exemplo, o par fade-out fade-in é muito empregado, especialmente nos filmes estadunidenses clássicos, para demarcar a passagem de uma seqüência a outra. - Fade-in: é a gradativa aparição da imagem, a partir da tela escura, em oposição ao fade-out. - Fusão: consiste na passagem gradativa, com sobreposição, de uma imagem para outra. Assemelha-se ao fade-in e ao fade-out, mas estes mudam de uma imagem para o escuro ou vice-versa, enquanto a fusão ocorre entre duas imagens.
Legendas As legendas resultam vitais para o entendimento de filmes falados em outras línguas, quando acontecem muitas gírias e regionalismos, Existem programas especias para gerenciar as legendas, como o programa livre Workshop (http://subtitle-workshop.softonic.com.br) por deficientes auditivos, ou em momentos com uma qualidade ruim do áudio, que dificulte a compreensão. As legendas não precisam ser literais, sintetizando numa frase o conteúdo de uma fala, e devem de ser pensadas especificamente quando sejam para telas pequenas (celulares, mp4...). As legendas não podem ser muito pequenas nessas telas, para facilitar a leitura, além do problema de serem vídeos muito comprimidos, o que a dificulta também a compreensão. O Título Recomenda-se esperar à finalização do vídeo para colocar o título. Em vídeos de bolso, curtos, para internet, o título tem uma importância ainda maior que em outro tipo de formatos, sendo muitas vezes a própria introdução da história e uma das características mais importantes para ser assistido ou não dentro da quantidade de vídeos online. Melhor usar títulos interessantes, que situem a história dentro do contexto e evitar que conte o final do filme, para criar mais atenção. Idealmente, colocar o nome do filme, junto com o autor e outras informações no nome do arquivo. 7) Exportação O último processo a fazer na edição de um vídeo é exportar com a maior qualidade possível, e depois converter com algum programa especializado (conversor) para outros formatos mais comprimidos Batch Encode (processamento em lote) Quando se precisam exportar vários vídeos, alguns programas de edição ou conversores permitem criar uma fileira de exportação, exportando vários vídeos e em vários formatos, um após o outro automaticamente.
para determinadas mídias (DVD, internet, celular, baixa qualidade...), às vezes feito com o próprio programa de edição. A duração dependerá da capacidade de processamento do computador. Softwares e Vídeo-tutoriais de edição Windows Movie Maker // grátis (Windows) - Download do Windows Movie Maker http://windows-movie-maker.softonic.com.br http://www.youtube.com/results?search_query=windows+movie+mak er+tutorial imovie // grátis (Mac) http://www.youtube.com/results?search_query=imovie+tutorial VirtualDub // livre (Windows) - Download e Documentação do projeto VirtualDub / em inglês www. virtualdub.org/virtualdub_docs.html www.youtube.com/results?search_query=virtualdub Cinelerra // livre (Linux) - Tutorias e comunidade no Estúdio Livre www.estudiolivre.org/tiki-index.php?page=cinelerra - Página do Cinelerra na Wikipedia pt.wikipedia.org/wiki/cinelerra www.youtube.com/results?search_query=cinelerra Adobe Premiere // proprietário (Windows/Mac) - Download da última versão de prova do Adobe Premiere Pro CS6 http://www.adobe.com/products/premiere.html www.youtube.com/results?search_query=premiere%20tutorial
Sonic Vegas // proprietário (Windows/Mac) - Download da última versão de prova do Sonic Vegas http://www.sonycreativesoftware.com - Tutorias do Sonic Vegas / em português http://www.sonyvegas.com.br www.youtube.com/results?search_query=sonic+vegas+tutorial Apple Final Cut // proprietário (Mac) - Download de versão de prova do Final Cut http://www.apple.com/br/finalcutpro/ - Vídeo-tutoriais no YouTube / vários idiomas http://www.youtube.com/results?search_query=tutorial+final+cut Adobe After Effects // proprietário (Windows/Mac) - Download da última versão de prova do Adobe After Effects Pro http://www.adobe.com/products/aftereffects.html - Vídeo-tutoriais de After Effects no YouTube / vários idiomas http://www.youtube.com/results?search_query=after+effects+tutorial