ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA QUINTA DAS VIOLETAS ENTRE CAMINHOS CASTELO BRANCO



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Transcrição:

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN QUINT DS VIOLETS ENTRE CMINOS CSTELO BRNCO

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN CSTELO BRNCO Índice Nota Introdutória... 3 Objectivos Genéricos da Reabilitação Urbana... 4 Plano Geral de Urbanização e Loteamentos nteriores... 4 Área de Intervenção... 5 Objectivos Estratégicos da Reabilitação Urbana... 7 Proposta... 8 Calendarização dos Investimentos... 11 nexo... 12 Planta do Limite de Intervenção à escala 1:5000 (enquadramento)... 13 nexo B... 14 Planta do Limite de Intervenção à escala 1:1000... 15 Município de Castelo Branco Página 2 de 15

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN CSTELO BRNCO NOT INTRODUTÓRI O conceito prático de ambiente tem-se alargado e evoluído nas últimas décadas, de uma abordagem restringida ao ambiente físico e ecológico para outra, mais abrangente, de sustentabilidade urbana, com o objectivo de desenvolver politicas concertadas que respondam à qualificação e equilíbrio em face da acelerada concentração espacial de pessoas e actividades nos centros urbanos. Neste contexto, a Câmara Municipal de Castelo Branco tem vindo desenvolver projectos, apostando numa melhor integração do edificado no ambiente natural, através de uma boa conciliação entre concentração urbana e a natureza envolvente. ssim, nestes últimos anos, tem-se vindo a promover a qualificação ambiental e urbanística dos espaços urbanos. Este esforço tem incidido sobretudo em duas vertentes: i. Requalificação dos espaços públicos, com extensos projectos de renovação de pavimentos, áreas verdes, iluminação e mobiliário urbano ii. Preservação da imagem do espaço construído. Os resultados mais visíveis destas intervenções, pela sua dimensão e centralidade, foram as obras executadas no âmbito do Programa Polis, que abrangeu a totalidade da Zona istórica da Cidade, quer através do respectivo Plano de Pormenor, para suporte da gestão urbanística, quer pela realização de extensas obras de requalificação de espaços públicos. No entanto, outros projectos e obras de menor visibilidade desenvolvidas em várias zonas da cidade têm contribuído para os mesmos objectivos. Encontrando-se os projectos e intervenções da zona história e da parte mais central da cidade com elevados níveis de concretização, entende a Câmara Municipal que é igualmente importante intervir nas áreas urbanas de expansão, onde se concentra uma estrutura populacional mais jovem e com famílias geralmente de maior dimensão. É neste sentido que defendemos que devem ser desenvolvidos projectos de reabilitação urbana que promovam a coesão da cidade, tendo naturalmente presente que as práticas de consumo e convívio nos últimos anos se foram alterando e que a cidade deve dar resposta aos movimentos que hoje se cruzam e se multiplicam. área a sujeitar a intervenção localiza-se na parte Noroeste da cidade e corresponde a um espaço formado pela Quinta das Violetas e pelo Entre Caminhos, com a área aproximada cerca de 131.854m 2. Município de Castelo Branco Página 3 de 15

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN CSTELO BRNCO OS OBJECTIVOS GENÉRICOS D REBILITÇÃO URBN partir de meados do século XX surgiram diferentes modos de pensar e desenvolver as cidades, sendo que a partir dos anos 60 e 70 a forma urbana não era gerada a partir da produção de estrutura de espaço público, tendo como consequência a existência de espaços públicos desadequados e sem qualidade. No entanto, só a partir dos anos 80/90 esta maneira de planear sofreu alterações devido à concorrência urbana e com esta a necessidade da criação de espaços de excelência rumo a uma qualidade de vida urbana e um pensamento sustentável da mesma. ssim, o espaço público passou a ser considerado como um elemento de competitividade entre as cidades, já que se elevou o padrão cultural de expectativas e os termos comparativos da qualidade de vida. qualificação do espaço público assenta assim em várias vertentes tais como: Fomentar a utilização regular e responsável dos espaços públicos, Incrementar a acção social de modo a incentivar o convívio e a troca de experiências, Valorizar a memória da cidade, incutindo a divulgação e promoção da actividade cultural, Garantir um espaço público inclusivo e com adequado equipamento urbano, que assegure a mobilidade, sem restrições de acesso, a todos os cidadãos, ssegurar a continuidade e complementaridade dos espaços públicos. Por via desta nova forma de olhar o espaço público assiste-se, no final do Século XX, por um lado, a uma valorização dos espaços públicos como elementos centrais dos projectos urbanos e, por outro, a uma tomada de consciência de que o espaço público, como gerador de dinâmicas quotidianas essenciais pode ser um instrumento importante e profícuo de coesão social no desenvolvimento da cidade. Os espaços públicos e/ou os espaços verdes desempenham, nesta óptica, funções fundamentais no tecido urbano em termos de conforto dos factores ambientais (radiações solares, ruído, etc.), cultura, património, lazer e recreio, de enquadramento e de suporte duma rede de percursos pedonais e mesmo de ciclovias. ssim se compreende a ideia que está presente no conceito de qualidade do ambiente que é definido na Lei de Bases do mbiente como sendo a adequabilidade de todos os seus componentes às necessidades do homem PLNO GERL DE URBNIZÇÃO E LOTEMENTOS NTERIORES O PGU da cidade de Castelo Branco foi iniciado, nos seus primeiros levantamentos, em 1982 e veio a ser publicado no Diário da República, II Série, n.º 73 de 28 de Março de 1991 Município de Castelo Branco Página 4 de 15

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN CSTELO BRNCO e Diário da República, II Série, n.º 301, de 31 de Dezembro, de 1991, data a partir da qual entrou em vigor. implementação do PGU desenvolveu-se a bom ritmo, verificando-se que ao nível mais detalhado foram desenvolvidos planos de pormenor, os quais se revelaram fundamentais para a gestão e qualificação do ambiente urbano. Como resultado desta política, a cidade dispõe actualmente de 16 planos de pormenor plenamente eficazes, existindo outros planos em curso de elaboração. Todavia, ainda em fases anteriores ao PGU, no início doa anos 80, foram desenvolvidos e implementados projectos de loteamento nalgumas zonas da cidade. Foi nesta época em que se consolidava, por um lado, a zona mais central e em que se perspectivava, por outro, uma significativa expansão da mesma, que surgiram novas frentes urbanas que vieram a constituir zonas urbanas de expansão dentro do próprio perímetro urbano da cidade de Castelo Branco. O inicio da urbanização que se pretende reabilitar na presente intervenção, respeitante a um quarteirão da Quinta das Violetas, data então da década de oitenta, como a seguir se passa a descrever. ÁRE DE INTERVENÇÃO Conforme foi referido, a área de intervenção, cerca de 131.854m 2, localiza-se a Noroeste da cidade de Castelo Branco e encontra-se delimitada nas plantas dos anexos e B. Município de Castelo Branco Página 5 de 15

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN CSTELO BRNCO O processo de inicio da área urbana da Quinta das Violetas remonta a 1984, com a aprovação do alvará de loteamento n.º 142, de 5 de Setembro de 1984, o qual viria posteriormente a ser alterado, tratando-se de pequenas alterações. Do projecto de loteamento constavam: 68 Lotes para habitação, representando 40 moradias unifamiliares e 28 lotes para habitação colectiva; Um total de 491 fogos, que, a 3,5 habitantes previstos por fogo, totalizava uma estimativa populacional de 1718 habitantes; Áreas de cedência à câmara, assim distribuídas: 1 Lote para equipamento escolar, com 2.513,00m 2 ; 1 Lote para equipamento de recreio e lazer, com 1.500,00m 2 ; 1 Lote para equipamento público de saúde, com 4.400,00m 2 ; 1 Lote para reserva de equipamento escolar, com 21.800,00m 2 ; 1 Lote para reserva de equipamento, com 5.200,00m 2 ; 42.488m2 destinados a arruamentos, passeios e estacionamento público. Na década de 80, tanto as responsabilidades ao nível da execução das obras de urbanização, por parte dos loteadores, como as preocupações com a criação de espaços públicos de qualidade não igualavam as exigências actuais, razão pela qual estas urbanizações se desenvolveram minimizando custos e sem uma qualificação urbanística consentânea com os actuais padrões. O processo de loteamento inicial da área urbana Entre Caminhos remonta a 1981, quando o executivo aprovou uma proposta de loteamento, apresentada pela empresa grícola da Granja, Sociedade Civil, com sede em Lisboa, então proprietária dos terrenos em questão, que viria a ser modificada em 1982, tendo lugar um pedido de renovação em 18 de Dezembro de 1982, o qual viria a ser aprovado pela Câmara Municipal em 18 de Julho de 1983. Em Janeiro de 1990, a propriedade Entre Caminhos foi adquirida pela firma IMOLBI Sociedade de Construção Limitada, com sede em Castelo Branco. Foi a partir desta altura que o processo de construção se começou a desenvolver, após terem existido algumas alterações pontuais ao projecto de loteamento inicial. Do projecto de loteamento constavam: 11 Lotes para habitação colectiva, num total de 158 fogos, que, a 3,5 habitantes previstos por fogo, totalizava uma estimativa populacional de 553 habitantes para a área em estudo; 1 Lote para equipamento com 5.051,00m 2 ; 16.557m 2 destinados a áreas de cedência, os quais se destinavam a infra-estruturas, a áreas de utilização colectiva e a espaços verdes. Na década de 80, tanto as responsabilidades ao nível da execução das obras de urbanização, por parte dos loteadores, como as preocupações com a criação de espaços públicos de qualidade não igualavam as exigências actuais, razão pela qual estas urbanizações se desenvolveram minimizando custos e sem uma qualificação urbanística consentânea com os padrões actuais. Município de Castelo Branco Página 6 de 15

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN CSTELO BRNCO OBJECTIVOS ESTRTÉGICOS D REBILITÇÃO URBN Decorridos vários anos, as infra-estruturas, os espaços de utilização colectiva e os espaços verdes, executados à data em que decorreram as obras de urbanização, encontram-se em mau estado de conservação, pelo que urge encetar com urgência obras de conservação/requalificação destas áreas urbanas. É nesse sentido que a Câmara Municipal pretende apostar na Reabilitação Urbana de várias zonas da cidade, nomeadamente na Quinta das Violetas e em Entre Caminhos, com o objectivo de requalificar espaços públicos urbanos, cuja importância é indispensável à qualidade de vida dos habitantes, em particular, e ao equilíbrio ambiental, em geral, reforçando a necessidade de assegurar a igualdade de oportunidades aos cidadãos com mobilidade reduzida no acesso às infra-estruturas, equipamentos, serviços e funções urbanas. modernização das infra-estruturas urbanas que se pretendem realizar visam recuperar espaços urbanos funcionalmente obsoletos, promovendo o seu potencial para atrair funções urbanas inovadoras e competitivas. Promover-se-á também a melhoria geral da mobilidade, nomeadamente através de uma melhor gestão da via pública e dos demais espaços de circulação como sejam as vias pedonais e os passeios. O adiantado estado de concretização da edificabilidade nesta área urbana da cidade, que se encontra consolidada próximo dos 95%, e onde se prevê que residam actualmente cerca de 1600 habitantes, reúne condições para a requalificação urbana aqui proposta. O objectivo geral da presente área de reabilitação urbana sintetiza-se na implementação de obras de valorização urbana e ambiental da cidade, assegurando mecanismos que permitam contribuir para a atracção, fixação e sedentarização de população na região, contribuindo, deste modo, para o aumento do investimento privado e/ou público na região. Para além do mencionado anteriormente, com a implementação desta área de reabilitação urbana, pretendem-se atingir os seguintes objectivos: 1. Reforçar a dotação de equipamentos orientados para o recreio e lazer das camadas mais jovens da população; 2. Promover o desenvolvimento das capacidades cognitivas e físicas das crianças; 3. Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos utilizadores e da população em geral, através do aumento e da melhoria dos espaços de recreio e lazer; 4. Promover a qualidade e multifuncionalidade do espaço público urbano, criando-se condições para a revitalização da cidade. Nos capítulos seguintes apresenta-se a proposta a desenvolver, importando deste já realçar a acentuada vertente integrada em termos da qualificação das infra-estruturas, dos equipamentos e dos espaços verdes e urbanos de utilização colectiva, as vias pedonais e o estacionamento, com o objectivo de requalificar e revitalizar o tecido urbano, na medida em Município de Castelo Branco Página 7 de 15

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN CSTELO BRNCO que a reabilitação urbana se assume hoje como uma componente indispensável da política das cidades e da política de habitação, na medida em que nela convergem os objectivos de requalificação e revitalização das cidades, procurando-se um funcionamento globalmente mais harmonioso e sustentável. PROPOST Propomos pois a criação de uma Área de Reabilitação Urbana, ao abrigo do disposto no Decreto-Lei n.º 307/2009, de 23 de Outubro, que estabelece o regime jurídico da reabilitação urbana. Os limites são os definidos nas planta anexa (anexos e B), por ser nossa convicção que o desenvolvimento desta proposta contribui, de forma articulada, para a prossecução dos objectivos que descrevemos no capítulo anterior e vão de encontro ao conjunto das regras especiais consagradas no presente regime jurídico. Quinta das Violetas Nesta área pretende-se proceder à construção de um parque urbano e de recreio, a implementar num terreno, com uma área cerca de 20.345m 2, localizado no Bairro das Violetas, conforme plantas em anexo, promovendo o encontro e a visibilidade, bem como propiciar novas vivências. ssim, pretende-se a criação de uma zona de recreio e lazer, equipada com parque infantil, campo de jogos, circuito de manutenção, duas áreas de merendas, um anfiteatro de apoio à realização de eventos culturais e zona de desporto sénior, com o objectivo de valorizar em termos funcionais, ambientais e estéticos, a zona urbana adjacente, bem como servir de apoio e de complemento às actividades desenvolvidas pelo jardim-de-infância ali existente. No centro da urbanização, onde, actualmente, existe um campo de jogos, pretende-se a construção de um jardim, que será constituído por áreas pavimentadas, parque infantil e zonas verdes de enquadramento e recreio. malha de circulação pedonal a criar permite a existência de espaços de circulação e estadia, com pavimento em calçada miúda de calcário, estes últimos, equipados com bancos de madeira com costas. O parque infantil, terá uma área cerca de 550m 2, protegido por uma vedação, com pavimento em borracha sintética, no qual serão colocados aparelhos de recreio infantil destinados a diversas faixas etárias. Para se promoverem condições favoráveis de conforto aos utilizadores, irão ser colocadas árvores em caldeira no interior do parque, permitindo a existência de zonas de sombra. s zonas verdes distribuem-se por três áreas distintas: no centro, configura-se uma área com cerca de 125m 2, francamente arborizada com espécies folhosas; as duas restantes áreas verdes envolvem o campo de jogos e o futuro edifício de apoio. Município de Castelo Branco Página 8 de 15

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN CSTELO BRNCO Para a valorização dos percursos pedonais será colocado mobiliário urbano, tais como, papeleiras, bancos com costas e bebedouros, bem como será colocada iluminação pública. Para a zona verde em encosta, pretende-se a construção de um parque de recreio e lazer, que permitirá a prática de actividade física e desportos informais. localização deste parque terá uma grande importância na articulação entra as zonas baixas parque urbano periférico e alta da cidade, promovendo a utilização do espaço público do Bairro das Violetas, promovendo uma melhoria da paisagem urbana deste bairro. De referir que, toda esta zona se assume como um cenário importante face a um dos principais eixos rodoviários de Castelo Branco, a 23, pelo que, a sua requalificação terá consequências muito positivas na imagem da cidade, reforçando a estratégia de qualificação paisagística e ambiental do concelho de Castelo Branco que a Câmara Municipal tem vindo a promover desde há muito. Em termos de equipamentos, há ainda a salientar a construção de dois parques de merendas, pavimentados com cubos de granito, cada uma com quatro conjuntos de mesas e bancos corridos, localizados sob árvores de grande porte, a plantar em caldeira. Serão, também colocados mini-ecopontos. Numa das zonas intermédias do parque serão construídas três bancadas em pedra que, pela sua disposição, configuram um pequeno anfiteatro, que ficará voltado para uma das bolsas relvadas, com o objectivo de apoiar concertos e outros eventos de carácter lúdico e cultural. s zonas verdes que envolvem as áreas de estadia e de recreio infantil contribuirão, não só para a qualificação estática e ambiental do espaço, mas também de toda a zona urbana adjacente, elevando os padrões de qualidade de vida da população. Por outro lado, considerando que a área em causa será, rapidamente, uma estrutura verde arbórea-arbustivo/herbácea, pretende-se a instalação de um sistema de rede de rega, embora a sectorização projectada permita níveis de rega distintos, de acordo com as características e objectivos das várias zonas verdes definidas, bem como será colocada iluminação pública de modo a garantir melhores condições de segurança na utilização e/ou fruição. Numa fase posterior, na restante área da Quinta das Violetas, irá proceder-se à beneficiação dos diversos pavimentos, com a salvaguarda das caixas afectas às infra-estruturas existentes, uma vez que não se verificará alteração significativa de cotas altimétricas no tapete. Esta opção tem ainda em conta o fato de não se encontrar contemplada a alteração dos pontos e aparelhos de recolha de águas pluviais, bem como se irá proceder ao redimensionamento e valorização das áreas de estacionamento automóvel e á introdução de novas bolsas, com o intuito de aumentar a capacidade final de parqueamento para 419 lugares. Em termos paisagísticos, serão criadas zonas verdes de enquadramento e protecção e valorização das existentes, pelo que serão introduzidas árvores para ensombramento dos estacionamentos. Dada a reduzida largura de alguns passeios, e o elevado número de caixas de redes de infra-estruturas enterradas existentes, optou-se por considerar a plantação em caldeira de nível com o pavimento do estacionamento, afastadas de cerca de 10 m. Município de Castelo Branco Página 9 de 15

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN CSTELO BRNCO O desenho urbano de espaços devolutos fez surgir algumas bolsas verdes com a função essencialmente de enquadramento e protecção, os quais, para além de assegurarem cenários qualificados aos respectivos edifícios, deverão controlar ainda de forma eficaz o estacionamento indisciplinado, garantindo entradas francas e desimpedidas aos veículos que se dirigem para as garagens, ou para o parqueamento actualmente existente. Um dos aspectos importantes considerados na valorização do espaço pedonal foi o da introdução de mobiliário urbano, hoje praticamente inexistente. Desta forma, contemplou-se a implementação de bancos, bebedouros, papeleiras, pilaretes fixos e rebatíveis, estacionamentos para bicicletas, contentores para dejectos caninos, protectores para as árvores (presentes nas zonas de estacionamento), guardas, corrimãos, e mastros com pendões. Entre Caminhos Nesta zona, pretende-se a criação de um jardim, cuja implantação, embora condicionada pela topografia do terreno, dá origem a condições muito favoráveis em termos de conforto humano, encontrando-se em posição de anfiteatro exposto a sudoeste. O parque urbano e de recreio integra três zonas com características diferenciadas: jusante, junto ao jardim-de-infância, concentrou-se a principal área de estadia, a partir da qual se acede aos dois parques infantis a realizar. zona adjacente para montante será um relvado que permitirá a realização de actividades de recreio activo. última zona constitui uma faixa de protecção e enquadramento que contorna integralmente o relvado e faz a transição entre o parque urbano e os arruamentos envolventes. Em termos de acesso, ficarão a existir dois pontos de entrada e saída. O primeiro será a sul, no ponto de cota mais baixa, que terá uma largura franca, e dada na inclinação elevada com a Rua Dr. Francisco Robalo Guedes, o acesso será feito através de uma escadaria onde os degraus se desfazem gradualmente à medida que as cotas de entrada no parque urbano e do passeio se aproximam. O outro acesso localiza-se a norte e será constituído por um conjunto de degraus rampeados, amparados por muretes de suporte que permitam vencer os 4,5 metros de diferença de cota existente entre a EN 233 e a zona de estar e parques infantis. Os arruamentos adjacentes ao parque urbano e de recreio serão requalificados, designadamente o passeio pedonal da Rua Dr. Francisco Robalo Guedes. s áreas de estadia e recreio serão localizadas na parte mais plana do parque urbano, onde a zona pavimentada constituirá um palco de estadia e contemplação privilegiado, permitindo uma observação das zonas de actividades de recreio e lazer parques infantis e relvado. Na zona central, intersecta-se uma parte do relvado e do pavimento com uma bolsa francamente arborizada, ao longo da qual serão colocados bancos, criando-se, assim, mais um espaço de estadia e circulação pedonal. Os parques infantis serão localizados na zona mais baixa e plana do parque urbano, separados do muro do jardim-de-infância ali existente, por uma zona verde de enquadramento e protecção. Esta zona verde servirá para criar melhores condições de conforto na utilização do parque: sombras frescas no verão e níveis de radiação solar apropriados para as estações mais frias do ano. Município de Castelo Branco Página 10 de 15

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN CSTELO BRNCO O pavimento a colocar em ambos os parques será em borracha, amortecedor, e os aparelhos e/ou jogos infantis a instalar permitem um conjunto diversificado de actividades lúdicas e recreativas, promovendo o desenvolvimento das capacidades cognitivas e físicas das crianças. Na área do parque urbano será colocado mobiliário urbano, onde se destacam os bancos, bebedouros, papeleiras, guarda-corrimão e vedação, todos localizados em zonas apropriadas, quer em termos funcionais, quer estéticos. s zonas verdes que envolvem as áreas de estadia e de recreio infantil contribuirão, não só para a qualificação estática e ambiental do espaço, mas também de toda a zona urbana adjacente, elevando os padrões de qualidade de vida da população. De referir que, toda a área do parque urbano será dotado de rede de rega e de iluminação pública. CLENDRIZÇÃO DOS INVESTIMENTOS Quinta das Violetas: Início: Janeiro de 2011 Conclusão: Junho de 2012 Entre Caminhos: Início: Outubro de 2010 Conclusão: Outubro de 2011 Município de Castelo Branco Página 11 de 15

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN CSTELO BRNCO nexo Planta do Limite de Intervenção Escala: 1/5000 (enquadramento) Município de Castelo Branco Página 12 de 15

8 C 23 7 9 24 C 31 + 6 C 32 + 6 C C 34 + 6 C 30 + 6 C 29 + 6 C 28 + 6 31 55 32 /cv + 56 4 C 26 + 5 C 25 + 5 57 70 + 5 71 + 5 C 72 v+ 4 C 27 + 5 370,08 365,00 365,30 370,00 365,30 364,00 365,00 365,30 365,30 P53 P9 P54 P18 P24 14 34 15 59 16 60 36 37 17 61 7 11 4 v+ C +3 80+ 6 6 11+ 4 3 11 5 + + 1 62 81+ 6 19 9 11+ 6 + C +4 63 P46 P45 P44 P71- P75 P78 P71-B P52 P51 P71-D P108 P89 P36 P82 P87 P86 P33 P73 P3 P90 P84 P85 P48 P49 P60 P67 P5 P72 P79 P76 P50 18 4 11 + 5 20 83+ 5 82+ 6 +5 65 P23 P61 P68 P22 P27 P59 P66 P20 P26 P62 P69 P65 P4 P77 P118 P117 P74 P80 P109 P95 P83 P110 P96 P112 P92 P101- P122 P123 P121 P114 P103 P98 P115 P99 P116 P102 t. Es 5 T. 15 P. 3 22 3 12+ 5 45 68 69 91+ 4 B B5 +5 B6 +5 B7 +4 T. Proposta P. T. 7 10+ 4 B2 +5 +5 1 10+ 6 B4 +4 B1 +5 0 10 + 5 6 10+ 4 +5 B3 +5 8 13+ 6 RUBRIC 7 13+ 6 PROV. (Violetas) (Entre Caminhos) 9 13 + 6 + C 5 14+ 6 + C +5 1: 5000 1.0 01 DESENO ESCL FICEIRO CD DT FSE P. RUBRIC +4 P55 P8 PROJ. 58 115 + 4 112 + 5 111 + 5 B 13 + 5 B 12 + 5 B 11 + 6 +C +4 41 64 C 12 v+ 0 5 P111 P43 P41 P42 39 118 +4 76 +S 73 +4 + 1 74 + 4 75 + 4 B 14 + 5 +C 46 C 35 + 6 C 33 + 6 C 46 + 6 B 16 + 6 C 36 + 6 C 17 C 53 49 B 15 + 6 5 B C 8 v+ 55 25 24 C 45 + 6 P. T. 54 48 12 1 +5 B 10 21 C C 20 C 19 6 C 44 + 6 B C 9 v+ 5 T. C 38 + 6 C 37 + 6 C 18 C 43 + 6 47 + 5 22 52 C C 122 v+ 5 P. 370,08 C12 C 14 C 13 C 12 C 11 C 39 + 6 + 5 C 42 + 6 C 41 + 5 C 40 + 6 P. T. C 16 C 15 C 10 C9 C8 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 P25 P91 P47 P40 P38 P39 P14 P12 P88 P35 P34 P57 P19 P7 P81 P32 P31 P30 P29 P28 P16 P11 P13 P10 P15 P17 P56 P21 P58 P70 P63 P64 P71-C P2 P1 P37 P97 P100 P93 P113 P94 P101-B P105 P104 P107 P106 P119 P120 P124 P125 P126 365,00 C8 C10 23

ÁRE DE REBILITÇÃO URBN CSTELO BRNCO nexo B Planta do Limite de Intervenção Escala: 1/1000 Município de Castelo Branco Página 14 de 15

P1 P33 P34 P35 P36 P37 P49 P48 P83 P84 P85 P86 P87 P88 P89 P90 P95 P82 P108 P109 P38 P39 P40 P41 P42 P43 P44 P45 P47 P46 P91 P96 P110 P111 P92 P97 P100 P112 P113 P93 P98 P101- P103 P114 P94 P101-B P105 P99 P115 P102 P116 P117 P118 P119 P104 P106 P107 P120 P121 P122 P123 P124 P125 P126 C8 C10 C12 C 17 C 18 C 19 C 20 Câmara Municipal de Castelo Branco Área de Reabilitação Urbana FSE Proposta DT PROJ. PROV. FICEIRO CD RUBRIC RUBRIC ESCL Limite de Intervenção (Violetas) (Entre Caminhos) 1: 1000 1.0 DESENO 01