PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

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Transcrição:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO 01234 MUNICIPIO DE IBIUNA - SP E01º Sorteio do Projeto de Fiscalização a Partir de Sorteios Públicos Sorteio de Unidades Municipais 13/Agosto/2008 RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO 01234 MUNICIPIO DE IBIUNA - SP Trata o presente Relatório dos resultados dos exames realizados sobre as 001 Ações de Governo executados na base municipal de IBIUNA - SP em decorrência do E01º Evento do Projeto de Fiscalização a partir de Sorteios Públicos. 2. Os trabalhos foram realizados no período de 25Ago2008 a 30Set2008, e tiveram como objetivo analisar a aplicação dos recursos federais no Município sob a responsabilidade de órgãos federais, estaduais, municipais ou entidades legalmente habilitadas. 3. Cabe esclarecer que o Ministério Supervisor nos casos pertinentes, deverá adotar as providências corretivas necessárias, visando à consecução das políticas públicas, bem como á apuração das responsabilidades. 4. As Ações Governamentais que foram objeto das ações de fiscalização estão apresentadas a seguir, por Ministério Supervisor, discriminando, a quantidade de fiscalizações realizadas e os recursos aproximados aplicados: 56000 MINISTERIO DAS CIDADES PROGRAMA: FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIçO AÇÃO: Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 1

FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIçO QUANTIDADE DE O.S.: 1 VALOR: R$ 8.400.000,00 TOTAL DE O.S.: 1 VALOR TOTAL: R$ 8.400.000,00 5. Este relatório, destinado aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, gestores centrais dos programas de execução descentralizada, contempla as informações colhidas durante os trabalhos de fiscalização. DESCRIÇÃO: 1-56000 MINISTERIO DAS CIDADES 1.1 - PROGRAMA 0083 FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIçO AÇÃO : 0572 FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIçO OBJETIVO DA AÇÃO : SANEAMENTO PARA TODOS - Tem por objetivo promover a melhoria das condi ções de saúde e da qualidade de vida da população por meio de ações integradas e articuladas de saneamento básico no âmbito urbano com outras políticas setoriais, por meio de empreendimentos financiados ao setor público, destinado ao aumento da cobertura dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, saneamento integrado, desenvolvimento institucional, manejo de águas pluviais, manejo de res íduos sólidos, manejo de resíduos da construção e demolição, preservaç ão e recuperação de mananciais e estudos e projetos. ORDEM DE SERVIÇO : 216293 OBJETO FISCALIZAÇÃO: Implantacao de sistema de esgotamento sanitario no bairro Paruru. AGENTE EXECUTOR : IBIUNA PREFEITURA ORGAO PUBLICO DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL MONTANTE DE RECURSOS FINANCEIROS: R$ 8.400.000,00 1.1.1 INFORMAÇÃO: FATO: 1. Dados da operação Objeto: implantação de Sistema de Esgoto Sanitário (SES) no bairro Paruru, Ibiúna - SP. Número do Processo da Caixa: Registro nº 2573 0245.191-89/2008, referente à Carta Consulta nº 1249 do Programa Saneamento para Todos (Ministério das Cidades). Executora do empreendimento: SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Trata-se de uma empresa de economia mista, de capital aberto, que tem como principal acionista o Governo do Estado de São Paulo. É uma concessionária de serviços sanitários, responsável pelo planejamento, construção e operação de sistemas de água e esgoto (doméstico e industrial) em 366 municípios paulistas (fonte: www.sabesp.com.br <http://www.sabesp.com.br/>, em 05/09/2008). Valor do empreendimento: R$ 8.400.000,00, sendo R$ 7.980.000,00 Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 2

mediante financiamento da Caixa Econômica Federal, e R$ 420.000,00 (5%) a título de contrapartida pela mutuária (SABESP). O Município de Ibiúna encontra-se inserido na Bacia do Médio Tietê, sub-bacia do Alto Sorocaba. Com aproximadamente 74 mil habitantes, possui apenas uma estação de tratamento de esgoto, construída em 1980, denominada ETE Cachoeira. Os distritos de Piai e Paruru não contam com sistema de esgotamento sanitário. O esgoto é destinado a fossas sépticas individuais ou lançado diretamente nos diversos cursos d'água da região, que deságuam na represa de Itupararanga. Essa represa abastece diversos municípios do entorno, dentre os quais se destaca o Município de Sorocaba, com aproximadamente 560 mil habitantes. O projeto contempla o atendimento à população do distrito de até 33.739 habitantes (estimativa denominada de horizonte do projeto), com previsão de condições para tratamento de vazão de esgotos gerados até o ano de 2013, quando o sistema deverá ser ampliado para atender à vazão total no horizonte de planejamento. Os recursos serão provenientes do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, no âmbito do Programa Saneamento para Todos / PAC- 2008. Principais parâmetros econômico-financeiros da operação: - sistema de amortização: "price"; - tipo de operação: pós, indexado pela TR; - taxa de juros nominal: 6% a.a.; - prazo de carência: 38 meses; - prazo de amortização: 240 meses; - taxa de administração: 1,05% a.a; - taxa de risco de crédito: 0,3% a.a; e - tipo de garantia: tarifária. O empreendimento inclui estação de tratamento de esgoto, redes coletoras, coletor tronco e estações elevatórias de esgoto, com estimativa de alocação de valores da seguinte forma: Item Discriminação dos serviços Peso (%) Obras/serviços (R$) 1 Rede coletora, coletor tronco e interceptador 37,5 3.148.593,41 2 Estação elevatória de esgotos 7,6 636.248,66 3 Emissário 0,5 45.521,84 4 Tratamento 52,4 4.401.437,37 5 Ligação predial 2,0 168.198,72 TOTAL 8.400.000,00 O detalhamento das obras, materiais e serviços encontram-se nos papéis de trabalho. A previsão para realização do projeto é de 26 meses, com início em novembro/2008, seguindo o seguinte cronograma de execução físico-financeira: Ano Recursos Próprios (R$) Recursos da Caixa (R$) Total (R$) 2008 16.153,85 306.923,08 323.076,93 2009 193.846,15 3.683.076,92 3.876.923,07 2010 193.846,15 3.683.076,92 3.876.923,07 Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 3

Ano Recursos Próprios (R$) Recursos da Caixa (R$) Total (R$) 2011 16.153,85 306.923,08 323.076,93 TOTAL 420.000,00 7.980.000,00 8.400.000,00 Para efetivação da contratação, a Caixa estabelece alguns condicionantes, a saber: I) Para contratação - Adimplência do proponente com a CAIXA, FGTS, CADIN/SINAD, INSS, CADIP, Receita Federal e Dívida Ativa da União; - Ata do Conselho de Administração autorizando a contratação das operações oferecendo garantias; e - Procuração Pública que concede poderes para a CAIXA reter valores referentes às receitas tarifárias. II) Para início dos desembolsos - Adimplência do proponente com a CAIXA, FGTS, CADIN/SINAD, INSS, CADIP, Receita Federal e Dívida Ativa da União; - Repactuação do Acordo de Melhoria de Desempenho; - Aprovação dos projetos técnicos de engenharia; - Apresentação e aceitação pela CAIXA da documentação de titularidade das áreas de intervenção; - Licenciamento Ambiental; - Relatório dominial e documentação de titularidade das áreas de intervenção; - Comprovação de regularidade da concessão do município beneficiário (para a prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário), com base na Lei nº 11.445/2007; e - Termo de anuência do município, específico para o empreendimento. O atendimento às exigências descritas deve ser verificado durante o acompanhamento da execução do objeto do contrato por esta Controladoria Regional. Dos itens elencados, cabe destaque à questão da titularidade das áreas sob intervenção, especialmente aquelas em que serão construídas as estações elevatórias e de tratamento, já que exige a desapropriação de áreas de propriedade de particulares. Juntamente com a obtenção de licenciamento ambiental, o processo de desapropriação pode ocasionar atrasos na execução da estação de tratamento de esgoto de Paruru. O último andamento do processo examinado foi a expedição da Resolução do Conselho Diretor nº 3159/2008, que, em reunião de 27/06/2008, aprovou a concessão de financiamento de R$ 125.518.816,00 à SABESP, para execução de diversas obras no âmbito do Programa Saneamento para Todos - Setor Público - PAC, dentre as quais se inclui a construção de estação de tratamento esgoto de Ibiúna. 2. Análise do Processo na CEF - Registro nº 2573 0245.191-89/2008, referente à Carta Consulta nº 1249 do Programa Saneamento para Todos (Ministério das Cidades) Cabe observar que no processo disponibilizado pela CAIXA consta um documento intitulado "Justificativa do Empreendimento" - "Modelo 24- A" relativo à "Implantação do SES do Paruru - Município de Ibiúna". No item 5 desse documento há a seguinte informação: "De acordo com os dados do presente planejamento, e considerando o parâmetro população atendida, temos que a população total de Ibiúna no horizonte de projeto é de 33.739 habitantes e a vazão a tratar é de 77,43 l/s. (...)" Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 4

Porém, a população total de Ibiúna é de 64.930 habitantes (IBGE 2007) sendo que a população do bairro do Paruru onde será instalada o SES é de aproximadamente 5.000 habitantes. Dessa forma, não há clareza quanto ao critério utilizado pela SABESP para dimensionar o projeto e estimar o valor a ser financiado. Cabe observar que não há qualquer questionamento por parte da CAIXA ou do Ministério das Cidades quanto à adequação do valor solicitado com relação ao número de famílias a serem atendidas e a área a ser beneficiada com o Sistema de Tratamento de Esgoto. 3. Relação Município X SABESP A vigência do contrato de concessão dos serviços de água e esgoto, firmado entre a Prefeitura de Ibiúna e a SABESP pelo prazo de 30 anos, expirou em 13 de setembro de 2006. Em visita à Prefeitura, verificou-se que o Município entrou com uma ação judicial contra a SABESP na qual "pleiteia o reconhecimento judicial de que, na qualidade de titular e poder concedente dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário do Município de Ibiúna tem o direito de assumir a prestação dos referidos serviços ante o término do prazo estipulado no Contrato de Concessão nº DEJ 3/106, o que implica (i) a ocupação das instalações relativas à prestação desses serviços e conseqüente (ii) retirada da Ré, de seu pessoal, materiais e equipamentos que não sejam vinculados à prestação dos serviços contratados; (iii) fornecimento ao Autor, de cópia do cadastro comercial e cadastro técnico dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Pleiteia, ainda, a condenação da Ré no pagamento de perdas e danos a serem apurados desde 13 de setembro de 2006 até a data da efetiva retomada dos serviços pelo Autor, consubstanciados nos valores que o Município deixou de receber em decorrência da negativa da SABESP em devolver os serviços ao Município, ante a ocupação ilegal dos bens, depreciação das instalações e utilização dos bens reversíveis afetos à concessão." As informações a seguir foram relatadas nessa ação judicial e retratam a relação entre o Município e a citada empresa: - A Prefeitura Municipal de Ibiúna e a SABESP celebraram, em 13 de setembro de 1976, o Contrato de Concessão nº DEJ 3/106, pelo qual o Município contratou a SABESP para "implantar, ampliar, administrar e explorar, com exclusividade, os serviços de abastecimento de água e de coleta e destino final de esgotos sanitários no Município" (cláusula 1ª - do objeto - os "Serviços"). - O Contrato foi firmado pelo prazo de 30 (trinta) anos, tendo-se encerrado, portanto, em 13 de setembro de 2006. Havia uma previsão no contrato de se prorrogar a vigência, desde que mutuamente aceito pelas partes, mediante notificação a ser enviada até 6 meses antes do término do prazo contratual. A Prefeitura informou à SABESP (6 meses antes de expirado o prazo contratual), conforme correspondência datada de 06 de março de 2006, que não tinha interesse em prorrogar o prazo do Contrato. Na mesma correspondência, o Município requereu que a SABESP lhe fornecesse, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, informações atinentes à operação dos Serviços. - Em 13 de setembro de 2006 (data do término do prazo contratual), o Município enviou outra correspondência à SABESP, reiterando sua intenção em não prorrogar o Contrato. A SABESP não se insurgiu formalmente quanto às manifestações do Município acerca da não prorrogação do Contrato, apenas encaminhou o Ofício RM 088/06 ao Município prestando informações relativas à "operação do sistema de abastecimento de água e de esgotamento Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 5

sanitário" do Município, limitando-se a apenas prestar algumas mínimas informações acerca do sistema tarifário, omitindo as outras informações solicitadas, consideradas importantes para que o Município pudesse conhecer a atual situação de seu sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário, tampouco manifestou seu eventual interesse na prorrogação do Contrato. Em vista disso, o Município notificou, pela terceira vez, a SABESP para que esta definitivamente desocupasse as instalações vinculadas ao Contrato até 15 de março de 2007, possibilitando ao Município a retomada dos Serviços. - A empresa também não atendeu a determinação do Município de indicar representante legal para tratar das "providências formais decorrentes da rescisão" e a forma pela qual se daria a transição da prestação dos serviços, o que ensejou nova notificação à SABESP para que desocupasse as Instalações vinculadas ao Contrato até 15 de março de 2007, de modo que o Município pudesse promover a retomada dos serviços em questão (notificação enviada em 28/02/07). - A SABESP permanece ocupando os locais, impossibilitando assim que o Município adentre nas instalações vinculadas ao Contrato e assuma a execução dos serviços até então contratados, mesmo que expirada a vigência do Contrato desde 13 de setembro de 2006, apesar de ter sido expressamente informada acerca desse interesse pela Prefeitura de Ibiúna, conforme constam dos Ofícios enviados em 06 de março de 2006, 13 de setembro de 2006 e 28 de fevereiro de 2007. Nessa ação judicial, são apresentados os argumentos do Município que justificam sua insatisfação com relação à atuação da SABESP e conseqüentemente sua vontade de não renovar o contrato com a empresa. A seguir, trechos de alguns argumentos apresentados: "Obras consideradas simples, que redundariam em aumento de arrecadação para a concessionária e melhor qualidade de vida aos cidadãos deixaram de ser providenciadas, como é o caso dos bairros do Parurú e Piai, onde a população sofre com a falta de água. Noutro caso, no bairro da Vargem do Salto, o Ministério Público instaurou o Inquérito Civil nº 18/04, que apura o despejo de esgoto a "céu aberto" pela SABESP (doc. anexo)." "Por fim, como já mencionado anteriormente, a Câmara de Vereadores apresentou o Requerimento nº 55/2006, dando conta do péssimo serviço prestado pela SABESP, o qual passamos a citar alguns trechos: 'Justifico também, tendo em vista que nos últimos anos não foram realizados quase nenhum investimento no Município de Ibiúna, situação que comprometeu em muito o sistema de abastecimento de água e coleta de esgoto de toda a Cidade. Justifico ainda, tendo em vista que mesmo o Município de Ibiúna possuindo dezenas de Bairros, inclusive com áreas densamente povoadas e que, mesmo enfrentando sérios riscos de contaminação, por não possuírem água tratada, não receberam a atenção merecida, e nenhum investimento foi feito para melhorar a qualidade de vida dessa população.' (grifamos) Outrossim, conforme se observa do ofício encaminhado pela SABESP ao Município (doc. anexo), existem 9.559 (nove mil quinhentos e cinqüenta e nove) ligações de água, contra 3.979 (três mil novecentos e setenta e nove) ligações de esgoto, o que significa dizer que a maioria do esgoto da cidade não possui coleta e tratamento, devido ao descaso na prestação do serviço. (...)" A Prefeitura informa ainda que: "Ademais, é relevante destacar que o objetivo do Município não é "retirar a SABESP" a "qualquer custo" do Município (tanto que não Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 6

retomou a concessão antes de seu termo final). O objetivo primeiro do Município é garantir à população serviços de qualidade, especialmente em se tratando de serviços afetos à saúde pública. Por óbvio que se for do interesse da SABESP, esta poderá participar do certame licitatório a ser deflagrado em Ibiúna e, caso preencha os requisitos previstos no instrumento convocatório, poderá voltar a prestar os serviços no Município. Mas da forma que está não é possível continuar. O que o Município não pode admitir é que permaneça à frente dos serviços de saneamento básico de Ibiúna, empresa (i) cujo contrato encontra-se com prazo de vigência expirado; (ii) que tem prestado insatisfatoriamente tais serviços; e, pior, (iii) que vem se recusando a permitir que o Município retome a concessão!" Situação atual do impasse entre Município de Ibiúna x SABESP: Durante a semana de planejamento, 25 a 29 de agosto, foram feitas diligências na Caixa Econômica Federal / GIDUR e na SABESP, ambas na cidade de São Paulo. Na Caixa Econômica Federal verificou-se o processo referente ao financiamento. Consta desse processo um documento intitulado "Termo de Compromisso de Regularização da Delegação da Prestação de Serviços de Saneamento Ambiental", assinado pela Prefeitura e a Sabesp, em 12/03/2008, em que ambos assumem o compromisso de negociar a continuidade da prestação dos serviços, nos termos da legislação vigente, sob pena de ocorrer o distrato do contrato de financiamento. Na SABESP verificou-se a situação do projeto e agendou-se uma visita ao local da obra, mas não houve qualquer menção quanto ao fato do contrato de concessão estar vencido desde 2006 e de que a empresa estava sendo acionada judicialmente pelo Município para que pudesse retomar esse serviço. Somente no dia 01/09/2008, durante o trabalho de fiscalização em campo é que essa situação foi apresentada pela Assessoria Jurídica do Município, que informou ainda que, no dia 29/08/2008, foi realizada uma reunião com a SABESP em que ficou acertada a renovação da concessão por um período de mais 30 anos, com o compromisso de realizar determinadas obras no município, dentre elas o Sistema de Tratamento de Esgoto do Bairro do Paruru. Em contrapartida, o Município desistiria da Ação Judicial impetrada contra a empresa. Dessa forma, durante a semana de campo (01 a 05/09/2008), a Prefeitura estava encaminhando um Projeto de Lei à Câmara Municipal, referente à renovação do contrato de concessão dos serviços de água e esgoto. 4. Verificação "in loco" Procedemos visita ao bairro Paruru, local onde será implementada a rede de esgoto objeto da presente fiscalização. Destacamos os seguintes pontos: - O bairro Paruru constitui-se, em sua maioria, de residências de padrão popular. No bairro existem ainda alguns condomínios fechados de padrão elevado, que também serão beneficiados com o projeto. - O bairro não conta com sistema de esgotamento sanitário, tendo sido observados locais com esgoto a céu aberto. Procedeu-se ao registro fotográfico das condições do bairro Paruru. As fotos digitalizadas encontram-se arquivadas em papéis de trabalho. 5. Conclusões preliminares A execução da obra de esgotamento sanitário no bairro de Paruru demanda investimentos relevantes, cujo valor investido terá retorno por meio da cobrança dos serviços oferecidos pela SABESP à comunidade atendida. Tendo em vista que o modelo adotado para execução do objeto foi o contrato de financiamento, os riscos de incorrência de impropriedades na utilização dos recursos ou na execução física do projeto são Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 7

reduzidos. Isso porque a SABESP é uma Sociedade de Economia Mista do Estado de São Paulo que visa o lucro, contando inclusive com ações cotadas em bolsa de valores (BOVESPA). Ao tomar o financiamento, a empresa tem interesse na contratação e execução do objeto ao menor valor possível, a partir de uma previsão consistente dos custos das obras a serem realizadas. EVIDÊNCIA: Contrato de Financiamento nº 0245.191-89/2008; Plantas obtidas junto à SABESP; Entrevista a engenheiros da SABESP; Visita ao bairro de Paruru, inclusive registros fotográficos; e Ação judicial entre Município de Ibiúna x SABESP. Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno 8