Caracterização da Situação dos Fluxos Específicos de Resíduos em 2009 APA 06 08 2010



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Caracterização da Situação dos Fluxos Específicos de Resíduos em 2009 APA 06 08 2010

FLUXOS ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS Um dos objectivos da política ambiental integrada é a atribuição da responsabilidade, total ou parcial, física e ou financeira, ao produtor do produto, pelos impactes ambientais associados aos respectivos produtos, designadamente os decorrentes do processo produtivo e da posterior utilização do produto, e os associados à gestão do produto quando este atinge o final do seu ciclo de vida. O ciclo de vida de determinado material compreende normalmente cinco fases: matéria prima (recurso), produção (produto), comercialização, consumo e, gestão enquanto resíduo. Na prática, a responsabilização do produtor que se traduz na obrigação de retomar e valorizar materiais e na obrigação do cumprimento de metas quantificadas de reutilização/reciclagem incentiva o a alterar a concepção do seu produto. Tal estratégia tem normalmente um impacto na eco eficiência dos produtos (utilização de menores quantidades de matéria prima ou utilização de materiais recicláveis/reciclados, entre outros), bem como no seu "ecodesign" (maior facilidade de desmantelamento ou reciclagem, menor conteúdo em substâncias perigosas, entre outros). Acresce que a responsabilização do produtor, tem a vantagem de despoletar uma reacção em cadeia, através do ciclo de produção comércio consumo pósconsumo, na qual cada actor passa uma parte da sua responsabilidade para o próximo interveniente na cadeia. Como peça fundamental deste sistema, aparecem as entidades gestoras, que permitem unir estes diferentes actores com vista à prossecução de objectivos comuns. A responsabilidade do produtor pode ser assumida individualmente ou por via da constituição de um sistema integrado. Como peça fundamental deste último sistema, surgem as entidades gestoras de fluxos específicos de resíduos, que permitem a criação de interfaces muito concretas entre os diferentes intervenientes no ciclo de vida do produto (produtor do bem, comerciante/distribuidor do produto, produtor do resíduo, operador de gestão de resíduos), com vista à prossecução de objectivos comuns. Neste caso, o produtor do bem transfere para estas entidades gestoras, a responsabilidade pela gestão do fluxo específico de resíduos, por via do pagamento de uma prestação financeira anual (ecovalor). São estes os motivos fundamentais para que se tenha assistido nos últimos anos, quer ao nível nacional quer comunitário, ao surgimento de sistemas integrados de gestão de resíduos, e que, no nosso país, se encontram já materializados para os seguintes fluxos específicos de resíduos: embalagens e resíduos de embalagens, óleos lubrificantes usados, pneus usados, resíduos de equipamento eléctrico e electrónico, resíduos de pilhas e acumuladores e veículos em fim de vida. 2

No quadro seguinte encontram se identificados os sistemas integrados que se encontravam licenciados em 2009. Fluxo específico de resíduos Entidade Gestora Sociedade Ponto Verde Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens, S.A. Resíduos de Embalagens Valorfito Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura, Lda. Valormed Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens e Medicamentos, Lda. Óleos Usados Pneus Usados Resíduos de Equipamento Eléctrico e Electrónico Sogilub Sociedade de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes Usados, Lda. Valorpneu Sociedade de Gestão de Pneus, Lda. Amb3E Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos ERP Portugal Associação Gestora de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos Resíduos de Pilhas e Acumuladores Ecopilhas Sociedade Gestora de Resíduos de Pilhas e Acumuladores. Lda. Valorcar Sociedade de Gestão de Veículos em Fim de Vida, Lda. Veículos em Fim de Vida Valorcar Sociedade de Gestão de Veículos em Fim de Vida, Lda. 3

OBJECTIVOS Cumprimento das metas estabelecidas na legislação dos fluxos específicos de resíduos bem como das Directivas Comunitárias transpostas para direito interno. Fluxo específico de resíduos Resíduos de Embalagens Prazo 31 Dezembro 2005 31 Dezembro 2011 Meta de recolha Meta de reutilização e preparação para reutilização Metas Meta de regeneração Meta de reciclagem Meta de valorização Não aplicável Não aplicável Não aplicável 25% 55% Não aplicável Não aplicável Não aplicável 55% Este valor deverá corresponder à reciclagem material, com metas sectoriais mínimas de reciclagem de: 60% para resíduos de embalagens de papel/cartão e de vidro; 50% para metais; 22,5% para plásticos 15% para madeira. 60% Óleos Usados 31 Dezembro 2004 70% dos óleos usados, gerados anualmente Não aplicável Não aplicável 50% dos óleos usados recolhidos A valorização da totalidade dos óleos usados recolhidos e não sujeitos a reciclagem. 4

31 Dezembro 2006 85% dos óleos usados, gerados anualmente. Não aplicável Regeneração da totalidade dos óleos usados recolhidos, desde que estes respeitem as especificações técnicas para essa operação, devendo, em qualquer caso, ser assegurada a regeneração de, pelo menos, 25% dos óleos usados recolhidos. 50% dos óleos usados recolhidos e não sujeitos a regeneração. A valorização da totalidade dos óleos usados recolhidos e não sujeitos a reciclagem. Pneus Usados 1 Janeiro 2007 95% dos pneus anualmente colocados no mercado Recauchutagem de pneus usados numa proporção de, pelo menos, 30% dos pneus usados anualmente gerados Não aplicável 65% dos pneus usados recolhidos e que não foram recauchutados Valorização da totalidade de pneus usados recolhidos e não recauchutados 75% Categorias 1 e 10 80% do peso médio por aparelho Categorias 1 e 10 Resíduos de Equipamento Eléctrico e Electrónico 31 Dezembro 2006 4 kg/habitante/ano Não aplicável Não aplicável 65% Categorias 3 e 4 75% do peso médio por aparelho Categorias 3 e 4 50% (e 80% para as lâmpadas de descarga de gás) Categorias 2, 5, 6, 7 e 9 70% do peso médio por aparelho Categorias 2, 5, 6, 7 e 9 Resíduos de Pilhas e Acumuladores 31 Dezembro 2011 25% das pilhas e acumuladores portáteis Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável 5

31 Dezembro 2016 45% das pilhas e acumuladores portáteis Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Veículos em Fim de Vida 26 Setembro 2011 Não aplicável 1 Janeiro 2006 Não aplicável Não aplicável Não aplicável 100% das baterias e acumuladores industriais e baterias e acumuladores para veículos automóveis 65% (em massa) das pilhas e acumuladores de chumboácido, incluindo a reciclagem do mais elevado teor possível de chumbo, que seja tecnicamente viável, evitando simultaneamente custos excessivos. 75% (em massa) das pilhas e acumuladores de níquelcádmio, incluindo a reciclagem do mais elevado teor possível de cádmio, que seja tecnicamente viável, evitando simultaneamente custos excessivos. 50% (em massa) de outros resíduos de pilhas e acumuladores. Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Não aplicável Reutilização e reciclagem de todos os VFV no mínimo de 80% em peso, em média, por veículo e por ano Reutilização e valorização de todos os VFV no mínimo de 85% em peso, em média, por veículo e por ano 6

1 Janeiro 2015 Não aplicável Não aplicável Não aplicável Reutilização e reciclagem de todos os VFV no mínimo de 85% em peso, em média, por veículo e por ano Reutilização e valorização de todos os VFV no mínimo de 95% em peso, em média, por veículo e por ano 1 Embora existam metas estabelecidas na legislação nacional, foram consideradas para a avaliação as metas constantes da licença da entidade gestora do sistema integrado de pneus usados, uma vez que a nova licença da entidade gestora, que se encontra em vigor, considerar já as novas definições da Directiva Quadro dos Resíduos. 7

ANÁLISE QUANTITATIVA Notas Os dados de 2009 representam estimativa. A quantidade de resíduos de embalagens produzidos é equivalente à colocação no mercado um vez que estes resíduos têm um curto tempo de vida útil. 8

Notas: Dados da entidade gestora do sistema integrado. A colocação no mercado é referente a óleos novos sujeitos a ecovalor. Os dados de reciclagem não incluem a regeneração. 9

Notas: Dados nacionais da entidade gestora do sistema integrado. A preparação para reutilização apenas se encontra contabilizada a partir de 2008. 10

Nota: Dados da entidade gestora do sistema integrado. 11

Notas: Dados da entidade gestora do sistema integrado de gestão de pilhas e acumuladores portáteis. Todas as pilhas recolhidas são encaminhadas pela entidade gestora para reciclagem. Os dados de reciclagem apresentados não consideram a eficiência do processo de reciclagem. 12

Notas: O número de veículos em fim de vida gerados representa estimativa. Os dados de 2009 representam estimativa. 13

CONCRETIZAÇÃO DAS METAS Nos fluxos de óleos usados e resíduos de pilhas e acumuladores, os dados apresentados nos gráficos que se seguem são referentes apenas aos resultados obtidos nas respectivas entidades gestoras dos sistemas integrados, na medida em que o desempenho a nível nacional encontra se em aferição. No que se refere ao fluxo das pilhas e acumuladores importa referir que apenas foram consideradas as pilhas e acumuladores portáteis. No apuramento das taxas relativas ao ano 2009 dos restantes fluxos atendeu se aos resultados efectivos das entidades gestoras, tendo se estimado o desempenho dos restantes operadores de gestão de resíduos, não pertencentes às redes das entidades gestoras. RECOLHA A nível nacional verifica se o cumprimento das metas de recolha em 2009 para os fluxos específicos de pneus usados e resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos. A taxa de recolha nos pneus usados é ligeiramente superior a 100% uma vez que é contabilizada a recolha de existências nas Regiões Autónomas. O desempenho da entidade gestora de óleos usados não permite por si só o cumprimento da meta de recolha em 2009, no entanto é expectável que a meta nacional seja verificada considerando o acréscimo de óleos usados recolhidos por operadores de gestão não pertencentes à rede da entidade gestora. Quanto aos resíduos de pilhas e acumuladores portáteis, o diploma específico que entrou em vigor a 6 de Janeiro de 2009, Decreto Lei n.º 6/2009, apenas estabelece metas de recolha para 2011 e 2015. 14

Nota: As taxas de recolha não são comparáveis entre fluxos uma vez que a sua base de cálculo difere consoante o constante na legislação específica (vide tabela das metas) 15

16

REUTILIZAÇÃO A taxa de reutilização e preparação de reutilização alcançada em 2009 situa se abaixo da meta estabelecida para a entidade gestora de pneus usados (taxa anual mínima de 27%). Esta situação deve se fundamentalmente às condições do mercado de recauchutagem, sendo que os operadores da rede da entidade gestora laboram à capacidade máxima instalada. Notas: No período entre 2005 e 2008, a taxa considera apenas a recauchutagem (reutilização à luz da Directiva Quadro dos Resíduos). A partir de 2009 são consideradas em acréscimo as operações de preparação para reutilização (nova definição prevista na Directiva Quadro dos Resíduos). 17

REGENERAÇÃO Na regeneração de óleos usados, respeitante à rede da entidade gestora, continua a verificar se o cumprimento da meta de 2006 definida na legislação. 18

RECICLAGEM Notas: As taxas de reciclagem não são comparáveis entre fluxos uma vez que a sua base de cálculo difere consoante o constante na legislação específica (vide tabela das metas) A taxa de reciclagem obtida no fluxo de Veículos em Fim de Vida inclui a reutilização. No fluxo de embalagens e resíduos de embalagens a taxa de reciclagem de 2009 superou a meta nacional de definida para 2005, bem como a meta de 2011. Nos óleos usados continuou a registar se o cumprimento da meta de reciclagem bem como nos pneus usados (a meta da entidade gestora de pneus é de 69% dos pneus usados recolhidos anualmente e não reutilizados ou preparados para reutilização). Quanto aos veículos em fim de vida, a taxa de reutilização/reciclagem atingida em 2009 situa se acima da meta de 2006. Em termos de objectivos de reutilização/reciclagem de componentes, materiais e substâncias dos resíduos de equipamento eléctrico e electrónico verifica se em 2009 o seu cumprimento global para todas as categorias. 19

Nota: Dados referentes às entidades gestoras dos sistemas integrados de gestão de resíduos de equipamento eléctrico e electrónico. 20

VALORIZAÇÃO As metas de valorização definidas para as embalagens e resíduos de embalagens e para os pneus usados foram atingidas em 2009, não se tendo verificado para os óleos usados uma taxa de valorização (calculada de acordo com o estipulado na legislação específica) pois não foram encaminhados, no ano em causa, óleos usados para valorização energética. Nas embalagens e resíduos de embalagens foi ainda superada a meta de valorização estabelecida para 2011. Nos veículos em fim de vida, a taxa de reutilização/valorização alcançada em 2009 situa se acima da meta de 2006 preconizada na legislação nacional e comunitária. Nos resíduos de equipamento eléctrico e electrónico, verificou se ainda o cumprimento global dos objectivos de valorização para todas as categorias de equipamento. Notas: As taxas de valorização não são comparáveis entre fluxos uma vez que a sua base de cálculo difere consoante o constante na legislação específica (vide tabela das metas) A taxa de valorização obtida no fluxo de Veículos em Fim de Vida inclui a reutilização. 21

Nota: Dados referentes às entidades gestoras dos sistemas integrados de gestão de resíduos de equipamento eléctrico e electrónico. 22

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA: Resíduos de Embalagens Decreto Lei n.º 366 A/97, de 20 de Dezembro (alterado pelo Decreto Lei n.º 162/2000, de 27 de Julho e pelo Decreto Lei n.º 92/2006, de 25 de Maio), que transpõe para o direito interno a Directiva 94/62/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezembro, alterada pela Directiva 2004/12/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Fevereiro. Óleos Usados Decreto Lei n.º 153/2003, de 11 de Julho, que transpõe para o direito interno a Directiva 75/439/CEE do Conselho, de 16 de Junho, relativa à eliminação de óleos usados, alterada pela Directiva 87/101/CEE do Conselho, 22 de Dezembro de 1986. PARA MAIS INFORMAÇÃO: http://www.apambiente.pt/politicasambiente/residuos/fluxresiduos Entidades Gestoras http://www.pontoverde.pt http://www.valorfito.com http://www.valormed.pt http://www.ecolub.pt/ http://www.valorpneu.pt/ http://www.erp portugal.pt/ http://www.amb3e.pt/ http://www.ecopilhas.pt/ http://www.valorcar.pt/ Pneus Usados Decreto Lei n.º 111/2001, de 6 de Abril, alterado pelo Decreto Lei n.º 43/2004, de 2 de Março. Resíduos de Equipamento Eléctrico e Electrónico Decreto Lei n.º 230/2004, de 10 de Dezembro (alterado pelo Decreto Lei n.º 174/2005, de 25 de Outubro) que transpõe para o direito interno a Directiva 2002/95/CE do Parlamento e do Conselho, de 27 de Janeiro de 2003, relativa à restrição do uso de determinadas substâncias em equipamentos eléctricos e electrónicos e a Directiva 2005/96/CE do Parlamento e do Conselho, de 27 de Janeiro de 2003, relativa aos resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos. Resíduos de Pilhas e Acumuladores Decreto Lei n.º 6/2009, de 6 de Janeiro, rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 18 A/2009, de 6 de Março, e alterado pelo Decreto Lei n.º 23

266/2009, de 29 de Setembro que transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2006/66/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de Setembro, relativa a pilhas e acumuladores e respectivos resíduos. Veículos em Fim de Vida Decreto Lei n.º 196/2003, de 23 de Agosto, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto Lei n.º 64/2008, de 8 de Abril, que transpõe para o direito interno a Directiva 2000/53/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de Setembro de 2000, relativa aos veículos em fim de vida. 24