RELATÓRIO DE COMPLIANCE E GERENCIAMENTO DE RISCO



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2.1. Risco de Crédito De acordo com resolução CMN-, define-se o risco de crédito como:

Transcrição:

RELATÓRIO DE COMPLIANCE E GERENCIAMENTO DE RISCO DEZEMBRO/2011

Contexto Operacional A Agiplan Financeira S.A. Crédito, Financiamento e Investimento ( Agiplan ) é uma instituição financeira privada, com sede em Porto Alegre, constituída em 25 de março de 2011 e autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil BACEN em 9 de maio de 2011. A Agiplan tem como objetivo conceder empréstimo e financiamentos para aquisição de bens e serviços e para capital de giro, para pessoas físicas e jurídicas, em todo território nacional, por intermédio de seus correspondentes credenciados, bem como a prática de todas as operações permitidas às instituições financeiras de sua espécie. Controles Internos e Compliance O sistema de controles internos e compliance adotado pela Agiplan relaciona as premissas básicas correspondentes à responsabilidade, segregação de funções de forma evitar conflitos de interesses e são baseados na metodologia do COSO i (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission), que tem os seguintes componentes: a) Ambiente de Controle: refere-se a consciência e a cultura de controle. Todos os colaboradores sabem de suas responsabilidades, limites de autoridade, e tem consciência, competência e comprometimento de fazerem o que é correto da maneira correta. b) Identificação e Avaliação de Riscos: corresponde a identificação e análise dos riscos associados ao não cumprimento dos objetivos estratégicos e operacionais e normas regulamentares. No processo de análise do risco, são considerados a probabilidade dos riscos ocorrerem e o impacto nas operações. c) Atividades de Controle: são atividades, que quando executadas, permitem a redução ou administração dos riscos. São de natureza preventiva ou de detecção. As principais atividades aplicadas pela Agiplan são: definição de alçadas nas operações, limites de autorizações, conciliação independente das informações, revisões de desempenho, segurança física, segregação de funções para operações conflitantes, sistemas informatizados, confecção de normas internas, informação e comunicação. d) Monitoramento: consiste na avaliação e acompanhamento sistemático dos controles internos, de forma a verificar se são adequados e efetivos. e) Informação e comunicação: corresponde ao fluxo das informações claro e transparente dentro da organização. Diversas políticas e normas foram instituídas para a orientação dos negócios, operações de atividade da Agiplan.

Gerenciamento de Risco O Gerenciamento de risco faz parte da estrutura de controles internos da Agiplan. A diretoria, por intermédio da equipe profissional, atua no gerenciamento de risco com vistas a: Propiciar maior segurança na execução das atividades; Minimizar a probabilidade e o impacto de ocorrência dos riscos. O gerenciamento de risco é dividido em: operacional, mercado, liquidez e crédito. I Risco Operacional O risco operacional é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Em linha com os princípios da Resolução nº. 3.380, de 29/06/2006 do CMN, a Agiplan definiu uma política de gerenciamento do risco operacional, aprovada pela Diretoria, que compreende o uso da matriz de risco e controles como ferramenta no processo de administração desse risco. A matriz de risco e controles tem por objetivo identificar, avaliar, tratar, controlar e monitorar os riscos aos quais as atividades e negócios estejam sujeitos, mediante a avaliação dos impactos e probabilidade de ocorrência. É periodicamente revisada, visando sua constante atualização. Atualmente, o gerenciamento do risco operacional está centralizado na Área de Compliance, que coordena os procedimentos e fornece suporte técnico e metodológico às respectivas atividades, além de ser responsável por assegurar a qualidade e efetividade das ações decorrentes das ferramentas de controles e gerenciamento destes riscos. Considerando que o risco legal é componente do risco operacional, e aquele está associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenização por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela empresa, a estrutura de gerenciamento do risco operacional conta ainda com a assessoria da Área Jurídica e consultores externos. Para o cálculo da parcela do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) referente ao risco operacional, a Agiplan adotou a Abordagem do Indicador Básico, conforme disposições do artigo quinto da Circular n.º 3.383 de 30 de abril de 2008, publicada pelo Banco Central do Brasil.

II Risco de Mercado O risco de mercado é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas por uma instituição financeira, bem como de sua margem financeira, incluindo os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias ( commodities ). Em linha com os princípios da Resolução nº. 3.464, de 26/06/2007 do CMN, a Agiplan definiu uma política de gerenciamento do risco de mercado, aprovada pela Diretoria, que compreendem controles que visam acompanhar a exposição ao descasamento de taxas das operações passivas e ativas, bem como analisar as posições tomadas e os riscos relacionados, frente ao comportamento do mercado. A Agiplan adota uma politica conservadora, considerando maximização dos lucros, necessidades de funding, riscos potenciais, cenários e análise ambiente macroeconômico. Os processos de mensuração do risco de mercado obedecem aos seguintes critérios: Refletirem com maior brevidade possível os movimentos de mercado e os respectivos impactos nos preços; Serem consistentes com a forma de precificação, ou seja, utilizarem preços de mercado sempre que possível ou disponíveis; e Apresentarem consistência de critérios ao longo do tempo, evitando mudanças frequentes e drásticas que impeçam o acompanhamento contínuo da evolução do risco. III Risco de Liquidez O risco de liquidez é definido como a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis descasamentos entre pagamentos e recebimentos que possam afetar a capacidade de pagamento da instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações. Em linha com os princípios da Resolução nº. 2.804, de 21/12/2000 do CMN, a Agiplan definiu uma política de gerenciamento do risco de liquidez, aprovada pela Diretoria, que envolve todos os fluxos de entrada e saída do caixa da Agiplan CFI, as operações de empréstimo bem como aquelas no mercado financeiro (captação e aplicação), considerando ainda a identificação de possível falta de numerário/caixa para cumprimento das obrigações e descasamento do fluxo de recebimento dos ativos e necessidade operacional.

IV Risco de Crédito O risco de crédito é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. A gestão do risco de crédito é composta pelas etapas de: decisão, formalização, monitoramento e cobrança, adaptados ao perfil dos clientes e segmentos da Agiplan, que possibilitam o acompanhamento contínuo da qualidade da carteira de crédito. A formulação e implantação de políticas e procedimentos de crédito e cobrança ficam a cargo da Diretoria. A Provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD) é constituída de acordo de acordo com o disposto na Resolução nº 2.682/99, do Conselho Monetário Nacional CMN. A área de contabilidade e risco é responsável pelo acompanhamento mensal da composição e evolução da provisão para devedores duvidosos. LAVAGEM DE DINHEIRO A Agiplan adota mecanismos para a prevenção e identificação de possíveis operações com indícios de crimes de Lavagem de dinheiro, quais sejam: Conheça o cliente: são adotados procedimentos para avaliação do cliente conciliando o volume de operações com o a capacidade financeira e negócios; Conheça o colaborador: são adotados procedimentos investigativos de mudança repentina de comportamento financeiro do colaborador; Análise das operações e documentação: identificação das possíveis operações atípicas e estranhas ao objeto da Agiplan. RESPONSABILIDADE DA DIRETORIA A Diretoria da Agiplan é responsável pelas informações contidas neste relatório. i O COSO é uma entidade sem fins lucrativos, dedicada à melhoria dos relatórios financeiros através da ética, efetividade dos controles internos e governança corporativa.