Belo Horizonte 23 de fevereiro de 2015 FONTE: O TEMPO



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Transcrição:

Belo Horizonte 23 de fevereiro de 2015 FONTE: O TEMPO Protesto fechada há de mais caminhoneiros de 24 horas deixa BR-381 Interdições acontecem em Igarapé, Oliveira e Perdões; manifestantes autorizam apenas a passagem de carros de passeio e coletivos nos trechos A manifestação de caminhoneiros contra o aumento do óleo diesel e do valor dos fretes ainda deixa a BR-381 parcialmente interditada em três pontos diferentes, na manhã desta segundafeira (23). Não há previsão para a liberação das vias fechadas. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as interdições acontecem em Igarapé, na região metropolitana de Belo Horizonte, e em Oliveira e Perdões, na região Centro-Oeste do Estado. Ainda segundo a corporação, os manifestantes autorizam a passagem de carros de passeio e coletivo. Porém, caminhões são obrigados a parar. Nesse domingo (22), o ato causou transtornos para quem passou pela rodovia. O congestionamento chegou a nove quilômetros na altura de Igarapé. O presidente do Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros, José Natan, contou à reportagem deo TEMPO que a manifestação não foi organizada pelo sindicato. "Estamos dando cobertura sobre as paralisações em todo o país. Em cada estrada é um caso, sendo que em Minas aconteceu por conta do minério", contou. A PRF pede que caminhoneiros evitem as regiões dos protestos. Congestionamento De acordo com policiais, na região de Igarapé, o congestionamento no sentido Belo Horizonte já passa de dez quilômetros. No sentido São Paulo, a retenção é de cinco quilômetros. Estamos reféns de outros caminhoneiros e a polícia não faz nada As manifestações dos caminhoneiros estão gerando conflito entre a categoria. Enquanto alguns protestam, outros são contra o ato e afirmam que estão sendo ameaçados.

O caminhoneiros Fernando da Silva Portela está parado em Igarapé desde as 5h desta segunda. O motorista saiu de São Paulo com uma carga para ser entregue na cidade de Recife, em Pernambuco. Estamos reféns dos outros caminhoneiros e a polícia não faz nada. Estão ameaçando quebrar os caminhões. Eu preciso trabalhar e não consigo chegar ao meu destino, desabafou Portela. Dilma diz que insistirá em correção de 4,5% na tabela do IR Gesto é uma tentativa de evitar uma derrota no Legislativo caso os parlamentares decidam por derrubar um veto A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (20) que insistirá na correção de 4,5% da tabela do Imposto de Renda da pessoa física ao enviar uma nova proposta de correção ao Congresso. Segundo a presidente, qualquer valor acima disso, como quer a oposição, será vetado. O gesto é uma tentativa de evitar uma derrota no Legislativo caso os parlamentares decidam por derrubar um veto seu a uma proposta de reajuste de 6,5%, aprovada no ano passado e vetada por Dilma em janeiro. "Eu tenho um compromisso e eu vou cumprir o meu compromisso que é 4,5%", disse Dilma nesta sexta (20) após cerimônia diplomática no Palácio do Planalto. Questionada se vetaria uma eventual modificação promovida pelo Congresso novamente, a presidente foi taxativa. "Eu sinto muito. Nós não estamos vetando porque queremos. Estamos vetando porque não cabe no Orçamento. Nunca deixamos de esconder (sic) que era 4,5%. Já mandei por duas vezes e vou chegar a terceira vez. Mandei novamente e vetei. Vetei não porque não queira fazer, vetei porque não tem recursos para fazer", disse. A correção da tabela em 4,5% foi promessa de campanha, mas a deterioração nas contas fez o Executivo reconsiderar, nos bastidores, a conveniência de aplicá-la. No ano passado, o Congresso aprovou um reajuste maior, de 6,5%, valor mais compatível com a inflação calculada em 2014, de 6,41%. No entanto, Dilma vetou a medida em 20 de janeiro com o argumento de que a proposta levaria à renúncia fiscal na ordem de R$ 7 bilhões. Na época, o governo sinalizou que enviaria uma nova proposta de correção de 4,5% da tabela, o que corresponde à meta oficial de inflação, descumprida desde 2010. Como a Folha de S.Paulo mostrou nesta sexta, o governo tentará sensibilizar na próxima semana sua base de apoio no Congresso argumentando que um reajuste maior, neste momento, fragilizaria o ajuste fiscal, esforço do governo para reduzir o gasto público. Direitos: Dilma admite negociar Pela primeira vez, presidente admite fazer mudanças na proposta que altera benefícios trabalhistas Brasília. A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o governo está disposto a negociar com o Congresso Nacional as propostas de alteração em direitos trabalhistas. Segundo ela, as mudanças não representam perdas de direitos, mas sim um aperfeiçoamento da legislação. Estamos aperfeiçoando a legislação porque ela tem que ser aperfeiçoada. Assim como fizemos

com o Bolsa Família. Acho que sempre há negociação. Ninguém acha que em um país democrático como o Brasil, que tem um Congresso livre, que tem movimentos sociais sendo ouvidos e com os quais você dialoga, seja algo fechado, que não há negociação, afirmou Dilma a jornalistas após uma cerimônia diplomática no Palácio do Planalto. O conjunto de regras mais rígidas para a obtenção de alguns benefícios trabalhistas e previdenciários foi proposto por Dilma em dezembro, mas ainda precisa ser aprovado pelo Congresso. Desde que o pacote foi anunciado, o governo precisou lançar uma ofensiva para negociar alterações nas propostas principalmente com as centrais sindicais, que rejeitaram as mudanças. O pacote deve reduzir o pagamento de benefícios como pensão por morte, auxílio-doença, abono salarial, seguro-desemprego e seguro defeso. Essas mudanças só afetariam futuros beneficiários, tanto do setor público como do INSS. A maior parte das alterações foi feita por meio de duas medidas provisórias que terão de ser aprovadas pelo Congresso Nacional. O objetivo é economizar R$ 18 bilhões por ano, o que equivale a 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano que vem. Integrantes do governo já haviam sinalizado uma flexibilização em relação às medidas, mas essa foi a primeira vez que a própria presidente admitiu o espaço de negociação. Em sua fala, ela defendeu ainda que cada parte interessada na questão deve defender posições claras. Deputados petistas já estariam negociando com a oposição possíveis mudanças nas MPs. Silêncio. Amplamente criticada pelo PT e até mesmo por seus assessores mais próximos por ter ficado em silêncio durante tanto tempo, Dilma deu ontem a primeira entrevista de seu segundo governo. A aparição faz parte da estratégia defendida por ministros de seu núcleo político de que ela deve falar mais diretamente à sociedade para amenizar as críticas ao seu governo. A presidente completou 60 dias sem falar com a imprensa, o maior período de silêncio desde que assumiu a Presidência, em 2011. Até então, ela havia passado 38 dias sem falar com jornalistas em janeiro de 2012. Neste período, ela apenas discursou publicamente na sua cerimônia de posse, em 1º de janeiro; na reunião ministerial que promoveu em 27 de janeiro, durante a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, realizada em San José, na Costa Rica; em 29 de janeiro; e na cerimônia de inauguração da primeira Casa da Mulher Brasileira, em Campo Grande (MS), em 3 de fevereiro. Reação Conversa. As entidades de trabalhadores já estão se mobilizando, programando idas à Brasília e articulando reuniões nos ministérios envolvidos de alguma forma com as MPs e tentando reuniões com a presidente. FONTE: DIAP Senado debaterá MPs sobre mudanças trabalhistas e previdenciárias O senador Paulo Paim (PT-RS) vai apresentar dois requerimentos para a realização de audiências públicas sobre as medidas provisórias 664 e 665, ambas de 2014, enviadas pelo Poder Executivo, que tratam de direitos previdenciários e trabalhistas. Os encontros serão realizados nas comissões de Direitos Humanos (CDH); e de Assuntos Sociais (CAS). Para realização desses debates aguarda-se a apresentação oficial dos requerimentos e depois sua aprovação nas respectivas comissões do Senado Federal. As datas e horários ainda serão

definidos. Convidados Serão convidados para participar das audiências públicas representantes das centrais sindicais CUT, Força Sindical, Nova Central, CGTB, UGT, CTB, Conlutas e CSB. Serão convidados ainda, o Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST); a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap); os departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese); e Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP); a Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip); o Movimento dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas (Mosap); o Ministério Público do Trabalho (MPT); a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra); e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também devem trazer informações acerca das medidas provisórias, os ministros da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto; da Previdência Social, Carlos Gabas; e do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Conteúdo A MP 664/14, apresentada no dia 30 de dezembro pelo Executivo, institui novos critérios para concessão de vários benefícios previdenciários, como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, auxílio-reclusão e pensão por morte, todos com restrições. Foram apresentadas ao texto 517 emendas dos congressistas, cujo prazo expirou na última segunda-feira (9). Deputados têm até 1º de março para votá-la. A MP 665/14, apresentada no dia 30 de dezembro pelo Executivo, altera as regras do segurodesemprego. Antes, o trabalhador tinha direito ao benefício após seis meses de trabalho. Com as novas regras, a primeira solicitação só pode ser feita após 18 meses; e a segunda, após 12 meses trabalhados. O prazo cai para seis meses somente a partir do terceiro pedido. Também houve alteração na concessão do abono salarial. Antes, quem trabalhava um mês durante o ano e recebia até dois salários mínimos tinha direito a um mínimo como abono. Agora, são exigidos seis meses de trabalho ininterruptos, e o pagamento passa a ser proporcional ao tempo trabalhado. O auxílio-doença era de 91% do salário do segurado, limitado ao teto do INSS. Além disso, as empresas arcavam com o custo de 15 dias de salário antes do INSS. As novas regras fixam o teto do benefício pela média das últimas 12 contribuições, e as empresas passam a arcar com o custo de 30 dias de salário antes do INSS. 224 emendas A MP recebeu 224 emendas para alterar as novas regras. Segundo o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), é possível ajustar o texto, preservando a espinha dorsal, que é exatamente a manutenção das duas medidas provisórias, e fazer os ajustes que são necessários, que preservem as conquistas sociais e a perspectiva de consolidação e retomada do crescimento econômico. FONTE: CONSULTOR JURIDICO Sindicato não pode ser responsabilizado por acidente de trabalho

Como não há relação de emprego entre sindicado e trabalhador, inexistem fundamentos legais para que a entidade tenha responsabilidade solidária por morte em acidente de trabalho. Foi com esse entendimento que a 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho acolheu o recurso de revista do Sindicato dos Estivadores e Trabalhadores em Estivas de Minério de Salvador para ser excluído da ação movida pelos herdeiros de um estivador vítima de acidente durante o embarque de cargas. O ministro Renato de Lacerda Paiva, relator do processo, explicou que a Lei 8.630/93 (Lei dos Portos) dispõe expressamente que a responsabilidade pela remuneração do trabalhador portuário é solidariamente reconhecida entre o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) e os operadores portuários e que o sindicato somente representa a categoria dos estivadores administrativa e judicialmente. A viúva e os herdeiros do estivador entraram com ação contra a Conde Marítima e Comercial e o Sindicato dos Estivadores de Salvador para conseguir indenizações por danos morais e materiais em decorrência da morte dele durante o embarque de cargas no Navio Nedloyd Rio. O acidente aconteceu quando uma liga que suspendia um contêiner se rompeu e a carga despencou no porão onde estava o empregado. Com o impacto, ele foi arremessado a uma altura de 15 metros e teve morte instantânea. Empresa e sindicato foram condenados pela 1ª Vara do Trabalho de Salvador a pagarem, solidariamente, indenizações por danos morais e materiais que somavam R$ 375 mil, além de pensão vitalícia. No entanto, o sindicato alegou que não pode ser parte na ação por não ter relação de emprego com o trabalhador. O Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA), porém, manteve a sentença, por entender que o sindicato indicou empresa inidônea, e, "certamente, não velou pela vigilância e fiscalização relacionada à segurança do empregado". O sindicato recorreu ao TST e foi retirado da ação. O artigo 265 do Código Civil dispõe que a solidariedade não pode ser presumida. Ela tem de estar prevista em lei ou definida pela vontade das partes. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST. FONTE: CÂMARA DOS DEPUTADOS Base aliada se reúne com ministros para discutir MPs sobre direitos trabalhistas Medidas foram anunciadas pelo governo para economizar recursos públicos, mas enfrentam resistência na Câmara por dificultar o acesso a benefícios como segurodesemprego e abono.

Líderes dos partidos de apoio ao governo se reúnem nesta terça-feira (24), no gabinete do ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, para discutir as medidas provisórias 664/14, que muda as regras de pensão por morte; e 665/14, que altera o acesso ao segurodesemprego e ao abono do PIS/Pasep. Também participarão da reunião os ministros do Trabalho, Manoel Dias; da Previdência, Carlos Gabas; do Planejamento, Nelson Barbosa; e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto. A reunião está marcada para o meio-dia. Finanças públicas A expectativa do governo é que as mudanças previstas nas duas MPs, juntamente com outras ações, gerem uma economia de R$ 18 bilhões em 2015. As duas medidas receberam um total de 741 emendas de deputados e senadores. A oposição apresentou o maior número de emendas, mas parlamentares de partidos que compõem a base do governo, como PCdoB e PR, também apresentaram emendas anulando os efeitos das MPs. As MPs serão analisadas por comissões mistas, formadas por deputados e senadores. Caso aprovadas nas comissões, seguirão para votação nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Saiba mais A Medida Provisória 664/14, que muda as regras vigentes para a concessão de pensão por morte, determina que, a partir de março deste ano, o benefício só será concedido ao cônjuge que comprove, no mínimo, dois anos de casamento ou união estável. O objetivo, segundo o governo, é evitar fraudes como nos casos em que pessoas se casam apenas para conseguir o benefício de um trabalhador que está prestes a morrer. Já a MP 665 altera as regras do seguro-desemprego e do abono salarial. Antes, o trabalhador tinha direito ao seguro-desemprego após seis meses de trabalho. Com as novas regras, a primeira solicitação só pode ser feita após 18 meses; e a segunda, após 12 meses trabalhados. O prazo cai para seis meses somente a partir da terceira solicitação. No caso do abono salarial, quem trabalhava um mês durante o ano e recebia até dois salários mínimos tinha direito a um salário mínimo como abono. Agora, são exigidos seis meses de trabalho ininterruptos, e o pagamento passa a ser proporcional ao tempo trabalhado. FONTE: SENADO FEDERAL Projeto cria Disque-Denúncia do Trabalhador Trabalhadores, aposentados e pensionistas podem ganhar um novo canal de denúncia contra fraudes a seus direitos. Um projeto de lei da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) institui o Programa Disque-Denúncia do Trabalhador, que, se aprovado, deverá ser regulamentado pelo

Ministério do Trabalho e Emprego. A autora do projeto (PLS 30/2015) ressalta que os casos de fraudes em benefícios trabalhistas e previdenciários, além do prejuízo aos direitos dos mais necessitados, afetam a arrecadação e o desenvolvimento de políticas públicas. Atualmente, o Brasil vivencia uma grave crise econômica, o que vem forçando o governo a promover diversas medidas de austeridade com a finalidade de corrigir as contas públicas, afirmou a senadora. No Senado, o projeto deve tramitar apenas na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e ainda aguarda recebimento de emendas. FONTE: JUSBRASIL Não haverá flexibilização das leis trabalhistas, garante Dilma Ainda na conversa com jornalistas nesta sexta-feira (20), a presidenta Dilma Rousseff garantiu que o governo não reduzirá ou flexibilizará os direitos trabalhistas. Ela usou o exemplo dos ajustes na base de beneficiários do Bolsa Família para explicar a correção de distorções em benefícios sociais como o seguro-desemprego, abono doença, abono salarial e pensão por morte. Para a presidenta, a questão em curso se trata de aperfeiçoar a legislação para manter o benefício a quem realmente precisa. No ano passado nós tiramos quase 1,3 milhão de pessoas do Bolsa Família. Por quê? Porque tinha havido uma melhoria da renda que desenquadrava essas pessoas daquele programa. Outras pessoas entraram, essas saíram. Qualquer programa social que não seja criteriosamente gerido e você olhe, sistematicamente, como é que ele está funcionando, é mal sucedido. Todas as medidas que nós tomamos, elas têm um objetivo. Estou falando daquelas que dizem respeito a seguro-desemprego, abono doença, abono salarial, a pensão por morte Nós estamos aperfeiçoando a legislação porque a legislação tem que ser aperfeiçoada da mesma forma como nós fizemos com o Bolsa Família. Questionada sobre a possibilidade de negociar as medidas propostas, a presidenta disse que a negociação continua, uma vez que em uma democracia existe diálogo com a população e com o parlamento. Mas reafirmou que são necessários argumentos da parte de quem questiona as medidas que foram tomadas para garantir a saúde dos fundos e benefícios que defendem os trabalhadores. Eu acho que sempre há negociação, ninguém acha que em um país democrático como o Brasil que tem um Congresso livre, que tem movimentos sociais sendo ouvidos e com os quais você dialoga, não seja algo fechado, que não há negociação. Sempre há negociação, mas também há posições claras. Só ser contra por ser contra, não. Só ser a favor por ser a favor, também, não. Então com argumento e com fundamentos, você chega sempre a uma boa solução. Correção na tabela do IR Sobre a correção na tabela do Imposto de Renda para Pessoa Física, Dilma respondeu que seu compromisso é com o reajuste de 4,5%, por isso vetou o valor de 6,5%, pois este não caberia no orçamento. Nós não estamos vetando porque queremos, nós estamos vetando porque não cabe no orçamento público. Eu vetei porque não tem recurso para fazer. Então, é essa a questão, o meu compromisso é 4,5%. Se por algum motivo não quiserem os 4,5 nós vamos ter que abrir um processo de discussão novamente, ponderou.