Conselho de Mediação, Conciliação e. Arbitragem da Bahia. Curso de Mediação e Conciliação. 1. Noções Gerais. Diferenciação Etimológica



Documentos relacionados
PLANEJAMENTO E ESTRUTURAÇÃO DE NEGOCIAÇÕES TRABALHISTAS E SINDICAIS DIANTE DA NOVA REALIDADE SÓCIO-ECONÔMICA

O QUE É MEDIAÇÃO? Exemplos práticos: Conflitos de vizinhança, separação, divórcio, conflitos trabalhistas, etc...

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA E JUDICIÁRIA DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO TÍTULO I DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA E JUDICIÁRIA

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

Supreme Court. Courts of Appeals. Federal Circuit. District Courts. Court of Int l Trade, Claims Court, and Court of Veterans Appeals

Prof. Eduardo Salles Pimenta. Unidade I PERÍCIA, AVALIAÇÃO E

CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA CORTE PERMANENTE DE ARBITRAGEM TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL PARA A EX-IUGOSLÁVIA

Processo de arbitragem n.º 612/2014. Sentença

ASPECTOS GERAIS DA ARBITRAGEM

Casa do Direito, Abre essa porta!

CONSELHO FEDERAL DE ECONOMIA

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

CURSO DE DIREITO REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO (NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS)

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA DO CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO DA FACULDADE DO GUARUJÁ

Chile: Cronologia processo contra Augusto Pinochet

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

A SOCIEDADE PÓS-MODERNA, O CONFLITO E A ARBITRAGEM COMO MEIO EFICAZ DE SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS

REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DAS ATRIBUIÇÕES REGIMENTAIS

REGULAMENTO DA COMISSÃO PERICIAL DA ORDEM DOS MÉDICOS DENTISTAS

PROCESSO: ( ) - LOCALIDADE: São Paulo

CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS. 10 milhões de mediadores (cerca de 1% da população).

PARECER. Em suma, as providências postuladas pelo parquet federal referemse aos seguintes fatores:

QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE PESSOAL EM CORROSÃO E PROTEÇÃO

Ministério da Administração do Território

Mediação de conflitos. A solução de muitos problemas pode estar nas suas mãos. Prof. Daniel Seidel

CENTRO DE INVESTIGAÇÃO PAULA FRASSINETTI (CIPAF) REGULAMENTO

Os desafios da gestão jurídica das instituições financeiras com o novo Código de Processo Civil e a Lei de Mediação

Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil - São Paulo

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 42, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2008

PARECER CREMEB Nº 60/10

CT.DSL-DR- /00 Rio de Janeiro, 10 de abril de

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA E DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES INICIAIS

POPULAR SEGUROS- COMPANHIA DE SEGUROS, S.A.

REGULAMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE PRÁTICA JURÍDICA DO CURSO DE DIREITO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA

ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA

ALERT. Governo Federal publica Decreto que regulamenta a Lei Anticorrupção

I - DA FINALIDADE II - DA CONCEITUAÇÃO

Projeto de REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIO ÀS FREGUESIAS. Nota Justificativa

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO

FORTALECIMENTO DO CONTROLE INTERNO

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.051/05

VERITAE TRABALHO PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO LEX. Contabilistas NBC T 13.2 Aprovação

Título I. Dos Princípios Gerais

Noções de Direito Internacional Privado Aula 01-2º Bimestre /B

DIRETRIZ GLOBAL ANTICORRUPÇÃO

ANEXO À RESOLUÇÃO Nº, DE DE DE 2012

REGULAMENTO - PROCEDIMENTO ARBITRAL NA ÁREA TRABALHISTA

Correção da Prova Bacharel Questões: 29 e 30 Perícia Contábil 35 e 37 Princípios Contábeis 41, 42 e 43 Legislação e Ética Profissional

Fundo Brasileiro para a Biodiversidade FUNBIO

ESTATUTO DA FUNDAÇÃO IRMÃO JOSÉ OTÃO

UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA UNICRUZ CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE DIREITO REGULAMENTO DOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS DO CURSO DE DIREITO

O Banco Central do Brasil em 29/06/2006 editou a Resolução 3380, com vista a implementação da Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional.

Licitações de Agências de Publicidade Lei nº /2010

REGIMENTO INTERNO Art. 1

Apostila Exclusiva Direitos Autorais Reservados 1

REGULAMENTO DO ESTÁGIO DE PRÁTICA JURÍDICA DO CURSO DE DIREITO DA FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS APLICADAS DO ARAGUAIA - FACISA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS CONSELHO UNIVERSITÁRIO

REGULAMENTO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DO CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS PORTUGUÊS INGLÊS.

REGULAMENTO DAS ATIVIDADES COMPLEMENTARES DOS CURSOS DE GESTÃO 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO. Do Objetivo das Atividades Complementares

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

MANUAL DE NORMAS Ato: Resolução Nº 012/2011- CONSUP

Unidade II PERÍCIA CONTÁBIL. Prof. Francisco Roberto

1ª PARTE LEIS E DECRETOS 2ª PARTE ATOS ADMINISTRATIVOS COMANDANTE DO EXÉRCITO

BARDELLA S/A INDÚSTRIAS MECÂNICAS CNPJ/MF Nº / COMPANHIA ABERTA

Processo de arbitragem. Sentença

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

ASPECTOS CONTROVERTIDOS DAS PERÍCIAS TRABALHISTAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. Edwar Abreu Gonçalves

DIRETIVA n.º 3/2014. Novo Regime Jurídico do Processo de Inventário. A intervenção do Ministério Público

Processo de arbitragem. Sentença

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008

TERMINOLOGIAS NO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO PRINCÍPIOS DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO TRABALHO PRINCÍPIOS DO PROCESSO JUDICIÁRIO DO TRABALHO

PEDRO DUTRA Advogado. São Paulo, 09 de outubro de 1998

ANEXO C PROCEDIMENTO ALTERNATIVO PARA LICITAÇÕES

GUIA COMISSÃO DAS RELAÇÕES TRABALHISTAS

ESTADO DO TOCANTINS PODER JUDICIÁRIO COMARCA DE PALMAS 3ª VARA CRIMINAL. PROCESSOS N os e

CONSELHEIRO EDUARDO BITTENCOURT CARVALHO TRIBUNAL PLENO - SESSÃO: 07/10/09 EXAME PRÉVIO DE EDITAL SECÇÃO MUNICIPAL

Regimento Interno da Comissão Permanente de Perícia Médica, Segurança e Higiene do Trabalho CPMSHT

PROPOSTA DE REGULAMENTO DO QUADRO DE ARBITRO GERAL DA CBTM

Novos Tempos - Novas Oportunidades - Novo Negócios

Transcrição:

1. Noções Gerais Diferenciação Etimológica Arbitragem Arbitramento Arbitrariedade SEMELHANÇA Valor Verdade Árbitro Forma de Resolução de Disputas Valor Quantidade Arbitrador Valor Pessoal Arbitrário rio Perícia: Emite parecer sobre a disputa Perito Desistência Autocomposição Reconhecimento Transação Arbitragem: Decide a disputa Juiz Heterocomposição Mediação Conciliação Arbitragem Judiciário Media a tentativa de acordos das partes - Mediador - Conduz a tentativade acordo das partes Conciliador - Decide a disputa Árbitro - Decide a disputa - Juiz -

1. Noções Gerais Distinções mais significativas entre as formas de solução de divergências A conclusão da arbitragem é uma sentença a arbitral, de aceitação obrigatória ria pelas partes que a esta se submeterem previamente. A conclusão dos demais processos de solução não judicial (autocomposição, conciliação e mediação) pode ser positiva de solução de conflito, ou negativa não solução. Na conciliação a terceira pessoa procura uma solução que deve ser aceita pelas partes, mas não é impositiva. Na mediação, a terceira pessoa auxilia as partes a procurar a solução, mas não a indica nem a impõe. Na arbitragem a solução é impositiva. Na transação, existe uma reciprocidade de ônus e vantagem, que inexiste na arbitragem.

2. Referência Histórica Início da Sociedade: agrupamento x divergências Composição impositiva Líder, patriarca, matriarca, ancião, pajé Lei das XII tábuast Forma de Resolução de Disputas Idade Antiga Grécia Árbitros Públicos P e Privados Roma Árbitros Privados, Execução Estatal Idade MédiaM Arbitragem da Igreja Sistema Feudal Pádua Proibida Ferrara, Florença, Trieste e Bolonha Obrigatória ria (em alguns Casos) Gênova Colégio de Árbitros Absolutismo Idade Moderna França Revolução Francesa Código de Napoleão Comércio Marítmo e Litígios Internacionais Acordos e Tratados Internacionais

2. Referência Histórica Forma de Resolução de Disputas Oriente China África Tribos Católicos Fiéis is Influência das Idéias de Confúcio Largo uso da Mediação; LI Conduta correta Paz, Harmonia e Conciliação; FA LEI Estrita aplicação de normas; Comitês Populares de Mediação; Decreto Imperial. As disputas eram resolvidas em reuniões Públicas P ou Privadas Moots,, dirigidas pelos líderes l de cada grupo. Carta aos Coríntios (Apóstolo Paulo) Conclama as congregações a se afastarem dos Tribunais e resolverem suas contendas dentro do âmbito Privado melhor um mau acordo do que uma boa demanda. Japão Líder de Comunidade atua como Mediador; Severas medidas Legais para garantir a conciliação, também m nos Tribunais.

2. Referência Histórica Forma de Resolução de Disputas No Brasil Anterior à Independência - Brasil Colônia - A partir da Independência - Brasil Império - Proclamação da República - Brasil República - O Assento de 10 de novembro de 1644; Portugueses julgados por Cortes Portuguesas; As Ordenações Filipinas. A Constitução de 1824; O Regulamento 737 de 25/11/1850; O Código C Comercial 1850 era obrigatório, rio, já em 1866 tornou-se opcional; Decreto 3.900 de 23/07/1867. A Constituição Federal de 1891; Estados Passaram a ter seus próprios prios códigos de processos; O Tratado de Limite e Navegação Brasil / Colômbia, em 1907; Entre 1907 e 1911 o Brasil firmou inúmeros tratados gerais de arbitragem; Lei 3.071 de 01/01/1916, instituindo o Código Civil brasileiro.

3. Alternative Dispute Resolution - ADR Conceito Denominam-se métodos m Alternativos de Resolução de Disputas (ADR Acrônimo em Inglês), às s diversas técnicas t de liquidação de desajuste entre indivíduos duos ou grupos, sem envolvimento do Sistema Judiciário Estatal.

3. Alternative Dispute Resolution - ADR Processos de ADR Alternative Dispute Resolution - ADR Processos Primários rios Negociação As partes procuram resolver diretamente as questões; Mediação Um terceiro neutro, assiste às s partes para obter o acordo; Conciliação Um terceiro intervém para levar as partes ao acordo; Arbitragem As partes submetem a questão à apreciação de um terceiro, que não obtendo o acordo, decide a disputa. Processos Secundários Private Judging (Rent a Judge) Similar ao processo Judicial, mas com Julgamento efetuado na instância privada, por terceiros escolhidos pelas partes (Juiz ou Advogado), com simplicidade de procedimento e com decisão passível de apelação ou referendum da Justiça; Meios Auxiliares Fact Finding Um perito, neutrom analisa os fatos/provas da disputa; Ombusdsman Um representante de uma instituição é designado para investigar queixas e requerimentos, visando prevenir e resolver questões.

3. Alternative Dispute Resolution - ADR Processos de ADR Alternative Dispute Resolution - ADR Processos Primários rios Processos Secundários Mini Trial Em um modelo, é feito um painel, com um consultor, executivos das partes e advogados destas. O consultor informa qual seria seu parecer e a provável vel decisão de um Tribunal. As partes então negociam ou se sujeiotam à decisão do consultor. Muito usado quando as disputas envolvem provas factuais, técnicas e legais ao mesmo tempo; Meios Auxiliares

3. Alternative Dispute Resolution - ADR Processos de ADR Alternative Dispute Resolution - ADR Processos Primários rios Processos Secundários Summary Jury Trial Consta em um breve exposição do caso, por advogados, a um Júri J simulado, que decide, sem sujeitar as partes; Meios Auxiliares Adjudicação Consiste em um processo formal em que uma decisão é imposta judicialmente, baseada em provas e aplicação de lei aos fatos.