ANÁLISE COMPARATIVA DA INCIDÊNCIA DE ESTRESSE ENTRE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E PROFESSORES DE OUTRAS DISCIPLINAS



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Transcrição:

ANÁLISE COMPARATIVA DA INCIDÊNCIA DE ESTRESSE ENTRE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E PROFESSORES DE OUTRAS DISCIPLINAS VALÉRIO, Fhairus Julielen PUCPR fhairus@hotmail.com Resumo Área Temática: Formação de professores Agência Financiadora: Não contou com financiamento Estresse pode ser definido como um estado produzido por uma mudança no ambiente que é percebido como desafiador; ameaçador ou perigoso para o balanço ou equilíbrio dinâmico da pessoa (Brunner et al, 2005). O objetivo desta pesquisa foi comparar a incidência de Estresse entre professores de Educação Física e professores de outras disciplinas da Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Participaram da pesquisa 71 professores, sendo 30 de Educação Física e 41 de outras disciplinas. Os instrumentos utilizados foram: o ISSL Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp e um questionário de informações pessoais elaborado pelos pesquisadores. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa em Humanos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná* e autorização da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, procedeu-se a aplicação individual dos questionários aos professores dentro do espaço escolar e em cursos de capacitação. Os dados encontrados apontam que 51,2% dos professores de outras disciplinas (PODs) apresentam Estresse contra 43,3% dos professores de Educação Física (PEFs), quanto às fases do transtorno, os PODs apresentaram mais exaustão (70%) enquanto os PEFs em sua maioria estão em fase de resistência (84,6%). A predominância de sintomas físicos é observada nos dois grupos com 55% e 69,2% entre PODs e PEF respectivamente, em ambos os grupos estudados a faixa etária mais afetada foi de 31 a 40 anos de idade, entre os PEFs a faixa de tempo de experiência entre 5 e 10 anos apresento maior numero de professores estressados com 46,2% de incidência; enquanto os PODs concentram mais professores estressados entre 10 e 15 anos de profissão (35%).Em amos os grupos houve grande concentração de indivíduos com estresse quando casados (55% e 53,8%) e trabalhando entre 21 a 40 horas por semana (75% e 61,5%) PODs e PEFs respectivamente. Os resultados encontrados nesta pesquisa sugerem quem os professores de Educação Física apresentam menor incidência de Estresse do que professores de outras disciplinas, tal diferença provavelmente esta relacionada aos diferentes ambientes de trabalho e a maior realização de atividade física pelos professores de Educação Física. Palavras-chave: Professor de Educação Física; Saúde do Professor; Estresse

11313 Introdução Saúde é o completo bem-estar físico, mental e social, e não somente a ausência de doenças. É resultado das condições de vida como um todo: alimentação saudável, habitação digna, educação ao longo da vida, salário, meio ambiente de trabalho, sua cidade, acesso aos serviços básicos de saúde, lazer e relações humanas éticas (BONI; SILVA, 2006). O trabalho pode atingir tanto a saúde física do trabalhador, causando disfunções e lesões biológicas, mas também reações psíquicas, podendo desencadear processos psicopatológicos especialmente relacionados às questões de trabalho (BRASIL, 2001). Portanto, saúde do trabalhador é compreendida como o processo saúde-doença envolvida nas relações de trabalho (BRASIL, 2002 apud BONI; SILVA, 2006 p.50). Segundo Seyle (1965 apud BENEVIDES-PEREIRA, 2002, p.25) Estresse é: o estado manifestado por uma síndrome específica que consiste em todas as mudanças não específicas induzidas dentro de um sistema biológico. O Estresse e outros transtornos mentais também podem ser doenças do trabalho, pois são respostas do organismo a uma situação de ameaça, tensão, ansiedade ou mudança, relacionadas ao trabalho (Geara e Villatore, 2006, p.34). Estresse também pode ser definido como um conjunto de condições bioquímicas do organismo humano, refletindo a tentativa do corpo de fazer o ajuste às exigências do meio (ALBRECHT, 1988 apud MARTINS, 2005). Lipp e Rocha (1996) afirmam que o termo stress também pode ser utilizado em dois sentidos, tanto para descrever uma situação de muita tensão, quanto para definir a nossa reação a tal situação, É percebido como uma situação de tensão aguda ou crônica, que produz uma mudança no comportamento físico e no estado emocional do individuo, é uma resposta de adaptação psicofisiológica que pode ser negativa ou positiva no organismo (MOLINA, 1996 apud MARTINS, 2005). De acordo com Sadir e Lipp (2009), a qualidade de vida, implicações em nível pessoal e implicações para as empresas tornaram o stress uma preocupação para a sociedade. O excesso de stress pode causar desgaste físico e/ou mental gerando envelhecimento precoce, uma série de doenças e até a morte. Existem dois tipos de Estresse o não nocivo (Eustresse) e o nocivo (Distresse). Eustresse ocorre a partir de um evento em que o agente estressor seja positivo e/ou breve, e as respostas de estresse suaves e controláveis, este estresse poderia ser estimulante e excitante para o individuo, o que possibilitaria um crescimento, o lazer, o prazer, desenvolvimento

11314 emocional e intelectual. Já o Distresse ocorre quando o agente estressor de caráter negativo, mais prolongado ou com maior gravidade. Pode-se dizer que o distresse ocorre quando o estresse ultrapassa um determinado limite, variável de organismo para organismo. (BENEVIDES-PEREIRA, 2002). O agente estressor, ou seja, aquele que desencadeia o processo de estresse, pode ser qualquer coisa que não esteja no cotidiano do individuo, seja a mudança na trajetória para casa, ou um assalto, uma noticia boa ou ruim; é preciso salientar que cada pessoa possui um mecanismo diferente e diferentes graus de aceitação para estes agentes estressores, o que para uns pode ser considerado altamente estressante, como, por exemplo, saltar de pára-quedas, para outros é uma atividade relaxante. Existem três fases no processo do estresse, as quais Benevides-Pereira (2002, p. 28) descreve como: reação de alarme que é quando o organismo é exposto ao agente estressor, quando é ativado o estado de alerta; etapa de resistência que é a fase em que o organismo tende a uma adaptação ao agente estressor, pois, se fossem mantidos os níveis de atenção e o nível de ativação do organismo, este logo entraria em colapso e pararia de funcionar, ocasionando a morte, caso o estressor não seja eliminado, e o organismo continue a combater o estresse, inicia-se o próximo estagio;e a etapa de esgotamento que ocorre quando o agente estressor persiste, levando a uma ruptura no mecanismo de adaptação, reaparecendo os sintomas da primeira etapa, porém, desta vez levando o individuo a exaustão. Para o ser humano, não existe a necessidade da presença do agente estressor, apenas a possibilidade que este possa vir a ocorrer novamente ou repetidamente, é necessária para reiniciar este processo, levando a pessoa a um constante estado de estresse. Tornando o estresse crônico. O stress do professor, livro organizado pela Dra.Marilda Lipp, apresenta uma lista de eventos que podem ser causadores de stress no professor: falta de formação científica, punição e injustiça, cultura organizacional baseada na ameaça, falta de comunicação, pressão de tempo, restrição ao desenvolvimento pessoal, a própria carreira, condições de trabalho, outros professores, características pessoais, gestão acadêmica e ambiente de trabalho entre outros (AMORIM, 2009). Porto-Martins e Amorim (2005) constataram que no Brasil, tratando-se do ensino público, a realidade que um professor enfrenta é extremamente árdua e difícil, por ser essa profissão considerada por alguns como decadente e desvalorizada. Numa pesquisa com 20 professores da cidade de Curitiba, na rede municipal de ensino, constatara,m que 80% dos

11315 participantes apresentavam algum nível de stress, destacando que 50% apresentavam stress na fase de resistência e 30% na fase de exaustão. Esta pesquisa fez parte de um projeto maior onde se estudou também a incidência de Burnout em Professores de Educação física. (VALÉRIO, AMORIM E MOSER, 2009). O estudo aqui apresentado teve como objetivo comparar a incidência de stress em professores de Educação física e compará-los com professores de outras disciplinas. Metodologia A população estudada nesta pesquisa foi composta por 649 professores de Educação Física e 7331 professores de outras disciplinas do quadro efetivo funcional da Rede Municipal de Ensino de Curitiba, atuantes no 1º e 2º ciclos do Ensino Fundamental. Para o cálculo do tamanho da amostra utilizou-se o modelo para cálculo do tamanho mínimo da amostra de Barbetta (2002,p.60), o erro amostral tolerável foi definido em 10% em cada subgrupo populacional, resultando numa amostra de 87 professores de Educação Física e 99 professores de outras disciplinas. Os critérios de exclusão consistiram em trabalhar exclusivamente no setor administrativo na escola, ter sido afastado por motivos de saúde nos últimos 12 meses anteriores a realização da pesquisa e não responder a todas as questões dos questionários. Para o levantamento de dados foram utilizados dois questionários auto aplicáveis: o questionário ISSL (Inventario de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp). O ISSL constituise de uma lista de sintomas físicos (Ex.: boca seca, tensão muscular, formigamento das extremidades) e psicológicos (Ex.: dúvida quanto a si mesmo, aumento súbito de motivação, perda do senso de humor) divididos em três quadros (LIPP; GUEVARA, 2004). Baseia-se no modelo trifásico de Selye sendo que cada quadro corresponde a uma das fases do modelo. O respondente deve indicar primeiro quais os sintomas do primeiro quadro que experienciou nas últimas 24 horas. A seguir deve assinalar que sintomas sentiu na última semana dentre os apresentados no quadro 2 e finalmente deve assinalar, dentre os sintomas físicos e psicológicos do quadro 3, quais experienciou no último mês. O ISSL permite diagnosticar se a pessoa tem stress, em que fase do processo se encontra (alerta, resistência e exaustão) e se sua sintomatologia é mais típica da área somática ou cognitiva (LIPP, 1996 p.25). E um questionário de informações foi composto por sete questões fechadas de múltipla escolha e teve como objetivo identificar o perfil do professor afetado pelo estresse.

11316 Depois de submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Humanos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná com o protocolo n. 2141 de 14 de dezembro de 2007. E autorização da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba. Os questionários foram entregues aos professores no ambiente escolar e em cursos de capacitação e devolvidos diretamente à pesquisadora. Após a coleta, foi realizada uma analise do ISSL pelo psicólogo Cloves Amorim, e uma analise quantitativa dos dados obtidos através dos questionários utilizando o programa estatístico SPSS v.15.0. Resultados e Discussão Tabela 1- Professores com Estresse VARIÁVEIS OUTRAS DISCIPLINAS EDUCAÇÃO FÍSICA f % f % Possui Estresse Sim 20 48,8 13 43,3 Não 21 51,2 17 56,7 Total 41 100 30 100 Fase Alerta 0 0 0 0 Resistência 6 30 11 84,6 Exaustão 14 70 2 15,4 total 20 100 13 100 Sintomas Físicos 11 55 9 69,2 Psicológicos 9 45 4 30,8 Comparando os níveis de estresse e o perfil dos professores (tabela 1) acometidos por este transtorno mental, nota-se que a maioria dos professores não apresenta estresse, entretanto, a porcentagem entre quem tem e quem não tem são muito próximas. Entre os professores de outras disciplinas 48,8% não apresentam a doença enquanto 51,2% sim. Entre os professores de Educação Física a diferença é um pouco maior, com 43,3% de professores estressados e 56,7% de não estressados.

11317 Quanto às fases do estresse, professores de outras disciplinas apresentam-se com mais exaustão (70%) enquanto os professores de Educação Física em sua maioria estão em fase de resistência (84,6%). A predominância de sintomas físicos é observada nos dois grupos com 55% e 69,2% entre professores de outras disciplinas e professores de Educação Física respectivamente. Tabela 2 Perfil dos Professores com Estresse OUTRAS DISCIPLINAS EDUCAÇÃO FÍSICA VARIÁVEIS f % F % Faixa Etária Até 30 anos 1 5 4 30,8 De 31-40 anos 13 65 7 53,8 De 41-50 anos 3 15 2 15,4 Acima de 51 anos 3 15 0 0 Sexo Feminino 20 100 12 92,3 Masculino 0 0 1 7,7 Experiência 5-10 anos 4 20 6 46,2 10-15 anos 7 35 4 30,8 15-20 anos 4 20 3 23,1 Mais de 20 anos 5 25 0 0 Estado civil Solteiro(a) 1 5 4 30,8 Casado(a) 11 55 7 53,8 Divorciado(a) 4 20 2 15,4 Outros 4 20 0 0 Grau de Escolaridade Superior Completo 11 55 1 7,7 Especialização 8 40 12 92,3 Mestrado 1 5 0 0 Horas Trabalhadas por Semana Até 20 horas 2 10 0 0 De 21-40 horas 15 75 8 61,5 Mais de 41 horas 3 15 5 38,5 Quanto ao perfil pessoal dos professores afetados (tabela 2), em ambos os grupos a faixa etária predominante foi a de 31 a 40 anos (65% e 53,8%), o sexo masculino apresentou

11318 apenas um professor com estresse (7,7%), entre os professores de Educação Física a faixa de tempo de experiência entre 5 e 10 anos apresento maior numero de professores estressados com 46,2% de incidência; enquanto os professores de outras disciplinas concentram mais professores estressados entre 10 e 15 anos de profissão ( 35%). Em ambos os grupos houve grande concentração de indivíduos com estresse quando casados ( 55% e 53,8%) e trabalhando entre 21 a 40 horas por semana (75% e 61,5%). Em 2003 a academia de Inteligência realizou um estudo sobre a qualidade de vida do educador, com amostragem de 980 professores de escolas de ensino médio e fundamental, das quais 90% eram escolas públicas de São Paulo e Paraná. Os resultados mostraram que 91% dos professores estudados apresentaram três ou mais sintomas de estresse e 41% dez ou mais, ou seja, os professores estão doentes e quase a metade não esta em condições de exercer sua profissão com qualidade e dignidade (Fante, 2007). Comparando a pesquisa citada acima e a realizada para este trabalho, observam-se valores semelhantes, quase a metade dos professores estudados nesta pesquisa apresenta sintomas de estresse e em fase de exaustão. Tais resultados, também são verificados em Campo Grande MS, onde os professores representam a categoria que mais busca ajuda psicológica, e a maioria dos professores que buscam ajuda tem entre 38 e 40 anos e trabalham no ensino fundamental 1ª a 4ª séries (Fante, 2007). O professor esta doente em todo mundo, mesmo em paises ditos desenvolvidos os índices de estresse são bastante altos e conseqüentemente há uma dificuldade para formar futuros docentes. Nosso estudo mostra os mesmo problemas na educação municipal de Curitiba, há cada vez menos professores com menos de 30 anos, ou seja, recém formados, e os professores mais antigos estão doentes; prevalecendo os sintomas físicos, tais manifestações vão desde problemas gastrintestinais, passando por queda de cabelo, diminuição ou aumento de diversos hormônios o que ocasiona desde quadros depressivos, distúrbios alimentares, aumento da pressão arterial e em alguns casos pode causar infartos. A produção de linfócitos T e B diminuem a eficiência do sistema imunológico deixando a pessoa mais sujeita a doenças infecciosas (Fante, 2007). A experiência profissional, como já foi discutida anteriormente, não é um fator determinante para o surgimento ou não de transtornos mentais nos professores, em nosso estudo encontramos a maioria dos professores estressados com faixa etária entre 31 e 40 anos de idade e entre 10 e 15 anos de experiência profissional, faixa etária e experiência

11319 profissional apontados por Elvira e Cabrera (2004) como as mais propensas a desenvolver o transtorno. Quanto ao estado civil também não existe consenso entre os autores, Benevides- Pereira (2002) e Elvira e Cabrera (2004) trazem autores que atribuem ao casamento ou relacionamento estável, uma menor propensão ao Burnout e a Estresse, enquanto outros autores afirmam não haver correlações entre a doença e o estado civil. Entretanto, os resultados obtidos mostram que entre os professores casados há uma maior presença de estresse. Este fenômeno pode estar relacionado ao conflito de papel, as mulheres têm de desempenhar o seu papel profissional ao mesmo tempo em que devem desenvolver competentemente o papel de mãe, mulher e esposa (LIMONGI-FRANÇA; RODRIGUES, 1997). O grau de escolaridade, segundo Benevides-Pereira (2002, p.52), tem relação direta aos níveis de estresse e Burnout, a autora afirma que pessoas com níveis educacionais mais elevados apresentam maiores índices das doenças; os resultados do nosso estudo vêm de encontro com tal afirmação, visto que entre os professores doentes, mais da metade possui especialização. Quanto à jornada de trabalho enfrentada semanalmente, a literatura afirma que a sobrecarga laboral esta intimamente relacionada com o cansaço emocional. Os resultados do estudo mostram que os professores afetados pelo estresse trabalham entre 21 e 40 horas por semana, ou seja, trabalham em 2 turnos e muitas vezes em duas escolas. Aparentemente, isto não representa uma sobrecarga de trabalho, entretanto, considerando as horas gastas para o planejamento de aulas de qualidade, confecção de provas e suas correções, e o tempo de hora atividade, horário destinado à realização de tais tarefas e atendimento aos pais e alunos que é insuficiente para a quantidade de tarefas a serem cumpridas. O professor acaba levando trabalho para suas horas de lazer, trabalhando durante o fim de semana e feriados. Além disso, o número de alunos em sala de aula esta cada vez maior, em menores espaços e os alunos mais indisciplinados, fatores que geram excesso de trabalho, fatores apontados na literatura como indicadores para o desenvolvimento doenças do trabalho (Benevides-Pereira, 2002; Elvira e Cabrera, 2004; Gasparini, Barreto; Assunção, 2005) Comparando os resultados entre professores de Educação Física e professores de outras disciplinas é possível observar que entre professores de Educação Física a fase de resistência é a predominante e entre professores de outras disciplinas a fase de exaustão. Outra

11320 diferença também é o tempo de experiência profissional, professores de outras disciplinas tem em sua maioria de 10 a 15 anos de experiência, já professores de Educação Física têm entre 5 e 10 anos. Em termos absolutos, o fator de experiência pode estar relacionado ao grande numero de concursos públicos que a Prefeitura Municipal de Curitiba realizou nos últimos anos e a grande contratação de professores de Educação Física, entretanto, tais professores recém contratados apresentam altos níveis de estresse, contradizendo alguns autores que afirmam que os trabalhadores com experiência entre 10 e 15 anos apresentam maiores níveis de estresse (Benevides-Pereira,2002), enquanto outros autores afirmam que professores com menor experiência tentem a sofrer mais de estresse, devido à falta de habilidade adquirida nas faculdades e o não desenvolvimento de formas de enfrentamento adequadas à situação, ou ainda, fatores como a pouca idade (Oubiña,1995;Schaufeli,1999, apud Benevides- Pereira,2002,p.59). Considerações finais As relações entre trabalho e saúde são temas discutidos em diversas áreas profissionais, tais discussões são ocasionadas pelos altos índices de doenças causadas pelo trabalho, inclusive os transtornos mentais, que tornam os profissionais incapazes de executar suas tarefas e geram consideráveis gastos com tratamentos especializados (Fante,2007). Os dados obtidos nesta pesquisa revelaram que a maioria dos professores estudados apresentam sintomas de estresse, e entre estes, os professores de outras disciplinas apresentam mais sintomas. Atingindo o objetivo proposto e comprovando a diferença na incidência de Estresse entre professores de Educação Física e professores de outras disciplinas. Os fatores que tornam a escola um ambiente tão desgastante são vários: a sobre carga de trabalho, multiplicidade de papéis, estrutura das escolas, fatores sociais e organizacionais, relações interpessoais, elevado número de alunos por classe, meu comportamento dos alunos, falta de recursos materiais para o trabalho, entre outros (SANTINI; MOLINA NETO, 2005, CARLOTTO; PALAZZO, 2006). Outros fatores tidos como desgastantes na escola são a falta de apoio e participação dos pais; o próprio processo de alfabetização; crianças altamente desinteressadas para aprender (desmotivadas); falta de apoio técnico específico diante de crianças com dificuldade de aprendizagem; classes numerosas (AMORIM; JÚNIOR; GUIMARÃES, 2002).

11321 Para a prevenção dos transtornos mentais relacionados ao trabalho entre os professores são necessários muitos mais estudos e pesquisas, com o intuído de fundamentar ações preventivas concretas e eficazes; entre as pesquisas já realizadas, as principais formas de prevenção destas doenças são realizadas em duas esferas, a primeira é a reestruturação organizacional com o estimulo ao prestigio da profissão docente, equilíbrio entre políticas educacionais e a realidade, recursos humanos e materiais suficientes para atender à demanda de alunos, a analise da carreira do professor (planos de carreira, remuneração), reorganização da administração educacional (Kelchtermans e Strittmatter, 1999 apud Elvira e Cabrera, 2004). A segunda é a esfera individual, com ações voltadas ao professor e sua percepção do trabalho, e adoção de posturas positivas e otimistas, além da melhor alimentação, prática de atividades físicas, realização de técnicas de controle de emoções, técnicas de soluções de problemas, manuseio do tempo de forma eficaz (Reinhold, 2007; Benevides-Pereira, 2002). Referências AMORIM, C. Promovendo a saúde do professor. In SILVA, M.B. (org.) Consultoria em Psicologia Escolar e Educacional: Princípios teóricos e técnicos e contribuições de práticas sistematizadas. Curitiba: Juruá, 2009. (105-123). AMORIM,C.;JÚNIOR,O.M.;GUIMARÃES,S. Resenha do livro O Stress do Professor.Psicol. Argum., Curitiba, v. 25, n. 48 p. 103-107, jan./mar. 2007. BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada às ciências sociais. 5. ed., rev. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2002. BENEVIDES-PEREIRA, Ana Maria T. Burnout : quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. 282 p. 2002. BONI, Amanda de Paula; SILVA, Marly Bittencourt Gervásio Marton da; FACULDADE EVANGÉLICA DO PARANÁ. Síndrome de Burnout: conhecer para prevenir na enfermagem. Curitiba, PR, 2006. 80 f. BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças relacionadas ao trabalho: manual de procedimentos para os serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.

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