AÇÕES PREVENTIVAS DE ACIDENTES COM TRANSEUNTES EM OBRA URBANA DE GASODUTO TERRESTRE: UM ESTUDO DE CASO



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Transcrição:

AÇÕES PREVENTIVAS DE ACIDENTES COM TRANSEUNTES EM OBRA URBANA DE GASODUTO TERRESTRE: UM ESTUDO DE CASO Roberta Lima de Souza Costa (UNAMA) roberta_lsouza@ig.com.br Jose Alberto Silva de Sa (UNAMA) josealbertosa@unama.br O presente trabalho analisou as causas dos acidentes ocorridos com transeuntes em obra urbana de gasoduto terrestre realizada na cidade de Manaus-AM no período de junho/2008 a setembro/2010, que resultou em danos e/ou transtornos aos moradoores no decorrer e sua execução. Buscou propor ações preventivas para esse tipo de obra em áreas urbanas. Realizou-se análise da tabela de acidentes e suas causas no dia a dia do processo de execução. Como resultado, foi possível identificar ações preventivas como intensificação da comunicação para os transeuntes e moradores com a descrição da obra, alertando-os sobre trafego de veículos naquele local informando alternativas de fluxo de tráfego com placas alusivas e refletivas e rota alternativa, data e hora de interdição de via; indicando ao pedestre passagem segura próximo a obra através de placas indicativas e educativas; colocação de sinalização ao longo do caminhamento da vala, desde a etapa de demarcação do local até o fechamento da vala e recomposição do pavimento; especificação de equipamento adequado ao local de execução da obra; programação de execução de obras em dias da semana de menor fluxo de trânsito, quando for o caso, em consonância com a determinação do gerente de trânsito da via em questão; programação de execução de obras de forma a evitar feriados ou festas locais, se for o caso; manutenção de placas metálicas sobre as valas nos cruzamentos de vias ou em acessos de veículos às propriedades existentes ao longo do caminhamento da tubulação; manutenção de sinalização no período noturno; colocação de tapumes ao longo da vala; manutenção de sinalização luminosa no período noturno; limpeza do local de execução das obras e desobstrução de espaço para circulação de pessoas com segurança; recomposição do piso e/ou pavimento. Abstract This study analyzed the causes of accidents involving pedestrians in urban gas pipeline project held land in the city of Manaus-AM in the period from June/2008 to September 2010, which resulted in damage and / or inconvenience to residents during their execution and. Sought to propose preventive actions for this type of work in urban areas. Analysis was performed and the table of accidents and their causes on the day of the execution process. As a result, it was possible to identify preventive actions such as increased

communication for pedestrians and residents with the description of the work, alerting them to vehicular traffic at that location stating alternative flow of traffic signs and reflective and allusive alternative route, date and time interdiction of road, indicating to pedestrians safe passage around th Palavras-chaves: Segurança. Transeuntes. Prevenção de acidentes. Gasoduto Terrestre. Obra Urbana. Key words: Security. Passers. Prevention of accidents. Pipeline Road. Work Urbana. 2

1. Introdução A via urbana é um espaço público, onde atividades diferentes ocorrem de uma maneira dinâmica, assim a via tem acima de tudo, uma função social dentro do contexto global da cidade, permitindo que por meio dela seja possível atingir locais onde novas atividades se desenvolvem. Atualmente enfrentamos atividades das mais diferenciadas e nem sempre desejáveis já se encontram alojadas nos seus lotes lindeiros e nem sempre existe uma calçada de obras urbanas está geralmente ligada ao crescimento populacional. Com a demanda de serviços suficientemente larga para a circulação de pedestres. Com o crescimento populacional vem junto o avanço de obras nas cidades e regiões metropolitanas e com isso nota-se que a preocupação com a segurança dos transeuntes é bem pequena, quase nulo e os acidentes vêm acontecendo no decorrer do cronograma da obra. O gás natural é de extrema importância para uma cidade, pois é fundamental para o crescimento urbano. Ele é usado como fonte de energia (combustível) para as indústrias, residências e veículos de transportes. E vem daí a necessidade de obra de gasoduto nas áreas urbanas. O processo de construção e montagem de dutos consiste na ligação de vários tubos de comprimento e diâmetro variável. Para essa construção, as indústrias contratam empresas especializadas, porém ficam responsáveis pela supervisão dos serviços para que seja garantida a qualidade, o prazo e o custo. Devido ao deslocamento permanente de máquinas, equipamentos, veículos pesados, pessoas, alojamentos, alimentos e energia, por vias urbanas, todos que ali passam são prejudicados de alguma forma, ou pelo atraso em chegar ao destino final pelo engarrafamento de veículos, ou por via interditada parcial ou total, ou por algum acidente causado. Portanto a realização desse estudo em analisar as causas de acidentes/transtornos ocorridos com transeuntes em áreas de obras urbanas de gasoduto terrestre. Com planejamento e organização se consegue realizar uma obra urbana com segurança evitando os acidentes/transtornos a população 2. Principais conceitos sobre segurança em obra urbana de gasoduto terrestre 2.1 Segurança Condição ou estado de estar seguro ou protegido (FERREIRA, 2010). 2.2 Segurança no trabalho Segurança do trabalho é um conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente quer instruindo ou convencendo as pessoas da implantação de praticas preventivas (CHIAVENATO, 2002). A segurança do trabalho tem como finalidade estabelecer normas e procedimentos como objetivo de prevenir a integridade física do trabalhador, sua segurança nos locais de trabalho e 3

o controle dos riscos profissionais, bem como a melhoria das condições e do ambiente do trabalho nos mais diversos setores da empresa, pondo em prática os recursos possíveis para conseguir a prevenção de acidentes e controlando os resultados obtidos. 2.3 Prevenção de acidentes A prevenção de acidentes é um programa de longo prazo que objetiva, antes de tudo, conscientizar as pessoas a proteger a sua própria vida e a dos demais por meio de ações mais seguras. Essa ação preventiva se dá através de treinamentos, avisos, panfletos, campanhas educativas, dentre outros. (GONÇALVES, 2000). 2.4 Sinalização de obra A sinalização de obra consiste num conjunto de placas e dispositivos com características visuais próprias, cuja função principal é garantir segurança dos usuários e trabalhadores e a fluidez do tráfego nas áreas afetadas por intervenções temporárias tais como: realização de obras; serviços de pavimentação; sinalização; topografia; remoção de interferências e situações de emergência como rompimento de dutos; de pavimentos; etc. (COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRÁFEGO, 2004). A sinalização tem por finalidade: Advertir corretamente todos os usuários sobre a intervenção; Fornecer informações precisas, claras e padronizadas; Regulamentar a circulação e outros movimentos para reduzir os riscos de segurança com pedestres acidentes e congestionamentos; Assegurar a continuidade dos caminhos e os acessos às edificações lindeiras; Orientar sobre novos caminhos; Proteger a obra, os trabalhadores e os usuários da via em Geral; Diminuir o desconforto, causado aos moradores e à população em geral, da área afetada pela intervenção. 2.5 Transeuntes Segundo Ferreira (2010), transeunte é que passa, que não dura, que não permanece. 2.6 Segurança para pedestres A definição legal de segurança para pedestres em via pública foi estabelecida pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, Capitulo IV, artigo 68º. Segundo esta legislação, a segurança para pedestre define-se como: É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres (LEI 9.503, 1997). 2.7 Gás natural Gás natural é todo hidrocarboneto ou mistura de hidrocarboneto que permaneça em estado gasoso nas condições atmosféricas normais, extraído diretamente a partir de reservatórios 4

petrolíferos ou gaseificados, incluindo gases úmidos, secos, residuais e gases raros (PORTARIA ANP, 2000 apud BONFIM, 2008, p. 28). 2.8 Gasoduto Gasoduto é uma rede de tubos que leva gás de uma região produtora para uma região consumidora. O gás é transportado pelos tubos com a ajuda da diferença de pressão: em um ponto, chamado estação de compressão, a pressão no duto é elevada e "empurra" o fluido para o ponto de menor pressão (MOTOMURA, 2006). 2.9 Faixa de domínio Faixa de domínio é a faixa de terreno de largura definida, ao longo da diretriz, onde o titular proprietário do imóvel detém sua posse e da qual a PETROBRAS obteve o direito de implantar, instalar, operar e manter um duto (PETROBRAS, 2003). 3. Metodologia O estudo foi realizado em uma obra realizada na cidade de Manaus-AM, no período de junho/2008 a setembro/2010, obra de implantação de rede de Distribuição de Gás Natural para atendimento às usinas termelétricas em Manaus, no total foram 43 Km de rede em aço carbono, dos quais cerca de 21 km dutos de 20 polegadas e 22 km em dutos de 10 polegadas, foram enterrados nas vias públicas a uma distância média de 1,20m da calçada. Para colocação dos dutos houve abertura de valas e, durante o período das obras, foi necessário ocupar uma pista das ruas e avenidas por onde passa a rede e houve a necessidade de algumas intervenções pontuais no trânsito. As intervenções foram parciais e temporárias. Foram distribuídos vários cartazes de comunicação à população avisando sobre a execução da obra bem como as intervenções no trânsito. As frentes de serviços foram iniciadas primeiramente no Ramal Mauazinho, devido ser o trecho de menor extensão, posteriormente se estendeu aos demais Ramais: Aparecida, Ponta Negra, Rio Amazonas e Manauara. Os dados de acidentes e/ou transtornos foram registrados pela empresa executora da obra, de acordo com os acontecimentos. Independente do local da ocorrência o encarregado comunica ao técnico de segurança do trabalho, que iniciava o registro de dados através de um formulário próprio para análise de acidentes. O registro é repassado imediatamente ao Engenheiro de Segurança do Trabalho que convoca uma reunião com a produção para divulgação da ocorrência e solicitar correção das falhas para que não venha ocorrer em outras frentes de serviços. Imediatamente o técnico em segurança juntamente com um ajudante realizam a correção da(s) falha(s) que ocasionou o acidente. Dependendo do grau do acidente e/ou transtorno, sendo com danos pessoais ou materiais, o tratamento era o seguinte: - Com danos pessoais: encaminhar imediatamente a pessoa para o posto de saúde mais próximo e acompanhar até o parecer do médico, tendo a empresa responsabilidade sobre o tratamento até o final do tratamento. - Com danos materiais: Encaminhar o caso ao Engenheiro de Produção que levará ao conhecimento do Gerente Financeiro para efetuar o ressarcimento dos prejuízos causados. O estudo realizado foi feito através dos dados armazenados dos registros de acidentes causados durante a obra, através de acompanhamentos nas frentes de serviços realizados, verificando as ações preventivas da empresa e sua eficácia, participando de reuniões com o 5

SESMT da contratada e da Fiscalização da obra, juntamente com a Companhia e Trânsito do município. Registros fotográficos foram realizados no encontro de situações inseguras para pedestres com observações feitas direta no local da obra. Segue abaixo alguns registros. Imagem 01: Proteção Inadequada FONTE: Da autora Imagem 02: Acesso para pedestres inadequado Imagem 03: Passagem de pedestres interditadas FONTE: Da autora 4.1 Descrições das etapas de execução da obra As obras de implantação do gasoduto são executadas na seguinte sequencia: 4.1.1 Marcação da faixa de domínio / locação Inicialmente realizam-se os serviços de topografia, com as marcações da faixa em que será implantado o duto, do eixo do gasoduto para locação das valas. 4.1.2 Abertura de pista Posteriormente a marcação da faixa de domínio, a próxima etapa é a abertura da pista, que é a área de trabalho que será utilizada para implantar o duto. 4.1.3 Abertura da vala Na sequencia vem à abertura da vala para que o duto, já confeccionado (com solda e revestimentos completos), seja enterrado. Nessa etapa faz-se uso de máquinas e equipamentos como: escavadeira, retroescavadeira e martelete pneumático esse último caso seja necessário. A abertura de uma vala, em geral tem aproximadamente 1,5m de profundidade, dependendo do diâmetro do duto. Caso necessário realizar o escoramento da vala. 4.1.4 Transporte de tubos Nessa etapa os tubos que compõem o duto precisam ser transportados do local de armazenamento para o local da obra. À medida que a obra avança os tubos são transportados para frente de serviço paulatinamente. 4.1.5 Distribuição de tubos ou desfile de tubo Com a chegada dos tubos, depois da abertura da vala, é chegada a ocasião de se colocar os tubos perfilados ao lado da vala para serem soldados. 4.1.6 Soldagem O duto é produto da emenda dos tubos, ou seja, da soldagem. Segue a etapa da soldagem para o tubo se tornar um duto: a) Acoplamento O acoplamento é o momento de se unir dois conjuntos-sequências de tubos, requerendo habilidade do encarregado que coordena a operação de dois caminhões 6

com equipamento de guindar que aproximam os dois feixes de tubos, para que o soldador possa uni-los. No caso de tubos com diâmetro maior ou igual a 12, normalmente se utiliza uma acopladeira interna e externa, nessa operação de acoplamento, utilizam-se calços metálicos, que são colocados entre os tubos para garantir o espaçamento correto para a soldagem. Esses calços são colocados através de golpes de marreta. b) Limpeza do cordão de solda (lixamento e escovamento) Utiliza-se lixadeira e escova de aço para verificar a solda, realizando uma análise crítica de qualidade. 4.1.7 Ensaio não destrutivo Tendo como critério de aprovação requisitos de normas definidos em projeto os ensaios não destrutivos são utilizados para inspecionar soldas através do uso de radiografias. Um procedimento radiográfico é usado para produzir radiografias aceitáveis em cada diâmetro das soldas e em paredes grossas do tubo. Podendo utilizar ultrassom em casos em que a radiografia seja inadequada, ou seja, em áreas urbanas. 4.1.8 Revestimento de juntas Todas as juntas, depois de soldadas, inspecionadas e aprovadas, devem ser protegidas pelo revestimento com uma manta de polietileno para evitar que ocorra corrosão. 4.1.9 Abaixamento e cobertura Nessa etapa a coluna, uma vez aprovada, deve ser abaixada à vala o mais rapidamente possível, de modo a se evitar novos danos no revestimento. Antes do abaixamento, deve haver uma inspeção das condições laterais e de fundo da vala, que não deve conter pontas de pedra que possam danificar o revestimento. A coluna deve ficar totalmente acomodada no fundo da vala, e os espaços vazios devem ser preenchidos por solo selecionado ou areia. 4.1.10 Teste hidrostático Após a colocação do duto na vala, faz-se necessário realizar um teste para verificar a estanqueidade do duto. 4.1.11 Restauração e limpeza Terminado o teste hidrostático a restauração e limpeza é a etapa conclusiva da construção propriamente dita. O produto final dessa fase é o terreno recomposto com o duto enterrado. 4.1.12 Condicionamento O condicionamento é a etapa de preparação do duto para o recebimento de produtos. 5. Análise e discussão dos dados Inicialmente fez-se um levantamento dos acidentes causados aos pedestres decorrentes ao longo da obra. Tipos de Acidentes/Transtornos Motociclista se choca com sinalização de isolamento da obra. Pedestre torce o pé ao tentar atravessar a rua. Causas Falta de placa de aviso antecedente a obra, indicando obras à frente em uma determinada distância. Falta de passarela adequada para os pedestres que em algum momento atravessam sobre os tubos Carro cai na vala aberta em obra de O não fechamento da vala em tempo 7

gasoduto. Duto de 10 rola em direção a via de transito de veículos atingindo um carro particular. Pedestres correm risco de atropelamento Engarrafamento de veículos por horas prolongadas Atropelamento de pedestre Batidas de carro indicado no procedimento da obra; falta de sinalização suficiente indicando homens trabalhando e obras a frente, informando a distância. Apoio inadequado, não conforme com o procedimento da qualidade. Ausência de alternativa segura de passagem para pedestres quando a calçada está interditada. Ausência de alternativa de vias para liberação do trafego; atraso de cronograma da obra. Falta de alternativa segura para o pedestre transitar próximo a obra; falta de abertura de acesso próximo a ponto de ônibus, por exemplo. Falta de sinalização adequada, conforme normas de transito para alertar os motoristas de trecho em obra; Falta de comunicação adequada à população indicando o melhor caminho a seguir. Fonte: Dos autores Tabela 1: Tipos de acidentes/transtornos e suas causas do período de 2008 a 2010 Pela tabela é possível verificar que a maioria das causas dos acidentes foi à falta/ausência de sinalização suficiente para o bloqueio das causas. A responsabilidade de realizar a sinalização na obra era do SESMT- Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, cada frente de serviço possuía um Técnico em Segurança do Trabalho responsável pela frente de serviço. Quando havia uma frente de serviço que desse pra se deslocar a pé ficava um técnico cobrindo duas ou mais frentes. Quando não o técnico se deslocava através de veículo e deixava a outra área descoberta. Os tubos quando transportados para as frentes de serviços e muitas vezes o Técnico de Segurança não era informado, pela mudança repentina do cronograma, quando os tubos eram desfilados com isso não havia sinalização adequada causando. No geral na obra a responsabilidade pelo andamento das frentes de serviços era do Engenheiro de Produção que junto com sua equipe de supervisores e encarregados davam andamento as execuções das frentes de serviços. A obra funcionava em dois turnos (manhã e noite) com quadro de funcionários para cada turno. 8

Notou-se que o turno do dia não se comunicava com o turno da noite. Havia reclamações dos funcionários pelo motivo de: ferramentas utilizadas não se encontravam no mesmo lugar que a outra equipe deixou; uso de sinalização de outra frente sem execução do turno; serviços não concluídos; frentes de serviços sem organização e falta de limpeza; ausência de sinalização noturna e diurna suficiente, portanto o outro turno tinha que primeiramente resolver as pendências e depois iniciar suas atividades, isso contribuía para o atraso do cronograma. Sobre a sinalização de segurança as mesmas foram mal dimensionadas para o empreendimento e/ou não atendidas quando solicitada pelo setor responsável e quando outra frente de serviço era iniciada não havia sinalização suficiente para atender colocando assim o técnico em segurança a improvisar com outro tipo de sinalização não adequada o suficiente para a situação. A confecção de uma nova placa demorava praticamente de 1 a 2 semanas, devido o mercado aquecido de obra na cidade a demanda era grande e os prazos não atendidos a tempo. Percebeu-se que a falta de comprometimento com a segurança causou grandes transtornos aos transeuntes, o empreendimento possuía um Plano de Comunicação; Plano de Segurança juntamente com os programas exigidos pela legislação se segurança vigente além do mais a parceria que a empresa tinha com o órgão competente responsável pelo trânsito da cidade. Percebeu-se que houve certa falta de comprometimento em relação à segurança dos transeuntes, pois todos os empregados foram treinados e na programação de treinamento era incluso a segurança dos pedestres. O SESMT tinha limitações em suas atuações ao se tratar desse assunto, as frentes de serviços só queriam saber de produção visando premiações caso as etapas da obra fossem concluídas a tempo, portanto faziam o básico de sinalização que não era o suficiente para evitar os acidente/transtornos, não cumprindo com as Diretrizes de Segurança anteriormente mostrada. 6. Proposta O aumento do tráfego de pessoas, veículos e equipamentos em virtude da construção da obra, deve ser acompanhado de ações que permitam a integração com a população residente de forma a manter a segurança de todos os usuários. Primeira se deve fazer uma Linha de Ação: Informação e Educação. Para esta linha de ação devem ser previstas as atividades que visam atingir a população residente próxima à região de inserção da obra, motoristas e trabalhadores. Nas intervenções que exigem desvios de tráfego ou causem grandes transtornos aos usuários, é necessário que se estabeleça um plano de comunicação social que deve fornecer informações para facilitar a circulação de pessoas na área sob intervenção. As informações devem ter mensagens sucintas e claras, desenhos esquemáticos e devem ser estritamente necessárias para que o usuário identifique rapidamente a atitude e os cuidados a tomar. Devem ser evitados termos técnicos, tais como: coluna semafórica, projeto piloto, adequação geométrica, etc.; expressões não usuais no dia a dia da população, exemplos: adjacências, entorno e frases excessivamente extensas. Campanhas Educativas: A serem realizadas junto à população residente, trabalhadores e motoristas, através de material informativo específico, sobre cuidados do pedestre, e dos trabalhadores que circulam por estas vias. 9

Telefone de Socorro: Instalados nos trechos das vias próximas os canteiros de obras e pontos que terão maior circulação de máquinas e equipamentos, visando facilitar a comunicação em caso de acidentes envolvendo veículos de equipamentos pesados e de passeios que serão utilizados durante as obras de implantação do empreendimento. Definição de horários para o fluxo de veículos pesados: Os horários para o fluxo de veículos pesados que transportam equipamentos e materiais necessários a realização das obras de construção, deverão ser estabelecimento de forma a minimizar os transtornos. Painel luminoso - Nos casos de obras de grande porte e em locais de grande fluxo de veículos, podem ser usados painéis luminosos com mensagens variáveis informando os motoristas sobre as condições anormais existentes. As mensagens podem ser do tipo informativa ou educativa, tais como: ATENÇÃO HOMENS TRABALHANDO; OBRAS A 50M; OBRAS NOS PRÓXIMOS 40 DIAS VIA INTERDITADA; ETC. Luz Intermitente - É utilizada para chamar a atenção dos motoristas em locais de alta periculosidade. Posiciona-se geralmente, de frente para o fluxo de tráfego na área de canalização, junto aos primeiros dispositivos, sendo esta a sua melhor situação de uso. Para garantir os seus objetivos, a sinalização de obras deve: Estar limpa e em bom estado; Manter inalteradas formas e cores tanto no período diurno quanto noturno; Apresentar dimensões e elementos gráficos padronizados; Ser colocada sempre de forma a favorecer a sua visualização; Ser implantada de acordo com critérios uniformes e de forma a induzir o correto comportamento do usuário; Ser implantada antes do início da intervenção na via; Ser totalmente retirada quando da conclusão da etapa de obra que não tenha relação com a seguinte; Ser totalmente retirada quando a obra ou etapa a que ela se refere for concluída. Quando as intervenções na via interferem na passagem livre dos pedestres, deve-se providenciar sinalização específica para protegê-los e orientá-los. Nesses casos, a elaboração do projeto deve atender às seguintes determinações: As passagens provisórias devem ter separação física entre pedestres e veículos, bem como entre pedestres e obras e esta separação é feita por tapumes ou outros dispositivos de sinalização auxiliar; A circulação de pedestres deve ser mantida limpa e livre de obstáculos (buracos, entulhos, etc.), caso não seja possível, os obstáculos devem ser guarnecidos com dispositivos adequados e estar sinalizados; 10

Metros de largura, garantindo o trânsito de carrinhos de bebê e cadeiras de roda, mas devem ser mais largas em obstruções de comprimento superior a 30 metros ou em áreas de grande volume de pedestres; Sob trabalhos elevados (pontes, por exemplo), as passagens devem ser cobertas, com vão livre mínimo de 2,10 metros, ventilação natural e iluminação natural e/ou artificial; Os sinais e os equipamentos de controle de tráfego não podem constituir obstáculos aos pedestres; Os equipamentos refletivos são de pouca valia para os pedestres, porém luzes de advertência devem ser usadas para delinear o caminho dos pedestres e sinalizar obstáculos de forma apropriada; A iluminação temporária artificial à noite deve ser garantida, particularmente se as passagens adjacentes também forem iluminadas; Quando não for possível providenciar passagem adequada, os pedestres devem ser Orientados a utilizar outro caminho (calçada oposta, contorno da obra, outra quadra) por sinalização e equipamentos apropriados. Colocação de sinalização ao longo do caminhamento da vala, desde a etapa de demarcação do local até o fechamento da vala e recomposição do pavimento. As empresas devem realizar a manutenção periódica na atividade envolvendo transeuntes colocando em seus programas medidas básicas mais eficazes, como: - Especificação de equipamento adequado ao local de execução da obra; - Programação de execução de obras em dias da semana de menor fluxo de trânsito, quando for o caso, em consonância com a determinação do gerente de trânsito da via em questão; - Programação de execução de obras de forma a evitar feriados ou festas locais, se for o caso; - Manutenção de placas metálicas sobre as valas nos cruzamentos de vias ou em acessos de veículos às propriedades existentes ao longo do caminhamento da tubulação; - Manutenção de sinalização no período noturno - Colocação de tapumes ao longo da vala; - Manutenção de sinalização luminosa no período noturno; - Limpeza do local de execução das obras e desobstrução de espaço para circulação de pessoas com segurança. Através da implementação desta proposta, espera-se que os incômodos e transtornos relacionados com o aumento do trafego durante a implantação do empreendimento nas vias de acesso principais e vicinais, sejam minimizados, possibilitando a manutenção das condições de tráfego normais na região, uma vez que serão adotados procedimentos em consonância com: o poder público local, a população e o empreendedor. Todo programa de sinalização e segurança para pedestre deve ter uma interligação direta com o Plano Ambiental para Construção PAC; com o Programa de Comunicação Social e de Educação Ambiental para os Trabalhadores, Órgão de trânsito do município e com o PCMAT- Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e será desenvolvido de modo a definir e executar um conjunto de ações e medidas visando a manutenção das condições de tráfego na região de inserção do empreendimento, durante todo o período de implantação das obras. 11

Toda obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança, somente poderá ser iniciada com prévia autorização do órgão ou entidade executivo de trânsito com circunscrição sobre a via, cabendo ao responsável pela execução ou manutenção da obra a obrigação de sinalizar. Referências BONFIM, M. S. Considerações sobre a utilização do gás natural na geração de energia elétrica em municípios da região amazônica. 2008. 87 f. (Mestrado em Energia) Escola Politécnica / Faculdade de Economia e Administração / Instituto de Eletrotécnica e Energia / Instituto de Física, Universidade de São Paulo. São Paulo. 2008. BRASIL, Lei n o 9.503, de 23 de setembro de 1997. Código de transito brasileiro, Brasília, DF, Capitulo IV, art. 68. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos. Ed. compacta, 7º ed. SãoPaulo: Atlas, 2002. COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRAFÉGO. Manual de Sinalização Urbana. 8 vol. São Paulo: São Paulo, 2004. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Ilustrado. Positivo, 2010. GONÇALVES, Edwar Abreu. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho. Ed. LTR, 2000. MOTOMURA, Mariana. Como funciona o gasoduto? Mundo Estranho, 2006. Disponível em <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-funciona-um-gasoduto>. Acesso em 28 de mar. de 2012. PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. N-2047, rev. B: apresentação de projeto de dutos terrestres. Rio de Janeiro, 2003. 12