ÍNDICE. 2.1. Contexto socioeconómico actualizado da zona Sudoe. 6. 2.2. Actualização da análise DAFO. 29



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Transcrição:

ÍNDICE I INTRODUÇÃO 1 II VALIDEZ DA AVALIAÇÃO EX-ANTE 6 2.1. Contexto socioeconómico actualizado da zona Sudoe. 6 2.1.1. Contexto macroeconómico 6 2.1.2. Demografia 8 2.1.3. Distribuição população 11 2.1.4. Economia e emprego 12 2.1.5. Sistema urbano e zonas rurais 19 2.1.6. Sociedade da Informação 21 2.1.7. Êxodo rural 22 2.1.8. Meio Ambiente 25 2.1.9. Gestão do património cultural 27 2.2. Actualização da análise DAFO. 29 III. PERTINÊNCIA E COERÊNCIA 33 3.1. Relevância ou coerência externa do Programa (Nível Programa). 33 3.1.1. Revisão das mudanças acontecidas em políticas relevantes europeias e transnacionais e seu impacto no Programa. 3.1.1.1. Coerência do Projecto de Iniciativa Comunitária com a Estratégia Territorial Europeia. 33 3.1.1.2. Redes Transeuropeias de Transporte. 38 3.1.1.3. Meio Ambiente 40 3.1.1.4. Análise do DAFO à luz da evolução do contexto socioeconómico 43 3.2. Coerência Interna do Programa 46 3.2.1. Objectivos Estratégicos e Operacionais do PIC INTERREG III B Sudoe 47 3.2.2. Objectivos da Estratégia Territorial Europeia em relação com as medidas e eixos do Programa INTERREG III B Sudeste Europeu. IV. QUANTIFICAÇÃO DE OBJECTIVOS. INDICADORES DE REALIZAÇÃO, DE RESULTADOS E DE IMPACTOS. 51 4.1. Análise dos indicadores e quantificação de objectivos. 51 4.2. Análise dos indicadores utilizados para as Prioridades Horizontais. 64 V EFICÁCIA E EFEITOS SOCIOECONÓMICOS ESPERADOS 69 33 48 5.1. 5.2. Análise geral dos projectos apresentados e aprovados na primeira fase de selecção de projectos Análise dos projectos aprovados na primeira fase de aprovação de projectos 71 80 Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 i

VI EXECUÇÃO COMUM 104 6.1. Estrutura relativa à organização e gestão 105 6.2. Custos de execução 112 6.3. Procedimentos de selecção de projectos 120 6.4 Mecanismos de gestão e controle financeiro 127 6.5 Sistema de seguimento 132 6.6. Partenariado 134 VII CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 141 ANEXOS Guia para as entrevistas aos representantes Nacionais redigida em português. Guia para as entrevistas aos representantes Nacionais redigida em francês. Guia para as entrevistas aos representantes Nacionais redigida em espanhol. Guia para as entrevistas à Autoridade de Gestão redigida em espanhol. Guia para as entrevistas aos membros do Secretariado Comum redigida em espanhol. Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 ii

Quadro 1.1: Quadro 1.2: ÍNDICE DE QUADROS Entrevistas realizadas pela equipe avaliadora para a elaboração do Estudo de Avaliação Intermédia do Programa INTERREG III B espaço Sudoeste Europeu. Pontos fortes e débeis da metodologia da presente avaliação 3 5 Quadro 2.1. Produto Interior Bruto per capita na zona SUDOE (2002) 6 Quadro 2.2. Número de habitantes das regiões que integram a zona Sudoe 8 Quadro 2.3. Actualização da análise DAFO da zona Sudoeste Europeu 30 Quadro 3.2.1.1 Relação entre os Objectivos Estratégicos e as medidas do Programa. 47 Quadro 3.2.2.1. Relação entre os objectivos da ETE e as medidas e eixos do Programa INTERREG III B espaço Sudoeste Europeu. 49 Quadro 4.1.1 Análise das características dos indicadores de resultados do Programa INTERREG III B espaço Sudoeste Europeu. 54 Quadro 4.1.2: Análise das características dos indicadores de impacto do Programa INTERREG III B espaço Sudoeste Europeu. 60 Quadro 5.A. Eficácia financeira dos eixos e medidas que compõem o Programa de Iniciativa Comunitária INTERREG III B Sudoeste Europeu. 67 Quadro 5.2.1 Listado dos 19 projectos aprovados na primeira fase de selecção de projectos. 81 Quadro 5.2.2 Lista de projectos aprovados para cada eixo na segunda fase de selecção de projectos (Toulouse, 20 de Maio de 2.003) 82 Quadro 5.2.3 Temáticas abordadas pelos primeiros projectos da primeira fase 98 Quadro 5.2.4 Valoração da contribuição dos projectos aprovados na primeira fase às Prioridades Horizontais dos Fundos Estruturais 99 Quadro 5.2.5 Valoração da contribuição dos projectos aprovados na primeira fase aos Objectivos Estratégicos do Programa 100 Quadro 6.1.1 Actores intervenientes nos diferentes níveis de gestão do Programa 105 Quadro 6.1.2 Composição, objectivos e competências de cada uma das estruturas implicadas na gestão do PIC INTERREG III B Sudoe. 106-107 Quadro 6.2.1 Previsões financeiras do eixo 5 de Assistência Técnica para a totalidade do período 2001 2006. 113 Quadro 6.2.2 Eficácia financeira da realização do eixo 5 destinado a Assistência Técnica 116 Quadro 6.3.1 Processo de selecção de projectos 121 Quadro 6.3.2 Critérios gerais de selecção de projectos e Objectivos Estratégicos do Programa 124 Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 iii

ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 5.1.A Gráfico 5.1.B Gráfico 5.1.C Gráfico 5.1.D Gráfico 5.1.E: Gráfico 5.1.F Gráfico 5.1.G Gráfico 5.1.H Gráfico 5.1.I Relação entre a percentagem de orçamento total designado a cada um dos eixos e a percentagem do total de projectos apresentados na primeira fase. Relação entre o número de projectos apresentados e aprovados por eixos na primeira fase de selecção de projectos. Relação entre a percentagem de projectos apresentados e aprovados na primeira fase. Relação entre o montante FEDER previsto e aprovado por eixos na primeira fase de selecção de projectos. Relação entre as previsões e o total do montante FEDER aprovado na selecção de projectos da primeira fase. Relação entre os projectos apresentados e aprovados por medidas na primeira fase de selecção de projectos. Nacionalidade dos chefes de fila dos projectos aprovados na primeira fase de selecção de projectos. Relação entre o montante FEDER aprovado por sócio e a nacionalidade dos sócios. Nacionalidade dos sócios dos projectos aprovados na primeira fase de selecção de projectos. 71 72 73 73 74 75 77 78 79 Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 iv

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO A Avaliação Intermédia do Programa de Iniciativa Comunitária INTERREG III B Sudoeste Européu para o período 2.000-2.006 tem os seguientes objectivos: 1. Estabelecer se a forma de assistência escolhida segue sendo apropriada para tratar os problemas encontrados na cooperação. 2. Estabelecer se os eixos estratégicos, as prioridades e os objectivos são coerentes e ainda pertinentes, até que ponto concordam para a realização desses objectivos, em quê medida estes objectivos podem efectivamente ser realizados. 3. Avaliar a quantificação dos objectivos e estabelecer, em particular, em quê medida estes objectivos hão facilitado o seguimento e a avaliação. 4. Estabelecer em quê medida as Prioridades Horizontais, Igualdade de Oportunidades e Meio Ambiente, em particular, hão sido integradas nos tipos de intervenção. 5. Analizar a adequação de sistemas comuns de posta em funcionamento e de seguimento. Para isso, a Avaliação ha-se estruturado em seis aspectos que serão abordados nos capítulos do presente Informe. Estes aspectos são: Análise da Avaliação Ex Ante, assim como dos pontos fortes e pontos débeis e oportunidades da zona de cooperação concernida (CAPÍTULO II) Confirmação da pertinência e coerência da estratégia (CAPÍTULO III) Quantificação de objetivos. Indicadores de realização, de resultados e de impactos (CAPÍTULO VI) Avaliação da eficácia e aspectos socioeconómicos aguardados em vista de uma avaliação da designação de recursos financeiros (CAPÍTULO V) Qualidade da execução comum e sistema de seguimento (CAPÍTULO VI) Conclusões e recomendações (CAPÍTULO VII) Segundo o estabelecido entre a equipe avaliadora e a Autoridade de Gestão do Programa reunido de início do estudo celebrada em Santander o dia 22 de Julho de 2.002, o alcance temporal da Avaliação Intermédia será o período 2.000 2.002, ou seja, ha analizado com detalhe toda a informação que lhe ha sido facilitada com data anterior ao 31 de Dezembro de 2.002. Além disso, hemos considerado oportuno incluir informação relativa a algumas acções desenvolvidas no transcurso do ano 2.003, como por exemplo, aqueles aspectos relativos aos mecanismos de gestão e controle. Cremos que este esforço adicional ha aumentado a qualidade do informe apresentado. Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 1

A metodologia empregada para levar ao cabo esta Avaliação ha-se baseado fundamentalmente em trabalho de gabinete e técnicas qualitativas de Avaliação. O trabalho de gabinete ha consistido em um estudo pormenorizado por parte da equipe avaliadora de todos os documentos disponíveis relacionados com o Programa de Iniciativa Comunitária INTERREG III B espaço Sudoeste Européu. Estes documentos hão sido os seguientes: Programa de Iniciativa Comunitária. Complemento de Programa. Informes Anuais 2.001 y 2.002. Manual de Gestão e Controle. Regulamentos dos Comitês de Seguimento e Programação e suas actas correspondentes ao ano 2.002. Formulários de candidatura dos projectos aprovados na primeira fase de selecção de projectos. Além, a equipe avaliadora ha examinado todos aqueles documentos que têm relação com o Programa, mas que não hão sido elaborados no transcurso do mesmo, tal e como se pode observar no apartado de Bibliografia do presente Informe. As técnicas qualitativas utilizadas hão-se baseado na realização de entrevistas aos agentes involucrados na gestão, tanto estratégica como operativa, do Programa. O Quadro 1.1 mostra o listado das entrevistas e as datas nas que foram celebradas. Estas entrevistas hão sido desenvolvidas em duas fases. A primeira fase consistiu na elaboração de um questionário com perguntas relacionadas com o Programa em geral e com sua gestão em particular. Dito questionário enviou-se por corréio electrónico aos agentes que figuram no quadro 1.1. Alguns questionarios foram respondidos por escrito e enviados novamente à equipe avaliadora e com carácter posterior, celebraram-se entrevistas. Hão-se tentado celebrar entrevistas presenciais com todos os responsáveis da gestão do Programa, mas duas destas entrevistas realizaram-se via telefónica devido fundamentalmente à limitação de tempo com o que se contava para a elaboração do rascunho do Informe de Avaliação. A segunda fase ha consistido em contactos via telefónica e por corréio electrónico com os mesmos agentes entrevistados na primeira fase com objectivo de aprofundar em certas questões tratadas com anterioridade. Esta segunda fase ha consistido, portanto, na realização de entrevistas mais focalizadas que as celebradas na primeira fase. É importante assinalar, que no transcurso da presente Avaliação não hão-se realizado entrevistas aos promotores dos projectos aprovados posto que as condições do estudo no que respeita a tempo recursos financeiros não eram favoráveis para poder levá-las a efeito com efectividade. Outro dos motivos fundamentais que não hão favorecido a realização destas entrevistas ha sido o escasso estado de avançõ dos projectos. Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 2

Quadro 1.1: Entrevistas realizadas pela equipe avaliadora para a elaboração do Estudo de Avaliação Intermédia do Programa INTERREG III B espaço Sudoeste Europeu. Agentes entrevistados Data PRIMEIRA FASE Representantes da Autoridade de Gestão. 8 de Outubro de 2.003 Representantes do Secretariado Comum. 8 de Outubro de 2.003 Representante da Comissão Europeia 15 de Outubro de 2.003 Representantes do Secretariado Comum. 20 de Outubro de 2.003 Representantes Nacionais de Espanha 22 de Outubro de 2.003 Representante Nacional do Reino Unido 22 de Outubro de 2.003 Representante Nacional da França 23 de Outubro de 2.003 Representanes Nacionais de Portugal 24 de Outubro de 2.003 SEGUNDA FASE Representantes da Autoridade de Pagamento 7 de Novembro de 2.003 Representane Nacional de Espanha 11 de Novembro de 2.003 Representante Nacional do Reino Unido 12 de Novembro de 2.003 Representantes da Autoridade de Gestão 12 e 14 de Novembro de 2.003 Representante Nacional da França 18 de Novembro de 2.003 Representante Nacional de Portugal 19 de Novembro de 2.003 Fonte: Elaboração Própria Sobre a base dos documentos analizados e as entrevistas efectuadas aos agentes intervenientes na gestão do Programa, a equipe avaliadora ha apresentado um rascunho do informe de avaliação intermédia do PIC INTERREG III B espaço Sudoeste Europeu a 29 de Outubro de 2.003. Este rascunho foi apresentado em uma reunião do Grupo Técnico de Avaliação (GTE) celebrada em Toulouse (França) a 3 de Novembro de 2.003. Este rascunho ha sido objecto de uma série de observações por parte dos membros de dito GTE, que a equipe avaliadora ha incluído na presente versão do 21 de Novembro de 2.003. No transcurso de qualquer avaliação, além do trabalho de gabinete e as técnicas qualitativas, costumam-se aplicar técnicas quantitativas sobre os resultados que hão jogado os projectos até a data de elaboração da avaliação. Estas técnicas costumam proporcionar uma base de análise, junto com as outras duas técnicas comentadas anteriormente, para uma análise profunda por parte da equipe avaliadora em termos de resultados, impactos e efeitos do Programa, além da influência da forma de gestão do mesmo nos resultados obtidos. Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 3

No caso que nos ocupa, ao não dispôr dos resultados dos projectos na data da presente Avaliação, não ha sido possível a aplicação de ditas técnicas quantitativas, pelo que a equipe avaliadora considera que tanto o trabalho de gabinete, como as entrevistas efectuadas, hão resultado ser de vital importância para a elaboração do presente informe. Estas técnicas hão proporcionado o suporte do estudo realizado pela equipe avaliadora em termos qualitativos, já que a análise quantitativa que apresentamos está relacionada com a validez da Avaliação Ex Ante (capítulo II) e com a análise de eficácia financeira do eixo de Assistência Técnica (capítulos V e VI) que é, como veremos, o único eixo que ha obtido certificações durante o período objecto de estudo. Tal e como detalha o Documento de Trabalho número 8 da Comissão Europeia 1, a avaliação intermédia não constitui um fim em se mesma, senão uma medida destinada a melhorar a qualidade e pertinência da programação. Constitui a ocasião de identificar possíveis orientações novas da programação necessárias para a consecução dos objectivos iniciais. A equipe avaliadora, ao assumir e estar totalmente conforme com esta afirmação, ha tido ocasião de comprovar em múltiples ocasiões que uma avaliação intermédia pode resultar um instrumento util para os actores que gestionam os Programas. Consideramos também, que não é muito provável que esta ferramenta possa cumprir os objectivos que têm designados de maneira satisfatória quando desenvolvam-se dentro de uma situação na que não se possam avaliar de maneira pormenorizada os resultados que ha jogado o Programa. Em este caso, tal e como acontece no Programa INTERREG III B espaço Sudoeste Europeu, a avaliação ha trabalhado para aportar conclusões e recomendações com respeito a diferentes aspectos relacionados com a gestão do Programa ou dos projectos, mas não se basean em aspectos quantitativos. Isto ha suposto uma dificuldade na hora de aportar recomendações, já que ha sido impossível analizar a eficácia em térmos físicos assím como os impactos que o presente Programa tem na zona do Sudoeste Europeu. Portanto, o capítulo destinado ao estudo dos projectos no presente Informe 2, ha-se tido que orientar à análise dos objectivos e propostas de ditos projectos, mais que aos resultados obtidos em este primeiro período de vigência do Programa. Outra das dificuldades às que se ha enfrentado a equipe avaliadora ha sido o prazo temporal extremamente reduzido estabelecido para la elaboração deste Estudo de Avaliação Intermédia do Programa de Iniciativa Comunitária INTERREG III B espaço Sudoeste Europeu para o período 2.000 2.006. No Documento de Trabalho número 8 da Comissão Europeia mencionado anteriormente, se expõem os prazos, com os que seria recomendável contar para a elaboração de uma avaliação intermédia, e no caso que nos ocupa, hão sido muito inferiores aos recomendados. 1 a A avaliação intermédia das intervenções dos Fundos Estruturais 2 Capítulo V Eficiência e efeitos socioeconómicos esperados Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 4

Finalmente, outro dos inconvenientes com os que hemos contado ha sido a recepção de várias versões dos quadros financeiros dos projectos. As diferentes análises realizadas pela equipe avaliadora no que respeita ao número de projectos aprovados, assim como as características financeiras dos sócios que compõen os projectos 3 hão-se baseado nos documentos recebidos, dos quais hão-se contado com várias versões. O quadro 1.2. mostra um resumo dos pontos fortes e débeis que, a nosso entender, tem a metodologia que ha sido aplicada à presente avaliação. Quadro 1.2: Pontos fortes e débeis da metodologia da presente avaliação PONTOS FORTES Inclusão de informação com data posterior ao alcance acordado desta Avaliação (31 de Dezembro de 2.002). Ha-se otorgado maior peso ao trabalho de gabinete e às entrevistas efetuadas. PONTOS DÉBEIS Tempo muito limitado para a elaboração do informe de avaliação devido a sua tardia adjudicação. Falta de resultados por parte dos projectos, potanto não ha sido possível a utilização de técnicas quantitativas. Fonte: elaboração própria. 3 Ambos o tipos de análises apresentam-se no Capítulo V do presente informe denominado Eficácia e efeitos socioeconómicos esperados Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 5

CAPÍTULO II: VALIDEZ DA AVALIAÇÃO EX-ANTE A equipe avaliadora pretende dar uma visão geral do contexto sócio económico actual e compará-lo com o do Programa de Iniciativa Comunitária. Em particular, a análise do contexto sócio económico na equipe avaliadora pretende detectar e pôr de manifesto a evolução nas tendências do mesmo no período compreendido entre a redacção da avaliação ex ante e o Programa de Iniciativa Comunitária e a data até a que se realiza a presente avaliação intermédia. 2.1. Contexto sócio económico actualizado da zona Sudoe. 2.1.1. Contexto macro económico O espaço Sudoe compreende o território de quatro países do sudoeste europeu: Portugal, Espanha, Reino Unido e a França. O território de Portugal e de Espanha está integramente compreendido no âmbito de aplicação do Programa Interreg III B Sudoe, incluso com as ilhas Canárias, Baleares, Açores e Madeira. No que respeita ao Reino Unido só participa Gibraltar. França o faz com as regiões de Aquitaine, Auvergne, Languedoc-Roussillon, Limousin, Midi-Pyrénées e Poitou-Charentes. A zona do Sudoeste europeu agrupa a zonas de Europa que tradicionalmente hão tido um atraso económico e que, como podemos ver no gráfico, continuam mantendo seus indicadores económicos claramente por baixo da média europeia. Quadro 2.1. Produto Interior Bruto per capita na zona SUDOE (2002) Produto Interior Bruto per capita na zona SUDOE (2002) ESPANHA PORTUGAL GIBRALTAR FRANÇA FRANÇA SUDOE UE 16.148 4-15.800 18.000 22.000 19.314 22.208 Fonte: INSEE A evolução económica da zona Sudoe pode considerar-se globalmente positiva, se bem a crise económica mundial há tido importante repercussão na zona, sobretudo em algumas das regiões, pois as diferenças entre umas regiões e outras são muito notáveis. Em Espanha as Comunidades Autónomas Estremadura e Castilla la Mancha (região Centro), Andaluzia (região Sul) e Galiza (região Nordeste), ao igual que as portuguesas: Açores, Centro, Alentejo, Norte, e Algarve figuravam no ano 2000 entre as regiões mais pobres da UE dos 25 países, com um PIB por habitante entre o 57 e o 74% da média europeia 5. Esta repercussão há sido, portanto, desigual nos diferentes países que formam parte do Sudoe, como veremos a continuação. A seguinte tábua mostra a evolução da economia na zona SUDOE através dos dados de crescimento do PIB desde 2000 a 2002. 4 Dados do ano 2001, N.D. posteriores 5 Fonte: Eurostat, cálculos DGREGIO Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 6

Taxa de crescimento do Produto interior Bruto ESPANHA PORTUGAL GIBRALTAR FRANÇA FRANÇA SUDOE Eurozona 2000 4.2 3.7 N.D 4.2 N.D 3.5 2001 2.7 1.6 N.D 2.1 N.D 1.5 2002 2.0 0.5 N.D 1.2 N.D 0.8 Fonte: Banco de Portugal. Relatório Anual de 2002 Em Espanha os preços hão sofrido um considerável aumento desde a data de análise do contexto sócio económico até Dezembro de 2002, pelo que a taxa de inflação há passado do 1,4% em 1998 ao 3,5 % 6 em 2002. A evolução da economia espanhola durante o período 1995-2002 se caracteriza por um crescimento sustentado da mesma. O PIB em Espanha segue crescendo, embora a um ritmo muito mais moderado que em anos anteriores. A taxa de incremento, do 3,8% em 1998, há-se reduzido ao 2% em 2002 7. Mas Espanha é o país que mais há crescido na euro zona em 2002, onde alguns estados membros hão entrado em recessão As diferenças de desenvolvimento económico entre as regiões espanholas é muito pronunciada. Em dados absolutos o PIB nacional per capita ascendeu em 2001 a 16.148 de euros. Sete CC.AA. superam a média nacional, destacando a Comunidade de Madrid (com 21.599 euros), a Comunidade Foral de Navarra ( 20.500 ) e o País Vasco (19.694 ). Pelo contrário, as CC.AA. com menor PIB per capita em 2001 foram as de Andaluzia (12.094 euros) e Estremadura (10.461 euros) 8. Das sete regiões de Portugal NUTS 2 (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve, Região autónoma das Açores e a Região autônoma de Madeira), cinco delas, excepto Lisboa e Madeira, figuram entre as menos ricas da UE. O PIB em Portugal há tido no último quinquénio do século um crescimento superior à média europeia, mas nos dois últimos anos esse ritmo de crescimento há-se reduzido: em 2000 foi de um 3,7%, em 2001 de 1,7% e em 2002 de um 0,4% 9. O PIB per capita da França foi esse mesmo ano 2001 de 22.000, ligeiramente por baixo da média europeia que situa-se em 22.208. O PIB per capita da zona Sudoe (que inclui às regiões de: Aquitaine, Auvergne, Languedoc-Roussillon, Limousin, Midi-Pyrénées e Poitou-Charentes foi, porém, bastante mais baixo, foi concretamente de 19.314. A região que mais se aproxima à média da França é a de Aquitania, com 20.893 per capita. 6 http://www.uc3m.es/uc3m/inst/fl/boletin/pdf/completos/resumen100s.pdf 7 Instituto Nacional de Estadística. Por cima dessa média hão-se situado as regiões de Murcia, Navarra, Castilla e león, Ceuta e Melilla, Andalucía, Extremadura e castilla la Mancha. 8 http://www.ine.es/prensa/np253.doc 9 Portugal vive, desde o segundo trimestre de 2003 em uma situação de crescimento económico negativo. Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 7

Dados absolutos do PIB na França FRANÇA SUDOE FRANCÊS EUROPA 22.000 19.314 22.208 Fonte: CODE A recente crise económica internacional há afectado profundamente à França durante o período 2000-2002 e continua fazendo-o na actualidade. A crise há afectado de forma desigual às diferentes regiões que conformam a zona francesa do Sudoe. A economia de Gibraltar segue dependendo em grande medida, ao dia de hoje, da presença militar britânica, de feito, representa aproximadamente entre um 5 e um 8% do Produto Interior Bruto muito por baixo do 50% que ha chegado a representar em alguns momentos de sua história. O Ministério de Defensa Britânico ainda emprega em torno a 1.000 pessoas (a maior parte deles de gibraltar) e ha entre 400-500 funcionários públicos britânicos permanentemente. 2.1.2. Demografia O espaço Sudoe caracteriza-se por uma baixa densidade de população com respeito ao resto de Europa. Todos os territórios que integram o Sudoe (a excepção de Gibraltar que, como consequência de seu reduzido território, 6 km 2 tem uma elevada densidade de população) caracterizam-se, por um lado, pela superpopulação das grandes e escassas metrópoles, e por outro, pela escassa população do resto dos territórios, em particular, dos territórios do interior dos Estados (esta tendência verifica-se em Espanha, França e Portugal). Desde a elaboração do PIC verifica-se no conjunto da zona um ligeiro aumento de população como consequência, por um lado, dos fluxos positivos de imigração e por outro por uma ligeira melhora da natalidade nas zonas com um índice de natalidade mais baixo. Quadro 2.2. Número de habitantes das regiões que integram a zona Sudoe ESPANHA PORTUGAL GIBRALTAR FRANÇA SUDOE UE População 41.837.894 10.356.117 27.714 11.471.925 10 378.500.000 Densidade de população (hab/km 2 ) 82,7 112,2 5.000 61 11 150 Fonte: INE(PT) A população total de Espanha no ano 2.002 era de 41.837.894 de habitantes frente aos 39.852.700 que tinha em 1999. Este aumento deve-se, por um lado à melhora do saldo natural (mais nascimentos que defunções), mas sobretudo ao incremento da imigração (no ano 2002 os nascimentos de mãe estrangeira em Espanha supuseram um 10,4% do total), o que também incrementou o crescimento vegetativo: 49.980 pessoas frente às 4.682 de 1998. Há-se detido, portanto, a descida progressiva do saldo natural, que em 1998 chegou a seu nível mais baixo. Apesar disso, em Espanha a média de 10 Dados do ano 2001, N.D. posteriores 11 Dados do ano 1999, N. D. posteriores Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 8

filhos por mulher (1,2 no ano 2002, frente à de 1,1 de 1998) fica por baixo da média europeia (1,57) e muito longe do 2,1 necessário para garantir a renovação geracional. A distribuição da população espanhola no território varia muito de umas regiões a outras. Se bem a densidade média situa-se em 83 hab./km 2 (frente à média europeia de 150 hab./km 2 ), existem grandes disparidades entre as grandes zonas de baixa densidade: a região Centro tem uma densidade de 25 hab./km 2 ; na região nordeste, com uma média perto dos 60 hab./km 2, a Comunidade do País Vasco alcança os 285 hab./km 2, no entanto que La Rioja, Navarra e Aragón (25 hab./km 2 ) ficam muito longe da média nacional; pelo contrário ha zonas densamente povoadas como as metrópoles, Madrid (650 hab./km 2 )ou a bacia mediterrânea, região Este, que duplica amplamente a média espanhola. No que respeita à população imigrante, convém especificar que a imigração é um fenómeno que há surgido em Espanha com muito atraso respeito a outros países da UE dos 15. O número de imigrantes presentes actualmente em Espanha, segundo cifras oficiais de 2002, é de 1.324.000, dos que só 5.000 são cidadãos comunitários. Portugal ocupa uma superfície de 92.152 km2 e conta com 10.356.117 de habitantes. A densidade de população é de 112,2 hab/km2. A distribuição espacial de Portugal caracteriza-se pela assimetria entre as diferentes regiões. Regiões como Madeira, Lisboa e Norte caracterizam-se por sua alta densidade de população (310,9; 295,7 e 171,8 hab./km 2 respectivamente), muito superior à média nacional (112 hab./km 2, no entanto que outras regiões como Alentejo, têm uma densidade de população muito mais baixa (19,3 hab./km 2 ). Entre 1991 e 2001 Portugal apresentou uma taxa de crescimento de população do 10,9%, o que significa que o país teve um saldo natural positivo. Não obstante, convém assinalar que em determinadas regiões como Centro, Alentejo e Algarve, o saldo natural teve uma evolução negativa, concretamente 2,3, -5,8 e 0,5 12 respectivamente. Não obstante o saldo migratório foi na última década o principal responsável do crescimento demográfico português, posto que a população estrangeira com estatuto legal de residência era do 2,1% do total em 2002. Esta situação influi no mercado de trabalho nacional e no da população activa. França contava a finais de 2002 com 59,6 milhões de habitantes, frente a 58,7 milhões o ano anterior. A diminuição dos nascimentos e o aumento das defunções em 2002 reduziram o crescimento natural da população. O saldo migratório há crescido como consequência do reagrupamento familiar de estrangeiros. A densidade da população do SUDOE em comparação ao resto do território francês é claramente inferior. No entanto que a densidade de população na França é de 108 hab/km 2, nas regiões do SUDOE francês, no ano 2000 era pouco mais de 60 hab/km 2. Além entre as próprias regiões que conformam a zona SUDOE da França existe a densidade de população no território é muito desigual. Assim, em Languedoc-Roussillon e Aquitaine a densidade é de 85 e 71 hab/km 2 e na região de Limousin era de só de 42 hab/km 2. Gibraltar é um território particular por muitas razões, entre elas destaca sua pequena extensão (585ha) e sua escassa população, 28.231 habitantes. A taxa de crescimento da população de Gibraltar entre o ano 1999 e o ano 2001 há sido do 3,8%. Deste 3,8%, um 4,6% pertence ao incremento habitantes de 12 Instituto Nacional de Estatística. Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 9

sexo feminino, no entanto que um 2,9% há pertencido a homens. A população de Gibraltar há-se incrementado ligeiramente e, portanto também, sua densidade de população. Tendências na demografia de Gibraltar 1999 2001 Variação % População total 27.204 28.231 3.8 Varões 13.501 13.891 2.9 Mulheres 13.703 14.340 4.6 Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 10

2.1.3. Distribuição da população Toda a zona Sudoe caracteriza-se por um importante desequilíbrio no que respeita à distribuição da população. Em linha de máxima, à baixa densidade das regiões do interior, contrapõe-se a alta densidade de algumas áreas metropolitanas. Gibraltar constitui uma excepção já que, por suas especiais características geográficas e políticas, tem uma densidade de população (mais de 5.000 hab/km 2 )muito superior à média da zona SUDOE. A desigual distribuição da população constitui um de seus pontos débeis, pois boa parte de seu território, grandes zonas do interior, perde população --e a que fica é uma população envelhecida em benefício de uma tendência geral cada vez maior à superpopulação de uns poucos núcleos densamente povoados. As áreas metropolitanas nas que se concentra uma maior parte da população do SUDOE são respectivamente Lisboa, Oporto, Madrid, Barcelona, Valência, Sevilha,, Zaragoza, Bilbau, Burdeos, Toulouse e Montpellier. A população espanhola que vive em aglomerações urbanas (cidades maiores de 50.000 hab) há passado de ser 18,7 milhões de habitantes a ser 24,7 milhões nos últimos 20 anos 13, representando já o 62,6 % da população total. É previsível que siga esta tendência aproximando-se nas próximas décadas à média da UE na que a população urbana chega a alcançar o 90 %. As cidades concentram-se em algumas áreas do território espanhol (um 50% da população vive em um 3,6% do território), existindo grandes zonas rurais e florestais muito pouco povoadas. No que respeita às Comunidades Autónomas, as mais povoadas são Madrid, Catalunha e o País Vasco, no entanto que as menos povoadas são as regiões do centro da Península: Estremadura, Castilla la Mancha e Castilla León. A distribuição da população no território português caracteriza-se por uma grande assimetria. A assimetria norte/sul que se combina com a de costa/interior. No litoral concentra-se o 83% da população residente no Continente 14.. Durante a década 1991-2001 há-se mantido esta tendência. As maiores densidades de população localizam-se na faixa litoral entre Viana do Castelo e a Península de Setúbal, principalmente nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, que concentravam no 2001 o 26 e o 12,2% respectivamente da população. Ou seja, mais de um terço da população portuguesa localiza-se em dois grandes núcleos urbanos. Com densidades de povoação bastante elevadas contam a maioria dos municípios do litoral do Algarve. Pelo contrário os núcleos de menos de 2000 habitantes concentravam o 42,4% da população residente em Portugal. O fenómeno da urbanização na França dá-se em todo o território do país, com uma particular incidência em torno às grandes metrópoles. Nas regiões do Sudoe francês, porém, o peso da população rural (o 73% vive em zonas rurais e só o 5%, o 9% em Aquitânia, em grandes áreas urbanas) é muito mais elevado que nas outras regiões da zona Sudoe e da média da UE. Três grandes conurbações destacam de Oeste a Leste: Burdeos, Toulouse e Montpellier, embora sua dimensão fique muito longe das grandes metrópoles francesas 13 http://habitat.aq.upm.es/aghab/aghabes_5.html 14 INE, Censo de 2001 população residente nas sub-regiões (NUTsII) do litoral. Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 11

Em Gibraltar entre 1999 e 2001 o aumento de população de Gibraltar foi do 8,9%, comparado com descida da população de nacionalidade britânica, um 11,1% e não britânica que foi do 17,3%. Esta última cifra deve-se, sobretudo, a uma diminuição da população de origem marroquina. Local de origem da população de Gibraltar 1999 2001 Taxa de variação Gibraltar 21.010 22.875 8.9 Outros britânicos 3.792 3.370-11.1 Não britânicos 2.402 1.986-17.3 A tendência demográfica dos últimos 10 anos aponta a: A extensão das zonas urbanas em torno às grandes redes de infra-estrutura (caminhos). Desaparecimento progressivo de serviços e comércios nas zonas rurais. 2.1.4. Economia e emprego Estrutura produtiva A estrutura produtiva da zona SUDOE caracteriza-se, por um lado, por uma maior incidência sobre a economia do sector agrícola que em outras regiões de Europa e pela concentração do sector serviços nas grandes metrópoles e na actividade turística. Contribuição ao PIB. Agricultura Indústria Construção Serviços Espanha (2002) 15 4% 22,9% 8,1% 64,1% Portugal (2001) 16 4% 29% 67% Média SW França (2000) 4,8% 19,5% 5,6% 70,1% A economia de Gibraltar há estado tradicionalmente dominada pelo sector público, mas esta tendência há-se suavizado ao longo dos últimos anos. O sector privado limita-se a PYMEs e não contempla praticamente actividade manufactureira. No entanto, as actividades portuárias e marítimas e o turismo jogam um papel essencial na economia gibraltarenha. Em este sentido, o porto há experimentado uma transformação radical nos últimos anos. O declive na afluência da armada britânica há forçado ao porto a centrar sua atenção às actividades comércio e turísticas. Em este sentido, tanto o número de buques como a tonelagem transportados incrementou-se em um 16,1% e um 18,5% respectivamente entre 1999 e 200217. Além, o fornecimento de carburante aos navios que repostam no porto, uma de suas actividades principais, também aumentou consideravelmente no mesmo período (26,6%)18. Em quanto ao turismo, a contribuição do mesmo à economia de Gibraltar foi também em aumento nos últimos anos. 15 http://www.ipyme.org/estadisticas_pyme/macroeconomico_comen/espania.pdf 16 Ministerio da Economia para portugal e INSEE-Comptes régionaux para Francia. 17 Ministry of Tourism, Trasnport and the Port. 18 Ministry of Tourism, Trasnport and the Port. Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 12

Organização territorial Espanha está organizada em 17 Comunidades Autónomas, mais 2 cidades autónomas, Ceuta e Melilla, com uma assunção de competências que varia de umas Comunidades a outras. As Comunidades Autónomas contam com Parlamento proprio, escolhido por sufrágio universal e diferente nível de capacidade legislativa, e com Governos autónomos escolhidos por cada um dos Parlamentos autonómicos. Além do Estado e as Comunidades Autónomas, a terceira Administração Pública com autonomia para a gestão de seus proprios interesses recolhida na Constituição, é a Administração local. Actualmente, existem em Espanha 50 províncias, cujas Diputações Provinciais são escolhidas por sufrágio indirecto, e 8.107 municípios, cujos vereadores, escolhidos por sufrágio universal por um período de 4 anos, conformam o Pleno municipal. Só 118 desses municípios têm uma população superior a 50.000 habitantes. O território português está dividido em concelhos que se agrupam em distritos e se subdividem em freguesias. Existem 18 distritos em Portugal continental, aos que se somam 3 na Região Autónoma das Açores e 1 na Região Autónoma de Madeira. De acordo com os dados do INE, a final de 2002, o número total de concelhos era de 307. Têm órgãos proprios a assembleia municipal e o ajuntamento escolhidos por sufrágio universal por um periodo de quatro anos. O município (freguesias) perto de 4.224 para todo o país tem também órgãos proprios a assembleia e a junta municipal escolhidos por sufrágio direto e universal por um período de quatro anos. Embora a Constituiçao preveia existências de regiões administrativas, sua instituição em concreto foi rejeitada por referéndum nacional 19. A zona do Sudoe francês está composta por seis regiões das 22 existentes na França e 21 Departamentos dos 96 Departamentos metropolitanos. O Presidente do Conselho Geral de cada Departamento (cinco em Aquitaine; quatro em Auvergne; cinco em Languedoc-Roussillon; três em Limousin; oito em Midi-Pyrénées e quatro em Poitou-Charentes), assistido pelos Conselheiros Gerais escolhidos por sufrágio universal é o órgão executivo do departamento. De 1982 é a criação dos Conselhos Regionais, cujo Presidente, assistido por Conselheiros regionais escolhidos por sufrágio universal, é o órgão executivo da região. O Conseil Régional, le Conseil Général e as Communes, são os três principais níveis da administração local. A administração de cada commune (município) está regida por um alcaie assistido pelo conselho municipal, que são mesmo assim escolhidos por sufrágio universal. O reparto de competências ê o seguiente: Departamentos: acção social, acção educativa e transporte. Regiões: ordenação do território, formação e acção económica. Communes: administração municipal Gibraltar é um território pertencente ao Reino Unido que, por sua história e suas características geográficas e políticas, constitui uma situação particular dentro do espaço Sudoe. Com um território de uns 585 hectares de extensão e uma população de 28.230 habitantes, Gibraltar proporciona a única via de passo marítimo entre o mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico. Desde um ponto de vista político, Gibraltar conta com uma ampla autonomia de governo interno. Assim, Gibraltar conta com um governo e uma assembleia legislativa proprios, além de autonomia jurisdicional, em virtude da Constituição de 196620. 19 Dados da Embaixada portuguesa em Espanha 20 Com respeito ao contexto socio económico de Gibraltar, a análise baseia-se principalmente nos dados aportados pelo Governo de Gibraltar, se bem os dados disponíveis a partir de 1999 são, em geral, limitados e poucos estão actualizados. Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 13

Igualdade de Oportunidades. As diferentes regiões que integram o espaço Sudoe têm como característica comum um baixo índice de emprego das mulheres com respeito ao dos homens, e uma escassez nas medidas de apoio à integração da mulher no mundo laboral e à conciliação da vida laboral com a pessoal. A promoção da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres é uma das missões prioritárias da União Européia e se integra como prioridade horizontal em todas as políticas da UE, incluídas as actividades financiadas por Fundos Estruturais. Emprego Como pode-se ver no quadro seguiente, no que hemos utilizado a divisão NUT 1 para Espanha e Portugal e NUT 2 para as regiões do Sudoe na França, podem-se ver com claridade as disparidades por países, e ainda por regiões em cada país, tanto em relação com o emprego como nas taxas de desemprego, singularmente entre as mulheres e os jóvens. O emprego ha seguido nos três últimos anos uma evolução positiva em Espanha, embora a taxa de ocupação (50,2% em 1998, 54,3 em 2002) segue sendo baixa. A taxa de emprego, embora segue crescendo, mostra que o emprego masculino em Espanha e Portugal está em 2001 por cima da média europeia, no entanto que o emprego feminino é a grande matéria pendente no mercado laboral espanhol. Dez pontos separan a taxa de emprego feminina espanhola da média europeia analizada. A diferença do que ocorre em Portugal país no que a taxa de emprego feminina situa-se 6 pontos por cima dessa média e nas regiões da França incluídas em este programa, nas que se aproxima à taxa europeia. Na mesma direcção a taxa de desemprego, similar no último decénio para o conjunto da UE, ha-se reduzido em três pontos em Espanha, no entanto que em Portugal ha sobido ligeiramente e o comportamento do paro nas regiões da França analizadas, comportamento diferente em umas que em outras, entre as que destaca o incremento do paro na região de Languedoc-Roussillon. Algo parecido aconteceria-nos de analisar o desemprego nos casos de Espanha e Portugal, utilizando a divisão territorial das NUT 2. No quadro podemos ver também com claridade como o desemprego feminino é muito mais elevado em Espanha que nos outros dois países. O mesmo que ocorre com o desemprego dos jovens, no que, embora, as taxas de Espanha e as regiões francesas estão mais próximas, por cima da média europeia e muito afastadas da taxa do paro juvenil em Portugal, que está 6 pontos por baixo dessa média. Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 14

Taxas regionais de emprego (2001) e de desemprego (1991-2001) Taxa de Desemprego (%) Taxa de Emprego Total Longa Mulheres Jóvens Total Mulheres Homens 1991 2001 Duração* 2001 2001 2001 2001 2001 ESPAÑHA (NUT 1) 16 13,1 31,0 19,0 24,9 60,6 44,4 77,1 Noroeste 13,6 14,4 33,0 20,9 29,4 57,3 43,4 71,5 Nordeste 14,6 9,4 33,0 20,9 24,9 63,1 47,2 79,1 Madrid 11,8 9,8 33,6 13,3 21,5 63,8 49,8 78,4 Centro 16,2 14,5 26,5 23,9 27,6 56,7 37,9 75,1 Leste 13 9,6 35,1 13,7 17,8 68,9 53,2 84,8 Sul 23,7 20,8 29,4 30,1 34,9 51,2 33,7 69,1 Canarias 24,4 13,1 28,0 17,7 24,7 60,3 42,0 79,7 FRANCIA (NUT 2) 9,0 8,5 36,8 10,5 19,0 62,7 55,7 69,8 Poitou-Charentes 10,9 9,2 32,6 12,0 21,2 64,5 58,0 70,7 Sud-Ouest 9,0 8,4 35,4 11,0 19,3 62,4 55,3 69,5 Auvergne 10,0 8,2 37,1 10,7 22,8 63,3 56,1 70,7 Languedoc-Roussillon 12,7 14,1 45,8 16,9 26,9 54,8 47,5 62,6 PORTUGAL (NUT 1) 3,6 4,0 38,0 5,1 9,0 68,8 61,0 76,9 Norte 2,7 3,7 44,4 4,7 6,1 69,2 61,0 77,8 Centro 2,3 2,4 29,7 3,0 8,1 73,1 67,1 79,3 Lisboa 4,4 5,3 35,0 6,4 13,5 67,6 61,0 74,7 Alentejo 9,1 5,7 39,9 8,4 15,3 66,1 55,6 76,8 Algarve 3,9 3,6 25,0 5,0 9,4 67,5 57,9 77,3 Açores 3,7 2,2 30,6 4,2 6,3 60,2 42,2 78,2 Madeira 3,0 2,8 62,6 3,4 4,5 63,9 54,5 74,3 UE-15 7,9 7,6 42,6 8,9 15,1 64,3 55,1 73,5 Fonte: Eurostat (REGIO, EFT) A taxa de desemprego em Portugal foi do 5,1% em 2002 com um incremento de um ponto de percentagem em relação com o 2001, quando o nível de desemprego da União Europeia situou-se em 2002 no 8%. A economia de Gibraltar ha tido uma tendência positiva nos últimos anos e isso ha tido sua repercusão no emprego, assim as tendências que se hão identificado desde 1999 são: crescimento da população e paralelamente um crescimento do emprego, sobretudo no sector privado e uma descida da taxa de desemprego. Em 2001, a taxa de desemprego alcançou um 3.0% da população activa 21 Emprego feminino Na zona SUDOE de forma mais acentuada que no resto de Europa, os níveis de desemprego das mulheres estão por cima do dos homens. Em Espanha a situação laboral das mulheres é sustancialmente pior que dos homens. Apesar de supor o 52% da população em idade de trabalhar, as mulheres representam só o 44,4% da taxa de emprego, quando no caso dos varões essa taxa eleva-se ao 77%. Porém, supõem mais de dois terços da 21 Statistics Office, Dados de 2001, N.D. posteriores. Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 15

população parada, apesar de que as mulheres têm como média um nível de educação superior à dos homens. Em Portugal, a taxa de desemprego da mulher supera em um ponto à média nacional. Como já se ha visto a taxa de emprego das mulheres portuguesas é elevada, o 61%, por cima da média europeia, como o está também a taxa masculina. Nas regiões SUDOE da França a taxa de emprego das mulheres situa-se em proporções similares às médias francesa e europeia, a diferença do que ocorre entre os varões. Estas cifras demostram que em esta zona de França, como no resto dos países do Sul de Europa, a tendência geral é ao aumento do número de mulheres que se incorporam à vida laboral embora na zona francesa do Sudoe as taxas do desemprego feminino seguem sendo ligeiramente mais altas que no resto da França. O emprego masculino e feminino também variam sustancialmente em Gibraltar. No ano 2001, sobre uma população ocupada de 13,931 pessoas, o 60,1% era de sexo masculino e um 39,9% de sexo feminino. Em cualquer caso verifica-se a tendência geral, como em todo o território do SUDOE, a uma diminuição paulatina da diferença entre o emprego masculino e feminino. As maiores diferenças as encontramos no trabalho a tempo parcial que o ocupam mulheres em um 84,9% e só em um 15,1% homens, verificando-se um aumento da percentagem de mulheres e uma diminuição da dos homens que ocupam postos a tempo parcial. Emprego entre os jovens. A taxa de desemprego entre os jovens é superior em Espanha e as regiões SUDOE da França à do resto de zonas de Europa e as maiores dificuldades as encontram os jóvens no momento de aceder a seu primeiro emprego. O jóvens têm, em relação com os adultos, uma taxa de ocupação mais baixa e uma taxa de paro muito mais elevada, apesar de contar com um maior nível de educação. A taxa de desemprego dos jovens em Portugal era do 9%, seis pontos menos que a média europeia, mas no 2002 havia subido até o 11,6%, dois pontos e meio mais que o ano anterior, quando o índice de paro geral passou do 4 ao 5,1% nas mesmas datas, o que expressa a vulnerabilidade deste sector da população. Nas regiões francesas do Sudoe, o desemprego entre os jovens permanece en quotas mais altas que as do resto do território francês. Investigação e desenvolvimento A região de que forma o Sudoe se caracteriza por uma baixa incidência da investigação desenvolvimento, tanto a nível empresarial quanto ao de investimento público. As disparidades são notáveis, sobretudo, entre as regiões francesas (e algumas delas em particular) e as regiões espanholas e portuguesas. Tanto na percentagem do PIB dedicado a I+D (ao redor do 0,9% em 1998 e do 1% em 2002) como no número de investigadores (3,2 investigadores por 1.000 de população activa segundo dados estimados do INE), Espanha está claramente por baixo da média da União Europeia (em torno ao 1,9% do PIB) e muito por baixo da média europeia e do líder em gasto em I+D, Suécia (3,8). Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 16

Portugal dedicou em 2001 a Investigação e Desenvolvimento um 0,83% 22 do Produto Interior Bruto. Esta cifra supõe uma ligeira subida respeito a 1999 (o 0,75% do PIB) e ainda mais respeito a anos anteriores que foi do 0,62% do PIB, mas o mantém muito afastado da média europeia de gasto em I+D e entre os estados europeus que menos orçamento dedicam à investigação. No 2001 o número de investigadores por cada mil empregados era 0,7. mas se considerarmos o número dos investigadores dedicados a isso a tempo completo essa cifra se reduz ao 0,003 23 Tendo em conta estes dados, a situação de Portugal pode-se descrever do seguiente modo: Os centros de actividades de I+D concentram-se na área metropolitana de Lisboa. Há uma forte debilidade no sector de I+D em Portugal sobretudo no que respeita às estruturas de investigação e às actividades unidas vinculadas a este sector. Por outra parte a conexão de redes de investigação em projectos regionais e nacionais é escassa, já que estas localizam-se em cidades medianas e vinculadas às Universidades. Na França o gasto do I+D é de aproximadamente o 2,2% do PIB. Em 1999 houve um aumento sensível do gasto em I+D, mas os anos 2000 e 2001 hão sido os años da consolidação. Também no sector da investigação e o desenvolvimento as diferenças entre as diferentes regiões francesas que conformam o Sudoe é muito destacada. A título de exemplo diremos que no gasto em I+D foi, em 2002, nove vezes superior na região de Midi-Pyrénées que em Poitou-Charentes 24. Outro exemplo é o que mostra que o gasto em I+D do total do gasto na região de Aquitania foi de quase o 4% em 2000 (a terceira da França), no entanto que o de Limousin estava perto do 0,6% (a penúltima da França). A zona francesa do Sudoe, portanto, sem dúvida dependendo da potência de suas Universidades, é bastante dispar no que ao investimento em I+D. Limousin é a região menos desenvolvida em este aspecto já que, se em regiões como l Île-de-France o número de centros com actividades de I+D era de 1.500 ou em Rhône- Alpes de 950, as cifras no caso de Limousin e Poitou-Charentes são ostensívelmente mais baixas (50 e 100 respectivamente) 25 Estrutura sectorial do emprego. A tendência geral na evolucão da estrutura sectorial do emprego na zona Sudoe é uma cada vez menor importância relativa do sector da agricultura, embora em Portugal o número de empregados triplica à média européia e francesa e duplica à espanhola, e uma importância cada vez maior do sector serviços. 22 INE, Anuário Estatístico de Portugal de 2002 23 INE, Anuário Estatístico de Portugal de 2002. 24 L'Institut national de la statistique et des études économiques (Insee). 25 http://www.recherche.gouv.fr/conseil/csrt/2001/dpdbordeaux.pdf Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 17

Emprego por sectores 2001 (en %) 2001 Agricultura Indústria Serviços ESPANHA (NUT 1) 6,5 31,6 61,9 Noroeste 12,6 31,7 55,7 Nordeste 4,5 36,8 58,7 Madrid 0,8 25,0 74,3 Centro 11,3 31,9 56,8 Este 3,2 37,2 59,6 Sul 11,1 26,3 62,6 Canarias 5,5 22,9 71,6 FRANÇA (NUT 2) 4,0 25,5 68,6 Poitou-Charentes 7,5 28,3 64,2 Sud-Ouest 6,8 24,4 68,8 Auvergne 8,5 27,1 64,2 Languedoc-Roussillon 8,5 15,8 75,7 PORTUGAL (NUT 1) 13,0 34,0 53,0 Norte 12,7 43,9 43,4 Centro 27,3 31,2 41,5 Lisboa 4,8 28,0 67,2 Alentejo 14,5 22,3 63,3 Algarve 8,7 21,1 70,2 Açores 13,8 29,8 56,5 Madeira 13,1 30,3 56,6 UE-15 4,1 28,5 66,7 Fonte: Eurostat (REGIO, EFT) Em Espanha a estrutura sectorial do emprego caracteriza-se por uma importância menor do sector serviços em relação com a média comunitária (61,9% em Espanha, 66,7% na média comunitária em 2001). Também existem marcadas diferenças regionais com um maior peso da agricultura e a construção e um menor peso dos serviços nas regiões do Objetivo 1. A agricultura emprega ao 6,5% dos trabalhadores, cifra superior à média comunitária, embora deva-se têr em conta que em algumas das zonas de Objetivo 1 (NUT 1: Noroeste, centro e Sul o emprego agrário é três vezes superior e quase dobra a média espanhola), no entanto que em outras zonas como Madrid ou o Leste a actividade agraria é escassamente relevante. O emprego industrial também está por cima da percentagem europeia, especialmente nas zonas Leste e Noroeste. A actividade do sector serviços, com a importância que seu desenvolvimento tem em uma sociedade baseada no conhecimento, está longe, excepto em Madrid, e em Canarias e o Sul pelo peso das actividades ligadas ao turismo, do ritmo de desenvolvimento européu. No que respeita à construção (sector em alça) esta actividade ocupa ao 11% dos trabalhadores. EM Portugal o sector dos serviços ocupava em 2001 o 53% da população empregada, o sector industrial o 34% e o 13% ocupava-se no sector agrário. A regiões de Lisboa (67,2%) Algarve (70,2%) e Alentejo (63,3%) são as mais terciadas. As regiões do Centro (27,3%) e Alentejo (14,5%), pelo contrário, ocupam a uma percentagem de trabalhadores mais elevado no sector primário. Evaluación Intermedia del P.I.C. INTERREG III B Sudoeste Europeo, 2.000 2.006 18