PROJETO BÁSICO AMBIENTAL UHE TELES PIRES

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Transcrição:

PROJETO BÁSICO AMBIENTAL UHE TELES PIRES P.14. Programa de Salvamento de Germoplasma Vegetal no Canteiro de Obras e Áreas de Apoio Relatório Semestral EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DO PROGRAMA INTEGRANTES CONSELHO DE CLASSE CTF IBAMA ASSINATURA Msc. Pablo Vinicius C. Mathias CRBio 44077/04-D 543020 Esp. Cláudio Veloso Mendonça CRBio 37585/04-D 629394 Tiago Guimarães Junqueira CRBio 62336/04-D 2054181 Guilherme Cavalcanti Bandeira CREA 75234/D-PR 3915468 Bruno Martins de Mello CREA 21435/D-GO 5292988 Juliano Mafra Neves CRBio 87185/04-D 5474356 Fevereiro 2014

SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO... 4 2. INTRODUÇÃO... 4 3. ÁREA DE ESTUDO... 4 3.1. Operacional... 5 4. METODOLOGIA... 6 4.1. Viveiro/Orquidário... 6 4.2. Manutenção das áreas de realocação... 7 4.3. Irrigação... 8 4.4. Controle Fitossanitário... 9 5. RESULTADOS... 9 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 12 1

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Localização da área de estudo.... 5 Figura 2. Centro de triagem de epífitas.... 6 Figura 3. Atividade de manutenção no viveiro.... 6 Figura 4. Poda de gralhos secos dos espécimes do viveiro... 6 Figura 5. Troca de fitilhos de nylon que fixa os espécimes nos galhos suspensos.... 6 Figura 6. Áreas de realocação de plantas previamente selecionadas... 7 Figura 7. Manutenção no sistema de irrigação.... 9 Figura 8. Sistema de irrigação no viveiro.... 9 Figura 9. Auxiliar de Campo fazendo troca de fitilho de nylon na área de relocação da Margem Esquerda do Rio Teles Pires.... 10 Figura 10. Auxiliar de Campo fazendo troca de fitilho de nylon na área de relocação da Margem Direita do Rio Teles Pires... 10 Figura 11. Manutenção no Viveiro de Epífitas (poda de galhos secos).... 10 Figura 12. Manutenção no Viveiro de Epífitas (poda de galhos secos).... 10 Figura 13. Manutenção no Viveiro de Epífitas (poda de galhos secos).... 10 Figura 14. Troca de bolachas de madeira dentro do Viveiro de Epífitas... 10 Figura 15. Vista interna do Viveiro... 11 Figura 16. Espécime de Epífita no Viveiro, com placa de identificação.... 11 Figura 17. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas.... 11 Figura 18. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas... 11 Figura 19. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas... 11 Figura 20. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas... 11 Figura 21. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas... 12 Figura 22. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas... 12 Figura 23. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas... 12 Figura 24. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas... 12 LISTA DE QUADROS Quadro 1. Áreas de realocação de plantas nas margens do Rio Teles Pires.... 8 2

APP Área de Proteção Permanente LISTA DE SIGLAS ADA Área Diretamente Afetada CHTP Companhia Hidrelétrica Teles Pires CNO Construtora Norberto Odebrecht CRTF Centro de Resgate e Triagem de Flora EIA Estudo de Impacto Ambiental IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis LP Licença Prévia MD Margem Direita do Rio Teles Pires ME Margem Esquerda do Rio Teles Pires RB Herbário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro RIMA Relatório de Impacto Ambiental UHE Usina Hidrelétrica 3

1. APRESENTAÇÃO O presente documento refere-se à síntese das atividades do Programa de Salvamento de Germoplasma Vegetal (Manutenção do Viveiro de Epífitas e Áreas de relocações) realizadas na área do canteiro de obras e áreas de apoio da Usina Hidrelétrica Teles Pires UHE TELES PIRES, no período de Agosto de 2013 a Janeiro de 2014. As atividades realizadas visam atender o Termo de Referência, no que se refere à Execução do Programa de Salvamento de Germoplasma Vegetal nas Áreas de Canteiro e de Apoio - TPMA 002-2011 - P.14 CHTP, à LP Nº 386/2010 e ao Parecer Técnico Nº 111/2010 COHID/CGENE/DILIC/IBAMA, respeitando as condicionantes do IBAMA e o plano de trabalho do projeto executivo do Programa. 2. INTRODUÇÃO O resgate de flora é uma medida extremamente importante, tendo como principal objetivo o resgate e a realocação das populações de plantas com hábito epifítico e hemiepifítico, que poderão ser alteradas com a implantação e operação da UHE Teles Pires, minimizando e compensando os impactos do empreendimento, além de buscar o conhecimento da diversidade e a conservação das espécies na região. Esta preservação se faz através do desenvolvimento de um banco de germoplasma. Esse material será disponibilizado para pesquisas do patrimônio genético da região, além do potencial para exploração econômica dessas espécies e melhoramento das técnicas de produção, com intuito de enriquecer ou até mesmo recompor os remanescentes florestais da região. O programa objetiva resgatar e destinar para o viveiro de epífitas ou áreas de realocação o maior número de espécies vegetais (epífitas e hemiepífitas) existentes na área diretamente afetada pela UHE, buscando minimizar a perda por erosão genética. Sendo assim, é priorizado o resgate de indivíduos de uma mesma espécie em todos os lotes suprimidos, a fim de conservar a variabilidade genética dos grupos de monocotiledôneas da região. 3. ÁREA DE ESTUDO O canteiro de obras da UHE Teles Pires foi instalado no baixo curso do rio Teles Pires, curso hídrico localizado na divisa dos estados do Mato Grosso e Pará, mais especificamente na divisa dos municípios de Jacareacanga no Pará (margem esquerda) e Paranaíta no Mato Grosso (margem direita), conforme apresentado na Figura 1. 4

Figura 1. Localização da área de estudo. 3.1. Operacional As equipes responsáveis pelas atividades de manutenção foram compostas por líderes, identificadores e auxiliares de campo. Foram equipadas com veículos, GPS, câmeras fotográficas digitais, materiais de medição, ferramentas de jardinagem, prensas e material para herborização de amostras botânicas em campo, além de pranchetas e fichas de campo. Em todas as atividades executadas em campo, os colaboradores utilizaram os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pertinentes, tais como caneleiras, botinas, capacetes, óculos, protetores auriculares e luvas de raspa, devidamente certificado pelo INMETRO. Como material de apoio de campo, foram utilizados uniformes, garrafas térmicas e estojo de primeiros socorros, essenciais para a segurança das equipes. A equipe composta para execução do Programa contou com alojamentos na Base Física da localizada no município de Alta Floresta-MT e no Viveiro/Orquidário, ao lado do CTRF, próximo ao canteiro de obras. 5

4. METODOLOGIA 4.1. Viveiro/Orquidário Os indivíduos armazenados no viveiro recebem técnicas adequadas de cultivo, favorecendo a preservação da espécie e conservando a variabilidade genética, além de auxiliar na identificação de novos indivíduos coletados. Esse tipo de coleção permite o acesso aos dados da flora nativa da região de forma ágil e facilita a compreensão da fenologia das espécies, as quais são acompanhadas diariamente e, quando em estágio de floração, são fotografadas. Todas as informações contidas nas fichas de campo são transferidas para o banco de dados em planilha digital, associando às informações as imagens digitais tomadas de cada amostra. Durante o período que abrange este relatório, quando necessário, foram feitas podas de galhos secos e substituição de fitilho de nylon para uma melhor fixação (Figura 2-Figura 5). Figura 2. Centro de triagem de epífitas. Figura 3. Atividade de manutenção no viveiro. Figura 4. Poda de gralhos secos dos espécimes do viveiro Figura 5. Troca de fitilhos de nylon que fixa os espécimes nos galhos suspensos. 6

4.2. Manutenção das áreas de realocação Os espécimes resgatados foram realocados em áreas que não sofrerão interferência direta do empreendimento (Figura 6). As áreas de realocação e forófitos são selecionadas previamente, observando para que os indivíduos sejam reintroduzidos em fitofisionomias semelhantes àquelas de onde foram resgatados, sendo fixados por meio de uma ou mais tiras de barbante ou fitilho de nylon. Algumas espécies de Araceae, Bromeliaceae e Cactaceae são plantadas no solo da floresta preferencialmente onde a camada de serapilheira seja mais espessa, pois esse é o melhor método a ser aplicado na recuperação das plantas, mesmo que estas sejam hemiepífitas ou epífitas. Figura 6. Áreas de realocação de plantas previamente selecionadas. 7

Os espécimes resgatados durante as atividades de supressão foram realocados para cinco áreas localizadas nas APP s do Rio Teles Pires, sendo três na margem esquerda (município de Paranaíta-MT) e duas na margem direita (município de Jacareacanga-PA) (Quadro 1): Quadro 1. Áreas de realocação de plantas nas margens do Rio Teles Pires. SIGLA NOME DA ÁREA DE REALOCAÇÃO COORDENADAS UTM (21L) ME-01 Margem Esquerda 01 0520472 8968170 ME-02 Margem Esquerda 02 0522570 8969920 ME-03 Margem Esquerda 03 0522107 8969121 MD-01 Margem Direita 01 0525008 8968552 MD-02 Margem Direita 02 0524777 8968616 As áreas definidas para a realocação do espécimes vegetais são aptas a receber o material coletado, por serem locais preservados e que apresentam características necessárias para a boa adaptação das plantas realocadas. Por se tratar de dois estados distintos (Mato Grosso, Margem Esquerda e Pará, Margem Direita), a realocação dos espécimes coletados está sendo realizada respeitando o município e estado de origem do resgate. Durante o período de abrangência deste relatório as áreas de realocações sofreram visitas periódicas para a realização da manutenção. As atividades se resumem à poda de galhos e folhas secas e posterior amarração de manutenção das espécies que ainda não se fixaram no suporte. 4.3. Irrigação No período da seca a irrigação vem sendo feita manualmente para os indivíduos realocados, com auxílio de motor e bomba. As equipes foram treinadas para manter a vazão da água baixa e constante na operação, visando evitar qualquer dano mecânico às plantas e ao equipamento. Já o viveiro/orquidário possui um sistema fixo de aspersão, que visa manter o solo sempre úmido, mesmo em períodos de estiagem, o que assegura a manutenção da umidade relativa do ar na parte interna (Figura 7 e Figura 8). O sistema de irrigação sofre manutenção periódica visando seu perfeito funcionamento. 8

Figura 7. Manutenção no sistema de irrigação. Figura 8. Sistema de irrigação no viveiro. 4.4. Controle Fitossanitário O controle de pragas e doenças tem consistido no combate à formigas, cupins, entre outras, através de inspeção preventiva periódica. Quando identificados, é realizado imediatamente o combate e aplicação de pesticidas e fungicida nos indivíduos. 5. RESULTADOS A importância ecológica do epifitismo nas comunidades florestais consiste na manutenção da diversidade biológica e no equilíbrio interativo entre as espécies. Proporcionam recursos alimentares (frutos, néctar, pólen, água) e microambientes especializados para a fauna do dossel, constituída por uma infinidade de animais voadores, arborícolas e escansoriais (que vivem tanto no estrato arbóreo quanto no chão) (WAECHTER, 1992). Durante o período de Agosto de 2013 a Janeiro de 2014, a Biota Projetos e Consultoria Ambiental realizou a manutenção do Viveiro de Epífitas e a Manutenção das áreas de relocação. Tendo em vista que nesse período não ocorreram atividades de supressão vegetal nas áreas do canteiro de obras, não foram recebidos novos espécimes no Viveiro. A seguir é apresentado um relatório fotográfico ilustrando as atividades realizadas nesse período, bem como exemplares em fase de floração (Figura 9-Figura 24). 9

P.14 - Programa de Salvamento de Germoplasma Vegetal no Canteiro de Obras Figura 9. Auxiliar de Campo fazendo troca de fitilho de nylon na área de relocação da Margem Esquerda do Rio Teles Pires. Figura 10. Auxiliar de Campo fazendo troca de fitilho de nylon na área de relocação da Margem Direita do Rio Teles Pires. Figura 11. Manutenção no Viveiro de Epífitas (poda de galhos secos). Figura 12. Manutenção no Viveiro de Epífitas (poda de galhos secos). Figura 13. Manutenção no Viveiro de Epífitas (poda de galhos secos). Figura 14. Troca de bolachas de madeira dentro do Viveiro de Epífitas. 10

Figura 15. Vista interna do Viveiro Figura 16. Espécime de Epífita no Viveiro, com placa de identificação. Figura 17. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas. Figura 18. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas Figura 19. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas Figura 20. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas 11

Figura 21. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas Figura 22. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas Figura 23. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas Figura 24. Exemplares em fase de floração no Viveiro de Epífitas 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS WAECHTER, J. L. 1992. O epifitismo vascular na Planície Costeira do Rio Grande do Sul. Tese de Doutorado. Universidade de São Carlos, São Carlos. 12

Pablo Vinicius Clemente Mathias Diretor Técnico Biota Projetos e Consultoria Ambiental Ltda. CNPJ: 05.761.748/0001-20 Cláudio Veloso Mendonça Diretor Administrativo Biota Projetos e Consultoria Ambiental Ltda. CNPJ: 05.761.748/0001-20 Goiânia, 24 de Fevereiro de 2014. Biota Projetos e Consultoria Ambiental Ltda. Rua 86-C nº 64 Setor Sul - CEP: 74083-360. Goiânia - GO Brasil Fone: (62) 3945-2461 / 8405-4449 / 8405-4451 www.biotanet.com.br biota@biotanet.com.br 13