INCLUSÃO DO TÊNIS DE CAMPO NO PROGRAMA ESCOLA DA FAMILIA NA CIDADE DE UNIÃO PAULISTA-SP COMO PROPOSTA DE SOCIALIZAÇÃO



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CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

Transcrição:

UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Érica Jaqueline Papile Candido INCLUSÃO DO TÊNIS DE CAMPO NO PROGRAMA ESCOLA DA FAMILIA NA CIDADE DE UNIÃO PAULISTA-SP COMO PROPOSTA DE SOCIALIZAÇÃO LINS SP 2011

ÉRICA JAQUELINE PAPILE CANDIDO INCLUSÃO DO TÊNIS DE CAMPO NO PROGRAMA ESCOLA DA FAMILIA NA CIDADE DE UNIÃO PAULISTA-SP COMO PROPOSTA DE SOCIALIZAÇÃO Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física Licenciatura, sob a orientação da Prof.ª Giseli de Barros Silva e orientação técnica da Prof.ª Ana Beatriz Lima. LINS SP 2011

Candido, Érica Jaqueline Papile C233i Inclusão do tênis de campo no programa escola da família na cidade de União Paulista-SP como proposta de socialização / Érica Jaqueline Papile Candido. Lins, 2011. 53p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física Licenciatura, 2011. Orientadores: Giseli de Barros Silva; Ana Beatriz Lima 1. Tênis de Campo. 2. Inclusão e Socialização. 3. Programa escola da família. I Titulo. CDU 796

ÉRICA JAQUELINE PAPILE CANDIDO INCLUSÃO DO TÊNIS DE CAMPO NO PROGRAMA ESCOLA DA FAMILIA NA CIDADE DE UNIÃO PAULIS-SP COMO PROPOSTA DE SOCIALIZAÇÃO Monografia apresentada ao Centro Universitário Salesiano Auxilium, curso de Educação Física de Lins, para obtenção do titulo de Licenciatura em Educação Física. Aprovado em / /2011 Banca Examinadora: Prof.ª Giseli de Barros Silva Especialista em Fisiologia do Exercício Assinatura: 1º Prof(a): Titulação: Assinatura: 2º Prof(a): Titulação: Assinatura:

Dedico esta monografia aos meus pais e minha irmã que estiveram comigo em todos os momentos no qual eu precisei deles. Graças a eles que estou aqui hoje concluindo mais um curso, pois eles são minha inspiração. Dedico também a todos meus amigos que tiveram ao meu lado no decorrer deste trabalho. E dedico também a minha orientadora Giseli (Gi) que me deu muita atenção nos momentos que precisei. Érica Jaqueline Papile Candido

AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradeço a Deus, criador do mundo, depois a minha família que sempre estão ao meu lado, agradeço também minha orientadora Gi e todos meus amigos que sempre estão ao meu lado. Obrigada! Érica Jaqueline Papile Candido

RESUMO A Educação Física é uma rica área para discussões, porém carece de estudos que abordam especificamente modalidades pouco conhecidas, como é o caso do tênis de campo. Diante dessas poucas possibilidades de estudos em esportes como o citado, a pesquisa teve por objetivo: mostrar as possibilidades de aprender um esporte de pouca popularidade, e provar que mesmo sendo um esporte caro, crianças carentes, do programa escola da família, também podem praticar. As informações foram obtidas através de alunos do programa Escola da Família da cidade de União Paulista-SP, realizado aos finais de semana. A dimensão do tênis de campo para as crianças foi tão grande, que ficou claro perceber que nunca haviam se deparado com essa modalidade, mostrando que existem inúmeras condições, de trazer todo e qualquer tipo de esportes, para toda a população, independente de classe social. O tênis é um esporte como qualquer outro onde tem como objetivo trabalhar todas as capacidades físicas melhorando a qualidade de vida. É um jogo de habilidades, e o elemento físico é menos importante comparado com muitos outros esportes, pode ser jogado em alto padrão por uma variedade de pessoas. Uma das características dessa modalidade é a individualidade, deixando de existir o risco de uma colisão corporal. Isso trará mais resistência, sendo também que o esporte melhora a capacidade cardiovascular e respiratória, reduz o risco de ataques cardíacos e também ajuda na prevenção da osteoporose e auxilia no bem-estar físico e mental, diminuindo a ansiedade, o estresse e a depressão. Palavras - chave Tênis de Campo. Inclusão e socialização. Programa escola da família.

ABSTRACT Physical Education is a rich area for discussion, but lacks studies that specifically address modalities little known, as is the case of tennis field. Given these few possibilities for studies in sports such as mentioned, the research aimed to: show the possibilities of learning a sport of little popularity, and prove that even being an expensive sport, needy children, the school program from the family, may play. Information was obtained from students in the School of Family Union City Paulista, SP, done on weekends. The size of tennis camp for children was so great that it was plain to see that they had never encountered this type, showing that there are numerous conditions, to bring any kind of sports, for the entire population, regardless of social class. Tennis is a sport like any other which aims to work all physical abilities by improving the quality of life. It is a game of skill, and the physical element is less important compared to many other sports can be played at a high standard by a variety of people. One characteristic of this mode is the individuality and cease to exist the risk of a collision body. This will bring more strength, and also that sport improves cardiovascular and respiratory systems, reduces the risk of heart attacks and also helps prevent osteoporosis and helps in the physical wellbeing and mental health, reducing anxiety, stress and depression. Keywords Tennis Field. Inclusion and socialization. Family School Program

LISTA DE FIGURAS Figura 1: Quadra de Tênis de Campo...27 Figura 2: Algumas crianças que praticam o tênis no programa escola da família...51 Figura 3: Crianças jogando tênis...51 Figura 4: Rede de voleibol adaptada para a prática do tênis...52 Figura 5: Movimentos de jogo com a raquete...52 Figura 6: Os principais materiais utilizados...53

SUMÁRIO INTRODUÇÃO...10 CAPITULO I OS BENEFICIOS DO TENIS DE CAMPO...12 1 CONCEITO...12 1.1 Exercício Aeróbico...12 1.2 Benefícios do Tênis de Campo...13 1.3 A importância da atividade física para crianças...13 CAPITULO I I- O TÊNIS DE CAMPO...14 2 Conceito e definição do Tênis de Campo...14 2.1 Tênis de Campo no Brasil...14 2.1.1 Regras Básicas...15 2.1.2 Glossário do Tênis...17 2.2 Adaptação das crianças a Prática do Tênis de Campo...24 2.3 A importância do Professor de Educação Física na pratica do Tênis de Campo...26 2.4 Quadra de tênis de Campo...26 2.4.1 Resumo das medidas da quadra de tênis de campo...28 CAPITULO III A INCLUSÃO SOCIAL E SOCIALIZAÇÃO ESCOLAR 3 CONCEITO...30 3.1 Esporte e Inclusão social...30 3.1.1 Processos iniciais para a inclusão da pratica do tênis de campo nas escolas...32 3.2 O que vem a ser Socialização...33

CAPITULO IV A PESQUISA...36 4 INTRODUÇÃO...36 4.1 A adaptação do Tênis de Campo no Programa Escola da Família.36 4.2 Métodos...36 4.3 Historia do Programa escola da família...37 4.4 Características do local da pesquisa...38 4.5 Atividades desenvolvidas sem materiais...39 4.6 Atividades desenvolvidas com materiais...39 4.7 Depoimentos...40 4.8 Considerações finais sobre a pesquisa...40 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO...42 CONCLUSÃO...43 REFERÊNCIAS...44 APÊNDICES...46 ANEXOS...50

10 INTRODUÇÃO Este estudo tem como objetivo mostrar para as crianças do programa escola da família que é possível praticar o tênis de campo sem muitos recursos financeiros ainda aumentando a socialização, buscamos mostrar um pouco deste esporte Foi desenvolvido no programa escola da família na cidade de União Paulista SP, no período de dois meses aos finais de semana com aulas teóricas e praticas. O tênis é um esporte como qualquer outro onde tem como objetivo trabalhar todas as capacidades físicas melhorando a qualidade de vida. É um jogo de habilidades, e o elemento físico é menos importante comparado com muitos outros esportes, pode ser jogado em alto padrão por uma variedade de pessoas. Uma das características dessa modalidade é a individualidade, deixando de existir o risco de uma colisão corporal. Más também pode ser adaptado as escolas sendo desenvolvido com varias crianças ao mesmo tempo, ai vai da criatividade do professor a maneira que será ministrada a aula. Nesta perspectiva, Silva (2007) refere que o histórico do tênis carrega consigo algumas qualidades do velho e bom espírito esportivo tais como o cavalheirismo, elegância, respeito às regras, sociabilidade entre os sexos, longevidade, embate de estilos e personalidades, glamour, alta competitividade, diversão ao ar livre, responsabilidade social e bom humor, estes que estão presentes até hoje em clubes, academias, parque. No Brasil, nos últimos anos, o número de praticantes de tênis de campo tem crescido tanto no âmbito recreacional como no competitivo. Podemos especular que tal fenômeno se deva ao nosso ídolo Gustavo Kuerten que tem apresentado grandes resultados e levado o nome do país ao estrelato no tênis mundial. Somando-se a isto, uma grande quantidade de patrocinadores novos tem surgido e assim aumentado o

11 numerário de competições no país. Entre as mais visadas são os torneios Challenger e Futures que englobam a participação de tenistas infantis e juvenis. Diante da situação exposta, foi formulada a seguinte questão: O tênis proporciona que tipo de beneficio para as crianças do programa escola da família? - Beneficios físicos do tênis: capacidade aeróbica, força muscular, coordenação dos movimentos, velocidade, agilidade, flexibilidade, etc. - Beneficios psicológicos do tênis: desenvolvimento da disciplina e da aprendizagem do jogo, reforça o valor do trabalho e do esforço, cria um sentido competitivo íntegro, estimula o trabalho em equipe, desenvolve habilidades sociais, melhora a autoestima, a segurança e a diversão. Dentre alguns benefícios podemos destacar também a socialização e a afetividades entre eles e o tênis é um esporte fácil de aprender e proporciona muita diversão. Sendo assim este estudo esta dividido em quatro capítulos: Capitulo I: Os benefícios do tênis de campo; Capitulo II: Tênis de Campo, regras e sua historia no Brasil; Capitulo III: A inclusão social e a socialização escolar Capitulo IV: A Pesquisa desenvolvida no Programa escola da família. Finalizando o trabalho, a resposta do estudo e as considerações finais.

12 CAPITULO I OS BENEFICIOS DO TENIS DE CAMPO 1. CONCEITO Segundo Confederação Brasileira de Tênis (2004), o tênis é uma das atividades físicas mais completas e que exige muito esforço e dedicação do atleta, pois além do esporte trazer uma série de benefícios para a saúde e para a mente, também é a opção para quem quer ficar em forma. Uma das principais vantagens do esporte é que, durante a aula ou o treino, o atleta trabalha o corpo todo e que possibilita o elevado gasto calórico ao mesmo tempo em que trabalha força muscular. Portanto, além de auxiliar na perda de peso, ele exige um grande esforço das pernas para se locomover, do abdômen para a sustentação e dos braços, ombros e costas para os movimentos com a raquete. Com a prática do tênis, nota-se um grande ganho de massa muscular principalmente nas pernas e nos braços e junto dele seria ideal que se praticasse outro tipo de atividade física, como por exemplo, corrida. Isso trará mais resistência, sendo também que o esporte melhora a capacidade cardiovascular e respiratória, reduz o risco de ataques cardíacos e também ajuda na prevenção da osteoporose e auxilia no bem-estar físico e mental, diminuindo a ansiedade, o estresse e a depressão. 1.1 Exercício aeróbico Exercícios aeróbios típicos são contínuos e prolongados, realizados com movimentos não muito rápidos, e pode ser praticado por qualquer tipo de pessoa( crianças, adultos e idosos).

13 Nesta perspectiva, autores como Alexander e Luckmann (2001) e Graça (2004 apud BALBINOTTI et al. 2009 p. 36), referem que: Por meio do esporte, o indivíduo pode melhorar a qualidade de vida, exercer o convívio social, ampliar as relações de amizade, vivenciar o trabalho em equipe, gerar resoluções de problemas na prática de jogos, desenvolver condutas esportivas apropriadas por meio do jogo e o respeito às regras, assumir papeis de liderança e experimentar o prazer e o divertimento (BALBINOTTI, 2009 P.22). 1.2 Benefícios do Tênis de Campo A prática do Tênis de Campo aumenta o ganho de massa muscular, melhora o condicionamento físico aula ou o treino, o atleta trabalha o corpo todo e que possibilita o elevado gasto calórico ao mesmo tempo em que trabalha força muscular. Portanto, além de auxiliar na perda de peso, ele exige um grande esforço das pernas para se locomover, do abdômen para a sustentação e dos braços, ombros e costas para os movimentos com a raquete. Dentre alguns benefícios podemos destacar a socialização e a afetividades entre eles e o tênis é um esporte fácil de aprender e proporciona muita diversão. 1.3 A importância da Atividade Física para Crianças A prática esportiva desperta no jovem e nas crianças um grau de excitação somático produzidas pelo próprio corpo, onde através da elevação do batimento cardíaco e do tônus muscular, as expectativas de prazer e satisfação, a possibilidade de gritar e comemorar configura um contexto em que sentimentos de prazer, raiva, alegria, entre outros, são vividos e expressos de maneira intensa e muitas vezes inédita pelos alunos.

14 CAPITULO II O TÊNIS DE CAMPO 2 Conceito e definição do Tênis de Campo A Confederação Brasileira de Tênis (2004) afirma que, o tênis é considerado um esporte para as camadas mais altas da sociedade e sua origem está remontada desde o Império Romano. A Escócia consideravase o primeiro país que jogou tênis, mas na realidade o esporte surgiu do jogo do balão (HARPASTUM) praticado pelos romanos, que o levaram para todas as regiões do mundo. O Harpastum foi adaptado no País Basco e recebeu o nome de jeu de paume, porque a bola era batida com a palma da mão contra um muro, mais ou menos o que ocorre hoje com a Pelota Basca. Em 1874, um major inglês chamado Walter Clopton Wingfielduqe propôs como jogo novo o sphairistike, que em grego significa jogo de bola, conservando-se por pouco tempo esse nome, serviria como diversão para seus convidados antes do real propósito da visita que era a caça ao faisão, sendo no gramado de sua mansão a disputa das primeiras partidas de tênis. É um jogo de habilidades, e o elemento físico é menos importante comparado com muitos outros esportes, pode ser jogado em alto padrão por uma variedade de pessoas. Uma das características dessa modalidade é a individualidade, deixando de existir o risco de uma colisão corporal. 2.1 Tênis de Campo no Brasil O tênis chegou ao Brasil em 1888, trazido principalmente por engenheiros britânicos que vieram ao país para construir estradas de ferro. (BALBINOTTI, 2009). No Brasil, nos últimos anos, o número de

15 praticantes de tênis de campo tem crescido tanto no âmbito recreacional como no competitivo. Podemos especular que tal fenômeno se deva ao nosso ídolo Gustavo Kuerten que tem apresentado grandes resultados e levado o nome do país ao estrelato no tênis mundial. Somando-se a isto, uma grande quantidade de patrocinadores novos tem surgido e assim aumentado o numerário de competições no país. Entre as mais visadas são os torneios Challenger e Futures que englobam a participação de tenistas infantis e juvenis. 2.1.1 Regras Básicas O tênis é um esporte praticado em todo o mundo, de acordo com as regras estabelecidas pela ITF (Internacional Tennis Federation). American Sport Education Program (1999). Este esporte é disputado em seis games e pontos, o ponto é a primeira conquista realizada pelo tenista, acontece quando a bola bate contra a rede e não transpõe, quica fora das linhas de demarcação ou o tenista não bate na bola antes que ela quique duas vezes. Em relação ao saque, um jogador saca um game todo, o game pode durar quatro pontos (15,30,40 game) ou até um numero indefinido. O sacador alterna os lados para executar o saque e deve sacar na diagonal (AMERICAN SPORT EDUCATION PROGRAM,1999). A quadra mede 23,77 metros, a linha da base para jogos individuais é de 8,22 metros e a linha de base para os jogos de duplas é de 10,97 metros. A área de saque mede 4,11 metros de largura (cada lado) e de 6,4 metros de cumprimento. Quando uma quadra serve para os jogos de simples e de duplas, a mesma deverá estar provida com dois postes de sustentação da rede (paus de simples) com uma altura de 1,07m, e de não mais de 7,5cm de largura ou de diâmetro, cujos centros deverão estar colocados a 0,914 m para fora da quadra de simples. A altura da rede, no centro, deverá ser de 0,914m sendo que a rede deve ser uma malha suficientemente pequena

16 para evitar que a bola atravesse. Para manter essa altura, usa-se uma fita de não menos do que 5 cm e não mais do que 6 cm e de cor branca. Não deve existir anúncios na rede, fitas ou paus de simples. Estarão autorizados os anúncios colocados na rede, desde que colocados naquela aérea entre o pau de simples e o poste da rede e de uma maneira que seja possível ver através da rede. Estes anúncios não podem conter branco ou amarelo. Se forem colocados anúncios ou qualquer tipo de material no fundo da quadra, ou nas cadeiras dos árbitros de linha, os mesmos não poderão conter as cores branca ou amarela. Cores claras somente poderão ser utilizadas caso não interfiram na visão dos jogadores. Nota 1: No caso de torneios da ITF (Federação Internacional de Tênis),como Copa Davis ou Fed Cup, deve haver um espaço atrás da linha de fundo não menor do que 6,4m e dos lados não menor do que 3,66m. No caso de torneios da CBT (Confederação Brasileira de Tênis), o espaço mínimo no fundo da quadra deverá ser, pelo menos, de 5,5m e nas laterais de, pelo menos, 3m. Nota 2: Altura mínima para quadras cobertas: ITF - mínimo de 9 m a partir da rede (12,19 m para Davis Cup Grupo Mundial). ATP - mínimo de 12,19 m a partir da rede. Uma partida é realizada em melhor de 3 sets. Os gran slans (4 torneios: Aberto da Austrália, Roland Garros, Winblendon e Aberto dos E.U.A), no masculino é disputado em melhor de cinco sets e no feminino em melhor de três sets. A raquete deverá estar dentro dos limites de medidas oficiais, a superfície da raquete deverá ser plana, não sendo permitido haver mais de um padrão de cordas na face de uma raquete. Esse padrão deve ser uniforme e particularmente não menos denso no centro do que em outras áreas. O aro da raquete não deve exceder 29 polegadas (73,66 cm) em comprimento, incluindo o cabo e 12 ½ polegadas de largura total. A superfície encordoada não deve exceder 15 ½ polegadas (39,37 cm) em comprimento e 11 ½ polegadas (29,21 cm) em largura. O aro e o cabo devem estar livres de objetos agregados e dispositivos outros que aqueles utilizados somente e especificamente para limitar ou prevenir desgastes ou vibração, ou para distribuir peso. O aro, incluindo o abo e

17 as cordas devem estar livres de qualquer dispositivo que torne possível mudar materialmente o formato da raquete ou mudar a distribuição de peso durante um ponto. Nenhuma fonte de energia que de alguma maneira mude ou afete as características de jogo da raquete poderá ser adaptada ou mesmo anexada à raquete. 2.1.2 Glossário do Tênis Segunda a Confederação Brasileira de Tênis(2004), os termos mais utilizados no tênis é: Ace: Saque indefensável American-twist: Efeito obtido no saque (a bola não tem grande velocidade mas adquire altura após quicar no solo). Approach: Golpe com objetivo de aproximação da rede, para realizar o voleio. Aquecimento: Troca de bola, para aquecimento dos jogadores. Em partidas oficiais, o aquecimento tem duração de 5 minutos. Antivibrador: Acessório de borracha, onde segundo as regras da ITF (International Tennis Federation) deve ser colocado depois da última corda na horizontal (na base do encordoamento da raquete) que serve para reduzir a transmissão de vibração (causada no momento do impacto com a bola), das cordas para o braço do tenista. Aro: parte de cima da raquete (cabeça) sem as cordas. ATP: Sigla da associação masculina que controla o tênis profissional (Association of Tennis Professionals). Australiana: Nome dado a uma formação tática no jogo de duplas, onde dois jogadores que têm a posse de do saque, começam o ponto quase no centro da quadra. Bate-pronto: Qualquer golpe executado a poucos centímetros do chão, assim que a bola começa a subir. Backhand: Golpe dado do lado contrário ao que se segura a raquete ( em inglês, backhand significa costas da mão, ou seja é o golpe em que o

18 tenista mostra as costas da mão ao adversário). Conhecido também como esquerda ou revés. Backswing: Amplitude de movimento, que vai desde abertura do braço para execução de um golpe de base até o momento do impacto da raquete com a bola. Boleiro: Também chamado de pegador, tem a função de ajudar os tenistas durante a partida, recolhendo e distribuindo as bolas aos jogadores. Break ou quebra: Ganhar o game em que foi o adversário quem sacou (quebra de saque). Break-point: Ponto que favorece o recebedor e, se vencido, conduzirá a quebra de saque. Bye: quando um jogador começa o torneio em uma fase a frente dos demais jogadores dentro da chave. Geralmente determinados por ranking. Cabeça-de-chave: São os tenistas de mais alto ranking inscritos num campeonato. São designados cabeças para evitar que os melhores jogadores do torneio se encontrem nas primeiras rodadas. Challenger: Categoria de torneio profissional masculino, com premiação que varia atualmente de US$ 35 a US$ 120 mil. Chapado: Golpe dado na bola com pouco efeito. Chave: Estrutura de um campeonato, feito por sorteio e que determina a ordem de todos os primeiros jogos e os adversários seguintes de cada vencedor. Circuito: Série de torneios que se disputa sob o mesmo regulamento, padrão, classificação e sistema de pontos, geralmente com o objetivo de se apurar um campeão geral ao final da série. Continental: Maneira de empunhar a raquete (maneira mais reta, jogador pode ter mais dificuldade de realizar efeitos na bola). Atualmente é mais usada pelos profissionais para os golpes: saque, smash, voleios e o efeito slice. Copa Davis: Campeonato masculino por países, criado em 1900, e atualmente organizado pela Federação Internacional. Corredor: Área entre a linha lateral de simples e a linha de duplas.

19 Deuce: Palavra de origem francesa, que significa igualdade no placar de um game depois que ele atinge 40 a 40. No Brasil, utiliza se iguais. Devolução: Quando o jogador responde ao saque do adversário. Drills: Utilizado para designar uma série de exercícios por repetição. Drive: Qualquer golpe executado no fundo da quadra. Drop shot: Mais conhecido como curtinha ou deixadinha, é um golpe dado com efeito underspin de forma tal que a bola quique o mais próximo à rede e o mais baixo possível. Drop volley: Deixadinha dada com um voleio (sem deixar a bola quicar no chão). Dupla-falta: Significa duplo erro no saque, o que dá o ponto ao adversário. Eastern: Maneira de empunhar a raquete, a face da raquete e a palma da mão estão em um mesmo plano e não existe uma linha quebrada em seu pulso, ele está completamente reto. É muito usado até hoje para golpes de fundo, e no início do aprendizado dos voleios. Empunhadura: Forma como se segura a raquete para executar golpes. São basicamente três: western, eastern e continental. Erros não-forçados: Erros cometidos por um jogador em golpes considerados de fácil execução. Fed Cup: Nome dado ao campeonato feminino por países, abreviatura (Federation Cup). Foot fault: Falta cometida com os pés durante a execução de saque (jogador pisa na linha antes de tocar na bola), conforme especifica a regra. Forehand: É o golpe em que o tenista mostra a palma da mão ao adversário. Future: Categoria de torneio profissional masculino, atualmente com premiação RS$ 10 ou R$ 15 mil. Game: Parte da contagem do tênis. É a unidade que compõe o set. Cada game é disputado por, no mínimo, quatro pontos. Os lances vencidos têm pontuação progressiva de 15, 30, 40, game. Em caso de empate no 40-40, haverá necessidade de se ganhar dois pontos consecutivos para vencer o game.

20 Game-point: Ponto favorável ao sacador que, se vencido, permitira fechar o game. Grand Slam: Conjunto dos quatro torneios mais tradicionais do tênis, formado por Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open, supervisionado pela Federação Internacional de Tênis. Grand Willy: Golpe em que se bate na bola entre as pernas, de costas para a rede, geralmente na defesa de um lob. Grip: É o termo utilizado para definir a grossura do cabo da raquete (medida em polegadas) ou o material (de couro ou sintético) que reveste o cabo da raquete. Ground stroke: Nome dado a qualquer golpe executado no fundo de quadra. Hawk-eye: Sistema, eletrônico, baseado em computação gráfica em 3D, que procura identificar a trajetória de todos os golpes de uma partida para possibilitar a checagem de bolas duvidosas. Iguais : Termo utilizado no Brasil que significa igualdade no placar de um game depois que ele atinge 40 a 40. ITF: Federação Internacional de Tênis (International Tennis Federation). Indoor: Termo utilizado para definir quando a quadra é coberta (fechada). Jogo de fundo: Um estilo de jogo em que o tenista fica próximo à linha de fundo quase todo o jogo. Jogo de rede: Um estilo de jogo em que o tenista joga junto à rede, voleando a maior parte das bolas. Juiz de linha: Um dos juízes do jogo, cuja responsabilidade é decidir se as bolas foram dentro ou fora das linhas laterais, do saque e do fundo. Juiz de cadeira: É o principal juiz de quadra em uma partida profissional, responsável pela decisão. Juiz de rede: É aquele que fica sentado junto ao poste lateral da rede, com o objetivo de anunciar os lets (quando o saque raspa na rede, entra ou deve ser repetido). Let: Utilizada para pedir a repetição de um ponto, quando o jogador esta despreparado ou ocorreu alguma interferência externa na partida. Utilizado também para indicar que a bola resvalou na fita durante um saque.

21 Linha de base: Linha que delimita o fundo da quadra. Lob: Golpe dado sobre o adversário, quando ele esta próximo da rede. Lucky loser: Tenista eliminado na etapa qualificatória, mas que ganha o direito de entrar na chave principal pela desistência de algum competidor. Madeirada : Indica uma rebatida em que a bola toca, desvia ou é impulsionada involuntariamente pelo aro da raquete. Masters: Tem dois significados: Nos torneios disputados em forma de circuito, é o nome dado à ultima etapa em que são convocados os melhores classificados das etapas anteriores. Termo também utilizado para falar de um torneio que fecha uma temporada, com a presença limitada dos melhores do ranking. Master Series: Série dos nove maiores torneios organizados pela Associação masculina (ATP ). O termo atual, introduzido em 2009, é Master 1000. Mata burro: Termo popular para designar a região da quadra (que fica entre a linha de fundo e a linha de saque) onde o jogador ficará mais vulnerável, caso se posicione ali para responder o golpe do adversário. Match-point: Ponto que permite encerrar a partida; ou ponto que finaliza um jogo. Net: Expressão utilizada para indicar que o saque resvalou na fita. Caso a bola toque a fita e caia no quadrado correto de saque, haverá um let, ou seja, o saque será repetido. No-ad: Significa sem vantagem. Utilizado nas partidas de duplas, em que se inclui a necessidade de dois pontos de diferença para vencer o game. Quando chegar no 40-40, o recebedor escolhe o lado que quer devolver. O ponto a ser jogado define o vencedor do game. Out: Quando a bola é lançada fora das marcas válidas da quadra ou da área de saque. Overgrip: Acessório feito de material absorvente e emborrachado para ser colocado por cima da empunhadura original da raquete, com objetivo de proporcionar uma pegada mais firme e mais confortável. Overhead: Golpe dado por sobre a cabeça, parecido com o smash. Over-rule: A critério do árbitro de cadeira de mudar a marcação dada por um juiz de linha.

22 Paralela: Uma bola rebatida paralela e junto à linha lateral da quadra. Passada: Jogada que faz a bola ultrapassar, pelos lados ou pelo alto, um adversário que se encontre próximo à rede. Pneu: Expressão criada no Brasil para designar uma derrota por 6/0. Quadra de grama: Superfície que deu origem ao tênis. Pode ser natural ou sintética. Faz a bola quicar baixo e deslizar. Quadra de har thru: Feita com pó de cimento, quase em desuso. É pouco mais veloz que o saibro. Quadra sintética: Feita de resina asfáltica, também chamada de quadra dura ou quadra de cimento. Pode ser muito rápida ou muito lenta, dependendo da última camada de resina que se coloca. Qualifying: O mesmo que qualificatório. Diz se de uma competição preliminar, realizada com o objetivo de selecionar jogadores para o torneio principal. Quebrar o serviço: Vencer o game quando o adversário está sacando. Rally: Longa troca de bolas. Ranking: Qualquer sistema matemático que pretenda classificar jogadores ou equipes. Saque ou serviço: Golpe que inicia o game. Deve ser dado atrás da linha da base, em sentido diagonal ao oponente, com a bola sendo lançada em qualquer direção ou altura. A bola deve atingir o quadrado diagonal correspondente. Set: Parte da contagem do tênis. A série termina quando um dos tenistas atingir 6 games, desde que haja 2 games de diferença. Set longo: Aquele que termina em 06 games, e em caso de empate, termina quando um dos tenistas tiver vantagem de 2 games. Set point: Ponto que encerra o set. Set profissional: Um set que termina quando um dos jogadores vence 09 games. Se a contagem estiver empatada em 8 a 8, é disputada um tiebreak. Este tipo de contagem foi criado para que o torneio, interrompido por motivo de chuva, possa terminar numa data prevista. Sidespin: Efeito dado na lateral da bola, provocando uma parábola na sua trajetória.

23 Slice: Nome dado ao efeito que faz a bola girar em sentido contrário ou lateral. Smash: Golpe dado por sobre a cabeça, de cima para baixo. Também conhecida por cortada. Swing volley: Golpe de fundo dado sem que a bola quique no chão. T: Termo usado para indicar o local da quadra que fica próximo às linhas que formam as áreas de saque. Tennis elbow: Habitual, dolorosa e perigosa contusão que atinge o cotovelo de tenistas, provocada pela inflamação do tendão. Terminação ou Follow through: É o movimento que o braço que segura a raquete descreve após o contato com a bola. Tie break: Série de pontos disputados para decidir o vencedor de um set no qual os jogadores estão empatados em seis jogos. O primeiro jogador que consegue ganhar sete pontos, mantendo uma vantagem de dois, pelo menos, sobre seu adversário, ganha o tie break e conseqüentemente o set. Time: Termo usado pelo juiz de cadeira para indicar que o tempo de descanso dos jogadores acabou. Tirar o peso: Termo que se refere à tática de rebater uma bola com menor aceleração da raquete, para quebrar o ritmo do adversário. Topspin: Efeito dado sobre a bola, o que a faz quicar mais alto após tocar o chão. Top Ten: Termo usado para designar os 10 melhores de um ranking. Tripa: produto de origem animal (geralmente carneiros ou leitões) às vezes usado para encordoar raquetes. Atualmente usam-se, cada vez mais, tripas sintéticas que possuem as mesmas características Underspin: Efeito dado por baixo da bola, o que a faz quicar mais baixo ao tocar o chão. Vantagem: Ponto que desempata o placar de igualdade (40 a 40 ou deuce). Voleio: Golpe dado sem que a bola quique no chão, geralmente junto à rede ou em progressão a ela. Voleio curto: Um voleio executado suavemente que cai bem junto à rede no campo adversário.

24 Voleio defensivo: Golpe de voleio realizado abaixo da altura da rede; também chamado de voleio baixo. Voleio lob: Um voleio que é direcionado para encobrir o adversário que está na rede. Voleio ofensivo: Um voleio realizado acima da altura da rede. Western: Maneira de empunhar a raquete, surgida no oeste (west) dos EUA, onde a maioria das quadras construídas era de piso asfáltico.desta maneira, as bolas quicavam mais alto (do que nas quadras de saibro e grama), e os tenistas foram achando mais confortável empunhar a raquete desta maneira no momento do impacto, para receber uma bola vindo pelo lado dominante do jogador. Wild card: Convite feito a qualquer jogador para que ele participe de um torneio. Winner: Ponto vencedor. Bola lançada em local indefensável para o adversário. O winner pode ser dado num saque, voleio, deixadinha, passada ou golpe de fundo de quadra. Zigzira: Nome popularmente dado a um efeito pouco comum e de extrema habilidade, em que a bola é golpeada com underspin tão forte que, ao quicar no chão, volta para o lado do jogador que a golpeou. 2.2 Adaptação das crianças a Prática do Tênis de Campo Nesta perspectiva, Silva (2007) refere que o histórico do tênis carrega consigo algumas qualidades do velho e bom espírito esportivo tais como o cavalheirismo, elegância, respeito às regras, sociabilidade entre os sexos, longevidade, embate de estilos e personalidades, glamour, alta competitividade, diversão ao ar livre, responsabilidade social e bom humor, estes que estão presentes até hoje em clubes, academias, parques. Por que não nas ruas de bairros e nas escolas? Na escola, a criança apresenta uma maior autonomia e atividade social, sendo assim, a criança pode vivenciar o tênis, adaptado de forma lúdica e recreativa para podem enriquecer o seu repertório motor, além de

25 servir como importante facilitador do processo de aprendizagem específica ou para toda a vida futura. Por sua vez, o professor é o encarregado de tomar decisões referentes à contextualização dos objetivos e conteúdos prescritos, aplicação de métodos, estruturação do espaço, do tempo de execução do processo de aprendizagem e a articulação dos recursos disponíveis. Silva(2007), relata que, quanto antes as crianças praticarem algum exercício físico, melhor. O tênis é um esporte que cada vez mais ganha mais seguidores. É uma atividade ideal para crianças, adolescentes e adultos. É um jogo divertido, socializador e educativo. Desenvolve a motricidade e a coordenação, e ajuda no fortalecimento e na tonificação da musculatura das crianças. Além disso, estimula a disciplina, os reflexos, a psicomotricidade, assim como o sentido de responsabilidade. Como ocorre em muitos outros esportes, não existe uma idade exata com a que se deve inscrever a criança numa aula de tênis. Tudo dependerá da habilidade e capacidade de cada criança. No entanto, especialistas no tema podem afirmar que a partir dos 5 anos de idade, em geral, as crianças já possuem um controle mais acentuado dos seus movimentos, sendo assim a idade adequada para começar a aprender este esporte. A primeira vez que uma criança pega numa raquete, com certeza não manejará adequadamente. Além da raquete, a criança também irá estranhar as dimensões da quadra e da velocidade das bolas do tênis. Esse frustrante treino poderá gerar um sentimento de insatisfação e de desânimo, e inclusive de chateação. Pensando nisso, os instrutores de tênis criaram o que se chama de tênis curto ou minitênis, o que nada mais é que um jogo proporcionalmente reduzido que conta com uma quadra menor, uma rede mais baixa, uma raquete menor, mais leve, assim como uma bola mole e esponjosa, ideal para os principiantes mais pequenos desse esporte. O mais importante durante as aulas de tênis, é assegurar a diversão. Se as crianças se sentem cômodas e controladoras das

26 jogadas, desfrutarão muito mais do jogo. E isso contribui numa melhor aprendizagem. 2.3 A importância do Professor de Educação Física na pratica do Tênis de Campo Como sabemos o professor de Educação física tem um papel fundamental não só para ensinar a pratica do tênis de campo e sim para todas as outras modalidades esportivas. Os professores de educação física são capazes de levar conhecimentos gerais sobre a educação física de base, pois contam com conhecimentos acadêmicos de biomecânica, didática, pedagogia, organização social grupal, que se convertem a ser o candidato ideal para a difusão e desenvolvimento do tênis na versão escolar, mini tênis( SILVA, 2007, p.26). Atualmente, os aspectos metodológicos ligados a pratica mais correta do processo de ensino aprendizagem são de grande importância, pois, geralmente refere-se ao desenvolvimento dos alunos, sendo que depende do que cada um adquire com os processos de aprendizagem. 2.4 Quadra de tênis de Campo Segundo a Confederação Brasileira de Tênis (2004), o Tênis é praticado em quadras de diferentes tipos de piso. Isso proporciona diferentes tipos de adaptações e maneiras de se jogar um mesmo esporte. A quadra de tênis, obrigatoriamente deve ter o formato retangular com 23,77 metros de cumprimento por 8,23 metros de largura (em partidas de jogos simples), já as partidas de jogos em duplas devem ter a quadra medindo 23,77 metros de comprimento por 10,97 metros de

27 largura. A quadra é marcada com linhas, de preferência na cor branca ou claras (que facilitem a visão dos árbitros e jogadores). Essas linhas servem para indicar os limites da quadra, bem como as áreas de serviços. A quadra é dividida em duas metades iguais por uma rede presa por dois postes que a eleva do chão em uma altura de 1,07 metros. A rede tem que ficar completamente esticada, de tal forma que não fique espaços entre as duas traves. A altura no centro da rede (ponto central da quadra de tênis), deve ser de 0,914 metros e o cabo de aço que sustenta a rede de um poste a outro deve ser envolto por uma fita na cor branca e normalmente feita de um tecido bem forte. A rede é feita de uma malha pequena o bastante para que a bola de tênis não passe através dela, não importando a força com que a bola bata nela. A quadra de tênis pode ser feita de diversos tipos de piso. Pode ser feito de grama, saibro, asfalto, concreto, grama artificial, ou material sintético. E dependendo do piso da quadra de tênis as características dos jogos também mudam. Figura: Quadra de Tênis de Campo Fonte: http://geonando.blogspot.com/2008/05/quadra-de-tnis.html 2.4.1 Resumo das medidas da quadra de tênis de campo

28 A quadra de tênis deve ser um retângulo de 23,77 m de comprimento por 8,23 m de largura, para os jogos de simples (para os jogos de duplas, a largura deve ser de 10,97 m). Essa quadra deve ser dividida ao meio por uma rede suspensa através de corda ou cabo metálico sustentado por dois postes com 1,07 m de altura. A rede deve estar completamente estendida de modo que não haja espaço entre os dois postes e sua malha deve ser suficientemente pequena para que a bola não passe através dela. A altura da rede no centro da quadra deve ser de 0,914 m, e ela deve estar presa no centro por uma faixa. Uma banda deve tapar a corda metálica ou o cabo do topo da rede. A faixa e a banda da rede devem ser completamente da cor branca.o diâmetro máximo da corda ou cabo de metal é de 0,8 cm, a largura máxima da faixa central deve ser de 5 cm, a faixa da rede deve ter entre 5 cm e 6,35 cm para cada lado.para os jogos de duplas, os centros dos postes da rede devem estar a 0,914 m fora da quadra de dupla de cada lado. Para os jogos de simples, se a rede de simples é usada, os centros dos postes da rede devem estar a 0,914 m fora da quadra de simples de cada lado. Se uma rede de duplas é usada, então a rede deve ser erguida por dois postes de simples, cada um com uma altura de 1,07 m, o qual os centros devem estar a 0,914 m da quadra de simples de cada lado. Os postes da rede não podem ter mais que 15 cm de diâmetro, os postes de simples não podem ter mais que 7,5 cm de diâmetro.os postes da rede e os postes de simples não podem ter mais que 2,5 cm acima do topo da rede. As linhas no final da quadra são chamadas de linhas de base e as linhas nas laterais da quadra são chamadas de linhas laterais. Duas linhas devem ser estendidas entre as linhas laterais da quadra, medindo 6,40 m de cada lado da rede paralelas com a rede. Estas linhas são chamadas de linha de serviço. Em cada lado da rede, as áreas entre a linha de serviço e a rede são divididas em duas partes iguais, que são as áreas de serviço, divididas por uma linha central. A linha central deve estar estendida paralelamente com as linhas laterais da quadra de simples e estar no meio delas. Cada linha de base deve ser dividida ao

29 meio por uma marca central de 10 cm de comprimento, a qual deve ser estendida dentro da quadra paralela com as linhas laterais da quadra e a linha de centro e a marca central devem ter 5 cm de largura. As outras linhas da quadra podem ter entre 2,5 cm e 5 cm de largura, exceto as linhas de base, que podem ter até 10 cm. Todas as medidas da quadra devem ser feitas de fora das linhas e todas as linhas da quadra devem ser da mesma cor, contrastando com a cor da quadra

30 CAPITULO III A INCLUSÃO SOCIAL E ESCOLAR 3 CONCEITO Por sua vez as escolas que oferecem as práticas extracurriculares relatam que oferecem estas atividades com a finalidade de integração, socialização, concentração, maior interação com a família, disciplina e principalmente ocupar o tempo ocioso das crianças buscando a formação completa dos alunos. 3.1 Esporte e Inclusão social Com base no estatuto da criança e do adolescente prevê que o direito a liberdade compreende brincar, praticar esportes e divertir-se, determinando o principio da inclusão, não havendo qualquer tipo de discriminação, garantindo a igualdade na prática esportiva. Para isso, a maneira com que o esporte é abordado deve ser estudada a fundo não permitindo nas atividades esportivas nenhuma forma de exclusão.fica claro no teor do mesmo o principio da inclusão, não havendo qualquer tipo de discriminação, garantindo a igualdade na prática esportiva. Para isso, a maneira com que o esporte é abordado deve ser estudada a fundo não permitindo nas atividades esportivas nenhuma forma de exclusão. Através de pesquisas realizadas entre crianças e jovens de baixa renda, pode-se verificar que em sua grande maioria, não possuem recursos financeiros para o desenvolvimento de habilidades em entidades desportivas particulares, que facilitem sua inclusão social. Devido a essa carência financeira, foram pensadas e estudadas possibilidades para o

31 desenvolvimento humano nessas áreas de baixa renda. E uma das formas que vem se mostrando eficaz são os Projetos Sociais. O fato de que a visibilidade social da criança, ou seja, o lugar e o papel que a criança ocupa na sociedade, bem como a percepção de suas peculiaridades (características), decorre do contexto histórico, social e ideológico e reflete-se no atendimento às suas necessidades de desenvolvimento e educação. Vendo que a falta de recursos limita o desenvolvimento das habilidades e dos potenciais de crianças e jovens, os Projetos se tornam viáveis para alcançar a educação como um todo. Na educação através do esporte desenvolvem-se habilidades, sendo estas essenciais para a obtenção de novos conhecimentos. O desenvolvimento de novas competências faz com que as crianças e jovens aprendam a conviver em um meio social de diferenças, tanto culturais como de classes, preparando-as para enfrentar as dificuldades sociais, as conquistas, enfim preparando-as para a vida. As habilidades desenvolvidas através do esporte partem desde as dimensões físicas, cognitivas, sociais, emocionais, éticas, morais e espirituais. O potencial educativo encontrado nas atividades esportivas é mobilizado para desenvolver e formar pessoas capazes de agir com base em princípios éticos e de forma cada vez mais autônoma e transformadora, tanto a nível pessoal como no nível coletivo. As atividades realizadas pelos projetos sociais (Brinca Mane, Instituto Guga Kuerten e Segundo Tempo), têm um foco na cultura local, com a construção do saber através de atividades como pau-de-fita, o boi de mamão e brincadeiras regionais. Essas atividades lúdicas tendem a desenvolver a cultura da criança. Segundo Brougère (1998), o jogo é um espaço social criado pela criança, determinando aprendizagem social e uma convenção aceita por todos. O jogo não pode descartar a dimensão social da atividade humana, pois ele não se compõe como uma dinâmica interna da criança e, sim, como uma atividade dotada de uma significação social precisa, necessitando, portanto, de aprendizagem.

32 3.1.1 Processos iniciais para a inclusão da pratica do tênis de campo nas escolas Em primeiro lugar começar a divulgar o esporte, ou seja, os professores devem mostrar um pouco do esporte para as crianças, como surgiu o tênis, quais seus benefícios, ensinar regras e aplicar aulas praticas. No julgamento dos professores quanto a oferta de práticas esportivas extracurriculares pelas escolas 76,47% concordam que estas práticas contribuem com a Educação, a disciplina e o respeito entre as crianças, melhorariam o seu desenvolvimento cognitivo e motor, ocupariam melhor o tempo ocioso do aluno, motivam para as aulas curriculares de educação física, esporte, para a descoberta de novos talentos e na motivação para o esporte. Entre as formas que se utiliza para a iniciação do tênis na escola, destaca-se o mini tênis, que é um processo simplificado para o seu ensino, destinado às populações de menor faixa etária. Segundo a Confederação Brasileira de Tênis (CBT, 2007), este processo é um método utilizado para ensinar iniciantes a jogar tênis, que consiste de uma maneira divertida e ativa utilizando a superfície de jogo e materiais adaptados como redes baixas, bolas de espuma, raquetes pequenas para que se aprenda a jogar rapidamente. Diante deste fato o tênis e outros esportes poderiam ser inseridos nas escolas, pois estas práticas não devem ser limitadas a educação física, mas prolongadas pelas atividades desenvolvidas durante toda a vida, trabalho e horas de lazer dos indivíduos, até porque podem ser adaptados os materiais. Existem alguns casos que : Professores de educação física alegam que a omissão de oferta da modalidade tênis de campo se deve primordialmente à falta de materiais e espaço apropriado a tal prática ( BARBOSA,2003 apud BALBINOTTI ET AL. 2009 p.33). O tênis de Campo nas escolas ele pode ser dado de uma maneira adaptada, caso não tenha o material suficiente para se trabalhar com a

33 modalidade. O tênis é um esporte de fácil aprendizagem, porém, a sua quadra é muito grande para os iniciantes, principalmente para as crianças, sendo a rede muito alta, as bolas muito vivas e raquetes pesadas. Por esta razão, devem ser realizadas adaptações no sentido de colaborar com o aprendizado do esporte. O mini tênis trouxe uma série de adaptações para os iniciantes desta modalidade, desde os pequenos até os maiores. Entende-se de que a iniciação a esta modalidade poderia ser realizada numa quadra pequena, demarcada em qualquer superfície plana, com a utilização de raquetes de madeira ou alumínio, leves, pequenas e com cabo fino. As vantagens de se utilizar o mini-tênis são o de se poder usar tanto o pátio de uma escola como uma quadra, as regras são muito simples, a técnica é muito básica, muito fácil, divertido, serve para jovens e adultos, e o material utilizado não é caro. O tênis por ser um esporte democrático onde todos podem jogar, independentes do biótipo, sexo, idade, é passível também de ser praticado durante a vida inteira, fato que contribui para tornar o praticante uma pessoa saudável. O mini tênis representa uma maneira ativa e divertida de promover a iniciação desportiva principalmente de crianças no jogo de tênis, um método adaptado as suas necessidades e reais capacidades, são quadras menores, redes mais baixas, raquetes menores, mais leves, bolas mais macias, mais lentas, jogos mais curtos, contagem simples. Além da precípua finalidade educacional, uma das principais vantagens dessa metodologia fundamentada nos pequenos jogos ser aplicada na escola é devido ao aproveitamento dos espaços e as possibilidades de inovações e adaptações nos materiais utilizados. 3.2 O que vem a ser Socialização É possível afirmar, que o homem vivendo em sociedade, compartilha um determinado conjunto de comportamentos que são peculiares à

34 sociedade de que deriva e, por isso, age e atua como parte integrante desse grupo em particular. Segundo Weinberg e Gould (2001), as crianças apreciam o esporte devido às oportunidades que o mesmo proporciona de estar com os amigos e fazer novas amizades. Portanto, a coltura, além de um processo singular e privado- porque ocorre com todo individuo de cada grupo social-,constitui-se num fenômeno plural e publico, porque se da na mediação do individuo, manipulando padrões de significados que só fazem sentido nun contexto especifico ( DAOLIO, 2003, p.30). Os motivos que levam crianças e adolescentes a praticarem uma determinada atividade física e desportiva são muitos e a sociabilidade pode estar associada a esta escolha. A necessidade de pertencer a um grupo é muito forte na adolescência e isto pode ser um dos fatores primordiais para os jovens se envolverem com o esporte. Para Tubino (2005), não há menor dúvida de que as atividades físicas e principalmente esportivas constituem-se num dos melhores meios de convivência humana. É por meio dessa convivência que as muitas oportunidades de contato social são proporcionadas à criança, contribuindo para o seu desenvolvimento moral (FARINATTI, 1995; FONSECA, 2000). Portanto, estar com amigos, fazer parte de um grupo ou fazer novas amizades, tem um papel importante no desenvolvimento, tanto psicológico quanto moral e ético de crianças e jovens. É preciso que professores e/ou treinadores tenham uma atenção especial a esta dimensão, pois é possível perceber, por meio de resultados de pesquisas, que o fato de estar com amigos, de fazer novas amizades, de participar de novos grupos sociais, pode ser associado a um dos motivos que levam os jovens à prática regular de atividade física e, também, pela busca de novos valores, tais como: o exercício da disciplina; agir seguindo regras, ter respeito e ética; ser responsável (SALDANHA, 2007 p.19). A amizade, a sociabilidade e a competência constituem normas que regulam a aceitação social e, constituem fatores para o desenvolvimento