EDITORIAL PDE não é discutido com Servidores da Educação O Governo lançou seu novo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) com muito alarde na mídia, falando sobre os milhões que vai gastar para a melhoria do ensino público no Brasil. Mas, de cara, nos deparamos com um grande problema na proposta anunciada: o PDE não foi debatido com a sociedade e com nenhuma entidade representativa dos Servidores Públicos, nem federais, nem dos estados e municípios. Apesar da promessa que o ministro Fernando Haddad fez ao SINASEFE, em audiência realizada no mês passado, de que a criação dos Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFETs) seria debatida com a entidade e as entidades representantes das IFEs, a reunião marcada para este fim não ocorreu. Também a audiência pública marcada na Câmara dos Deputados não se realizou antes do anúncio do plano. O PDE parece completo, com mais de trinta ações divulgadas no site do MEC, mas sabemos que para os programas funcionarem é preciso contratação de mais servidores por concurso público, equipar escolas e investir na formação e qualificação do funcionalismo, entre outras coisas. Nossa categoria sofre hoje o descaso do Governo com os compromissos que ele assumiu no último Acordo de Greve e que dizem respeito a plano de carreira, saúde complementar, capacitação e qualificação, que devem ser prioridade para a melhoria da qualidade do ensino público federal. A educação não é feita somente de prédios, é feita por pessoas, pelos servidores que atuam em todo o Brasil buscando oferecer à população um serviço de qualidade. Essa postura do Governo em criar políticas públicas em gabinete tende a ter o mesmo resultado que programas anteriores, que não passaram do entusiasmo do anúncio e sem gerar melhorias concretas para a população. Nesse cenário a luta conjunta dos Servidores Públicos Federais vai além da reivindicação por melhores salários e é também a luta por um serviço público de qualidade. Nossa categoria discutirá as ações que deverá realizar ao longo deste ano na próxima PLENA, que será realizada no dia 5 de maio, e as deliberações para a próxima Plenária dos SPFs, que será no dia 6. Precisamos estar presentes nos debates para que nossas ações sejam eficazes e para que possamos dar visibilidade aos problemas que nossa categoria e o conjunto do funcionalismo enfrentam neste Governo. 79ª PLENA do SINASEFE será no próximo dia 5 A partir das 9h, do dia 5 de maio, será realizada a 79ª PLENA do SINASEFE, no Hotel St. Paul, Setor Hoteleiro Sul, Quadra 2, Bloco H, em Brasília. Nesta PLENA nossa categoria irá debater sobre a Campanha Salarial 2007; fazer uma avaliação do Dia Nacional de Luta, realizado no dia 17 de abril; aprovar a programação do Encontro de Assuntos de Aposentadoria e de Seguridade Social; além de discutir a proposta do Ministério, Orçamento e Gestão para a negociação deste ano e definir os encaminhamentos para a Plenária Nacional dos SPFs. A Comissão de Supervisão do SINASEFE fará uma apresentação sobre o PCCTAE e deverá ser definida uma posição sobre o VBC, além da racionalização da proposta final da categoria. Um Boletim Especial sobre PCCTAE está sendo elaborado pela Comissão de Supervisão para servir de subsídio às Bases. Durante a PLENA também será feita a apresentação do Código Eleitoral e de outros encaminhamentos pela Comissão Eleitoral.
A participação das Seções Sindicais é fundamental neste momento em que começamos as ações concretas da Campanha Salarial 2007. SPFs realizam Plenária no dia 6 de maio A Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais será realizada no dia 6 de maio, em Brasília, a partir das 9h. No período da manhã será realizado um debate, que deverá seguir os temas propostos pelas Plenárias Setoriais. A Campanha Salarial 2007, encaminhamentos e informes das entidades serão os pontos de pauta para o período da tarde. Essa Plenária deverá definir os próximos passos do conjunto do funcionalismo para a Campanha Unificada, depois da grande mobilização que aconteceu no dia 17 de abril, o Dia Nacional de Lutas. Devemos fortalecer essa luta, pois será a única maneira de evitarmos as perdas que o Governo que nos impor. Governo faz lançamento oficial do PDE O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) foi lançado oficialmente pelo presidente da República e pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, em evento realizado no dia 24 de abril, no Palácio do Planalto. O plano prevê ações em todas as áreas relacionadas à educação, até o transporte de alunos está contemplado no material anunciado pelo Governo. De acordo com o divulgado à imprensa são treze os pontos principais enfocados pelo PDE, que reproduzimos abaixo. No site do MEC (www.mec.gov.br) encontramos quase trinta pontos. A criação dos Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFETs) também foi anunciada junto com o programa, como um novo modelo para a unificação da educação profissional. Também foi anunciada a criação do TECMED, um novo sistema para a educação profissional à distância, que pretende articular as instituições de ensino profissional com as escolas públicas de educação básica. A principal crítica das entidades representativas dos trabalhadores na educação pública de todo o país é que o programa não foi debatido com a sociedade. Uma audiência pública, que seria realizada no dia 19 de abril, e teria a participação do SINASEFE numa palestra sobre os IFETs, foi cancelada sem mais justificativas. A falta de participação da sociedade já está gerando questionamento sobre se as verbas que serão direcionadas ao PDE serão suficientes para contemplar todos os programas, entre outras coisas. O SINASEFE já iniciou o debate sobre o novo modelo para a educação proposto pelo Governo em seu Seminário de Educação, realizado no final de março. O assunto também deverá ser debatido na próxima PLENA e nos Encontros Regionais para que tiremos as deliberações da categoria sobre o tema. Confira os principais pontos do PDE divulgados pelo Governo Federal: 1. Criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e apoio às prefeituras que têm os indicadores educacionais mais baixos. O Ideb leva em conta o rendimento dos alunos, a taxa de repetência e a evasão escolar. 2. Implantação da Provinha Brasil, para avaliar a alfabetização de crianças de seis a oito anos. 3. Crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 600 milhões para compra de ônibus e até barcos para o transporte escolar. 4. Olimpíada de Língua Portuguesa, em 2008, em cerca 80 mil escolas e sete milhões de alunos. 5. Informatização de todas as escolas públicas até 2010. 6. Luz, até o ano que vem, em todas as escolas públicas que ainda não têm energia elétrica. 7. Lançamento de edital, no valor de R$ 75 milhões, pelo MEC e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, para estimular a produção de conteúdos didáticos digitais. 8. O PDE prevê a criação de um piso salarial de R$ 850,00 para todos os professores da rede pública do País. A implantação do piso será gradual até 2010, de forma a não comprometer o orçamento de estados e prefeituras.
9. Até 2010, uma parceria das universidades públicas com as prefeituras vai implantar mil pólos de formação de professores em todo o País, principalmente nas pequenas e médias cidades do interior, o programa Universidade Aberta. 10. O Programa Brasil Alfabetizado terá um novo desenho. Pelo menos, 75% dos alfabetizadores serão professores da rede pública municipal e estadual. 11. O PDE prevê a instalação de 150 escolas técnicas nas cidades-pólo. 12. Também serão criados Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFETs), com a missão de ofertar educação pública para fortalecer os arranjos produtivos locais. 13. As universidades federais que abrirem ou ampliarem cursos noturnos e reduzirem o custo por aluno vão ganhar mais verbas. Câmara debate direito de greve Uma audiência pública sobre o direito de greve foi realizada no dia 24 de abril, na Câmara dos Deputados. O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), que é o relator do Projeto de Lei 401/91, durante a audiência defendeu a ampliação do direito de greve por meio da restrição da lista de serviços essenciais - que passaria a incluir somente a atividade de emergência médica. De acordo com a Lei 7783/89, os trabalhadores não podem paralisar totalmente os serviços fundamentais. De acordo com o divulgado pela Agência Câmara, a legislação atual define como serviços essenciais o tratamento e o abastecimento de água; a produção e a distribuição de energia, gás e combustíveis; a assistência médica e hospitalar; a distribuição e a comercialização de remédios e de alimentos; os serviços funerários; o transporte coletivo; a captação e o tratamento de esgoto e lixo; as telecomunicações; a guarda, o uso e o controle de substâncias radioativas, de equipamentos e de materiais nucleares; o processamento de dados ligados a serviços essenciais; o controle de tráfego aéreo; e a compensação bancária. A pesar da posição do deputado Daniel Almeida, relator da matéria, o representante da Procuradoria- Geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ricardo José Macedo de Britto Pereira, também presente na audiência, considerou que a nova definição de serviços essenciais defendida pelo relator do projeto é insuficiente. A representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Silvia Lorena Souza, que também participou da audiência, tem a mesma opinião sobre o assunto. As entidades sindicais presentes na audiência se contrapuseram às declarações do MPT e da CNI e defenderam a manutenção do direito de greve e a aplicação, no Brasil, da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho. As entidades afirmaram que a negociação coletiva é o meio legítimo de luta por melhoria nas condições de trabalho e de remuneração por parte dos trabalhadores. Também foi citada na audiência a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proclamar, no dia 12 de abril, que a Lei 7783/89 também se aplica ao serviço público, já que falta a regulamentação sobre o direito de greve no setor, apesar de a Constituição Federal determinar que uma lei específica regulamente a greve dos servidores públicos. Proposta de Programação para Encontro Nacional de Assuntos de Aposentadoria e de Seguridade O 8º Encontro Nacional de Assuntos de Aposentadoria e Seguridade Social do SINASEFE será realizado de 7 a 10 de junho, em Aracajú/SE. A Coordenação da Pasta de Pessoal apresentou uma proposta de programação para o evento que deverá ser aprovada na 79ª PLENA, no dia 5 de maio. O tema central proposto para o encontro é As Reformas da Previdência de FHC a Lula e os fundos de Previdência Privados. Ministro da Previdência agride aposentados
Numa atitude sem propósito, o ministro da Previdência, Luiz Marinho, atropelou aposentados que estavam realizando uma manifestação contra o reajuste de 3,3%, no dia 19 de abril. Três aposentados ficaram feridos após o ministro autorizar o motorista a avançar sobre o grupo. Essa atitude demonstra o descaso de todo o governo com a classe trabalhadora e o desrespeito ao direito à livre manifestação garantida na Constituição Federal. CURTAS Avaliação de desempenho dos TAEs A Seções Sindicais que realizavam o processo de avaliação de desempenho dos TAEs antes da implantação do PCCTAE e continuam fazendo com o modelo antigo têm até o dia 30 de junho para continuar no antigo sistema. A informação foi divulgada na Nota Técnica 001/2007/CGGP/SAA/MEC. A partir desta data só poderá ser realizada avaliação com o novo programa. SINTEF-PB debate organização sindical O SINTEF-PB promoveu, no dia 24 de abril, debate sobre Organização Sindical repensando nossa filiação à CUT!, que contou com a presença de representantes da CONLUTAS, da CUT e da INTERSINDICAL. No dia 9 de maio será feita uma Consulta aos filiados do SINTEF-PB, com caráter deliberativo, para que os sindicalizados sobre: a) Manutenção da filiação do SINTEF-PB à CUT: SIM ou NÃO; e b) É importante a filiação do SINTEF-PB a uma Central? SIM ou NÃO. Direção Nacional divulga Plantão de Base Conforme definição do 20º CONSINASEFE, a Direção Nacional vem divulgar abaixo os plantões de base já definidos e agendados junto à DN: Período Seção Sindical 7 a 18 de maio SINDSCOPE/RJ 21 de maio a 1º de junho Jataí/GO 4 a 15 de junho Codó/MA 2 a 13 de julho Iguatu/CE Metroviários demitidos por realizar mobilização Cinco diretores do Sindicato dos Metroviários de São Paulo foram demitidos devido a uma paralisação realizada no dia 23 de abril como represália do governo do Estado de SP. Os trabalhadores e sindicalistas são "acusados" de impedir o funcionamento do metrô, ou seja, de fazer greve. Essas demissões são mais uma tentativa de intimidar a organização dos trabalhadores, com a criminalização da mobilização. Várias entidades estão solidárias com os sindicalistas demitidos e solicitam o envio de fax e e-mails para os destinatários abaixo, com copia para os e-mails do sindicato, com o objetivo de reverter a situação. Texto sugerido:
Exigimos a imediata reintegração aos locais de trabalho e a restituição do contrato de trabalho dos trabalhadores e sindicalistas metroviários demitidos ou afastados por suposta averiguação de falta grave. As demissões arbitrárias constituem um ataque do elemental direito de greve garantido pela Constituição. A Presidência do Metrô de SP José Jorge Fagali presidente interino fax 11-3283-5228 ouvidoria@metrosp.com.br A Sec. de Transportes Metropolitanos de SP fone: 3291-7800 fale@stm.sp.gov.br aimprensa@stmexecutivo.sp.gov.br Ao Governador do Estado de SP José Serra pabx: 11-2193-8344 Com copia para: demitidosdometrosp@yahoo.com.br e sindicato@metroviarios-sp.org.br Alex: 11-7714-9943 AGENDA DO SINASEFE DATA ATIVIDADE LOCAL 28 a 30 de abril Encontro Regional Centro-Oeste Cuiabá/MT 5 de maio PLENA do SINASEFE Brasília 6 de maio Plenária Nacional dos SPFs Brasília 11 a 13 de maio Encontro Região Norte Colorado do Oeste/RO 17 a 20 de maio Encontro Regional Nordeste Natal/RN 25 a 27 de maio Encontro Regional Sul Pelotas/RS 1º a 3 de junho Encontro Regional Sudeste Ouro Preto/MG 07 a 10 de junho Encontro de Assuntos de Aposentadoria Aracaju/SE Responsáveis por este Boletim: Carlos Roberto Martins, Maurício Guimarães e Silvio Rotter (DN) e Nilton Gomes Coelho (Base Maceió/AL) Jornalista Responsável: Roberta Alves Ramos Mtb 2908 DF Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional SINASEFE SCS, Quadra 2, Bloco C, sala 109/ (Ed. Serra Dourada) Brasília- DF CEP 70300-902 Telefones (61) 3964-7555 e 3964-7556 Fax: (61) 3226-9442 e-mail: dn@sinasefe.org.br www.sinasefe.org.br