TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.855/2000 ACÓRDÃO



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Transcrição:

TRIBUNAL MARÍTIMO PROCESSO Nº 18.855/2000 ACÓRDÃO B/P DONA NORIS. Interceptação e apresamento de pesqueiro venezuelano por prática de pesca não autorizada na zona econômica exclusiva brasileira, aplicação de sanções administrativas pelo IBAMA, autoridade marítima e Receita Federal. Não ocorre nota de acidente e/ou fato da navegação. Arquivamento. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos. Consta dos autos que cerca das 03:00h, de 23/04/2000, o B/P DONA NORIS, bandeira venezuelana, propriedade de Trino de Jesus Narvaez, na ocasião comandando por Jose Félix Marcano, foi interceptado pela corveta SOLIMÕES, da Marinha do Brasil, quando se encontrava fundeada, com 15 tripulantes a bordo, sem autorização do governo brasileiro, nas proximidades do Parque Nacional do Cabo Orange/Macapá/AP, mais precisamente na posição de coordenadas LAT 04O. 52.6 N e LONG 051O.04.3 W, Zona Econômica Exclusiva do Brasil (ZEE). Após comunicação ao Comando do 4o Distrito Naval foi o B/P DONA NORIS após inspeção, apresado no mesmo dia conduzido até a baia de Macapá, onde foi entregue à Delegacia da Capitania dos Portos em Santana às 01:00h de 27/04/00, quando foi conduzida até o trapiche do Serviço de Sinalização Náutica da Barra Norte do Rio Amazonas (SSN-41). O fato foi comunicado ao Cônsul da Venezuela em Belém. Os tripulantes foram ouvidos pela a Delegacia da Capitania dos Portos e pela Policia Federal. O pescado e apetrechos de pesca foram apreendidos e entregues ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renovávies - IBAMA (fls. 47/48).

A embarcação e tripulantes autuados (fls. 60/77). Efetuado pagamento das multas (fls. 92/98) a embarcação foi devolvida ao comandante José Felix Marcano (fls. 158) e despachada em 17/05/2000 com destino ao porto de Porlamar, Ilhas Margaritas/Venezuela, suspendendo nesse mesmo dia, cerca das 13:30h do trapiche da patromoria da Delegacia da Capitania dos Portos em Santana. O B/P DONA NORIS, casco de madeira, com 19,05m de comprimento; 5,97m de boca; 2,90m de pontal; 94,54AB; dotado com motor propulsor, marca Caterpillar de 322HP, um gerador Kubota ASK-R350; quatro tanques de combustível, com capacidade total para 26.00litros, um tanque de água com capacidade para 10.000 litros, raio de ação de noventa dias, velocidade de oito nós, porão frigorificado com capacidade para 09 toneladas. Dotado com três ecobatímetros, dois GPS um rádio transmissor, um rádio VHF, uma bússola, um binóculo. pescado (fls. 34) Não havia cartas náuticas a bordo. Foram encontrados a bordo 500kg de Dos 15 tripulantes apenas o Sr. Jose Felix Marcano, comandante, era habilitado. Juntados aos autos Mensagens e Oficio Termo de Inspeção com Apresamento do pesqueiro pela Corveta SOLIMÕES, Relatório de Abordagem (fls. 21/56), Copias de Ofícios enviados e recebidos do IBAMA/Policia Federal X Capitania dos Portos (fls. 57/123, 127/157), fotos (fls. 124/126, Termo de entrega e recebimento de embarcação (fls. 158) e outros documentos de praxe. José Felix Marcano, comandante, as fls. 13/14, disse que suspendeu o porto de Caiena (Guiana Francesa), em 22/04/2000 para pescar em águas da própria Guiana Francesa, onde possui permissão para pescar. A embarcação estava devidamente despachada pelas Autoridades daquele porto. Descreve os equipamentos de auxilio a 2

navegação, sistema de propulsão e governo e que a sua navegação é feita apenas por GPS, não utilizando cartas náuticas. Perguntado, disse desconhecer estar pescando em águas brasileiras quando foi avistado pelo navio da Marinha do Brasil. No seu entender estavam fundeados em uma área que julgavam ser da Guiana Francesa e não tinham qualquer pescado a bordo, e, portanto acredita que não deveria ter sido apresados. No momento do apresamento colaboraram com a Corveta brasileira. Aléxis Henrique Marcano Leon (fls. 16/17), confirma as declarações retro. Os peritos em laudo de fls.19/20 respondendo aos quesitos formulados pelo encarregado do inquérito as fls. 18, concluíram que o fator operacional contribuiu pelo fato da embarcação encontrar-se pescando na Zona Econômica Exclusiva do Brasil sem autorização. Atribuíram como causa determinante a presença do B/P DONA NORIS em águas brasileiras, exercendo atividade de pesca, sem que a mesma tivesse autorização para tal. O Encarregado do Inquérito em seu relatório de fls. 164/165, concluiu que o fator operacional contribuiu para o fato, por ter o comandante do B/P DONA NORIS ter conduzido a referida embarcação para águas jurisdicionais brasileiras para realização de pesca mesmo sabendo que este ato era ilegal. Que, em conseqüência, houve sérios transtornos administrativos para solucionar um fato que poderia ter sido evitado pelo Sr. José Felix Marano, comandante do B/P DONA NORIS. Apontou como possível responsável direto pelo fato, José Felix Marcano, comandante do B/P DONA NORIS, por ter conduzido a embarcação para águas brasileiras e realizado atividade de pesca sem autorização do governo brasileiro. 3

Notificado da conclusão do inquérito (fls. 170/171), o indiciado, no entanto não apresentou defesa prévia. A D. Procuradoria (fls. 177/179), representou então em face de Trino de Juesus Navaez (proprietário) e José Felix Marcano (comandante), ambos através do Consulado da Republica da Venezuela, como responsáveis pelo fato da navegação, previsto no artigo 15, letra f, emprego de embarcação na prática de atos ilícitos previstos em lei como crime e lesivos à fazenda nacional, da Lei nº 2.180/54, pois permitiram e empreenderam singradura de pesca em águas jurisdicionadas brasileiras, sem autorização do governo brasileiro, configurando prática de ato ilícito previsto em lei e lesivo à Fazenda Nacional. Esta Relatora, por concluir que as medidas legais cabíveis foram tomadas pelas Autoridades competentes e cumpridas à contento pelos infratores, determinou a publicação de nota para Arquivamento (fls. 180), notificando-se a PEM (fls. 182). Publicada nota para Arquivamento (fls.181). Prazos preclusos, sem manifestação de interessados. Decide-se. As provas dos autos comprovam que a embarcação DONA NORIS, bandeira venezuelana, interceptada e apresada pela Corveta Solimões, da Marinha do Brasil, quando se encontrava fundeada, com 15 tripulantes a bordo, sem autorização do governo brasileiro, nas proximidades do Parque Nacional do Cabo Orange, Macapá, AP, na posição de coordenadas LAT. 04º.52.6 N e LONG. 051º.04.3 W, Zona Exclusiva do Brasil, fato este ocorrido cerca das 03:00h de 23/04/00, cumpriu a contento todas as exigências denominadas pelas Autoridades competentes, motivos que levaram a esta relatora o despacho de fls. 180, determinando a publicação de Nota para Arquivamento. Assim, não se tratando aos autos novos elementos que modificassem o acima exposto, indefira-se o pedido de recebimento da Representação oferecida pela D. 4

Procuradoria Especial da Marinha, juntada às fls. 177/179, mandando arquivar os autos do inquérito, tendo em vista que a atividade de pesca não autorizada, realizada por embarcação estrangeira, em águas sob controle brasileiro (Zona Econômica Exclusiva), caracteriza evento sujeito à aplicação de sanções administrativas pela Autoridade Marítima (Capitania dos Portos) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis IBAMA e Receita Federal (Convenção de Montego Bay), cabendo ressaltar que, no caso concreto em apreciação, não restou comprovada a ocorrência de qualquer acidente ou fato da navegação, após a entrada do B/P DONA NORIS, em águas territoriais brasileiras. Assim, A C O R D A M os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à natureza e extensão do acidente/fato: prejudicada; b) quanto à causa determinante: prejudicada; c) decisão: não receber a Representação da D. Procuradoria, de fls. 170/172, mandando arquivar os autos, tendo em vista que a atividade de pesca não autorizada, realizada por embarcação estrangeira, em águas sob controle brasileiro (Zona Econômica Exclusiva ZEE), caracteriza evento suspeito à aplicação de sanções administrativas pela Capitania dos Portos, pelo IBAMA e Receita Federal, cabendo ressaltar que, no caso concreto em apreciação, não restou comprovada a ocorrência de qualquer acidente ou fato da navegação, após a entrada do B/P DONA NORIS em águas territoriais brasileiras. P. C. R. Rio de Janeiro, RJ, em 17 de julho de 2001. 5

MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA PADILHA Juíza-Relatora WALDEMAR NICOLAU CANELLAS JÚNIOR Almirante-de-Esquadra (RRm) Juiz-Presidente 6