FACULDADE DE TEOLOGIA DE SÃO PAULO DA IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DO BRASIL



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Transcrição:

FACULDADE DE TEOLOGIA DE SÃO PAULO DA IGREJA PRESBITERIANA INDEPENDENTE DO BRASIL PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO 1. INTRODUÇÃO Em fevereiro de 2010, foi instalado o Núcleo Docente Estruturante (NDE) da Faculdade de Teologia de São Paulo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (FATIPI), nomeado pela Diretoria da Faculdade, sendo coordenado pelo também Coordenador do Curso, Prof. Dr. Marcos Paulo Monteiro da Cruz Bailão, e composto também pelos docentes: Profs. Dr. Leonildo Silveira Campos, Ms. Paulo Sérgio de Proença, Ms. Shirley Maria dos Santos Proença, Ms. Leontino Faria dos Santos, Ms. Gerson Correia de Lacerda e Ms. Ronaldo Cardoso Alves. Nesta composição, foram levadas em consideração a titulação, a atuação dos docentes na vida da faculdade e a distribuição nas áreas de conhecimento do curso. É importante ressaltar que, durante os trabalhos de reformulação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC), os professores Proença e Ronaldo alcançaram a titulação de Doutor. A este órgão da FATIPI foram designadas duas ações, principalmente: acompanhar a implementação e aplicação do PPC existente e, aproveitando a oportunidade do processo de reconhecimento do Curso de Teologia da FATIPI pelo MEC, fazer uma avaliação e reformulação, produzindo um novo PPC. No primeiro semestre, o NDE trabalhou de modo informal, principalmente na implementação do PPC já existente. A partir de setembro de 2010, ele passou a se reunir periodicamente a fim de avaliá-lo e reformulá-lo, elaborando um novo. Para essa reformulação, foram consideradas as sugestões feitas pela Comissão de Avaliação do MEC por ocasião da autorização do curso e os anseios da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPIB), ante as novas demandas da sociedade. Um desafio particularmente significativo foi a reforma do currículo, necessária tendo

em vista que a última reforma significativa tinha acontecido há mais de quinze anos. Para esse trabalho foram convidados todos os membros do corpo docente e não só os membros do NDE. Deve-se destacar a ativa participação dos Profs. Ms. Eduardo Galasso Faria e Ms. Reginaldo Von Zuben. Cremos ter alcançado significativos avanços tanto no conjunto como em cada parte reformulada. Segue-se o resultado desse trabalho. 2. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO Curso: Teologia, Bacharelado Turno: Noturno Vagas: 50 (cinqüenta) vagas totais anuais Regime de Matrícula: Semestral Prazo para Integralização: Mínimo: 08 semestres letivos Máximo: 14 semestres letivos PERFIL DO CURSO: O Curso de Bacharel em Teologia da FATIPI pretende formar bacharéis em Teologia, presencial, oferecendo 50 vagas anuis, para o turno noturno. Se não houver o preenchimento das vagas na seleção para o início do ano letivo, novo processo seletivo será realizado no segundo semestre. A duração do curso será de 8 semestres. O curso de Bacharel em Teologia se fundamenta na articulação entre ensino, pesquisa e extensão, priorizando, a partir desta articulação, a formação de bacharéis em Teologia capazes de atuarem na área de assistência religiosa e nos processos de transformação social, com o potencial de enfrentar as problemáticas do mundo contemporâneo e com foco na construção de sociedade sustentável. Esta articulação contribui para flexibilizar a rigidez dos conteúdos curriculares, proporcionando ao aluno possibilidades de atuação no processo de ação-reflexão-

ação, na inter-relação entre teoria e prática, bem como no desenvolvimento de sensibilidade ética e estética diante da sociedade. A contextualização histórica dos conteúdos no campo do ensino deve estar articulada com as questões de pesquisa e investigação dos temas educacionais, e também com o comprometimento da Faculdade com a IPIB, com outras instituições religiosas e com a sociedade, democratizando o conhecimento, favorecendo a interdisciplinaridade, contribuindo para o processo pedagógico participativo-reflexivo e a sustentabilidade. Neste sentido, a articulação proposta pelo curso de bacharel em Teologia visa: proporcionar ao aluno a integração e integralização das dimensões teórico-práticas em seu processo de formação profissional; estimular o trabalho coletivo e incentivar a ampliação de redes, ou seja, do conjunto de ações de planejamento, capacitação e trocas entre diferentes sujeitos e espaços sociais, fundamentais para o desenvolvimento de atitudes e valores. ATIVIDADES DO CURSO As atividades do curso de bacharel em Teologia atendem à orientações para elaboração da estrutura curricular para o Curso de Graduação em Teologia, instituídas pelo Parecer CNE/CES nº 51/10 e outros documentos legais emitidos por instâncias competentes. As atividades do curso serão compostas de aulas para os conteúdos curriculares de natureza científico-cultural, trabalho de conclusão de curso (TCC), estágio supervisionado obrigatório e atividades complementares. As atividades de ensino para conteúdos curriculares de natureza científico-cultural seguem fundamentalmente do Parecer CES/CNE nº 51/2010 para a formação de bacharéis de Teologia e o Projeto de Educação Teológica da IPIB. O curso está constituído por 3 núcleos: a) núcleo fundamental; b) núcleo interdisciplinar; e, c) núcleo formativo teórico prático, estágio supervisionado obrigatório, atividades complementares e Trabalho de Conclusão de Curso TCC. O núcleo fundamental é composto de componentes curriculares que constituem aulas de cunho teórico e prático, compondo a carga horária de 3.200 horas-aula (h/a), correspondentes a 2.880 horas.

Os alunos desenvolverão atividades de estágio supervisionado obrigatório, com carga horária de 150 horas. O aprofundamento e diversificação das atividades teórico-práticas de complementação, para aprofundamento em áreas específicas de interesses dos alunos, serão realizadas pela Iniciação Científica, Atividades de Extensão e de Monitoria, e também de outras atividades complementares, com carga horária de 50 horas. Para o TCC, serão computadas 100 horas. O curso será integralizado com o total de 2.967 horas. Seguindo as Diretrizes Curriculares Nacionais, as atividades complementares, que envolvem atividades de monitoria, de iniciação científica e de extensão, são diretamente orientadas por membro do corpo docente da instituição de educação superior, decorrentes ou articuladas às disciplinas. Estas atividades, integradas às áreas de conhecimento do curso, podem ser desenvolvidas por meio de seminários, eventos científico-culturais e estudos curriculares, de modo a propiciar o desenvolvimento de ações de aprofundamento de interesses, fomentando a pesquisa e o intercâmbio entre faculdade e comunidade/sociedade, através da extensão. No caso específico das atividades de extensão, uma ampliação do significado deste conceito é necessária. Esta atividade envolverá não apenas projetos tipicamente definidos como extensão, mas também outras atividades realizadas, tais como participação em eventos científicos externos e internos e outras atividades promovidas por instituições de ensino, de pesquisa, além de órgãos e instituições nãogovernamentais e de movimentos sociais, e podem ser de cunho religioso, científico, cultural e artístico. O curso atenderá às normas da Faculdade no que ela dispõe sobre definição e gerenciamento das atividades complementares nos cursos de graduação e procedimentos correspondentes.

Todas as atividades do curso têm como premissa a articulação entre ensino, pesquisa e extensão. Esta articulação será estimulada na integralização e diversificação dos estudos do aluno através da prática e gestão pastoral em igrejas e instituições não religiosas. As atividades também serão desenvolvidas na Faculdade em salas de aula teóricas, biblioteca e laboratórios de informática durante todo o decorrer do curso. 3. JUSTIFICATIVA DO CURSO a. Um breve histórico da cidade de São Paulo No contexto da ocupação e exploração das terras brasileiras pelos portugueses no século XVI, foi fundada a cidade de São Paulo. Os colonizadores inicialmente fundaram a Vila de Santo André da Borda do Campo (1553), constantemente ameaçada pelos povos indígenas da região. De lá, alguns padres jesuítas dentre os quais José de Anchieta e Manoel da Nóbrega - chegaram ao planalto de Piratininga onde encontraram um clima ameno e uma localização segura, numa colina alta e plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú. Ali os padres fundaram o Colégio dos Jesuítas, em 25 de janeiro de 1554. À sua volta foram construídas as primeiras casas de taipa que deram origem ao povoado de São Paulo de Piratininga. O povoado foi elevado à categoria de Vila em 1560, mas a barreira geográfica da Serra do Mar que a isolava do litoral, o comércio escasso e o solo impróprio para a cultura de exportação condenaram São Paulo a ocupar uma posição medíocre nos séculos de Brasil Colônia. Por isso, ela ficou praticamente limitada até o século XIX ao hoje chamado Centro Velho de São Paulo ou triângulo histórico, formado pelas ruas Direita, XV de Novembro e São Bento. O século XVIII vê São Paulo ser elevada à condição de Cidade, porém sua importância restringia-se a ser o ponto de partida das bandeiras. No século XIX, São Paulo inicia sua grande transformação. A cidade se expande, ganha novos aparelhos urbanos e vê a sua vida cultural agitar-se com a chegada da Academia de Direito e da Escola Normal e a publicação de jornais, revistas e livros. A independência do Brasil e a expansão cafeeira no interior do estado mudaram de vez a paisagem da cidade na segunda metade do século.

O crescimento vertiginoso aliado ao acúmulo de capital oriundo do café serviram de base para a industrialização e a transformação urbana da primeira metade do século XX. Passou a ser também passagem obrigatória dos imigrantes principalmente espanhóis e italianos que chegavam para o trabalho nas fazendas de café, inicialmente, ou para o trabalho operário nas fábricas. Em suas manifestações econômicas, culturais e artísticas, São Paulo passa a ser sinônimo de progresso com trens, bondes, eletricidade, telefone, automóvel, etc. A cidade cresce, agiganta-se e recebe melhoramentos como calçamento, praças, viadutos, parques e os primeiros arranha-céus. A industrialização se acelera após 1914, durante a Primeira Grande Guerra, mas o aumento da população e das riquezas é acompanhado pela degradação das condições de vida dos operários, que sofrem com salários baixos, jornadas de trabalho longas e doenças. São Paulo assume o caráter de palco de disputas políticas e trabalhistas. A cultura também mostra nova face no século XX com a inauguração do Teatro Municipal e a promoção da Semana de Arte Moderna de 22. A década de 30 foi especialmente marcante tanto pelas grandes realizações no campo da cultura e educação quanto pelas mudanças políticas como o fim da República Velha e a Revolução Constitucionalista. Embora derrotada, em São Paulo floresceram instituições científicas e educacionais, das quais a maior foi, sem dúvida, a Universidade de São Paulo, organizada em 1934. As décadas seguintes viram a cidade crescer de forma desordenada em direção à periferia, gerando graves crises de habitação, saúde, educação, saneamento, transportes, violência, etc, problemas que até hoje não encontraram solução e que expõem o abismo entre as classes ricas e privilegiadas e as pobres e desfavorecidas. Nos anos 50, o parque industrial de São Paulo começa a se transferir para outros municípios da Região Metropolitana (ABCD, Osasco, Guarulhos) e do interior do Estado (Campinas, São José dos Campos, Sorocaba, Piracicaba). Tal transferência altera o perfil econômico da capital e inicia também o processo de formação de novas regiões metropolitanas e sua integração em uma macrometrópole.

b. A Macro São Paulo, uma área de atuação Embora a IPIB esteja espalhada por todo o Brasil e a Faculdade de Teologia de São Paulo vise à formação de pastores para todo o País, essa macrometrópole, composta pela Grande São Paulo e ainda pelas regiões metropolitanas de Piracicaba, Campinas, Sorocaba, Jundiaí, São José dos Campos e Baixada Santista, é uma de suas principais áreas de atuação e recrutamento de estudantes. Esta macrometrópole, formatada pelo governo do Estado de São Paulo, é a região de maior concentração econômica e populacional do Brasil. Somente na cidade de São Paulo, habita uma população de quase 11 milhões de pessoas e, na Grande São Paulo, mais de 19 milhões. Incluindo as outras regiões metropolitanas, o número sobe para cerca de 33 milhões, segundo dados do SEADE. Concentra-se nessa região também uma grande parcela do ensino universitário do País. Grande número de importantes universidades e faculdades está estabelecido na região, sejam elas públicas (USP, UNESP, UNICAMP, UNIFESP e outras), confessionais (PUCSP, PUC de Campinas, Mackenzie, Metodista, UNIMEP e outras) e particulares (UNIP, UNIBAN e outras). Somente a cidade de São Paulo abriga 129 escolas de ensino superior, segundo dados do IBGE. No campo religioso, São Paulo acolhe um grande número de entidades religiosas como as igrejas cristãs, sejam elas protestantes, pentecostais, neo-pentecostais, a Igreja Católica Romana e outras tradições cristãs. Conforme dados do IBGE, em 2002, o Estado de São Paulo tinha 57.141 fundações e associações sem fins lucrativos que empregavam 420.219 pessoas, sendo que, dessas, 20.559 eram entidades religiosas que empregavam 26.191 pessoas. A maior parte desses números encontra-se na macrometrópole. Há de se considerar ainda que esse número é muito maior, tendo em vista que o relacionamento entre igreja e pastor não se configura como vínculo empregatício formal. No contexto da IPIB, a localização da Faculdade de Teologia não poderia ser mais apropriada. A cidade de São Paulo foi o seu berço e nela estão a sua sede e seu escritório central. Na Grande São Paulo e nas regiões metropolitanas assinaladas, estão situados 07 de seus 15 Sínodos, 15 de seus 52 Presbitérios e 146 igrejas locais (59 só na cidade de São Paulo), sem contar congregações e outros ministérios nãoautônomos.

A proposta do curso de Bacharel em Teologia da FATIPI se insere nesse contexto. Ela dá o respaldo teórico e prático àqueles que desejam obter formação para o trabalho em comunidades religiosas ou não, quer pastoralmente, quer social ou culturalmente. c. A IPIB, outra área de atuação A FATIPI tem a sua história ligada à IPIB desde antes da organização desta igreja, como será descrito a seguir no histórico da instituição. Nas Assembleias Gerais desta igreja, realizadas em janeiro de 2007, na cidade de Maringá, e em novembro do mesmo ano, na cidade de São Paulo, foi decidido o fechamento de dois de seus três seminários (Londrina e Fortaleza), que funcionavam como cursos livres de Teologia, e a manutenção do processo de credenciamento junto ao MEC que o então Seminário de São Paulo já desenvolvia. Esse processo resultou na autorização recebida em 15/1/2009. Essa resolução também tornou a FATIPI a única instituição de ensino teológico da IPIB responsável pela formação acadêmica de seus futuros pastores. Como consequência direta dessa decisão, a FATIPI já tem recebido alunos de todas as regiões do Brasil. Tal representação espelha a própria IPIB. Atualmente, ela é uma igreja com aproximadamente 95.000 membros, organizada em 15 Sínodos, 58 Presbitérios, 524 igrejas locais, 324 congregações e um grande número de pontos de pregação e projetos sociais. Embora a maior concentração de suas igrejas locais se dê nos estados de São Paulo, Paraná e sul de Minas Gerais, ela está presente em todos os estados da federação, seja com igrejas, congregações ou projetos missionários. Além disso, possui parcerias com a Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e igrejas de tradição reformada nos Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Bolívia, Gana, Irlanda, Coréia do Sul e Taiwan. O egresso da FATIPI tem na IPIB um campo com muitas oportunidades de atuação. d. A tradição teológica presbiteriana Uma das preocupações da Reforma Protestante do século XVI, e especialmente do grupo calvinista, foi a formação teológica daqueles que apascentariam o povo de Deus. Calvino pessoalmente empenhou-se nesta tarefa, promovendo constantes reuniões com os pastores de Genebra para o estudo da Bíblia e de textos teológicos. Esta preocupação acompanhou a difusão do calvinismo pelo mundo através dos movimentos missionários. Até hoje as igrejas presbiterianas em todo o planeta

preocupam-se com a organização de instituições de ensino que providenciem a formação acadêmica dos seus pastores. Como parte essencial da vida das igrejas de tradição reformada, a preocupação com a educação teológica na IPIB se expressa em diversos documentos e práticas adotadas ao longo de sua história. Os documentos mais recentes que expressam essa posição são o Projeto de Educação Teológica e a Constituição da IPIB. É, portanto, parte vital de todas as igrejas reformadas e particularmente da IPIB a alta formação acadêmica de seus pastores. Isso se evidencia na própria história da instituição. e. Um breve histórico da instituição A FATIPI não é uma instituição totalmente nova. Ela é sucessora do Seminário Teológico de São Paulo da IPIB, fundado em 21 de abril de 1905. Nesses mais de 100 anos de história, formou centenas de estudantes que se tornaram pastores desta e de outras igrejas evangélicas. É uma instituição que tem, portanto, uma longa e rica história. A educação teológica na IPIB e do Seminário de São Paulo tem suas origens juntamente com a própria denominação. O Rev. Eduardo Carlos Pereira, um dos principais líderes da organização da igreja, ao escrever sobre o assunto, destacou que foram os embates sobre a organização do Seminário que levaram ao cisma de 1903, que dividiu o presbiterianismo brasileiro, gerando a IPIB. Ao ser organizado em 1905, o Seminário de São Paulo era um ponto de honra da igreja recém organizada. Daí, ser considerada a menina dos olhos da igreja. A expressão correspondia à realidade. A IPIB consumiu suas primeiras energias no estabelecimento do Seminário de São Paulo, que, em 1914, já possuía sua sede própria. Na década de 20, houve uma grande mudança nas posições históricas da IPIB a respeito do Seminário. Desde suas origens, a igreja defendia a manutenção de um seminário com um colégio preparatório anexo. Entretanto, na década de 20, alterou seu posicionamento, passando a aceitar a idéia da utilização do Mackenzie College (instituição ligada à Igreja Presbiteriana do Brasil) como curso preparatório para ingresso no Seminário.

Além disso, no espírito do Congresso do Panamá, promovido em 1916 pelas igrejas protestantes do continente americano e que fortaleceu o espírito de colaboração entre elas, a IPIB participou, junto com outras igrejas evangélicas, do projeto do Seminário Unido no Rio de Janeiro, no começo da década de 30, abrindo mão da manutenção de sua própria instituição de ensino teológico. Após a experiência do Seminário Unido, que não foi bem sucedida, ainda na década de 30, o Seminário de São Paulo voltou a funcionar e enfrentou uma das maiores crises de toda a sua história, com a chamada Questão Doutrinária, na qual a igreja se dividiu internamente entre dois grupos (liberais e conservadores). Os professores do Seminário, considerados liberais, tornaram-se suspeitos aos olhos da igreja. O resultado foi que o corpo docente da instituição veio a sofrer uma profunda reformulação. Nova crise tornou a ocorrer no final da década de 60. Diferentemente do que sucedera no desenrolar da Questão Doutrinária, desta vez foi o corpo discente que se tornou suspeito de adotar ideologia de esquerda. O Seminário chegou a ser fechado por um breve período, com a expulsão de todos os seus alunos. Porém, foi reaberto um mês depois, readmitindo os alunos expulsos. Na década de 70, teve início uma reformulação do corpo docente do Seminário, na qual, pouco a pouco, alunos vítimas da suspeição na crise anterior passaram a assumir a responsabilidade pelo ensino e pela direção da instituição. Nessa mesma época, o Seminário voltou a funcionar nas dependências da 1ª IPI de São Paulo, utilizando o Edifício Eduardo Carlos Pereira, que tinha sido inaugurado recentemente, e seu curso passou a ser noturno. A partir da década de 80, acentuou-se a preocupação e o interesse pela formação acadêmica do corpo docente. Muito ajudou nisso a participação e o envolvimento da IPIB com o Programa Ecumênico de Pós-Graduação em Ciências da Religião no, então, Instituto Metodista de Ensino Superior (atual Universidade Metodista de São Paulo - UMESP), em Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, SP. Dessa maneira, o seminário iniciou um processo de formação de docentes no contexto nacional. No raiar do novo século, o Seminário mudou-se para sua sede própria situada à Rua Genebra, 180, no bairro da Bela Vista, em edifício adquirido pela Fundação Eduardo

Carlos Pereira, instituição responsável pela manutenção do Seminário organizada pela IPIB em 13/5/1963. Com a decisão em 1999 do Ministério da Educação de credenciar os cursos superiores de bacharelado em Teologia, a Assembleia Geral da IPIB decidiu, em 8/2/2003, envidar todos os esforços a fim de adequar o seu curso e buscar a autorização e posterior reconhecimento do curso de Bacharel em Teologia. O processo foi lento, devido a necessidades da igreja de reformular todo o seu programa de educação teológica que, nessa altura dos acontecimentos, já envolvia a existência de dois outros seminários, em Londrina e Fortaleza. Inicialmente, a decisão foi a de buscar o credenciamento de todos os seminários. Porém, após longo debate interno na denominação, concluiu-se pela decisão de encerramento das atividades dos Seminários de Londrina e Fortaleza, dando-se continuidade somente a uma instituição de ensino teológico em São Paulo, estabelecendo a FATIPI como única instituição de ensino teológico oficial da IPIB, recebendo alunos procedentes de igrejas de todo o país. O processo de obtenção da autorização só foi concluído em 15/1/2009, quando o Ministério da Educação publicou autorização para o funcionamento da FATIPI que, imediatamente, iniciou oficialmente suas atividades, com uma proposta reformulada para a educação teológica da IPIB. Um fato inovador e auspicioso foi que a Fundação Eduardo Carlos Pereira promoveu concurso para seleção de docentes em cinco áreas do ensino teológico (Antigo Testamento, Novo Testamento, Teologia Prática, Teologia Sistemática e História). Não houve inscrições na área de História, mas, para as outras quatro áreas, houve inscrições e seleção de docentes que, imediatamente, iniciaram suas atividades. Atualmente, a FATIPI está empenhada no processo de aperfeiçoamento constante de seu corpo docente. Tanto é assim que, no primeiro semestre de 2011, dois de seus integrantes concluíram curso de doutoramento pela Universidade de São Paulo (USP). f. Princípio filosófico educacional do curso O dever-ser da educação depende da concepção político-filosófica de cada sociedade, uma vez que as políticas públicas, entre elas a da educação, da forma como são definidas, implementadas ou mesmo extintas, têm como referência as próprias representações sociais que cada sociedade desenvolve sobre si mesma, isto

é, são construções informadas pelos valores, símbolos, normas, enfim, pelas representações sociais que integram o universo cultural e simbólico de uma determinada realidade. Diante do acima exposto e considerando que a educação teológica não está desvinculada das representações sociais que integram o universo cultural e simbólico da realidade social na qual estamos inseridos, entendemos que, embora essa educação esteja a serviço da experiência religiosa de uma determinada igreja ou denominação religiosa, nunca deverá deixar de incluir em sua teoria e prática o educar para a socialização do conhecimento, para o exercício da cidadania, para o bem-estar do ser humano, para a construção de uma sociedade mais igualitária, moral e espiritualmente saudável. Tem sido referência na discussão de princípios filosóficos da educação a questão da cidadania numa sociedade em rápida e profunda transformação. É fundamental o que consideramos como o critério de racionalidade e que agrupa as teorias educacionais que podem ser vistas em três grandes concepções: a racionalidade técnica descrita como uma epistemologia da prática derivada do positivismo, baseada nos princípios da predição e do controle, onde seu grande interesse é a dominação; a racionalidade hermenêutica que tem como pressuposto a Fenomenologia, cujo interesse é a comunicação, ligada a leitura de signos, que seriam referências explicativas do sentido dos fatos, e que lida com a lógica da ocultação, passando para todas as classes sociais o ponto de vista de uma só classe, como se fosse o de todas; e a racionalidade emancipatória, relacionada com a libertação do ser humano. Neste caso, tem-se a superação da hermenêutica, com o avanço na crítica às relações sociais, nas quais estão presentes relações de poder, normas, dentre outras formas de dominação. A emancipação, neste caso, se dará pela dialética da crítica/ação na sociedade. Como outros comprometidos com a educação, acreditamos que uma teoria educacional para a cidadania e para a libertação humana terá que combinar crítica histórica, reflexão crítica e ação social. A educação teológica estabelecida pela Instituição está relacionada a uma das representações sociais que se desenvolve numa sociedade com profundas e rápidas transformações a igreja/religião e está comprometida com os ideais e práticas do centenário Seminário Teológico da IPIB, antecessor da FATIPI. Durante as últimas décadas, aquele Seminário vinha defendendo uma teologia voltada para a libertação do ser humano, de maneira holística, das amarras das injustiças econômicas, políticas

e sociais, bem como de qualquer determinismo moral e espiritual vinculado à ortodoxia da religião cristã, à luz de uma releitura bíblica, de caráter profético e determinante de uma releitura teológica capaz de promover essa libertação. Nessa linha do pensamento, a Instituição estabelece que a teoria da educação teológica, deverá combinar a crítica histórica, reflexão crítica e ação social no contexto da leitura e releitura das Escrituras Sagradas, tendo em vista mudanças significativas que permitam ao ser humano viver mais e melhor como cidadão deste mundo e do Reino de Deus porvir. Faz parte do princípio aqui exposto, o reconhecimento da necessária relação com outras áreas de conhecimento, com as ciências que sob ângulos diversos, estudam as relações dos seres humanos entre si e contribuem para uma melhor compreensão da realidade social e seus desafios. Mais do que isso, estamos conscientes de que lidamos com indivíduos concretos inseridos em uma sociedade carente de justiça econômica, política e social. Mais do que teoria, na prática, pretendemos que nossa proposta provoque mudanças efetivas e significativas que estejam comprometidas socialmente com os segmentos menos favorecidos, fazendo de cada indivíduo um ser histórico, capaz de lidar com liberdade e maturidade com as ideologias, mesmo as advindas do próprio contexto religioso. Em atenção aos pressupostos básicos da educação nacional, buscamos atender o que nos indicam as considerações procedentes da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, incorporadas nas determinações da Lei 9.394/96, que afirma: 1) a educação deve cumprir um triplo papel: econômico, científico e cultural; 2) a educação deve ser estruturada em quatro alicerces: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser. Este é o nosso grande desafio! 4. CONCEPÇÃO DO CURSO Na concepção do curso de Bacharel em Teologia da FATIPI são considerados os seguintes documentos: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9.394 de 20 de dezembro de 1996; Plano Nacional de Educação; Lei 11.788/08 que regula o estágio profissional

Parecer CES 241/99 do Conselho Nacional de Educação; Parecer CES 756/99 do Conselho Nacional de Educação; Parecer CES 67/03 do Conselho Nacional da Educação; Parecer CES 51/10 do Conselho Nacional de Educação; Constituição da IPIB; Projeto de Educação Teológica aprovado pela Assembléia Geral da IPIB em 13/08/2005. O Projeto de Educação Teológica da IPIB estabelece os princípios que devem nortear a educação teológica através de quatro ênfases que permeiam toda a concepção do curso, bem como o conteúdo das respectivas matérias. São essas ênfases: Ênfase na Herança Reformada O estudo da herança da Reforma Protestante do século XVI se concretiza na FATIPI em esforços concretos que vão além das aulas ministradas em classe. Projetos extracurriculares, publicações e outros esforços são direcionados para a recuperação desta rica herança. Porém, para fazer justiça ao próprio pensamento protestante, não se pode simplesmente preservar a tradição sem um diálogo crítico com os desafios do presente. É necessário buscar o equilíbrio entre o conhecimento dessa herança, por um lado, e o conhecimento da realidade religiosa e cultural do mundo contemporâneo, por outro. A identidade latino-americana e brasileira da nossa teologia deve também fazer parte da nossa preocupação enquanto prática teológica no mundo atual. Ênfase nas Ciências Bíblicas Uma das mais importantes ênfases da Reforma Protestante do século XVI foi a doutrina do livre exame das Escrituras Sagradas pelo povo. O estudo individual e comunitário e a proclamação da Palavra de Deus são importantes para o culto e a vivência da fé protestante. Também pertencente à tradição protestante é a análise do texto bíblico consoante métodos científicos, particularmente os sócio-históricos e literários. Qualquer curso teológico que vise à preparação de ministros para a igreja reformada deverá incentivar o estudo científico e criterioso da Bíblia em seu currículo e a divulgação dos resultados de tal pesquisa por meios curriculares e extracurriculares. Ênfase nas Ciências Pastorais A FATIPI deve oferecer um programa de estudos que proporcione oportunidades de aprofundamento teológico-pastoral e fomente o debate em torno dos problemas apresentados nas circunstâncias concretas do ministério pastoral tanto frente às

rápidas e contínuas transformações da conjuntura histórica e social do mundo pósmoderno, quanto nas situações tradicionais geradoras de crises na vida dos seres humanos. Ênfase nas Ciências Missiológicas O estudo teológico não finda em si mesmo, mas tem como objetivo a construção do reino de Deus. Tem, portanto, uma finalidade missionária, entendendo-se por missão o anúncio e a difusão do reino de Deus em todas as suas dimensões e não somente no crescimento institucional da igreja. Mas a igreja, ao se estabelecer como canal para a propagação do reino, assume a sua tarefa missionária. A FATIPI se constitui como fomentadora do pensamento teológico de uma igreja que se reconhece como chamada a ser missionária em terras brasileiras, respondendo aos apelos do ser humano e da sociedade. Duração, Carga Horária, Vertentes do Curso e Natureza das Disciplinas Concebe-se o curso de Bacharel em Teologia como sendo um curso de graduação, com duração regular de oito semestres no turno noturno em conjunto com 150 horas de estágio curricular e 50 horas de atividades complementares. A conclusão do curso em período mínimo de 8 semestres e nunca superior a 14 semestres dar-se-á com o cumprimento das exigências curriculares, incluindo a apresentação e aprovação de uma monografia versando sobre tema relevante da Teologia e exegese de um texto bíblico. As matérias do curso de Bacharel em Teologia dividem-se equilibradamente nas três vertentes da Teologia: Teologia Sistemática, Teologia Bíblica e Teologia Prática. Entende-se por Teologia Sistemática o estudo sobre Deus a partir da revelação que, desde a Antiguidade, dialoga com as tradições filosóficas e científicas. A Teologia Bíblica responde a um dos fundamentos do protestantismo histórico que considera as Sagradas Escrituras como o testemunho mais importante da Palavra de Deus. E a Teologia Prática visa refletir sobre as ações da igreja na evangelização, no cuidado aos seus fiéis e na promoção do reino de Deus sobre a face da terra. Ao lado dessas vertentes teológicas, em sua concepção, o curso abre espaço para o estudo de Ciências Humanas com as quais a Teologia mantém um diálogo proveitoso. A natureza das disciplinas pode ser teórica, teórico-prática ou prática. As disciplinas teóricas são aquelas que trabalham predominantemente com os princípios básicos da Teologia ou das ciências afins. As disciplinas teórico-práticas são aquelas que

combinam equilibradamente atividades tanto teóricas quanto práticas. As disciplinas práticas são aquelas que desenvolvem a prática ou a ação profissional. 5. OBJETIVOS DO CURSO a. Objetivos gerais Promover o desenvolvimento científico que objetive a promoção da cidadania, paz, justiça social e dignidade humana; Desenvolver a reflexão teológica à luz da Bíblia Sagrada, tendo em vista a capacitação da igreja para responder aos desafios da fé cristã em um mundo de rápidas e profundas transformações sociais; Desenvolver o espírito crítico em relação à realidade social, a capacidade de julgar e agir sobre a mesma, em função do resgate da dignidade humana e a salvação completa do indivíduo quando vítima de injustiças e ameaças de morte neste mundo; Oferecer ao povo de Deus condições de explicar, testar e testemunhar a verdade de sua fé em Deus no mundo; Capacitar os filhos da igreja ao exercício de seus múltiplos ministérios nas circunstâncias próprias da realidade brasileira; Desenvolver a compreensão teológica da igreja enquanto missão de Deus no mundo; Cultivar a reflexão teológica de tradição calvinista no contexto histórico e social brasileiro. b. Objetivos específicos Capacitar os alunos com as ferramentas teóricas e a experiência prática para o exercício do ministério pastoral em igrejas evangélicas, especialmente aquelas oriundas da tradição reformada e particularmente na IPIB; Levar os alunos a entender a IPIB como segmento da Igreja de Cristo e vocação de Deus para a promoção de seu reino aqui e agora; Prover os alunos de domínio da base teórica e metodológica para a interpretação bíblica e reflexão teológica; Desenvolver o estudo crítico da Bíblia Sagrada à luz da realidade histórica e social, capacitando os filhos da igreja a darem as razões de sua fé, quando

desafiados a algum tipo de interferência nas lutas pela cidadania, paz, justiça e dignidade; Capacitar os alunos a desenvolver estratégias missionárias e de evangelização na promoção do reino de Deus na terra; Refletir com os alunos sobre os desafios éticos gerados pelas novas descobertas científicas e pela realidade econômica, política e social de um mundo globalizado; Realizar estudos e pesquisas nos vários domínios da cultura, particularmente no campo da Teologia, à luz do que ocorre na sociedade brasileira e seus desafios; Divulgar em todos os níveis o pensamento teológico reformado de modo a contribuir para a evangelização nos mais diferentes campos da sociedade contemporânea. 6. PERFIL DO EGRESSO Entende-se por perfil profissiográfico os espaços sociais nos quais o egresso do curso de Bacharel em Teologia da FATIPI poderá atuar. O Bacharel em Teologia poderá atuar como pastor numa visão ampla do trabalho pastoral, na qual comportam, entre outros, as seguintes atuações: assessorar ou dirigir igrejas ou outras instituições confessionais ou interconfessionais, educacionais, assistenciais e promocionais em âmbito teológico, tanto na perspectiva teórica, quanto na prática, em especial na assistência pastoral a igrejas e comunidades de fé; trabalhar em projetos e organizações missionários visando à propagação do reino de Deus, à construção da dignidade humana e deuma sociedade mais justa e harmônica; atuar em serviços de capelania e cuidados pastorais a grupos definidos como enfermos, encarcerados, escolares, militares e outros especiais; pregar o evangelho e instruir o povo de Deus no ensino bíblico e nas doutrinas cristãs, assim como animá-lo na perseverança da fé e consolar os aflitos e doentes;

efetuar pesquisa teológica, abordando aspectos filosóficos, culturais, psicológicos, sociais, políticos e econômicos como agente facilitador de soluções a problemas relacionados à Teologia e às demais Ciências Humanas; participar de organizações não-governamentais de promoção humana ou que operem em complexos aspectos humanos de uma região; orientar programas de educação religiosa, litúrgicos e culturais em geral; participar de ações de diálogo ecumênico ou intereclesiástico; desenvolver estudos em nível de pós-graduação visando o magistério em instituições superiores de ensino teológico; 7. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES a. Competências São consideradas competências as qualidades pessoais desenvolvidas pelo egresso do curso de Bacharel em Teologia da FATIPI para que possa desempenhar bem o seu papel profissional. Dente elas, destacamos: refletir teologicamente e divulgar esse saber; utilizar adequadamente conceitos teológicos aliados às situações do cotidiano, desenvolvendo capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho, revelando-se profissional participativo e criativo; utilizar o instrumental oferecido pela Teologia em conexão com outras áreas do saber, tais como, a Filosofia, a Sociologia, a Psicologia, Direito, etc. para analisar situações históricas concretas, formulando e propondo soluções a problemas e dilemas humanos; elaborar e desenvolver projetos de pesquisa dentro das exigências do rigor acadêmico e dos princípios éticos da confessionalidade; ter formação teórica e prática que o capacite para exercer presença pública, interferindo construtivamente na sociedade na perspectiva da transformação da realidade e na valorização e promoção do ser humano;

estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico do pensamento reflexivo; ler e compreender textos teológicos, demonstrando capacidade para crítica, reflexão, análise, interpretação e comentário de textos teóricos, segundo os mais rigorosos procedimentos hermenêuticos; analisar, descrever e explicar os fenômenos religiosos, articulando a religião e outras manifestações culturais, apontando a diversidade dos fenômenos religiosos em relação ao processo histórico-social; dominar técnicas de interpretação da Bíblia e de reflexão hermenêutica concernentes à aplicação do conhecimento teológico; compreender os conceitos pertinentes ao campo específico do saber teológico e ser capaz de estabelecer as devidas correlações entre estes e as situações práticas da vida, podendo efetuar pesquisa teológica, abordando aspectos filosóficos, psicológicos, sociais, políticos e econômicos com o fim de indicar caminhos relacionados à Teologia e às demais Ciências Humanas; integrar várias áreas do conhecimento teológico para elaborar modelos, analisar questões e interpretar dados em harmonia com o objeto teológico de seu estudo; reconhecer e interpretar a dimensão teológica presente nas diversas manifestações do conhecimento humano; compreender o processo histórico de constituição da igreja e das instituições religiosas e de formação das doutrinas e idéias teológicas e suas relações com a construção histórica e social da realidade e das idéias; identificar, descrever, compreender, analisar e representar os símbolos de fé e suas expressões doutrinárias e litúrgicas; identificar, analisar e explicar, através da análise de dados e informações, diferentes tradições religiosas, teológicas e suas variações históricas.

b. Habilidades Consideramos habilidades as qualidades pessoais desenvolvidas pelo egresso do curso de Bacharel em Teologia da FATIPI para que possa desempenhar bem o seu papel na sociedade. Dentre elas, destacamos: compreender a construção do fenômeno humano sob a óptica da contribuição teológica, considerando o ser humano como ente holístico, e refletir criticamente sobre a questão do sentido da vida humana; desenvolver a transcendência como capacidade humana de ir além dos limites que se experimentam na existência; desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício de seu trabalho, inclusive nas comunicações interpessoais ou intergrupais; ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade de aprender e abertura para compreender as transformações sociais e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional; desenvolver capacidade de relacionar o exercício da reflexão teológica com a promoção integral da cidadania e com o respeito à pessoa; desenvolver capacidade para trabalhar em equipe, elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações; compreender e articular os componentes empíricos e conceituais concernentes ao conhecimento científico dos processos religiosos; compreender a ocorrência e manifestação dos fatos, fenômenos e eventos da análise teológica; dominar do idioma nacional em nível para compreender e divulgar os conhecimentos teológicos; ter hábito pessoal de leitura, disciplina no estudo e motivação para prosseguir em sua formação teológica, na perspectiva da formação continuada.

8. ESTRUTURA CURRICULAR 1º Semestre Disciplina Carga Horária (H/A) História da Igreja I 40 Hebraico I 80 História de Israel I 40 Metodologia Científica 40 Sociologia I 40 Psicologia I 40 Filosofia I 80 Português Instrumental 40 TOTAL 400 2º Semestre Disciplina Carga Horária (H/A) História da Igreja II 40 Hebraico II 80 História de Israel II 40 Legislação Eclesiástica 40 Sociologia II 40 Psicologia II 40 Filosofia II 80 Administração Eclesiástica 40 TOTAL 400 3º Semestre Disciplina Carga Horária (H/A) História da Igreja III 40 Introdução ao Antigo Testamento I 40 Introdução ao Novo Testamento I 40 Igreja e Sociedade I 40 Homilética 80 Teologia da Missão I 80 Grego I 80 TOTAL 400

4º Semestre Disciplina Carga Horária (H/A) História da Igreja IV 40 Introdução ao Antigo Testamento II 40 Introdução ao Novo Testamento II 40 Igreja e Sociedade II 40 Liturgia 80 Teologia da Missão II 80 Grego II 80 TOTAL 400 5º Semestre Disciplina Carga Horária (H/A) História da Igreja na América Latina 40 Teologia Sistemática I 80 Exegese do Antigo Testamento I 40 Exegese do Novo Testamento I 40 Introdução ao Antigo Testamento III 40 Introdução ao Novo Testamento III 40 Teologia Pastoral I 80 Hermenêutica 40 SUBTOTAL 400 Estágio Curricular Supervisionado I 50h = 60h/a TOTAL 460h/a 6º Semestre Disciplina Carga Horária (H/A) Diaconia e Cidadania 40 Teologia Sistemática II 80 Exegese do Antigo Testamento II 40 Exegese do Novo Testamento II 40 Teologia do Antigo Testamento I 80 Teologia do Novo Testamento I 80 Teologia Pastoral II 40 SUBTOTAL 400 Estágio Curricular Supervisionado II 50h = 60h/a TCC I 50h = 60h/a TOTAL 520h/a

7º Semestre Disciplina Carga Horária (H/A) Teologia Sistemática III 80 História do Presbiterianismo I 40 Educação Cristã 40 Teologia do Antigo Testamento II 80 Teologia do Novo Testamento II 80 Oficina de Pastoral I 40 Oficina de Missão I 40 SUBTOTAL 400 Estágio Curricular Supervisionado III 50h = 60h/a TCC II 50h = 60h/a TOTAL 520h/a 8º Semestre Disciplina Carga Horária (H/A) Teologia Sistemática IV 80 História do Presbiterianismo II 40 Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso 40 Ética Cristã 80 Temas Contemp. Em Teologia 40 Teologia Reformada 40 Oficina de Pastoral II 40 Oficina de Missão II 40 TOTAL 400 Atividades Complementares: 50h = 60h/a RESUMO DA CARGA HORÁRIA Hora/aula Hora Carga Horária das Disciplinas 3.200 2.667 Estágio Curricular Supervisionado 180 150 Atividades Complementares 60 50 TCC 120 100 Total 3.560 2.967

9. CONTEÚDOS CURRICULARES O currículo do curso de Bacharel em Teologia da FATIPI, composto por 60 disciplinas, correspondendo a 3.200 horas-aula (2.667 horas), é formado por disciplinas distribuídas em três núcleos: fundamental, interdisciplinar e teórico-prático. Compreende-se por disciplinas do Núcleo Fundamental aquelas que são características do curso de Teologia; por disciplinas do Núcleo Interdisciplinar aquelas que provém um diálogo entre a Teologia e outros saberes; e por disciplinas do Núcleo Formativo Teórico-Prático aquelas que colaboram na construção de competências, habilidades e/ou atitudes pretendidas para que o egresso exerça o papel dele esperado. É de se notar que, em alguns casos, disciplinas podem compreender mais do que uma das dimensões descritas. Levando em consideração seu principal perfil, as disciplinas estão assim distribuídas nesses núcleos: Disciplinas do Núcleo Fundamental: Teologia Sistemática I, II, III e IV; Teologia do Antigo Testamento I e II; Teologia do Novo Testamento I e II; Teologia Pastoral I e II; Teologia da Missão I e II; Introdução ao Antigo Testamento I, II e III; Introdução ao Novo Testamento I, II e III; Teologia Reformada. Total 1200 h/a, equivalente a 37,5% da carga horária do curso. Disciplinas do Núcleo Interdisciplinar: Hermenêutica; História do Presbiterianismo I e II; História da Igreja I, II, III e IV; História da Igreja na América Latina; História de Israel I e II; Sociologia I e II; Filosofia I e II; Psicologia I e II; Igreja e Sociedade I e II; Ética Cristã; Hebraico I e II; Grego I e II. Total 1200 h/a, equivalente a 37,5% da carga horária do curso. Disciplinas do Núcleo Teórico-Prático: Metodologia Científica; Temas Contemporâneos em Teologia; Exegese do Antigo Testamento I e II; Exegese do Novo Testamento I e II; Educação Cristã; Homilética; Liturgia; Administração Eclesiástica; Legislação Eclesiástica; Português Instrumental; Diaconia e Cidadania, Oficina de Pastoral I e II; Oficina de Missão I e II; Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso. Total 800 h/a, equivalente a 25% da carga horária do curso.

Na seleção de matérias a serem cursadas, há uma sequência de disciplinas consideradas como pré-requisito para o aprendizado de outras nos seguintes casos: a. Grego I, Grego II, Exegese do Novo Testamento I e Exegese do Novo Testamento II; b. Hebraico I, Hebraico II, Exegese do Antigo Testamento I e Exegese do Antigo Testamento II. A carga horária está assim dimensionada entre as áreas de estudo de formação curricular: Área de Teologia e História: História de Israel I e II; Hermenêutica; História da Igreja I, II, III e IV; História do Presbiterianismo I e II; Ética Cristã; Teologia Sistemática I, II, III e IV; História da Igreja na América Latina; Temas Contemporâneos em Teologia; Teologia Reformada. Total de 880 h/a (25%). Área Bíblica: Hebraico I e II; Grego I e II; Introdução ao Antigo Testamento I, II e III; Introdução ao Novo Testamento I, II e III; Exegese do Antigo Testamento I e II; Exegese do Novo Testamento I e II; Teologia do Antigo Testamento I e II; Teologia do Novo Testamento I e II. Total de 1.040 h/a (29%). Área Prática: Homilética; Teologia da Missão I e II; Administração Eclesiástica; Liturgia; Legislação Eclesiástica; Educação Cristã; Teologia Pastoral I e II; Diaconia e Cidadania; Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso; Oficina de Pastoral I e II; Oficina de Missão I e II. Total de 800 h/a (22%). Área de Ciências Humanas: Português Instrumental; Metodologia Científica; Sociologia I e II; Psicologia I e II; Filosofia I e II; Igreja e Sociedade I e II. Total de 480 h/a (13%). Estágio Curricular Supervisionado: 150h = 180h/a (5%) Atividades Complementares: 50h = 60h/a (2%) Trabalho de Conclusão de Curso: 100h = 120h/a (3%)

10. EMENTAS E BIBLIOGRAFIA 1º Semestre História da Igreja I Ementa: A disciplina tem como objetivo possibilitar a construção de consciência histórica a partir da compreensão do processo de surgimento, consolidação e institucionalização do cristianismo na Antiguidade, bem como das principais características da Igreja Medieval, relacionando-os à formação dos princípios do pensamento cristão e às suas reminiscências na mentalidade da Igreja Cristã Contemporânea. BETTENSON, H. Documentos da Igreja Cristã. 3ª ed. São Paulo, Aste/Simpósio, 1998. DREHER, Martin N. A Igreja no Império Romano. São Leopoldo, Sinodal, 1993. A Igreja no Mundo Medieval. São Leopoldo, Sinodal, 1994. WALKER, W. História da Igreja Cristã. São Paulo e Rio de Janeiro, Aste/Juerp, 1980. TILLICH, P. História do Pensamento Cristão. São Paulo, Aste, 1988. DREHER, Martin N. (org.). História da Igreja em Debate. São Paulo, Aste, 1994. GONZALEZ, J. Uma História ilustrada do Cristianismo, v.1: A era dos mártires. São Paulo, Vida Nova, 1978. Uma História ilustrada do Cristianismo, v.2: A era dos gigantes. São Paulo, Vida Nova, 1978. Uma História ilustrada do Cristianismo, v.3: A era das trevas. São Paulo, Vida Nova, 1978. Uma História ilustrada do Cristianismo, v.4: A era dos altos ideais. São Paulo, Vida Nova, 1978. HAGGLUND, B. História da Teologia. Porto Alegre, Concórdia, 1973. RÜSEN, JÖRN. Razão histórica - Teoria da história I: fundamentos da ciência histórica. Tradução de Estevão de Rezende Martins. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 2001. Hebraico I Ementa: Inicia os discentes no conhecimento da língua hebraica do período bíblico a fim de prepará-los para a leitura e tradução de textos do Antigo Testamento, habilitando-os parcialmente para a tarefa exegética. O primeiro semestre é basicamente dedicado ao estudo fonético e morfológico, iniciando o estudo dos verbos.

GRUSSO, Antônio Renato. Gramática instrumental do hebraico. São Paulo, Vida Nova, 2005. HOLLADAY, William L. Léxico hebraico e aramaico do Antigo Testamento. São Paulo, Vida Nova, 2010. KELLEY, Page H. Hebraico Bíblico Uma Gramática Introdutória. São Leopoldo, Sinodal, 1998. KIRST, Nelson et alii. Dicionário Hebraico-Português & Aramaico-Português. São Leopoldo / Petrópolis, Sinodal / Vozes, 1988. HOLLENBERG, W. & BUDDE, K. Gramática Elementar da Língua Hebraica. São Leopoldo, Sinodal, 1988. KERR, G. Gramática Elementar da Língua Hebraica. Rio de Janeiro, JUERP, 1980. LAMBDIN, Thomas O. Gramática do Hebraico Bíblico. São Paulo, Paulus, 2003. MENDES, P. Noções de Hebraico Bíblico. São Paulo, Vida Nova, 1981. História de Israel I Ementa: Estuda a história de Israel no tempo do Antigo Testamento, no seu contexto geográfico e social, desde as origens até o período da monarquia unificada. BRIGHT, John. História de Israel. 7ª edição revista e ampliada. São Paulo, Paulus, 2003. DONNER, Herbert. História de Israel e dos povos vizinhos. Volume 1: Dos primórdios até a formação do Estado. São Leopoldo/Petrópolis, Sinodal/Vozes, 1997. GOTTWALD, Norman K. As Tribos de Iahweh. Uma sociologia da religião de Israel liberto - 1250-1050 a. C. São Paulo, Paulinas, 1986. KESSLER, Rainer. História social do antigo Israel. São Paulo, Paulinas, 2009. VAUX, Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento. São Paulo, Teológica, 2003. CAZELLES, Henri. História Política de Israel - desde as origens até Alexandre Magno. São Paulo, Paulinas, 1986. CLEMENTS, R. E. (Org.). O mundo do antigo Israel - perspectivas sociológicas, antropológicas e políticas. São Paulo, Paulus, 1995. FOHRER, Georg. História da Religião de Israel. São Paulo, Paulinas, 1983. PIXLEY, Jorge. História de Israel a partir dos pobres. 2ª ed. Petrópolis, Vozes, 1990. THIEL, Wilfred. A Sociedade de Israel na Época Pré-Estatal. São Leopoldo/ São Paulo, Sinodal/ Paulinas, 1993.