ÁGUA E SAÚDE NA COMUNIDADE ESCOLAR



Documentos relacionados
Características dos Nematoides

ADEQUAÇÃO DAS BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO JUNTO AOS MANIPULADORES DE ALIMENTOS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE GOIÂNIA - GO.

CURSO DE PLANTAS MEDICINAIS PARA AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

Cólera. Introdução: 1) Objetivo Geral

A COMPETÊNCIA LEITORA NOS ESPAÇOS DA COMUNIDADE DO PARANANEMA-PARINTINS/AM

INVESTIGANDO O ENSINO MÉDIO E REFLETINDO SOBRE A INCLUSÃO DAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA PÚBLICA: AÇÕES DO PROLICEN EM MATEMÁTICA

PEDAGOGIA EM AÇÃO: O USO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COMO ELEMENTO INDISPENSÁVEL PARA A TRANSFORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

HORTA ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA CONSCIÊNCIA PLANETÁRIA

ROTEIRO DE RECUPERAÇÃO DE CIÊNCIAS

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

PROJETO PARQUE ITINERANTE: UM INCENTIVO AO DESENVOLVIMENTO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O USO DO TANGRAM EM SALA DE AULA: DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO

PRINCIPAIS DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS PROFESSORES DE QUÍMICA DO CEIPEV. E CONTRIBUIÇÃO DO PIBID PARA SUPERÁ-LAS.

CONSTRUÇÃO DE QUADRINHOS ATRELADOS A EPISÓDIOS HISTÓRICOS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA RESUMO

Copos e trava-línguas: materiais sonoros para a composição na aula de música

HORTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL II DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL VIDAL DE NEGREIROS CUITÉ/PB

A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA PARA A FORMAÇÃO DO CIDADÃO

LEITURA E ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA PROPOSTA DE APRENDIZAGEM COM LUDICIDADE

Unidade 3 Os animais invertebrados

PUBLICO ESCOLAR QUE VISITA OS ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE MANAUS DURANTE A SEMANA DO MEIO AMBIENTE

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

PERCEPÇÃO DE RESIDUOS SÓLIDOS NA SÉRIE INICIAL DO ENSINO FUNDAMENTAL II: UMA ESTRATÉGIA PARA IMPLEMENTAÇÃO DOS 5Rs

Higiene pessoal em alunos da pré-escola e anos iniciais do ensino fundamental da rede pública e particular

compreensão ampla do texto, o que se faz necessário para o desenvolvimento das habilidades para as quais essa prática apresentou poder explicativo.

FORTALECENDO SABERES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES CIÊNCIAS DESAFIO DO DIA. Aula: 17.1 Conteúdo: Doenças relacionadas à água I

ENSINO DE CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL EM DIFERENTES ESPAÇOS EDUCATIVOS USANDO O TEMA DA CONSERVAÇÃO DA FAUNA AMAZÔNICA.

O ensino de Ciências e Biologia nas turmas de eja: experiências no município de Sorriso-MT 1

A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E AS DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FORTALEZA

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO BÁSICO: PROJETO AMBIENTE LIMPO

SUPERVISOR DARLAN B. OLIVEIRA

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES E ALUNOS DA EJA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS

Relato de experiência sobre uma formação continuada para nutricionistas da Rede Estadual de Ensino de Pernambuco

GEOGRAFIA E HORTAS AGROECOLOGICAS: PRÁTICA EDUCATIVA NAS ESCOLAS SOBRE UM NOVO PRISMA DE ENSINO - APRENDIZAGEM

O PROJETO UNIMONTES SOLIDÁRIA

Projeto Pedagógico. por Anésia Gilio

O PIBID NA FORMAÇAO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA RESUMO

O LÚDICO COMO INSTRUMENTO TRANSFORMADOR NO ENSINO DE CIÊNCIAS PARA OS ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.

A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES

PLANEJAMENTO, CONCEITOS E ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DE UMA ESCOLA PÚBLICA ESTADUAL

EDUCAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DE OFICINAS PEDAGÓGICAS NAS ESCOLAS DO CAMPO

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

IMPLANTANDO OS DEZ PASSOS DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL RELATO DE UMA EXPERIENCIA

Alternativa berço a berço

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE JOGOS E MATERIAIS MANIPULATIVOS NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

PRODUTO FINAL ASSOCIADA A DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Código de Convivência: Desenvolvendo a cidadania e o protagonismo juvenil

A APRENDIZAGEM DO ALUNO NO PROCESSO DE INCLUSÃO DIGITAL: UM ESTUDO DE CASO

ALTERNATIVA DIDÁTICA PARA O ENSINO DE ALIMENTOS INTEGRADA COM A PIRÂMIDE ALIMENTAR BRASILEIRA

Oficina Experimental como Estratégia para o Ensino Médio de Química

ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, COM A UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

SABER E ATUAR PARA MELHORAR O MUNDO: ÉTICA, CIDADANIA E MEIO AMBIENTE. DE OLHO NO ÓLEO (Resíduos líquidos) Dulce Florinda de Souza Lins.

Projeto Grêmio em Forma. relato de experiência

EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: UMA EXPERIÊNCIA COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ENTORNO DO LIXÃO DE CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL.

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA PRÉ-ESCOLARES DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM VIÇOSA-MG

ESCOLAS PIBIDIANAS NO TEATRO

Exercícios de Ciências

DOENÇAS VIRAIS: UM DIÁLOGO SOBRE A AIDS NO PROEJA

UTILIZANDO BLOG PARA DIVULGAÇÃO DO PROJETO MAPEAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS RESUMO

NATAL SUSTENTÁVEL: UMA PROPOSTA PRÁTICA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL REALIZADA PELO PROEJA EDIFICAÇÕES.

Software livre e Educação: vantagens e desvantagens das novas tecnologias

PIBID: DESCOBRINDO METODOLOGIAS DE ENSINO E RECURSOS DIDÁTICOS QUE PODEM FACILITAR O ENSINO DA MATEMÁTICA

Educação Patrimonial Centro de Memória

PROFISSÃO PROFESSOR DE MATEMÁTICA: UM ESTUDO SOBRE O PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA UEPB MONTEIRO PB.

Um currículo de alto nível

ÁGORA, Porto Alegre, Ano 4, Dez ISSN EDUCAR-SE PARA O TRÂNSITO: UMA QUESTÃO DE RESPEITO À VIDA

PROJETO - CONHECENDO A HISTÓRIA E O PATRIMÔNIO DO MEU MUNICÍPIO CHUÍ/RS-BRASIL

JOGOS MATEMÁTICOS: EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS

Etapa 1: A Diarreia: Identificar e reconhecer a doença

39 Por que ferver a água antes de beber?

MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO

PANORAMA DE PARASITOSES EM OVINOS NO BRASIL.

Título: O moodle como ambiente virtual de aprendizagem colaborativa: o caso do Curso Introdutório Operacional Moodle na UEG.

Química na cozinha:

Universidade Estadual de Londrina

TRABALHANDO A EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO CONTEXTO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA NA SAÚDE DA FAMÍLIA EM JOÃO PESSOA-PB

PROJETO ÁGUAS DE MINAS

PRÁTICAS LÚDICAS NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA DO INFANTIL IV E V DA ESCOLA SIMÃO BARBOSA DE MERUOCA-CE

EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMEÇA NA ESCOLA: COMO O LIXO VIRA BRINQUEDO NA REDE PÚBLICA EM JUAZEIRO DO NORTE, NO SEMIÁRIDO CEARENSE

Conscientização acerca da Necessidade de Ações para Conservação da Biodiversidade em Corpos D água no Município de Alegre, ES.

Sumário 1. A PREVENÇÃO CONTRA AS DOENÇAS CAUSADAS POR VERMES PODE SER FÁCIL... 2

ESTUDO DAS PARASITOSES EM CRIANÇAS DE 4 A 12 ANOS EM UMA CRECHE NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO

INCLUSÃO ESCOLAR: UTOPIA OU REALIDADE? UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

Teotônio Vilela II reforma parques pág. 3. Festa da criança no CEI São Rafael pág. 3. Nesta edição: CEI Vila Maria 2. CAA São Camilo II 2

Colégio Sagrado Coração de Maria - Rio. Arca de Noé

II Congresso Nacional de Formação de Professores XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadores

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição Fatia 3;

Amanda Aroucha de Carvalho. Reduzindo o seu resíduo

Por que lavar as mãos? Introdução. Materiais Necessários

Softwares livres, inclusão digital e Ampliação de cidadania.

INTRODUÇÃO. 1 Departamento de Metodologia da Educação (DME), 2 Departamento de Fundamentação da

OLIMPIADAS DE MATEMÁTICA E O DESPERTAR PELO PRAZER DE ESTUDAR MATEMÁTICA

SERVIÇO DE ACOLHIMENTO AO ACADÊMICO

Entre 1998 e 2001, a freqüência escolar aumentou bastante no Brasil. Em 1998, 97% das

INTERPRETANDO A GEOMETRIA DE RODAS DE UM CARRO: UMA EXPERIÊNCIA COM MODELAGEM MATEMÁTICA

POR QUE FAZER ENGENHARIA FÍSICA NO BRASIL? QUEM ESTÁ CURSANDO ENGENHARIA FÍSICA NA UFSCAR?

Os Invertebrados. Prof. Luis Bruno

A RECICLAGEM DE ÓLEO PRODUZIDO NA ESCOLA PROFESSOR LORDÃO COMO PROMOTOR DO CUIDADO AMBIENTAL

Transcrição:

ÁGUA E SAÚDE NA COMUNIDADE ESCOLAR Ana Paula Santos Fidelis; Andreza Barboza da Silva Universidade Federal de Pernambuco, ppfidelis@gmail.com INTRODUÇÃO As parasitoses intestinais constituem-se num grave problema de saúde pública, sobretudo nos países do terceiro mundo, sendo um dos principais fatores debilitantes da população, associando-se freqüentemente a quadros de diarréia crônica e desnutrição, comprometendo, como conseqüência, o desenvolvimento físico e intelectual, particularmente das faixas etárias mais jovens da população, Pedrazzani; Salata; Vinha apud Ludwig (1988). Essas parasitoses estão vinculadas as condições econômicas da comunidade e a falta de informação da comunidade escolar. Pois aproximadamente 80% das doenças ocorrem pelo consumo e uso de águas contaminadas e a devida à falta de uma higienização correta dos alimentos. Sabendo que uma parcela de alunos consumia água diretamente do poço e água quando não é tratada são possíveis focos de contaminação de parasitoses. A docente de ciências sentiu a necessidade de abordar em sala de aula a problemática vivenciada pela comunidade local. Já que os alunos são os principais meios de interligação entre a escola e a comunidade, então usamos nossos alunos como propagadores dos hábitos adequados para manter a saúde em condições favoráveis. Segundo Utsunomiya (2001) o controle das enteroparasitoses exige uma associação de medidas que incluem necessariamente o saneamento ambiental, a educação sanitária da população e o tratamento dos infectados. Esses fatores contribuem para a transmissão de doenças causadas por parasitoses. Dentre as principais enteroparasitoses intestinais diagnosticadas nas crianças em

idades escolares, encontramos a Ascaris lumbricoides (ascaridíase). A ascaridíase popularmente conhecida por lombriga é uma parasitose contraída pelo consumo de água ou alimentos infectados por seus ovos. Depois de ingeridas, as larvas são liberadas no intestino delgado e alcançam o sistema circulatório, chegando ao fígado, onde crescem num período inferior a uma semana. Após isso, elas retornam a corrente sanguínea passando pelo coração e pulmões. Segundo Macedo (2005) as crianças são os principais alvos das parasitoses intestinais, pois esse público reflete as condições sociais e de saneamento básico que estão inseridos. Com isso, o presente trabalho teve como objetivo de informar os alunos a consumir água tratada, demonstrar a importância da higienização dos alimentos com água própria para o consumo com a adição de uma colher de cloro a cada litro de água para evitar a contaminação de doenças causadas por parasitas e bactérias. METODOLOGIA O trabalho foi executado durante os meses de Abril e Maio de 2014, com a participação de 70 alunos do 6 ano do ensino fundamental II do Colégio Pontual, localizado no bairro do UR 11, Recife- PE. No primeiro momento houve a leitura da história em quadrinho da Turma da Mônica: Água Boa Pra Beber e a exibição do vídeo Minuto Animado Higiene Pessoal, em seguida houve um debate acerca da temática. Para que eles percebessem que atitudes simples como lavarem bem as frutas e legumes antes de comer, lavar as mãos antes das refeições e lavar as mãos após usar o banheiro evita a contaminação de verminoses. Durante a leitura da história da Turma da Mônica houve um grande interesse e participação da turma. O segundo momento foi à construção de um texto em grupo mostrando a importância de utilizar água tratada para combater doenças provocadas por consumir alimentos e água contaminada, o texto foi realizado pelos alunos a partir da construção dos conceitos trabalhados em sala de aula. Os textos foram expostos na sala de aula

formando um mural de informação para os usuários da sala. RESULTADOS E DISCUSSÃO A leitura da história em quadrinhos, vídeos, debate e construção de textos foram essenciais para a formação de novos conceitos pelos alunos, como por exemplo, que os legumes, além de ser lavado com água potável se deve acrescentar uma colher de chá de cloro, desta forma houve uma sensibilização dos alunos acerca da problemática. Segundo Rodrigues, Couto, Moraes, Prado (2013) sorrir, brincar, desenhar, deveria ser processos naturais no aprendizado, pois são significativos para garantir as aprendizagens. Por isso, que o uso de recursos lúdicos, deixa de ser passatempos e se tornam um recurso pedagógico no processo ensino-aprendizagem, contribuindo, para o desenvolvimento pessoal e social, ou seja, uma contextualização do cotidiano dessa comunidade torna- se uma oportunidade para garantir que os alunos construam aprendizagens significantes. Já que na leitura os alunos verificaram que as propriedades da água são: incolor, insípida e inodora. Sendo que os alunos afirmam que a água da escola tinha uma cor amarelada e gosto de barro. Por isso, que durante o debate os alunos questionaram se água que a escola disponibiliza é potável? A partir deste questionamento, houve o incentivo para que os alunos levassem sua água de casa numa garrafa, pois essa atitude seria a forma mais confiável de ingerir água tratada. Nos dias seguintes notou se que uma pequena parcela dos alunos levou sua água potável de casa. Segundo Barbosa, Castro, Guarda (2002) afirma a importância do consumo de água tratada como uma forma de preservar a saúde da população. Os alunos também compreenderam a importância do saneamento básico, fator este que não ocorre devidamente na comunidade. Então os discentes afirmaram que é essencial a não poluição do meio ambiente. Já que o serviço de saneamento básico não é executado corretamente. Segundo Carvalho (2002) a presença de parasitas intestinais é associada ao baixo desenvolvimento econômico, carência de saneamento básico e a falta

de higiene. Durante o debate os alunos questionaram o fato de suas mães exigirem que os mesmos andassem calçados para não serem contaminados por vermes. A partir destes questionamentos expomos que quando os alunos andam descalços estão em contato com solo e que podem ser contaminados com as larvas dessas parasitoses. Mas também mostramos que além de andar descalços devem-se ter cuidados em não brincar com as mãos no solo, pois também é uma fonte de contaminação. Segundo Andrade, Rode, Filho, Goulart (2006) as crianças que entram em contato com o solo são alvos vulneráveis a contaminação por parasitas intestinais. Já que o solo é um deposito de parasitas intestinais também sensibilizamos para que os alunos tivessem cuidados com os animais de estimação como cães e gatos. Os animais de estimação quando são soltos na rua eles tem o hábito de freqüentar locais onde encontram lixos descartados incorretamente no solo. Então as crianças devem ter cuidados ao brincar com esses animais de estimação, pois eles podem se contaminar com um parasita intestinal e através do contato com o cão ou o gato as crianças também podem se contaminar com parasitas intestinais. Segundo Xavier (2006) a convivência com animais de estimação como o cão é um fator de risco para diversas doenças parasitarias. Um grupo de aluno na redação do texto afirmou que devemos lavar as mãos antes de usar o banheiro, pois as mãos estavam sujas de germes. E se os germes estão presentes em nossas mãos quando vamos usar o papel higiênico ele também irá se contaminar. Por isso, também é necessário lavar as mãos antes de usar o banheiro. Segundo Asaolu (1991) consideram a higienização ao manipular alimentos, água e utensílios como fatores primordiais para combater os parasitas intestinais, nas comunidades carentes de informações. CONCLUSÃO Diante aos resultados observados, constatamos que a realização do trabalho mostrou que atividades lúdicas são essenciais para sensibilização da sociedade para

combater doenças provocas pela contaminação de água imprópria para o consumo. É dever de a escola sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância de hábitos adequados de higiene para diminuir o número de casos de parasitoses intestinais em regiões subdesenvolvidas. O uso de diferentes recursos pedagógicos é eficaz para atrair o interesse e garantir as aprendizagens dos alunos. Quando o aluno é o protagonista principal da construção do seu aprendizado é uma excelente estratégia para que os mesmos apliquem os conhecimentos adquiridos na comunidade escolar. REFERÊNCIAS ANDRADE, F. de; RODE, G. de; HERCÍLIO, H. da S. F.; GOULART, J. A. G. Parasitoses Intestinais em um Centro de Educação Infantil Público do município de Blumenau (SC), Brasil, com ênfase em Cryptosporidium spp e outros protozoários, 2006. ASAOLU,S. O. ET AL. Community control of Ascaris lumbricoides un rural Oyo State, Nigeris: mass, targeted and selective treatment withlevamisole. Parasitology, v.103, p.291-298, 1991. BARBOSA, C. C; CASTRO, M. C. F. M. de; GUARDAS, V. L. M. Parasitoses intestinais e qualidade sanitária da água potável distribuída no Sistema Itacolomi, no distrito de Ouro Preto, MG, 2002. CARVALHO OS, Guerra HL, Campos YR, Caldeira RL, Massara CL. Prevalência de helmintos intestinais em três mesorregiões do estado e Minas Gerais. PEDRAZZANI, E.S.; MELLO, D.A.; PRIPAS, S; FUCCI, M.; BARBOSA, C.A.A.; SANTORO, M.C.M. Helmintoses intestinais. II- Prevalência e correlação com renda, tamanho da família, anemia e estado nutricional. Revista de Saúde Publica 22:384-389, 1988.

SALATA, E.; CORRÊA, F.M.A; SOGAYAR, R.; SOGAYAR, M.I.L.; BARBOSA, M.A. Inquérito parasitológico na Cecap.- Distrito-sede de Botucatu, Estado de São Paulo, Brasil. Revista de Saúde Publica 6:385-392, 1972. VINHA C.; MARTINS, M.R.S. Parasitoses intestinais entre escolares. Jornal de Pediatria 50:79-84, 1981. LUDWIG, K.M; FREI, F.; FILHO, F.A.; PAES, J.T.R.Correlação entre condições de saneamento básico e parasitoses intestinais na população de Assis, Estado de São Paulo. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 32(5):547-555, set-out, 1999. MACEDO, H. S. Prevalência de Parasitos e Comensais Intestinais em Crianças de Escolas da Rede Pública Municipal de Paracatu (Minas Gerais). Revista Brasileira de Análises Clínicas, v. 37, n. 4, p. 209-213, 2005. RODIGUES, R. M; COUTO, C; MORAES, V.C; PRADO, G. P.Parasitoses Intestinais: Intervenção Educativa em Escolares. VI Encontro Regional Sul de Ensino de Biologia, 2013. UTSUNOMIYA, K.S.; VALIM, S.B. Projeto de parasitologia enfocando a educação sanitária, 2001. XAVIER, G.A. Prevalência de Endoparasitos em cães de companhia em Pelotas RS e risco zoonótico. Disponível em: http: // WWW.ufpel.edu.br/prg/sisbi/bibct/acervo/biologia/2006/graciela agusto xavier_2006. pdf. Acesso em 01/11/2014.