PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO



Documentos relacionados
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE AUDITORIA ANUAL DE CONTAS

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

FUNDO GARANTIDOR DE PARCERIAS PUBLICO- PRIVADAS

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

Inepar Telecomunicações S.A. Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2008 e 2007

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

: Fundo de Garantia para Promoção da Competitividade - FGPC RELATÓRIO DE AUDITORIA

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

FUNDAÇÃO DE APOIO AO COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS FACPC. Relatório dos auditores independentes

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE AUDITORIA ANUAL DE CONTAS

Associação Matogrossense dos Municípios

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

1ª PARTE LEIS E DECRETOS 2ª PARTE ATOS ADMINISTRATIVOS COMANDANTE DO EXÉRCITO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria Federal de Controle Interno

INSTRUÇÃO Nº 402, DE 27 DE JANEIRO DE 2004

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

FGP FUNDO GARANTIDOR DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS CNPJ: / (Administrado pelo Banco do Brasil S.A.)

Fundo de Investimento Imobiliário Hospital da Criança (Administrado pelo Banco Ourinvest S.A.)

RESOLUÇÃO DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO (CONSUNI) N.º 03/2011

RESOLUÇÃO nº 076 de 13 de setembro de 2012

Relatório dos auditores independentes. Demonstrações contábeis Em 31 de dezembro de 2014 e 2013

Lei Ordinária Nº de 13/12/2005 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

O PREFEITO DE GOIÂNIA, no uso de suas atribuições legais, e CAPÍTULO I DO FUNDO MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER

A T I V O P A S S I V O CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Política de Divulgação de Informações Relevantes e Preservação de Sigilo

ITAÚ MAXI RENDA FIXA FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO CNPJ /

COLETA DE PREÇOS PARA REGISTRO DE PREÇOS CP- 02/2015

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CASA CIVIL SECRETARIA DE CONTROLE INTERNO COORDENAÇÃO-GERAL DE AUDITORIA RELATÓRIO DE AUDITORIA

LEI Nº 1047/2012. O Prefeito do Município de Pinhalão, Estado do Paraná. Faço saber que a Câmara Municipal decreta, e eu, sanciono a seguinte Lei:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

RELATÓRIO DE AUDITORIA INTERNA Nº 03/2009 SERVIÇOS TERCEIRIZADOS

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012

A ATUAÇÃO DA AUDITORIA INTERNA E DA CGU E O PROCESSO ANUAL DE CONTAS. Novembro

CIRCULAR Nº 3.771, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2015

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES SEM RESSALVA

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

ITR - Informações Trimestrais - 30/06/ CEMEPE INVESTIMENTOS SA Versão : 1. Composição do Capital 1. Balanço Patrimonial Ativo 2

RESOLUÇÃO CONFE No 87, de 26 de dezembro de 1977.

BETAPART PARTICIPAÇÕES S.A. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E DE Página 1 de 16

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 E

LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

ITAÚ PERSONNALITÉ RENDA FIXA FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO

Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes da Quality Software S.A. ( Política de Divulgação )

Demonstrações Financeiras Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração - ABM

SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. Regimento Interno do Conselho de Administração

COMUNICADO TÉCNICO IBRACON Nº 02/2013

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

M. DIAS BRANCO S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS Companhia Aberta Capital Autorizado CNPJ nº / NIRE

UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA - SP CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Izilda Lorenzo. Resumo 3

Instituto Odeon - Filial Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012 e relatório de revisão dos auditores independentes

Art. 1º - Fica aprovado o Regimento Interno da Central do Sistema de Controle Interno, anexo ao presente Decreto.

República Federativa do Brasil Estado do Ceará Município de Juazeiro do Norte Poder Executivo

PARECER DA UNIDADE DE AUDITORIA INTERNA

Minuta de Termo de Referência

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Departamento Geral de Administração e Finanças TERMO DE REFERÊNCIA

LEI Nº 9.548, DE 22 DE ABRIL DE A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, Estado de Goiás, aprova e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte Lei:

Interessados: RESPONSÁVEIS: João Paulo Bastos Hildebrandt e Paulo Macedo de Carvalho Mesquita

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A AUDITORIA DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO PRODAF

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO SERVIÇO DE CONTROLE INTERNO PLANO DE AUDITORIA DE LONGO PRAZO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PARECER DE ORIENTAÇÃO CVM Nº 17, DE 15 DE FEVEREIRO DE 1989.

AUDITORIA INTERNA RELATÓRIO SOBRE AS CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2013

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013

RESOLUÇÃO N Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Francisco Roberto André Gros Presidente

Demonstrativo da Composição e Diversificação da Carteira

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE AUDITORIA ANUAL DE CONTAS

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.322/11

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO FRANCISCO E DO PARNAÍBA - MI NORMA DE AUDITORIA (NOR-902)

COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO ALIANÇA COOPERNITRO C.N.P.J. n.º /

REGULAÇÃO MÍNIMA DO MERCADO DE CAPITAIS

INSTITUTO COMUNITÁRIO GRANDE FLORIANÓPOLIS - ICOM

HSBC Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento Curto Prazo Over II - CNPJ nº /

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

PREFEITURA MUNICIPAL DE VIANA

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

RESOLUÇÃO Nº 022/2011, DE 28 DE ABRIL DE 2011 CONSELHO UNIVERSITÁRIO UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG

GTD PARTICIPAÇÕES S.A.

Associação Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada IMPA-OS


Não houve, para a BB CORRETORA, ocorrência para o item 18 Avaliação das Renúncias Tributárias consignado no Anexo III Parte A da DN TCU 117/2011.

INSTRUÇÃO CVM Nº 476, DE 16 DE JANEIRO DE 2009.

Transcrição:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL RELATÓRIO Nº : 175863 UCI 170961 : CG DE AUDITORIA DA ÁREA FAZENDÁRIA EXERCÍCIO : 2005 PROCESSO Nº : 00190.005474/2006-51 UNIDADE AUDITADA : BB-BI CÓDIGO : 179042 CIDADE : BRASILIA UF : DF RELATÓRIO DE AUDITORIA Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 175863, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre os atos e conseqüentes fatos de gestão, ocorridos na Unidade supra-referida, no período de 1/1/2005 a 31/12/2005. I - ESCOPO DO TRABALHO Os trabalhos foram realizados na sede do Banco do Brasil, em Brasília, não tendo sido efetuados exames na sede da Unidade Jurisdicionada no Estado do Rio de Janeiro. Os exames ocorreram no período de 22/5/2006 a 16/6/2006, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Além das solicitações encaminhadas durante os trabalhos de campo, foi remetida à Entidade, em 21/6/2006, mediante Ofício nº 19.468/2006/DEFAZ/DE/SFC/CGU-PR, a versão preliminar do relatório para apresentação de esclarecimentos adicionais no prazo máximo de 5 dias úteis. A Unidade apresentou novos esclarecimentos, mediante o Expediente Diretoria de Mercado de Capitais e Investimentos-2006/01592, de 27/6/2006, os quais foram devidamente considerados nos itens específicos do presente Relatório. Houve restrição aos nossos exames relativamente ao não fornecimento de documentos e informações, conforme destacado nos itens 6.2.2.1 e 7.2.3.1. Os trabalhos de auditoria contemplaram as seguintes áreas: - GESTÃO OPERACIONAL - GESTÃO ORÇAMENTÁRIA - GESTÃO FINANCEIRA - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS - CONTROLES DA GESTÃO

2 II - RESULTADO DOS EXAMES 3 GESTÃO OPERACIONAL 3.1 SUBÁREA - PROGRAMAÇÃO DOS OBJETIVOS E METAS 3.1.1 ASSUNTO - ADERÊNCIAS NORMATIVAS DA PROGRAMAÇÃO 3.1.1.1 INFORMAÇÃO: (016) A BB Investimento tem por objeto social o exercício de todas as atividades e a prática de todas as operações permitidas pelas disposições legais e regulamentares aplicáveis aos bancos de investimento. A estrutura orgânica é a que se segue: - Assembléia Geral - Conselho Fiscal - Diretoria: Diretor-Presidente, Diretor-Vice-Presidente e Diretor-Gerente. A Empresa possui Estatuto datado de 18 de julho de 2005. A estrutura mostra-se composta dentro do mínimo legalmente exigido pela legislação societária, assim como os órgãos que compõem estão funcionando de acordo com a mesma legislação. As operações ativas de um banco de investimento têm caráter de médio e longo prazo, incluindo financiamento de capital fixo e giro, repasse de recursos, subscrição e/ou aquisição de Títulos e Valores Mobiliários - TVM, operações no interfinanceiro, etc. Outras operações especiais em que este tipo de empresa atua na administração de fundos de investimento, no processo de colocação, intermediação e distribuição de TVM, realização de operações. 3.2 SUBÁREA - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 3.2.1 ASSUNTO - RESULTADOS DA MISSÃO INSTITUCIONAL 3.2.1.1 INFORMAÇÃO: (018) A informação aqui contida foi suprimida, por solicitação da Unidade Auditada, por razões de sigilo fiscal, bancário, comercial, na forma da lei. 3.2.1.2 INFORMAÇÃO: (019) 1.1 VALORES PATRIMONIAIS, RESULTADO E RENTABILIDADE SOBRE PL Os saldos das principais contas patrimoniais são apresentados na tabela a seguir: Em R$ mil GRANDES NÚMEROS PATRIMONIAIS 2004 2005 VARIAÇÃO (%) ATIVO Aplicações financeiras de liquidez 529.697 296.491-44,0 Títulos e valores mobiliários e instrumentos 1.012.630 880.033-13,1 financeiros Permanente investimento 657.051 809.267 23,2 PASSIVO Outras obrigações 298.505 370.267 24,0 Patrimônio líquido 2.011.544 1.704.940-14,7 Fonte: Balanço Patrimonial 2004 e 2005 a) Aplicação Financeira de Liquidez

Os administradores da empresa informam que a variação negativa de 44% na conta Aplicações Financeiras de Liquidez deveu-se substancialmente à distribuição extraordinária da reserva de expansão cujo montante alcançou R$ 332,0 milhões. Assim, implicou em diminuição dos saldos líquidos em operações compromissadas. Como informação observe-se que a retenção de Lucros (art. 196 da Lei Nº 6.404/76), também denominada Reserva de Lucros apresenta-se, algumas vezes, sob denominação diversas: reserva de lucros para expansão, reserva para plano de investimentos etc. Poderá também estar compreendida na conta de Lucros Acumulados, desde que justificado em nota explicativa o seu fundamento legal. Esta retenção é figura determinada no art. 196 da Lei nº 6.404/76, sendo que seu montante é aprovado em assembléia-geral por proposta dos órgãos da administração, deliberando a retenção de parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado. A proposta para a sua constituição deve partir dos órgãos da administração da companhia, justificada por orçamento de capital, fixo ou circulante. Não se analisou o histórico de constituição da reserva resultante da retenção de lucros. b) Títulos e Valores Mobiliários TVM O decréscimo da conta Títulos e Valores Mobiliários TVM deveu-se a desinvestimentos em Cédulas de Produto Rural CPR. A Cédula de Produto Rural é um título representativo de obrigação de promessa de entrega de produtos agrícolas ou de pagamento em dinheiro, neste caso sendo denominada CPR financeira. A CPR pode ser negociada nos mercados de balcão e bolsas de valores. Na tabela seguinte, apresentamos a evolução do saldo das CPR no biênio 2004/2005, nos seus respectivos valores de custo (VC) e de mercado (VM) além do saldo positivo - G ou negativo - (P). Em R$ mil 2004 2005 VC VM (G/(P)) VC VM (G/(P)) CPR 295.919 297.466 1.580 1.430 1.435 5 TOTAL 964.159 1.012.213 48.054 827.072 880.033 52.961 Fonte: Balanço do Banco Nota-se destacada presença relativa de CPR no valor total dos títulos disponíveis para a venda em 2004, na ordem de 30,7%. Não nos aprofundamos sobre a apuração do ganho e sua realização por parte da Subsidiária. c) permanente Relativamente ao item Permanente-Investimento a Administração da Empresa informou que o crescimento de 23,2% no Ativo Permanente decorre de maior resultado apurado com participações societárias (resultado positivo apurado na equivalência patrimonial), devido, principalmente, aos ganhos na Brasilprev, Brasilcap, Cia. Brasileira de Meios de Pagamento, Aliança do Brasil A seguir demonstra-se em quadro resumo da participação das empresas coligadas e controladas pela BB BI, destacando-se as 4 empresas mencionadas. Em R$ mil Empresa Resultado doparticipação Equivalência Dividendos Juros controlada/coligada exercício: controlada/ Coligada BB BI (%) patrimonial sobre o capital próprio Brasilprev 142.161 49,99 71.066 43.775 7.112 Brasilcap 155.893 49,99 77.931 58.003 5.835 Cia Brasileira de 416.173 32,00 133.286 52.037 262 meios de Pagamento Aliança do Brasil 154.035 70,00 107.823 76.999 14.333 3

Restante* Total - 444.134 286.644 34.626 * Brasilseg, Brasilsaúde, Seguradora Brasileira de Crédito à Exportação, CIBRASEC, Itapebi, Kepler Weber, Cia. Brasileira de Soluções e Serviços, Ativos e BAF S.A. As principais contas de resultado da subsidiária são apresentadas na tabela seguinte. Em R$ mil Itens de resultado (R$) 2004 2005 Variação (%) Lucro líquido 400.914 564.765 40,9 Resultados de intermediação financeira 168.806 122.035-27,7 Receitas de prestação de serviços 90.488 118.333 30,8 Resultado participação em controladas e coligadas 281.283 467.853 66,3 Outras receitas e despesas operacionais (10.468) (7.693) -26.5 Fonte: Demonstrativo de Resultados 2004 e 2005 a) Lucro Líquido No exercício 2005, o BB BI obteve lucro de R$ 564,8 milhões, variação de 40,9% em relação a 2004. Segundo a empresa deveu-se principalmente a dois fatores: 1 - resultado maior de prestação de serviços 2 - aumento do saldo positivo da equivalência patrimonial, com destaque em ganhos com a BRASILPREV, BRASILCAP, CIA. BRASILEIRA DE MEIOS DE PAGAMENTO e ALIANÇA DO BRASIL. Consolidou-se a argumentação acima na tabela seguinte. Em R$ mil 2004 2005 Participação em coligadas e controladas no País 684.681 807.276 Resultado de participação em coligadas e controladas no País 281.283 467.853 Dividendos e juros sobre o capital próprio - JCP ND 321.270 Receita de prestação de serviço 90.488 118.333 Fonte: Demonstrativos Contábeis Relativamente ao resultado maior da prestação de serviços, observa-se pela tabela seguinte que o mercado de capitais esteve no exercício de 2005 extremamente ativo para novas emissões de Debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários - CRI e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios FIDC. Também a atividade no mercado de ações foi mais intensa do que os números apresentam na tabela a seguir. De fato, como observado pela empresa destaque na renda variável foi a quantidade de operações de distribuição pública de ações, que chegou a 20 em 2005 sendo 9 IPO (Initial Public Offering). O BB Investimentos participou de 11 ofertas públicas no varejo. ANO AÇÕES DEBÊNTURES NOTAS PROMISSÓRIAS CRI FIDC 1995 1.935,25 6.883,37 1.116,68 0 0 1996 9.171,90 8.395,47 499,35 0 0 1997 3.908,90 7.517,77 5.022,10 0 0 1998 4.112,10 9.657,34 12.904,90 0 0 1999 2.749,44 6.676,38 8.044,00 12,9 0 2000 1.410,16 8.748,00 7.590,70 171,67 0 2001 1.353,30 15.162,13 5.266,24 222,8 0 2002 1.050,44 14.635,60 3.875,92 142,18 200 2003 230 5.282,40 2.127,83 287,6 1.540,00 2004 4.469,90 9.669,45 2.241,25 403,08 5.116,65 2005 4.364,53 43.486,16 2.631,55 2.102,32 8.312,88 2006 4.860,06 6.407,50 1.273,50 262,42 3.289,05 Total: 39.615,98 142.521,57 52.594,02 3.604,97 18.458,58 Fonte: CVM 4

5 É de se observar que a Empresa passou de R$ 83,17 milhões em 2004 para R$ 232,62 milhões em 2005 de debêntures em valor de custo (valores extraídos das Demonstrações Contábeis), indicando crescimento junto com o mercado, embora a taxa de crescimento menor. Vale observar, entretanto, que não se analisou se essas debêntures em estoque foram resultados de garantia firme, onde o Banco obriga-se a adquirir todos os papéis não vendidos a terceiros. Em complemento, a Administração da Entidade informa que as receitas de prestação de serviços decorrem de operações de underwriting, assessoria econômicofinanceira, além de outros serviços que em termos percentuais apresentou aumento de 30,8% em relação a 2004. Assim, apresentado este crescimento, é congruente com a evolução do mercado de capitais em 2005. Relativamente à Equivalência Patrimonial, nota-se que entre as empresas que tem a BB BI como acionista permanente, algumas se destacam nos seus setores de atividade. De fato, no ranking das melhores seguradoras e empresas de previdência privada do Brasil em 2005, conforme publicado na Revista Conjuntura Econômica, edição de maio de 2006, baseada em metodologia desenvolvida pela Divisão de Gestão de Dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas IBRE/FGV para a seleção de empresas que obtiveram os melhores desempenhos econômicofinanceiros no ramo vida, a primeira colocada foi a Aliança do Brasil, enquanto na previdência privada a BRASILPREV obteve o segundo lugar. Observe-se, entretanto, que estas empresas sendo do Conglomerado do Banco do Brasil, são também investimentos permanentes e conseqüentemente o impacto de seus resultados sobre o resultado da Subsidiária se revestem de caráter meramente passivo. Os retornos sobre o patrimônio líquido PL e ativos são apresentados na tabela seguinte. Retorno sobre PL e Ativos Em R$ mil Indicadores de desempenho selecionados 2004 2005 Retorno sobre investimento permanente 62,6 77,0 Retorno sobre o PL (médio) 20,6 30,3 Retorno sobre o Ativo (médio) 18,5 25,7 Fonte: Relatório de Gestão Os retornos sobre o ativo e o patrimônio líquido tiveram melhora significativa, devido ao decréscimo do patrimônio líquido resultante da reversão de reservas para expansão e de outro o aumento do lucro líquido. 1.2 - FLUXO DE CAIXA A seguir apresenta-se o consolidado do fluxo de caixa da subsidiária. Em R$ mil 2004 2005 Caixa gerado (utilizado) pelas operações FCO 174.612 119.910 Total de saídas de recursos FCF (98.409) (799.865) Total de recursos aplicados FCI (77.620) 679.970 Variação líquida de caixa (1.417) 15 Fonte: Balanço de 2005 Obs: FCO Fluxo de Caixa da Operações FCF Fluxo de Caixa de Financiamento FCI Fluxo de Caixa de Investimentos

Apesar da melhora do lucro que passou de R$ 291 milhões para R$ 564,8 milhões, o FCO sofreu diminuição pelo resultado de participação em coligadas e controladas (estes saldos não foram efetivados em termos monetários), principalmente devido ao aumento de seu saldo em 2005. O aumento do saldo negativo do FCF deveu-se basicamente, ao aumento do pagamento dos dividendos propostos e extraordinários ao controlador. No FCI, a conta principal responsável pelo aumento do saldo para R$ 679,8 milhões ocorreu devido à mudança de saldo negativo de R$ 527,6 milhões para saldo positivo de R$ 233,2 milhões positivos. Os números mostram-se satisfatórios em razão da forte atividade do mercado de capitais em 2005 e das participações em empresas controladas e coligadas. Reforce-se, entretanto, que o impacto das participações é meramente passivo do ponto de vista da gestão da subsidiária, no que toca à seleção de investimentos, haja vista a natureza permanente dos mesmos do ponto de vista do Conglomerado. 4 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA 4.1 SUBÁREA - ANÁLISE DA EXECUÇÃO 4.1.1 ASSUNTO - EXECUÇÃO DAS RECEITAS 4.1.1.1 INFORMAÇÃO: (008) A seguir, reproduzimos quadro de previsão e execução das despesas, apresentado pelos administradores. Em R$ 1,00 Dispêndios Observado Aprovado Dec. 5.600 % Atingimento até dez/05 de 1/12/2005 em relação a dez/05 De Capital 875.646.368 850.509.414 103 Correntes 159.172.308 151.328.818 105 Pessoal e Encargos 18.214.545 18.171.470 100 Serviços de terceiros 18.132.640 19.311.601 94 Utilidades e Serviços 1.274.190 1.344.353 95 Trib. e Enc. Parafiscais 101.369.800 89.130.376 114 Juros e Outros 20.040 19.687 102 Outros Disp. Correntes 20.161.093 23.351.331 86 Total dos Dispêndios 1.034.818.676 1.001.838.232 103 Fonte: BB BI - Programa de Dispêndios Globais PDG/ 2005 (aprovado pelo Decreto 5.600, de 1/12/2005). Observa-se, após as reprogramações aprovadas pelo DEST, não ter havido variações significativas entre o que foi aprovado e o executado, exceto quanto às rubricas Tributos e Encargos Parafiscais e Outros Dispêndios Correntes as quais apresentaram extrapolação de 13,7% e margem de 13,7%. Quanto aos Tributos e Encargos Parafiscais, os gestores informaram que a variação decorreu do acréscimo nas despesas de IR/CS decorrente da baixa de Crédito Tributário sobre diferenças intertemporais. Em relação aos Outros Dispêndios Correntes, foi informado que a margem decorreu da antecipação da distribuição de dividendos, e consequentemente, menor despesa de correção dessa obrigação. Diante das informações prestadas e das análises efetuadas nas notas de programação e reprogramação do orçamento do BB-BI, aprovadas pela Diretoria, observamos que os gestores buscaram seguir as orientações emanadas pelo DEST e atuaram satisfatoriamente na gestão orçamentária da despesa da Entidade. 4.1.2 ASSUNTO - EXECUÇÃO DAS DESPESAS CORRENTES 4.1.2.1 INFORMAÇÃO: (009) 6

7 A BB BI apresenta anualmente, ao Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais DEST, previsão de seus recursos e dispêndios totais, os quais comporão o Orçamento-Geral da União. O Programa de Dispêndios Globais PDG, para o exercício sob exame, foi aprovado em julho de 2004 e revisto em julho e dezembro de 2005, respectivamente, pelos Decretos nº 5.291, de 30/11/2004; nº 5.501, de 29/7/2005; e nº 5.600, de 1/12/2005. Para o exercício sob exame, o DEST determinou a utilização dos indicadores de desempenho da economia constantes no Projeto da LDO para o exercício 2005. Após o encaminhamento da proposta inicial de programação do PDG/2005 do BB BI, ocorreram mudanças no cenário macroeconômico, evidenciado nos indicadores a seguir demonstrados: INDICADORES PROGRAMAÇÃO JUNHO/2004 REPROGRAMAÇÃO MAIO/2005 SETEMBRO/2005 IGP-DI % 4,10 6,80 2,14 Taxa de câmbio (média anual) 3,241 2,70 2,47 PIB (tx de crescimento anual)% 4,00 3,80 3,00 TMS (Média anual)% 12,32 18,90 19,06 Fonte: Notas BB-BI nºs 2004/781, 2005/668 e 2005/1393 A seguir, reproduzimos quadro de previsão e execução das receitas, apresentado pelos administradores. Observa-se que, após sucessivas reprogramações, não ter havido variações significativas entre o que foi aprovado e o executado. Em R$ 1,00 Receita Observado até dez/05 Aprovado Dec. 5.600, de % Atingimento em 1/12/2005 dez/05 relação a dez/05 Operacional 723.937.690 689.668.225 105 Fonte: BB BI - Programa de Dispêndios Globais PDG/ 2005 (aprovado pelo Decreto 5.600, de 1/12/2005). Diante das informações prestadas e das análises efetuadas nas notas de programação e reprogramação do orçamento do BB-BI, aprovadas pelo Conselho de Administração, observamos que os gestores buscaram seguir as orientações emanadas pelo DEST e atuaram satisfatoriamente na gestão orçamentária da receita da Entidade. 5 GESTÃO FINANCEIRA 5.1 SUBÁREA - RECURSOS DISPONÍVEIS 5.1.1 ASSUNTO - RESULTADOS DA GESTÃO DE DISPONIBILIDADES 5.1.1.1 INFORMAÇÃO: (010) Os saldos de Conta "Disponibilidades" em dezembro de 2004 e 2005 foram os seguintes: Em R$ mil Ano 2004 2005 Valor 97 112 Fonte: Balanço dez/2004/5 Nota-se uma variação positiva de 15,46% no saldo da conta ao final de 2005, em comparação a 2004. Observe-se que mesmo não variando ao fim de dezembro de 2005, este saldo pouco diz, haja vista que esta Conta pode naturalmente sofrer grande variação de saldo ao longo do tempo devido à natureza das operações por ela registradas. A Administração da Subsidiária informa que sua política de gestão de disponibilidades está condicionada à centralização da gestão de caixa das controladas integrais do conglomerado e é realizada por meio de operações compromissadas lastreadas por Títulos Públicos. Esta gestão é feita pela aplicação

automática dos recursos disponíveis, pela Diretoria de Finanças/Caixa do Banco do Brasil. Analisamos o extrato Razão da "Conta Depósitos (conta movimento)" relativa ao mês de junho de 2005, assim como a Conta "Revendas a Liquidar - posição bancada - NTN" relativas a junho de 2005. Igualmente, analisamos as Contas Correntes - Conta Giro do BB Investimentos, utilizadas para movimentações diversas (isenta de CPMF) e a conta utilizada para o pagamento de despesas administrativas e impostos (com CPMF) do BB-BI para os movimentos realizados em junho do mesmo ano. Os valores entre as contas acima listadas coincidiram com seus registros. Analisamos também o Demonstrativo do Fluxo de Caixa Diário apresentado em planilha para o mês de junho de 2005. Analisou-se parcialmente a planilha, haja vista haver dados que não foram tratados com a Diretoria Financeira - DIFIN/CAIXA, os quais não há o que se observar mais detalhadamente. Foram solicitados, também, as alçadas de pagamentos a fim de determinar se as alçadas estão sendo respeitadas em acordo com as determinações regulamentares. Entretanto, não se solicitou os documentos de autorização de pagamentos dado as limitações de tempo. Não detectamos nas análises problemas nos processos administrativos, entretanto, alerte-se que, parte da sistemática de gerenciamento do caixa da Empresa se localiza no Rio de Janeiro, e certamente, em termos metodológicos as análises seriam mais consistentes, tomando como ponto de referência do processo, o setor onde se realizam os pagamentos naquela Cidade e não à distancia, como se realizou o trabalho. 5.2 SUBÁREA - RECURSOS EXIGÍVEIS 5.2.1 ASSUNTO - ENCARGOS, CONTRIBUIÇÕES E TRIBUTOS 5.2.1.1 INFORMAÇÃO: (020) Os administradores da Empresa informaram o pagamento de mora do ISSQN relativo ao recolhimento da taxa de administração no valor de R$ 41,15 e de juros no valor de R$ 850,71 relativo a IRRF e R$ 2.637,21 relativos a COFINS/CSLL/PIS/PASEP. Dado o montante dos valores não consideramos relevante o aprofundamento da análise, dando por satisfatório este a gestão do pagamento dos impostos no que diz respeito ao fisco. 5.2.2 ASSUNTO - ESTIMATIVAS E CONTINGÊNCIAS PASSIVAS 5.2.2.1 INFORMAÇÃO: (011) O BB BI informa que é parte de processo com registro em conta representativa de contingências cíveis. O critério de classificação obedece à conceituação apresentada no Pronunciamento XXII do IBRACON, que classifica as contingências nas categorias provável, possível e remota, levando-se em conta a possibilidade de perda, com base na atualização jurídica de cada ação. A posição dos passivos contingentes em 31/12/2005, por natureza da causa e classificação da perda, assim como as respectivas provisões constituídas são apresentadas na tabela a seguir: Em R$ mil CONTINGÊNCIAS Montante Provisão Demandas cíveis 1.602 18 Perda provável 18 18 Perda possível 1.604 - Fonte: demonstrações contábeis. 8

9 Pelo valor do montante envolvido e mais ainda, devido ao valor aprovisionado não se entrou em maiores detalhes a respeito da conta. 6 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 6.1 SUBÁREA - MOVIMENTAÇÃO 6.1.1 ASSUNTO - QUANTITATIVO DE PESSOAL 6.1.1.1 INFORMAÇÃO: (012) O art. 16 do Estatuto do BB BI prevê que o quadro de pessoal da Sociedade será composto exclusivamente por funcionários cedidos pelo Banco do Brasil S.A., sendo facultado, em casos especiais definidos pela Diretoria, a contratação de mãode-obra por prazo determinado e a aceitação de estagiários. Nesse sentido foi expedida por esta equipe de auditoria a S.A. nº. 175863/02, de 31/5/2006, solicitando à Administração apresentar demonstrativo dos recursos humanos existentes no último dia do exercício de 2005, comparado com os do último dia do exercício anterior, indicando a quantidade física, separadamente por categoria funcional, e os dispêndios respectivos, abrangendo o pessoal do quadro e da tabela permanente e o eventual a qualquer título remunerado, bem como a variação percentual de quantidade de pessoal e do custeio, no período. Indicar as causas que ocasionaram o aumento das despesas com pessoal (reajustes, novas contratações, enquadramento, concessão de novas gratificações, e etc.). Em resposta, os Administradores, mediante o Expediente 2006/01426, de 2/6/2006, apresentaram o comparativo de recursos humanos em 31/12/2004 e 2005, com respectivos dispêndios, a seguir transcrito: Posição 31/12/2004 31/12/2005 Variação Descrição Administrativo Operacional Administrativo Operacional Total de 10 139 13 145 6,04% Funcionários Valor* R$ 17.498.998,00 R$ 18.214.545,00 4,09% * corresponde ao valor realizado no ano. Observa-se que o BB-BI contou, no mês de dezembro de 2005, com a força de trabalho de 158 empregados, o que representou um incremento, quando comparado com o mês de dezembro de 2004, de 6,04% no quantitativo de pessoal (149). Verifica-se, também, um aumento do gasto com pessoal em 4,09%, totalizando, no exercício sob exame, o valor de R$ 18.214.545,00, contra R$ 17.498.998,00 do dispêndio referente ao exercício de 2004. A Administração da Entidade informou, no mesmo Expediente, que o aumento na quantidade de pessoal deveu-se às ocorrências de movimentações naturais (transferências, aposentadorias e falecimento). Quanto à variação no valor das despesas de pessoal e encargos sociais, informou que em setembro de 2005 foi concedido reajuste salarial de 6% para todos os funcionários do Banco do Brasil S.A., em função do dissídio coletivo. Ressaltamos que a Portaria do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão n.º 612, de 21/8/2003, fixou o limite máximo para o quadro de pessoal próprio de todo o Sistema Banco do Brasil, do qual a BB BI faz parte, em 85.000 empregados. 6.2 SUBÁREA - REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS 6.2.1 ASSUNTO - CONSISTÊNCIA DOS REGISTROS 6.2.1.1 INFORMAÇÃO: (013) Consoante declaração contida no processo de prestação de contas às fls. 14, a Entidade informou que os integrantes do rol de responsáveis do BB - BI S.A. estão em dia com a exigência de apresentação de declaração de bens e rendas, em

1 conformidade com o estabelecido no inciso IV do artigo 14 da Instrução Normativa TCU Nº 47, de 27/10/2004. Com o objetivo de confirmar essa declaração, solicitamos que fossem disponibilizadas as mencionadas declarações de bens e rendas dos responsáveis. Em atendimento, os Administradores disponibilizaram envelopes lacrados e informaram que dentro dos mesmos estavam as declarações. 6.2.2 ASSUNTO - REAJUSTES E LIMITES REMUNERATÓRIOS 6.2.2.1 CONSTATAÇÃO: (014) Não disponibilização das fichas financeiras (espelhos de pagamento) dos conselheiros. Com o objetivo de testar se o valor da remuneração paga pela Entidade aos seus conselheiros está em conformidade com os limites estabelecidos nos normativos vigentes, requeremos, mediante Solicitação de Auditoria nº. 175863/02, de 31/5/06, o demonstrativo dos valores pagos no exercício de 2005 aos membros do Conselho Fiscal (efetivos e suplentes), acompanhado de seus espelhos de pagamento (contracheque - cópias extraídas do sistema) referentes aos meses de abril, maio e dezembro de 2005, e da memória de cálculo dos referidos valores. Em resposta a Administração encaminhou, mediante Expediente DIMEC- 2006/01468, de 7/6/2006, planilha contendo os proventos brutos anuais pagos aos conselheiros no exercício de 2005, negando, contudo, o fornecimento dos espelhos de pagamento relativos aos meses solicitados. Tal negativa impediu a realização de testes e conferências, comprometendo, por conseguinte, a conclusão quanto à aderência normativa dos valores pagos pela Entidade. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): O gestor negou-se a fornecer os espelhos de pagamento (contracheque - cópias extraídas do sistema) dos conselheiros do BB-BI, referentes aos meses de abril, maio e dezembro de 2005. CAUSA: Inobservância do disposto no art. 70, c/c art. 74, da Constituição Federal; do disposto no art. 26 da Lei nº. 10.180/2001; bem como do item 5, anexo VI, da Decisão Normativa do Tribunal de Contas da União nº. 71/2005. JUSTIFICATIVA: Por meio do Expediente DIMEC-2006/01468, de 7/6/06, o Gestor assim se manifestou: "(...) A solicitação de apresentação de cópia dos contracheques dos conselheiros fiscais não poderá ser atendida, por envolver dados pessoais e informações sigilosas de terceiros, cujo fornecimento poderá acarretar quebra de sigilo, à luz do art. 363, inciso IV, do Código de Processo Civil, c/c arts. 153 e 154, do Código Penal." Ainda, ao tomar conhecimento do conteúdo da versão preliminar do presente Relatório de Auditoria, os gestores, por meio do Expediente Diretoria de Mercado de Capitais e Investimentos-2006/01592, de 27/6/2006, ratificaram o entendimento consignado no Expediente DIMEC-2006/01468, conforme segue: O BB Banco de Investimento adota uma postura de cooperação com os trabalhos da Secretaria Federal de Controle Interno e demais órgãos fiscalizadores, atendendo com presteza e diligência as solicitações de informações e encaminhamento de documentação.

1 No presente relatório foram apontadas restrições aos exames pelo não fornecimento de documentação restrita fichas financeiras dos conselheiros e relatórios elaborados pela auditoria interna do Banco do Brasil no âmbito do BBBI. Ratificamos os termos do expediente Dimec-2006/1468, de 07.06.2006, onde prestamos todas as informações solicitadas, abstendo-nos tão somente do fornecimento dos contra-cheques dos conselheiros fiscais, por envolver dados pessoais e informações sigilosas de terceiros, cujo fornecimento poderá acarretar quebra de sigilo, à luz do art. 363, inciso IV, do Código de Processo Civil, c/c arts. 153 e 154 do Código Penal. Acrescentamos que optamos por não disponibilizar os relatórios elaborados pela auditoria interna do BB por tratar-se de documentação com informações privadas do Banco do Brasil, relacionados à sua intimidade empresarial, resguardadas por sigilo comercial, às quais o Administrador tem o dever de proteger (artigo 155, I da Lei nº 6.404/76). A legislação protege o sigilo comercial, ao tipificar como crime a sua divulgação indevida a outrem artigos 153 e 154 do Código Penal; artigo 178, inciso XII do Decreto-Lei nº 7.903, de 27.08.45 e art. 363, inciso IV e parágrafo único do Código de Processo Civil. ANALISE DA JUSTIFICATIVA: Em nossa opinião, o argumento utilizado pela Administração da Entidade, baseado nos mencionados artigos do Código de Processo Civil e do Código Penal (que tratam da divulgação de fatos sobre os quais se deva guardar segredo e da divulgação de documento ou segredo a alguém que possa produzir dano a outrem) para sustentar a negativa do fornecimento da documentação solicitada não se aplica ao caso, pois em nenhum momento pretendeu-se violar qualquer segredo ou direito individual e sim, verificar a boa e regular aplicação dos recursos públicos, em consonância com o disposto no art. 70, c/c com o art. 74, inciso II, da Constituição Federal, a saber: "Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. (...) Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: (...) II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;" Nosso trabalho tem como objetivo certificar a regularidade das contas, verificar a execução de contratos, acordos, convênios ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados, compreendendo, entre outros, os seguintes aspectos: exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de contas; exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos; verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativo e contábil; verificação do cumprimento da legislação pertinente; e avaliação dos resultados operacionais e da execução dos programas de governo quanto à economicidade, eficiência e eficácia dos mesmos. Dessa forma, o Controle Interno, no cumprimento de sua competência constitucional, não pode ser impedido do acesso a toda e qualquer documentação que por ele deve ser atestada como regular.

Portanto, a não disponibilização das fichas financeiras (espelhos de pagamento) dos Conselheiros do BB-BI, implica em sonegação de informação, haja vista o disposto no art. 26 da Lei nº. 10.180/2001 que expressamente determina: "Art. 26. Nenhum processo, documento ou informação poderá ser sonegado aos servidores dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal, no exercício das atribuições inerentes às atividades de registros contábeis, de auditoria, fiscalização e avaliação de gestão. 1o O agente público que, por ação ou omissão, causar embaraço, constrangimento ou obstáculo à atuação dos Sistemas de Contabilidade Federal e de Controle Interno, no desempenho de suas funções institucionais, ficará sujeito à pena de responsabilidade administrativa, civil e penal. 2o Quando a documentação ou informação prevista neste artigo envolver assuntos de caráter sigiloso, deverá ser dispensado tratamento especial de acordo com o estabelecido em regulamento próprio. 3o O servidor deverá guardar sigilo sobre dados e informações pertinentes aos assuntos a que tiver acesso em decorrência do exercício de suas funções, utilizando-os, exclusivamente, para a elaboração de pareceres e relatórios destinados à autoridade competente, sob pena de responsabilidade administrativa, civil e penal." RECOMENDAÇÃO: Recomendamos à Administração da Entidade apresentar, juntamente com o Plano de Providências, os espelhos de pagamento (contracheque - cópias extraídas do sistema) dos membros do conselho fiscal (efetivos e suplentes) referentes aos meses de abril, maio e dezembro de 2005. 7 CONTROLES DA GESTÃO 7.1 SUBÁREA - CONTROLES EXTERNOS 7.1.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DA AUDITORIA EXTERNA 7.1.1.1 INFORMAÇÃO: (001) A Empresa de auditoria externa PriceWaterhouseCoopers foi contratada por processo licitatório, na modalidade concorrência, cujo objeto refere-se à prestação de serviços técnicos de auditoria contábil das demonstrações contábeis e financeiras do Banco do Brasil S.A., das suas Subsidiárias no País e dos Fundos e Programas sob sua administração e/ou responsabilidade operacional, dentre outros. Verificamos que as cláusulas do contrato firmado guardam compatibilidade com os objetivos da contratação, a missão institucional e as atribuições legais e regulamentares do Banco do Brasil S.A.. Analisando especificamente as planilhas de recebimento dos relatórios do BB - BI, elaboradas pela Auditoria Interna do Banco - AUDIT (ACOMP), conforme descrito a seguir, e, cotejando com o que estabelece a cláusula contratual pertinente, verificamos que os prazos contratuais não foram observados na entrega dos relatórios de avaliação dos controles internos e do cumprimento das normas da autoridade monetária. Relatórios de Demonstrações Contábeis e Parecer dos Auditores Independentes Entidade Periodicidade dos Balanços Data-Base Balanços Publicados Em (a) Prazo* Minuta recebida em Relatório definitivo recebido em (c) Dias de atraso (b) BB-BI Semestral 30/06/05 16/08/05 16/09/05-12/09/05 0 BB-BI Semestral 31/12/05 21/02/06 23/03/06-23/03/06 0 * Prazo: Contratual 30 dias da data de publicação dos balanços a que se referirem. (c)-(b) Relatórios de Recomendações sobre o estudo e avaliação dos sistemas de controles internos e contábil elaborado em conexão com as demonstrações financeiras. 1

1 Entidade Periodicidade Dos Balanços Data-Base Balanços Publicados Em (a) Prazo* Minuta recebida em Relatório definitivo recebido em (c) Dias de atraso (b) BB-BI Semestral 30/06/05 16/08/05 15/09/05 19/09/05 27/09/05 12 BB-BI Semestral 31/12/05 21/02/06 23/03/06-23/03/06 0 * Prazo: Contratual 30 dias da data de publicação dos balanços a que se referirem. (c)-(b) Relatórios de Revisão do Cumprimento das Normas da Autoridade Monetária elaborado em conexão com o exame das demonstrações financeiras Entidade Periodicidade Dos Balanços Data-Base Balanços Publicados Em (a) Prazo* Minuta recebida em Relatório definitivo recebido em (c) Dias de atraso (b) BB-BI Semestral 30/06/05 16/08/05 15/09/05-27/09/05 12 BB-BI Semestral 31/12/05 21/02/06 23/03/06-23/03/06 0 * Prazo: Contratual 30 dias da data de publicação dos balanços a que se referirem. (c)-(b) Questionada (SA nº 175863/05) sobre as razões que ensejaram os mencionados atrasos e as providências adotadas em razão dos mesmos, os Administradores informaram, por meio do Expediente AUDIT/ACOMP-2006/10034, que solicitou à Empresa Price informações a respeito e não obteve resposta. Informou ainda que os pareceres foram entregues rigorosamente nos prazos pactuados. Os atrasos na entrega dos relatórios, inferiores a 30 dias, não resultaram em prejuízos para as empresas auditadas, bem como informou não ter havido aplicação de sanções e penalidades, no entanto, o pagamento da 7ª parcela só foi efetuado após a entrega de todos os relatórios. Consideramos satisfatórios os esclarecimentos prestados, todavia, dada a importância da manifestação da auditoria independente na composição dos elementos necessários à publicação das demonstrações contábeis, recomendamos aos Gestores que observem e cobrem da Empresa de auditoria independente o cumprimento dos prazos avençados, aplicando, se for o caso, as sanções e penalidade previstas em contrato. 7.1.1.2 INFORMAÇÃO: (001) No Parecer datado de 10/2/2006, relativamente às demonstrações contábeis do BB - Banco de Investimento S.A., os auditores concluíram que "as referidas demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do BB - Banco de Investimento S.A, em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas e do segundo semestre de 2005, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil." O Parecer registra ainda que: - os exames de auditoria das demonstrações contábeis das empresas coligadas BrasilCap Capitalização S.A., Brasilsaúde Companhia de Seguros S.A., Itapebi - Geração de Energia S.A e Companhia Brasileira de Meios de Pagamento - Visanet, registradas em investimentos permanentes pelo montante de R$ 289.591 mil (2004 - R$ 173.180 mil), e que geraram resultado de equivalência patrimonial no exercício e semestre findos em 31/12/2005, nos valores de R$ 231.969 mil e R$ 130.194 mil, respectivamente (2004 - R$ 88.402 mil e R$ 42.847 mil, respectivamente), são de responsabilidade de outros auditores independentes. Segundo a Price, o parecer, no que se refere a esses valores, está baseado exclusivamente nos relatórios desses auditores independentes. - a demonstração do fluxo de caixa, apresentada para propiciar informações suplementares sobre o BB Banco de Investimento S.A., não é requerida como parte integrante das demonstrações contábeis. Essa demonstração do fluxo de caixa foi submetida a procedimentos de auditoria e, segundo opinião da

1 Price, está adequadamente apresentada em todos os seus aspectos relevantes em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Destacamos, ainda, o Relatório sobre o estudo e a avaliação dos sistemas contábil e de controles internos, datado de 10/2/2006, pela Empresa de auditoria externa, que foi utilizado para estabelecer a natureza, a oportunidade e a extensão necessárias para aplicação dos procedimentos de auditoria em seus exames. O mencionado Relatório consignou que no decorrer dos trabalhos, efetuados em base de testes, não se identificou a necessidade de aprimoramento dos sistemas contábil e de controles internos. Todavia, segundo opinião da Price, futuros exames ou revisões específicas e mais amplas poderão, eventualmente, revelar áreas passíveis de aprimoramento. O Relatório sobre a revisão do cumprimento das normas da Autoridade Monetária, de 10/2/2006, por seu turno, registra não haver sido identificado, pela Price, exceções com relação ao cumprimento das normas da Autoridade Monetária. Todavia, informa que futuros exames ou revisões específicas e mais amplas poderão, eventualmente, vir a revelar situações de descumprimento daquelas Normas. 7.1.2 ASSUNTO - Atuação do TCU/SECEX no EXERCÍCIO 7.1.2.1 INFORMAÇÃO: (002) Em nossos levantamentos verificamos não ter havido, no período sob exame, diligências e determinações emitidas pelo Tribunal de Contas da União - TCU à BB- BI, exceto quanto à audiência do Senhor Aldo Luiz Mendes para apresentar razões de justificativas em função dos óbices impostos ao pleno exercício da função de controle, garantida pelo art. 70, c/c art. 74, inciso IV, da Constituição Federal, na medida em que sonegou processos solicitados por esta Secretaria Federal de Controle Interno, por meio da Solicitação de Auditoria nº 139793/04, de 10/3/2004, no âmbito da auditoria de gestão do BB Banco de Investimentos, relativa ao exercício de 2003. 7.1.3 ASSUNTO - Atuação das Unidades da CGU - NO EXERCÍCIO 7.1.3.1 INFORMAÇÃO: (003) Relacionamos, a seguir, as recomendações efetuadas por esta SFC/CGU acompanhadas da análise quanto aos apontamentos efetuados e as medidas implementadas pela Administração da Entidade. IDENTIFICAÇÃO DO RELATÓRIO: Tipo de Auditoria : Avaliação da Gestão Exercício : 2004 Relatório nº : 160055 Síntese da Informação: Item 7.2.1.1 Necessidade de aprimoramento de procedimentos de conformidade. Recomendação Efetuada: Visando ao controle das operações sobre Renda Variável, recomendamos aos Administradores da Instituição a seguinte oportunidade de melhoria: que estabeleçam, também, procedimentos de conformidade, a exemplo da Ficha de Verificação e Conformidade já aplicada na Divisão que trata das operações de Renda Fixa, para melhor monitoramento das atividades pertinentes à rotina da Unidade, no que diz respeito àquelas operações. Foi acordado com os Administradores o prazo de até setembro/2005 para a implementação dessa melhoria. Providência(s) Informada(s) pela Unidade:

1 A partir de 1/8/2005 a Divisão de Renda Variável passará a utilizar o mesmo tipo de Ficha de Verificação e Conformidade, já aplicada na Divisão de Renda Fixa, para monitoramento das atividades pertinentes às operações de renda variável. Situação Observada e Análise: Em razão do presente trabalho não ter sido realizado na sede da Unidade Jurisdicionada, não nos foi possível convalidar a utilização da mencionada ficha de verificação e conformidade. Conclusão: Consideramos que a recomendação foi acatada pela Entidade. Síntese da Constatação: Item 10.1.1.1 Celebração de Convênio por prazo indeterminado. Recomendação Efetuada: Em que pese as justificativas apresentadas, entendemos que se trata de uma relação entre duas empresas distintas, embora a BB BI seja uma subsidiária integral do Banco do Brasil, portanto, as relações conveniais entre as duas empresas devem observar os dispositivos da Lei nº. 8.666/93, assim, o referido termo ao estabelecer prazo de duração indeterminado para a consecução, infringiu o disposto nos artigos 57, concomitante o artigo 116, 1º, inciso VI, da Lei 8.666/93. Ante o exposto, recomendamos aos Dirigentes da Entidade que promovam ações junto aos setores competentes com vistas a adaptar o referido convênio aos dispositivos que integram os artigos 57 e 116, 1º, inciso VI, da Lei 8.666/93, bem como a IN/STN nº. 01/97, que disciplina a celebração de convênios, expressando a obrigatoriedade de se estabelecer a vigência do termo (art. 7º, inciso III). Providência(s) Informada(s) pela Unidade: Providenciado aditivo contratual estabelecendo prazo de vigência para o Contrato Convênio BB/BBBI. Situação Observada e Análise: Verificamos que o conselho Diretor do BB tratou na Ata 2005/47, de 11/10/2005, da alteração da clausula 8ª (vigência do convênio para rateio/ressarcimento de despesas e custos diretos e indiretos). Convalidamos a efetiva fixação do prazo de vigência no Termo Aditivo ao convênio. Conclusão: Consideramos a recomendação atendida. 7.2 SUBÁREA - CONTROLES INTERNOS 7.2.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DO COLEGIADO CONSULTIVO/DELIBERATIVO 7.2.1.1 INFORMAÇÃO: (004) Dado o volume de informações, examinamos parte das Atas do Conselho Diretor do BB - BI S.A., referente ao exercício sob exame (atas das reuniões ordinárias nºs 2005/01, 2005/05, 2005/06, 2005/09, 2005/11), e verificamos, com base na amostra examinada, que o Colegiado vem cumprindo seus deveres legais e as atribuições definidas no Estatuto, tendo sido observados os critérios de caráter formal como a composição e a periodicidade das reuniões.

1 7.2.2 ASSUNTO - ATUAÇÃO CONSELHO FISCAL 7.2.2.1 INFORMAÇÃO: (005) Examinamos as Atas do Conselho Fiscal do BB - Banco de Investimento S.A., referente ao exercício sob exame, e observamos que o Colegiado vem cumprindo seus deveres legais e as atribuições definidas no Estatuto, tendo sido observados os critérios de caráter formal como a composição e a periodicidade das reuniões. 7.2.3 ASSUNTO - ATUAÇÃO DA AUDITORIA INTERNA 7.2.3.1 CONSTATAÇÃO: (006) Não disponibilização dos relatórios elaborados pela auditoria interna do Banco do Brasil S.A. no âmbito do BB-BI. Por meio da Solicitação de Auditoria nº. 175863/01, de 25/4/2006, requeremos à Administração da Entidade disponibilizar, para consulta, os relatórios relativos aos trabalhos realizados pela Auditoria Interna do Banco do Brasil no âmbito do BB- BI, no exercício sob exame. Em resposta, a Administração negou-se a atender a solicitação efetuada recusando-se a disponibilizar os referidos relatórios a esta Equipe de Auditoria. ATITUDE DO(S) GESTOR(ES): CAUSA: O gestor não disponibilizou os relatórios de auditoria que foram solicitados. Inobservância do disposto no art. 70, c/c art. 74, da Constituição Federal; e do disposto no art. 26 da Lei nº. 10.180/2001. JUSTIFICATIVA: "Dado que o conteúdo dos relatórios emitidos pela Auditoria Interna contém informações protegidas pelo sigilo comercial, ao que se submetem os administradores, conforme previsto no art. 157, parágrafo 5º da Lei 6.404/76, deixamos de atender este item." ANALISE DA JUSTIFICATIVA: Cumpre mencionar o que dispõe o art. 157, parágrafo 5º da Lei 6.404/76: "Art. 157. O administrador de companhia aberta deve declarar, ao firmar o termo de posse, o número de ações, bônus de subscrição, opções de compra de ações e debêntures conversíveis em ações, de emissão da companhia e de sociedades controladas ou do mesmo grupo, de que seja titular. 1º O administrador de companhia aberta é obrigado a revelar à assembléia geral ordinária, a pedido de acionistas que representem cinco por cento ou mais do capital social: (...) e) quaisquer atos ou fatos relevantes nas atividades da companhia. (...) 4º Os administradores da companhia aberta são obrigados a comunicar imediatamente à bolsa de valores e a divulgar pela imprensa qualquer deliberação da assembléia geral ou dos órgãos de administração da companhia, ou fato relevante ocorrido nos seus negócios, que possa influir, de modo ponderável, na decisão dos investidores do mercado de vender ou comprar valores mobiliários emitidos pela companhia.

1 5º Os administradores poderão recusar-se a prestar a informação ( 1o, alínea "e"), ou deixar de divulgá-la ( 4o), se entenderem que sua revelação porá em risco interesse legítimo da companhia, cabendo à Comissão de Valores Mobiliários, a pedido dos administradores, de qualquer acionista, ou por iniciativa própria, decidir sobre a prestação de informação e responsabilizar os administradores, se for o caso." Em nossa opinião, o argumento utilizado pelos Administradores para sustentar a negativa do fornecimento dos relatórios não se aplica ao caso, pois em nenhum momento se tratou de revelar fatos relevantes à AGO, Bolsa de Valores ou à imprensa, bem como não se trata de colocar em risco interesse legítimo da Companhia. O objetivo desta equipe de auditoria era o de cumprir a missão institucional desta Controladoria-Geral da União no sentido de verificar a boa e regular aplicação dos recursos públicos, em consonância com o disposto no art. 70, c/c com o art. 74, inciso II, da Constituição Federal. RECOMENDAÇÃO: Recomendamos aos Administradores da Entidade apresentar, juntamente com o Plano de Providências, os relatórios elaborados pela Auditoria Interna do Banco do Brasil S.A. no âmbito do BB-BI no exercício sob exame. 7.2.4 ASSUNTO - AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS 7.2.4.1 INFORMAÇÃO: (007) O Processo de Prestação de Contas está constituído das peças básicas a que se refere a Instrução Normativa TCU nº 47, de 27/10/2004, e foi preparado de forma completa, nos termos do art. 3º, da Decisão Normativa/TCU nº 71, de 7/12/2005, e do item 5 do Anexo I da Norma de Execução SFC/CGU/PR nº 001, de 5/1/2006, em razão do total de despesas da Unidade (R$ 2.085.345.782,00) ter sido superior ao valor estabelecido na mencionada Decisão. (R$ 100.000.000,00). III - CONCLUSÃO Em face dos exames realizados, bem como da avaliação da gestão efetuada, no período a que se refere o presente Processo, constatamos que os atos dos responsáveis e conseqüentes fatos não comprometeram a gestão ou causaram prejuízo à Fazenda Nacional. Entretanto, tendo em vista o registrado nos itens a seguir, somos de opinião que os Administradores da Entidade devem adotar medidas corretivas com vistas a elidir os seguintes pontos ressalvados: 6.2.2.1 CONSTATAÇÃO: (014) Não disponibilização das fichas financeiras (espelhos de pagamento) dos conselheiros. 7.2.3.1 CONSTATAÇÃO: (006) Não disponibilização dos relatórios elaborados pela auditoria interna do Banco do Brasil S.A. no âmbito do BB-BI. Brasília, 29 de junho de 2006.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO TOMADA DE CONTAS ANUAL CERTIFICADO Nº : 175863 UNIDADE AUDITADA : BB-BI CÓDIGO : 179042 EXERCÍCIO : 2005 PROCESSO Nº : 00190.005474/2006-51 CIDADE : BRASILIA CERTIFICADO DE AUDITORIA Foram examinados, quanto à legitimidade e legalidade, os atos de gestão dos responsáveis pelas áreas auditadas, praticados no período de 01Jan2005 a 31Dez2005, tendo sido avaliados os resultados quanto aos aspectos de economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial. 2. Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho definido no Relatório de Auditoria constante deste processo, em atendimento à legislação federal aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram provas nos registros mantidos pelas unidades, bem como a aplicação de outros procedimentos julgados necessários no decorrer da auditoria. Os gestores citados no Relatório estão relacionados nas folhas 0002 a 0004, deste processo. 3. Diante dos exames aplicados, de acordo com o escopo mencionado no parágrafo segundo, consubstanciados no Relatório de Auditoria de Avaliação da Gestão nº 175863, houve gestores cujas contas foram certificadas como regulares com ressalvas. Os fatos que ensejaram tal certificação foram os seguintes: 3.1 Impropriedades: 6.2.2.1 Não disponibilização das fichas financeiras (espelhos de pagamento)dos conselheiros. 7.2.3.1 Não disponibilização dos relatórios elaborados pela auditoria interna do Banco do Brasil S.A. no âmbito da BB-BI. Brasília, 29 de junho de 2006.

JOSÉ GUSTAVO LOPES RORIZ COORDENADOR-GERAL DE AUDITORIA DA ÁREA FAZENDÁRIA

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO TOMADA DE CONTAS ANUAL TIPO DE AUDITORIA : AVALIAÇÃO DE GESTÃO EXERCÍCIO : 2005 PROCESSO Nº : 00190.005474/2006-51 UNIDADE AUDITADA : BB-BI CÓDIGO : 179042 CIDADE : BRASILIA RELATÓRIO Nº : 175863 TIPO DE CERTIFICADO : REGULAR PARECER DO DIRIGENTE DE CONTROLE INTERNO Em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei n.º 8.443/92, combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VIII, art. 14 da IN/TCU/N.º 47/2004 e fundamentado no Relatório, acolho a conclusão expressa no Certificado de Auditoria, que certificou as contas dos gestores no período de 1/1/2005 a 31/12/2005 como REGULARES COM RESSALVA E REGULARES. 2. As questões objeto de ressalvas foram levadas ao conhecimento dos gestores responsáveis, para manifestação, conforme determina a Portaria CGU nº 03, de 05 de janeiro de 2006, que aprovou a Norma de Execução nº 01, de 05 de janeiro de 2006, e estão relacionadas em tópico próprio do Certificado de Auditoria. As manifestações dos Gestores sobre referidas questões constam do Relatório de Auditoria. 3. Desse modo, o processo deve ser encaminhado ao Ministro de Estado supervisor, com vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial de que trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e posterior remessa ao Tribunal de Contas da União. Brasília, 29 de junho de 2006 MARCOS LUIZ MANZOCHI DIRETOR DE AUDITORIA DA ÁREA ECONÔMICA