ESTUDO SOBRE A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA IMPLANTADA EM ESCOLAS MUNICIPAIS DE VESPASIANO/MG



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Transcrição:

ESTUDO SOBRE A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA IMPLANTADA EM ESCOLAS MUNICIPAIS DE VESPASIANO/MG Maria da Paixão Leite COSTA Secretaria de Educação de Vespasiano Tatiana Nunes OLIVEIRA Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais CEFET-MG Viviane de Jesus Gomes ALVES Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais CEFET-MG RESUMO: O Projeto Político Pedagógico do Sistema Municipal de Ensino da cidade de Vespasiano busca o desenvolvimento do indivíduo responsável, competente, autônomo e conscientes de seu papel como cidadão crítico e participante na comunidade, além de observar o regime de progressão parcial e continuada nos períodos letivos, propiciando conteúdos curriculares adequados à idade dos alunos e aos ciclos de desenvolvimento humano. A partir da vivência e bagagem individual adquirida pelos alunos da EJA Vespasiano implantou-se um projeto de Intervenção Pedagógica onde os saberes individuais são considerados e as defasagens são recuperadas por meio de leituras, escritas e operações conforme os conhecimentos já construídos. Utilizando-se de pesquisa de bibliográfica, convívio e participação efetiva no meio escolar da EJA no município de Vespasiano, pretende-se, através deste trabalho, realizar um estudo sobre a estratégia de intervenção pedagógica implantada em escolas municipais da cidade de Vespasiano MG. PALAVRAS-CHAVE: Intervenção pedagógica; alunos; aprendizagem. 1. Introdução Grande parcela da população mundial adulta não possui acesso ao conhecimento impresso, às novas habilidades e tecnologias, que poderiam melhorar a qualidade da vida e ajudá-los a perceber e a adaptar-se às mudanças sociais e culturais. Ponto preponderante para este fato é o baixo índice de escolaridade de grande parte de jovens e adultos. Para que a educação básica se torne equitativa, é fundamental oferecer a todas as crianças, jovens e adultos a oportunidade de alcançar um padrão mínimo de qualidade de aprendizagem.

A educação de Jovens e adultos (EJA) deve constituir-se de um modelo pedagógico próprio que possibilite a criação de situações pedagógicas a satisfazer às necessidades de aprendizagem de jovens e adultos que não tiveram uma adequada correlação idade/ano escolar em seu itinerário educacional. As unidades educacionais da EJA devem promover a autonomia do jovem e adulto de modo que sejam sujeitos do aprender em níveis crescentes de apropriação do mundo do fazer, do conhecer, do agir e do conviver. Nela, adolescentes, jovens, adultos e idosos poderão atualizar conhecimentos, mostrar habilidades, trocar experiências e ter acesso a novas regiões de trabalho e da cultura. 2. Referencial teórico Segundo a Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, 1999, a educação de adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI; é tanto conseqüência do exercício da cidadania como condição para uma plena participação na sociedade. Torres (2002, p.5) afirma: A alfabetização é uma necessidade básica de aprendizagem fundamental e habilitadora para satisfazer outras necessidades básicas (de fato, não cabe falar de alfabetização e educação básica, como se faz geralmente, pois a primeira está contida na segunda). Mas as necessidades básicas de aprendizagem vão muito além de alfabetização. Incluem conhecimentos, informações, habilidades, valores e atitudes necessários para a tomada de consciência e o desenvolvimento pessoal, familiar, comunitário e cidadão no sentido amplo. O conteúdo, o alcance e os meios específicos para resolver tais necessidades básicas de aprendizagem devem definir-se em cada situação específica. A educação de jovens e adultos (EJA) representa uma dívida social não reparada para com os que não tiveram acesso nem domínio da escrita e leitura como bens sociais e tenham sido a força de trabalho empregada na constituição de riquezas. A EJA torna-se uma prática transformadora que possibilita o exercício de direitos e responsabilidades além da visão crítica diante problemas individuais e coletivos propiciando a visão crítica quanto à discriminação, injustiça e desigualdades permitindo o desenvolvimento de atitudes de respeito, solidariedade e cooperação. Candau (2000) acredita que a alfabetização é um veículo pelo qual os oprimidos são equipados com instrumentos necessários para reapropriarem-se de sua história, de sua cultura e de suas práticas lingüísticas. Ser privado deste acesso é a perda de um instrumento imprescindível para uma presença significativa na convivência social contemporânea.

Torna-se nítida a necessidade do desenvolvimento de capacidades que permitam intervir na realidade para transformá-la. Assim, para um trabalho significativo na EJA, é necessário conhecer a realidade de cada aluno, uma vez que a maioria possui defasagem educacional em distintos graus. 3. Objetivo Este trabalho tem como objetivo o estudo da estratégia de intervenção pedagógica implantada em escolas municipais da cidade de Vespasiano - MG através de uma metodologia de estimulação que conduz o aluno ao domínio da leitura e da escrita com resolução de problemas envolvendo as quatro operações. 4. Metodologia A metodologia foi desenvolvida considerando diversas fontes de pesquisa. A revisão bibliográfica, pesquisa de campo, entrevistas e pesquisa documental se tornam peças fundamentais para a discussão e conclusão sobre a intervenção pedagógica implantada em escolas municipais de Vespasiano/MG. 4.1. Desenvolvimento 4.1.1 Fundamentação legal O conselho Municipal de Educação de Vespasiano, no exercício de suas atribuições definidas pela Lei Municipal nº 721 de 24 de setembro de 2001 em observância aos artigos 205 e 208 da Constituição Federal de 1988, aos artigos 37, da Seção V, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96), os Pareceres CEB nº 04 de 28/01/1998, CEB nº 15 de 01/06/1988, CEB nº 11 de 10/05/2000, as Resoluções CEB nº 02 de 15/04/1998, CEB nº 03 de 23/06/1998 e CEB 01 de 05/07/2000, manifesta-se sobre a regulamentação da Educação de Jovens e Adultos no Sistema Municipal de Ensino: Art. 1º A presente Resolução abrange os processos formativos da Educação de Jovens e Adultos como modalidade da Educação Básica nas etapas de Ensino Fundamental nos termos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em especial em seu artigo 5º,11º inciso V, 37º e 87º. Art. 2º - A Educação de Jovens e Adultos é oferecida em instituições escolares credenciadas pelo Sistema Municipal de Ensino, na forma das normas vigentes. Art 3º- Dependem de autorização de funcionamento nos termos da legislação vigente:

I - Curso de forma presencial, com freqüência obrigatória: II- Curso em regime de alternância de estudos, incluindo momentos presenciais e não presenciais. Art.4º- A idade mínima para a matrícula de curso de EJA, no Ensino Fundamental é de 15 anos completos. Art.5º- O projeto Político Pedagógico deverá contemplar, na sua organização e desenvolvimento, além dos valores, princípios e finalidades previstos nas diretrizes curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental: I - Situações de aprendizagem que proporcionem conhecimento do educando visando ao desenvolvimento de habilidades socialmente significativas e à construção de identidade solidárias, autônomas, competentes, responsáveis e cidadãs; II - Ambiente incentivador da curiosidade, do questionamento, do diálogo, da criatividade e da originalidade; III - Regime de progressão parcial e continuada nos períodos letivos, de forma a proporcionar condições para consecução dos objetivos fundamentais da Educação Básica; IV- Seleção de conteúdos curriculares adequados à idade dos alunos e aos ciclos de desenvolvimento humano; V- Aproveitamento de conhecimentos e habilidades adquiridas pelos educandos por meios informais, privilegiando temas adequados á sua faixa etária; VI- Utilização de metodologias e estratégias diversificadas de aprendizagem, apropriadas às necessidades e interesse dos alunos; VII- Uso de recursos áudio-visuais, biblioteca, laboratórios e de novas tecnologias de informação e comunicação; VIII- capacitação continuada do professor para trabalhar com jovens e adultos; IX- Avaliação diagnóstica e contínua do desempenho do educando, como instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades, possibilidades e necessidades ao longo do processo de aprendizagem e de reorientação da prática pedagógica. Art.6º - Na organização curricular, deverão ser observados os componentes das seguintes áreas do conhecimento: 1- No Ensino Fundamental: segmento I e II Português, Matemática, História, Geografia, Ciências, Artes e Educação Religiosa.

2-No segmento II deverá ser observados os componentes da área de Inglês. 1º- Os conteúdos das áreas de conhecimento deverão estar articulados com as experiências de vida do educando, em seus aspectos, tais como: saúde, sexualidade, vida familiar social, meio ambiente, trabalho, tecnologia, cultura e linguagens, podendo ser ministrados de forma interdisciplinar e transdisciplinar. 2º- A língua estrangeira moderna fará parte da organização curricular da Educação de Jovens e Adultos a partir da etapa ou período correspondente ao 6º Ano de escolaridade do Ensino Fundamental. Art.7º - A jornada escolar na EJA incluirá 03 horas em sala de aula. Art. 8º - As escolas municipais de ensino fundamental cujos cursos já estejam autorizados, poderão implantar a modalidade de educação de Jovens e Adultos previstas no Art. 3º inciso I desta resolução, dependendo da autorização da SME e do CME. 1º O regimento escolar e a proposta pedagógica da instituição escolar deverão prever a organização e o funcionamento dos referidos cursos e serão enviados ao órgão competente para conhecimento e registro. Art. 9º- A oferta de educação especial na Educação de Jovens e Adultos: 1º - O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular. Art. 10º - Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I- Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender à suas necessidades; II- Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências. III- Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado. IV- Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artísticas, intelectual ou psicomotora.

Base Nacional Comum 4.1.2 Quadro curricular A seguir, segue o quadro curricular do Ensino Fundamental EJA - 2009 / 2010 segundo a Secretaria Municipal de Educação de Vespasiano. 1º SEGMENTO 2º SEGMENTO ÁREAS DE (1ª a 4ª) (5ª a 8ª) CONHECIMENTO MAS MAS CH MAS MAS CH * * Múltiplas Língua 4 80 60:00 4 80 60:00 Linguagens Portuguesa Artes 1 20 15:00 1 20 15:00 Memória, História 3 60 45:00 3 60 45:00 Tempo e Geografia 3 60 45:00 3 40 45:00 Espaço Ed. Religiosa 1 20 15:00 1 20 15:00 Ciências Ciências 3 60 45:00 2 40 30:00 Naturais e Matemática 4 80 60:00 4 80 60:00 Desenvolvi mento Lógico Corporeidade Educação Física 1 20 15:00 1 20 15:00 Parte Múltiplas Inglês - - - 1 20 15:00 Dive r. Linguagens TOTAL 20 400 300:00 20 400 300:00 INDICADORES Duração de Módula Aula: 45 Dias Letivos Semestrais: 100 Dias Letivos Anuais: 200 Carga Horária Semestral: 300:00 MAS: Módula Aula Semanal - 20 MAS*: Módula Aula Semestral 400

4.2. Princípios e finalidades O projeto Político Pedagógico no Sistema Municipal de Ensino de Vespasiano deverá contemplar situações de aprendizagem que proporcionem conhecimento do educando visando o desenvolvimento de habilidades socialmente significativas e à construção de identidade solidárias, autônomas, competentes, responsáveis e cidadãs em um ambiente incentivador da curiosidade, do questionamento, do diálogo, da criatividade e da originalidade observando o regime de progressão parcial e continuada nos períodos letivos, de forma a proporcionar condições para consecução dos objetivos fundamentais da Educação Básica selecionando conteúdos curriculares adequados à idade dos alunos e aos ciclos de desenvolvimento humano realizando o aproveitamento de conhecimentos e habilidades adquiridas pelos educandos por meios informais, privilegiando temas adequados à sua faixa etária. Esta demanda surgiu em consequência dos saberes construídos a partir das vivências dos próprios alunos, sobre Português e Matemática. Os professores possibilitam que o aluno desenvolva leituras, escritas e operações, segundo suas habilidades e conforme os conhecimentos já construídos. Nesse sentido, procura-se desenvolver a motivação, a criatividade e o raciocínio lógico, fatores essenciais para todos os indivíduos. Os objetivos permitem promover estratégias de ensino estabelecendo uma relação de coerência no aspecto cognitivo para valorizar o desenvolvimento peculiar do aluno, em um processo de construção de autonomia, responsabilidade e organização escolar; diagnosticar e acompanhar o processo de desenvolvimento do aluno promovendo sua participação no processo ensino-aprendizagem; registrar e divulgar os resultados, permitindo a reformulação de aspectos passíveis de melhoramento; incentivar a pesquisa e o trabalho em grupo; estimular o aluno para alcançar frequência satisfatória. Para alcançar os objetivos propostos realiza-se um diagnóstico inicial para possibilitar uma nova enturmação, desvinculada dos documentos escolares convencionais e considerando a produção cognitiva, independente da idade. Para isso, a ênfase é no nível proximal de alfabetização e o aluno é orientado sobre a importância e o funcionamento do processo. Durante o processo, os alunos permanecem itinerantes e co-responsáveis pela mudança de sala para desenvolver a autonomia e a iniciativa. Após dois trimestres de intervenção pedagógica o aluno poderá voltar à sala de origem e continuar cursando a serie na qual está matriculado. Em paralelo, são aplicadas atividades

que valorizem a formação da cidadania como o respeito, a colaboração, o compromisso, cumprimento da regras da escola, a assiduidade, entre outros. A eficácia da aprendizagem em sala de aula depende do conhecimento dos interesses dos alunos, da realidade sociocultural, além do amor e comprometimento de todos os envolvidos neste processo educativo. Quanto às avaliações são trimestrais respeitando as orientações da SME, e o parecer da EJA. A avaliação permite o levantamento de gráficos para o acompanhamento do desenvolvimento da turma, além de incentivar também à auto-avaliação, possibilitando o desenvolvimento do senso crítico e da responsabilidade. Os alunos são incentivados à autoavaliação, possibilitando o desenvolvimento do senso crítico e da responsabilidade. Dentre as atividades executadas estão: leitura e interpretação oral de diferentes textos, poesia, conforme ilustra a figura 1, textos do aluno e do professor, notícias, reportagens; produção de texto coletivo e individual; montagem e escrita de pequena estrutura lingüística, jornal falado, relatório oral e escrito de experiências vividas; escritas de cartas, bilhetes, listas, anúncios, propagandas, músicas, conforme mostra a figura 2, análise e síntese de palavras significativas, leitura de livros, jornais, e revistas (em grupo ou individual), trabalhos manuais, oficinas de artes, construção de relatos e descrições, diálogos, entrevistas e reportagens surgidos nas situações cotidianas, transcrição de receitas com atividades práticas, problemas envolvendo as quatro operações e desafios matemáticos. Figura 1 - Participação da poetisa Cida Araújo no Festival de Poesia da E. M. Maria Aparecida de Barros Santos

Figura 2 - Festival de Poesia da E. M. Manuel da Fonseca Viana Os Resultados são encaminhados à SME, e analisados pela equipe pedagógica. Observa-se o grau acentuado de desenvolvimento intelectual e cognitivo dos educandos que integram o quadro de alunos da Educação de Jovens e Adultos do Município de Vespasiano. 4.3. O ensino de Arte O ensino de Arte é a educação que oportuniza ao indivíduo o acesso à Arte como linguagem expressiva e forma de conhecimento. A arte é um patrimônio cultural da humanidade, e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber. No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96) estabeleceu em seu artigo 26, parágrafo 2º que: "O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos". O objetivo do ensino de artes é formar alunos dedicados a esta área de conhecimento, no âmbito da escola regular buscando oferecer-lhes condições para que compreendam o que ocorre no plano da expressão e no plano do significado ao interagir com as Artes, além de permitir sua inserção social de maneira mais ampla. 4.4. Estudo de caso O estudo de intervenção pedagógica implantada nas seguintes escolas de Vespasiano: Escola Municipal Maria Aparecida de Barros Santos e Escola Municipal Manuel da Fonseca Viana. A figura 3 ilustra a turma participante do Processo de Intervenção Pedagógica da Escola Municipal Maria Aparecida de Barros Santos que está localizada na Avenida A nº 1645 Bernardo de Souza. A diretora é a Senhora Maria Luzia Viana Figueiredo. Possui 110

alunos freqüentes como número total de alunos da EJA englobando 1º e 2º segmentos. Conta com 6 (seis) profissionais da educação do II segmento envolvidos no processo. Figura 3 - Turma participante do Processo de Intervenção Pedagógica da Escola Municipal Maria Aparecida de Barros Santos A figura 4 ilustra a turma participante do Processo de Intervenção Pedagógica da Escola Municipal Manuel da Fonseca Viana que está localizada na rua Sete de setembro 269 - Vila esportiva. Possui o número de telefone 3621 59 96 e endereço eletrônico emmanuelfviana@ hotmail.com. A diretora é a Senhora Regina Célia Lara Pinto. Possui 200 alunos freqüentes como número total de alunos da EJA englobando 1º e 2º segmentos. Conta com 6 (seis) profissionais da educação do I segmento envolvidos no processo. Figura 4 - Turma participante do Processo de Intervenção Pedagógica da Escola Municipal Manuel da Fonseca Viana Devido ao baixo rendimento de alguns alunos, foi aplicado o processo de intervenção pedagógica com o objetivo de melhorar o desempenho e a disciplina das turmas. Os alunos que obtiveram baixo rendimento receberão um acompanhamento onde farão a recuperação (em outras salas) dos conteúdos ou de etapas que foram perdidas devido ao tempo em que pararam de estudar e as faltas freqüentes dos mesmos.

Contando com a colaboração dos professores, interesse, responsabilidade e compromisso dos alunos, estes regressarão às turmas de origem de acordo com sua recuperação. Tendo em vista que o aluno chega à escola trazendo muitos saberes sobre Português e Matemática, mais especificamente, construídos a partir das suas vivências, possibilita-se a efetivação de leituras, escritas e operações segundo suas possibilidades e de acordo com os conhecimentos que foram construídos até o momento. Considera-se também, que este processo não pode estar desvinculado de outras vivências em grupo para que o estudo seja significativo e atrativo. Nesse sentido, busca-se o desenvolvimento da motivação, criatividade e raciocínio lógico. O aluno aprende a ler e escrever devido ao estímulo do desafio em confrontar suas hipóteses sobre leitura e escrita com outras possibilidades (convencionais) que serão oferecidas pelo professor. Sugere-se trabalhar com o aluno de acordo com seu interesse, isto é, com aquilo que lhe chame mais a atenção por estar relacionado ao seu cotidiano. O aluno da EJA, que não teve a oportunidade de estudar em época oportuna, enfrenta dificuldades cognitivas como: distinguir letras, sílabas e frases; aprender as convenções da língua escrita; produzir textos; efetuar as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão em exercícios escritos. Enfrenta também dificuldades no aspecto social: de relacionamento, a vergonha por voltar a estudar, a preocupação com a aceitação da Comunidade na qual está inserido, críticas constantes dos jovens que fazem parte da mesma turma, etc. Tudo isto leva o aluno adulto a faltas constantes e a evasão. São alunos que enfrentaram uma jornada árdua de trabalho, problemas financeiros, problemas em casa com o ( ou a ) parceiro (a), com filhos, vizinhos entre outros. Levando estes pareceres em consideração optou-se pela adaptação do aluno em outras salas em níveis proximais de aprendizagem que possuam semelhanças nos aspectos cognitivos sociais e afetivos. Objetiva-se assim: Promover estratégias de ensino estabelecendo uma relação de coerência no aspecto cognitivo, valorizando o desenvolvimento peculiar do aluno, em um processo de construção de autonomia, responsabilidade e organização escolar;

Diagnosticar e acompanhar o processo de desenvolvimento do aluno promovendo sua participação no processo ensino-aprendizagem; Registrar e divulgar os resultados, permitindo a reformulação de aspectos passíveis de melhoramento; Incentivar a pesquisa e o trabalho em grupo; Motivar a frequência satisfatória do aluno e a permanência na escola. Após um diagnóstico inicial os resultados serão analisados, de forma a possibilitar uma nova enturmação, desvinculada dos documentos escolares convencionais e considerando a produção cognitiva, independente da idade enfatizando o nível proximal de alfabetização (aprendizagem). Nesse contexto, a orientação dos alunos sobre a importância e o funcionamento do processo possui papel fundamental em sua co-responsabilidade pela mudança de sala. Assim, os alunos poderão desenvolver a autonomia a iniciativa e o prazer em estudar. Desta forma, se o aluno obtiver um bom resultado durante o trimestre, poderá voltar a sala de origem e continuar cursando a série na qual está matriculado. Paralelamente, serão trabalhados valores essenciais para a formação da cidadania como o respeito, a colaboração, o compromisso, cumprimento da regras da escola, a assiduidade dentre outros. Ao final do trimestre, os alunos serão avaliados e reenturmados segundo os resultados alcançados nas avaliações. As avaliações serão contínuas e trimestrais respeitando as orientações da Secretaria Municipal de Educação e incluirá o levantamento de gráficos para o acompanhamento do desenvolvimento da turma. Os alunos serão incentivados à auto-avaliação, possibilitando o desenvolvimento do senso crítico e da responsabilidade. Atividades propostas: Leitura e interpretação oral de diferentes textos, poesia, músicas, textos do aluno e do professor, notícias, reportagens etc; Produção de texto coletivo e individual; Montagem e escrita de pequena estrutura linguística; Jornal falado; Relatório oral e escrito de experiências vividas; Escritas de cartas, bilhetes, listas, anúncios, propagandas; Análise e síntese de palavras significativas; Leitura de livros, jornais, e revistas (em grupo ou individual); Trabalhos manuais;

Oficinas de artes; Desenvolvimento de projetos (Festival de Poesias, Semana do teatro,jornal,etc.) Construção de relatos e descrições; Diálogos, entrevistas e reportagens surgidos nas situações cotidianas; Transcrição de receitas com atividades práticas; Problemas envolvendo a s quatro operações; Desafios matemáticos. O aluno fará inicialmente a avaliação diagnóstica, para ser enturmado. Fará avaliações contínuas para analise de progressos. No final dos trimestres, as avaliações sistemáticas nas turmas em processo de Intervenção. Em seguida, as avaliações nas salas de origem para verificação do desenvolvimento ou habilidades adquiridas e obtenção de notas para os diários. Ao final do segundo trimestre, a maioria destes alunos ficam em continuidade na intervenção ou na sala de origem. 5. Conclusões Foi aplicado questionário (Anexo I) direcionado aos professores integrantes do Processo de Intervenção na Educação de Jovens e Adultos. Segundo o questionário respondido pela professora Rosemere Aparecida Lopes Martins da Escola Municipal Manuel da Fonseca Viana o desenvolvimento do Processo de Intervenção Pedagógica em sua escola se deu após teste diagnóstico e trabalho desenvolvido em sala de aula. Os alunos com dificuldades foram encaminhados para turmas de acordo com seu nível de conhecimento. Houve melhora considerável no desenvolvimento do aluno, pois ele tem oportunidade de estudar e aprender o conteúdo de acordo com sua necessidade o que o incentiva e assim não perde o interesse. O Processo de Intervenção Pedagógica facilitou o seu trabalho em sala de aula, pois as dificuldades apresentadas pelos alunos são trabalhadas na turma de intervenção e os alunos retornam para a sala de origem bem mais interessados e participantes. Houve aceitação por parte dos alunos porque todo o processo foi apresentado e explicado aos alunos antes de sua implementação. Trabalha-se mais Português e Matemática com os alunos da Educação de Jovens e Adultos participantes do Processo de Intervenção Pedagógica, pois a maior necessidade destes alunos é aprender a ler, escrever, calcular e resolver problemas do cotidiano. O processo está atendendo as expectativas do aluno, não havendo necessidade de mudança. De 0 a 10 o trabalho de Intervenção Pedagógica que foi implantado na escola onde trabalha merece nota 8.

Segundo o questionário respondido pela professora Rosangela Maria da Silva Simão da Escola Municipal Maria Aparecida Barros Santos desenvolvido do Processo de Intervenção Pedagógica na sua escola se deu com o propósito de melhorar a aprendizagem dos alunos de 5ª e 6ª séries. Os alunos passaram a ter assistência paralela com a professora de artes que trabalhava com conteúdos de Português e Matemática dando, assim, um reforço nesses conteúdos. Houve uma melhora considerável no desenvolvimento do aluno. Esta melhora só não foi maior devido ao desinteresse de alguns alunos. O Processo de Intervenção Pedagógica facilitou o seu trabalho na turma que realmente mostrou interesse. Houve aceitação por parte dos alunos. Se trabalha mais Português e Matemática com os alunos da Educação de Jovens e Adultos participantes do Processo de Intervenção Pedagógica, pois estes alunos apresentam maior necessidade nestes conteúdos e desejam principalmente ler e escrever com maior desenvoltura. Como professora, mudaria a metodologia experimentando novos processos que facilitem a assimilação do conteúdo pelos alunos. De 0 a 10 o trabalho de Intervenção Pedagógica que foi implantado na escola onde trabalha merece nota 8. Referências CANDAU, Vera. Reinventar a escola. Petrópolis: Vozes, 2000. CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE EDUCAÇÃOP DE ADULTOS, 5., 1997, Hamburgo. Declaração de Hamburgo: agenda para o futuro. Brasília: SESI/Unesco, 1999. TORRES, Rosa Maria. Aprendizaje a lo largo de toda La vida: um nuevo momento y uma nueva oportunidad para El aprendizaje y La educación básica de las personas adultas (AEBA) en los países en desarrollo. Buenos Aires: ASDI, 2002. Agradecimentos A todos os professores, alunos e equipe pedagógica das escolas: Escola Municipal Manuel da Fonseca Viana e Escola Municipal Maria Aparecida Barros Santos. A Prefeitura de Vespasiano. Ao CEFET-MG pela bolsa de estudos.

ANEXO I QUESTINÁRIO - INTERVENÇÃO ESCOLAR Escola Municipal: Professor (a): Turma Matéria lecionada: Data: Um trabalho de alfabetização e educação de adultos deve estar comprometido com a transformação das reais condições da vida dos educandos. Neste sentido, compreendemos essa educação só será possível se o trabalho de alfabetização iniciar-se a partir da transformação dos próprios educadores que irão trabalhar com esses Jovens e Adultos. Tais educadores devem ter a capacidade para mediar o processo de ensino e aprendizagem, onde tanto educador quanto educando aprendam em comunhão e se percebam como sujeitos na ação. Pedagogia da Autonomia (Freire, 1996) 01- Como foi desenvolvido o Processo de Intervenção Pedagógica na sua escola? 02- Em sua opinião, houve uma melhora considerável no desenvolvimento do aluno? Justifique. 03- O Processo de Intervenção Pedagógica facilitou o seu trabalho em sala de aula? Como? 04- Houve aceitação por parte dos alunos? 05- Por que se trabalha mais Português e Matemática com os alunos da Educação de Jovens e Adultos participantes do Processo de Intervenção Pedagógica? 06- O que você, como professora, mudaria neste processo? 07- Que nota, de 0 a 10, você daria para este trabalho de Intervenção Pedagógica que foi implantado na escola onde trabalha?